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1a AD TributArio 2018

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Universidade do Sul de Santa Catarina – Unisul
Campus Virtual
	 
	
 1ª Avaliação a Distância
 
Disciplina: Direito Tributário
Curso: TURISMO
Professor: HERCÍLIO EMERICH LENTZ
Nome do aluno: CRISTIANE PERES BARRETO
Data: 05/04/2018
Orientações:
Procure o professor sempre que tiver dúvidas.
Entregue a atividade no prazo estipulado.
Esta atividade é obrigatória e fará parte da sua média final.
Encaminhe a atividade via Espaço UnisulVirtual de Aprendizagem (EVA).
Questão 1: (3,0 pontos)
Em 2008 a Petrobras realizou um mecanismo contábil com o objetivo de reduzir sua carga tributária, o texto sugerido, é apenas uma reportagem da época sobre o ocorrido. Explique como ocorreu a prática da elisão optando por regime de caixa ou regime de competência, e comente a ação da Petrobras como exemplo de planejamento tributário. ( Entre 8 a 10 linhas).
Acesse o link abaixo para acessar o texto sugerido:
http://acertodecontas.blog.br/artigos/petrobrs-x-receita-federal-manobra-contbil/
R: 	Em uma empresa, toda movimentação que acontece dá origem a um evento (ou lançamento) contábil e financeiro.
	Este evento pode ser uma entrada (venda) ou uma saída (despesas, custos ou investimentos). Todos os eventos são registrados pela contabilidade e pelo financeiro da empresa, respectivamente pelo Regime de Competência e pelo Regime de Caixa.
	No Regime de Competência, o registro do evento se dá na data que o evento aconteceu. A contabilidade define o Regime de Competência como sendo o registro do documento na data do fato gerador. Já no Regime de Caixa, é o oposto, onde consideramos o registro dos documentos na data de pagamento ou recebimento, como se fosse uma conta bancária.
	No caso da Petrobras, durante o ano de 2008, com a desvalorização do real ao dólar, ocorreu um aumento real do valor dos ativos da estatal no exterior, e, consequentemente, a estatal teria que pagar mais tributos por causa dessa variação. 
Diante disso, dentro do próprio ano de 2008, a Petrobras alterou o regime de reconhecimento das receitas e despesas para fins de apuração dos tributos, de competência para caixa. Com esta mudança, na prática, a empresa jogou para o futuro o pagamento de tributos sobre ganhos com a alta do dólar. E é esta alteração, no curso do próprio ano, que está sendo questionada pela Receita Federal.
	A decisão da Petrobras de alterar o sistema de cálculo de imposto retroativamente ao início de 2008, teve aval do governo e dos ministros com assento no Conselho de Administração da estatal. E foi o instrumento encontrado pela cúpula da empresa para viabilizar, no auge da crise, a manutenção de um elevado nível de investimentos.
	De acordo com o texto, e com pesquisa feita no conteúdo de Bardin (2011), é possível concluir que não houve a utilização de uma manobra contábil. 
	Essa alternativa, de optar em utilizar um método contábil para alterar e demonstrar um melhor resultado econômico e financeiro é legal, e, é uma das definições da Contabilidade Criativa, podendo concluir que a empresa Petrobras a utilizou para melhorar seus resultados e a utilizará nos próximos anos.
Referências:
http://acertodecontas.blog.br/artigos/petrobrs-x-receita-federal-manobra-contbil/ Acesso em 31/03/2018
BARDIN, L. Análise de Conteúdo. 1. ed. São Paulo: Edições 70, 2011.
Questão 2: ( 3,0 pontos)
“Na década de oitenta, os municípios instituíram a Taxa de Iluminação Pública (TIP), para o custeio do referido serviço, na tentativa de gerar rendas para saldar as dívidas de iluminação pública com as concessionárias. Para tanto, a TIP foi criada pelos municípios com base no art. 145, II, da CF e no art. 77 do CTN”.
(...)
“Através de Emenda Constitucional (EC n.° 39/2002), foi autorizado constitucionalmente a criação da contribuição para o custeio da iluminação pública por parte dos municípios”.
De acordo com o texto acima diferencie a “TIP – Taxa de Iluminação Pública” da “Cosip – Contribuição para o Custeio dos Serviços de Iluminação Pública”.
R: Na década de oitenta, os municípios instituíram a Taxa de Iluminação Pública (TIP), para o custeio do referido serviço , na tentativa de gerar rendas para saldar as dívidas de iluminação pública com as concessionárias. Para tanto, a TIP foi criada pelos municípios com base no Art. 145, II, da CF e no art. 77 do C TN . 
	Entretanto, as taxas são tributos que têm como fato gerador o exercício regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível, utilizado pelo contribuinte ou posto a sua disposição. Salienta- se que o serviço de iluminação pública é utilizado por toda a sociedade. 
	A doutrina classifica o serviço de iluminação pública como aquele prestado pelo Estado indiscriminadamente, de forma geral e universal, portanto remunerável apenas por impostos. Dessa forma, o Supremo Tribunal Federal, em análise do feito, decidiu que “o serviço de iluminação pública não pode ser remunerado mediante taxa ”, vindo, inclusive, a editar a Súmula n.º 670: “O serviço de iluminação pública não pode ser remunerado mediante taxa. ”. 
Então, os municípios, após perderem grande fatia de arrecadação, pressionaram o Poder Constituinte Derivado, para, através de Emenda Constitucional (EC n.º 39/2002), autorizar constitucionalmente a criação da contribuição para o custeio da iluminação pública dos municípios (COSIP). Neste caso, somente houve a alteração da denominação de taxa de iluminação pública (TIP) para contribuição para o custeio da iluminação pública dos municípios (COSIP), pois a natureza jurídica do serviço prestado continua afetar os impostos. 
	Para melhor elucidar o estudo cumpre esclarecer que imposto, nos termos do art. 16 do CTN : “ é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte ”. 
Basicamente, visa remunerar as despesas ordinárias do Estado, assim como os 
serviços utilizados por toda a sociedade. 
	Dessa maneira, não poderia, agora, o serviço de iluminação pública, ser custeado por uma contribuição, visto que, assim como nas taxas, a sua finalidade não é custear um serviço estatal indivisível e universal. As contribuições remuneram determinadas atividades destinadas à parte da sociedade , note - se, por exemplo, que as contribuições de custeio a previdência social visam amparar os segurados que cumpram os requisitos legais para o gozo do benefício previdenciário (auxílio - doença, aposentadoria, auxílio natalidade e etc. ). 
	Pelo exposto, verifica- se que a (COSIP) está fadada a ser relegada do ordenamento jurídico pelo Supremo Tribunal Federal, assim como aconteceu com a TIP, pois contraria os conceitos básicos de direito tributário e administrativo. Portanto, reitera- se que a contribuição de iluminação pública, apesar da nova “roupagem”, é um imposto, pois a iluminação pública beneficia coletividade indiscriminadamente. 
Referências:
<http :// www.direito net.co m.br /artigos /exibir/542 /Contribuicoes - Sociais- Nocoes- Iniciais> Acesso em 31/03/2018
Questão 3: ( 4,0 pontos)
 Você faz parte do setor de orçamento do Governo do Estado e recebeu o encargo de disponibilizar no orçamento determinadas despesas e receitas, tais como:
 pagamento de aluguéis;
 pagamento de salários;
 pagamento de combustível;
 construção de um posto de saúde
 cobrança de determinado imposto;
venda de um imóvel público.
Lembrando que a classificação econômica das receitas e despesas públicas, nos termos da Lei 4.320/64, como você classificaria os itens acima nominados, justificando cada uma das proposições.
RESPOSTAS:
R: a,b,c = o pagamento de alugueis, salários e combustível são despesas correntes, pois o Estado gasta no seu cotidiano, são necessárias paraa realização dos serviços públicos e não enriquecem seu patrimônio.
d= a construção de um posto de saúde é uma despesa de capital pois determina uma modificação patrimonial do Estado.
e= A cobrança de um determinado imposto é uma receita corrente, pois é um tributo e a maior fonte de arrecadação do Estado.
f= A cobrança de multas impostas é uma receita corrente.
g= A venda de um imóvel público é uma receita de capital, pois é proveniente da realização de recursos financeiros oriundos de constituição de dívidas ou superávit do orçamento.

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