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Doença causada pelo gênero Leishmania Transmitida pelo mosquito- palha (Phlebotomos) Ciclo biológico heteroxênico Etiologia Leishmania braziliensis (tegumentar americana) Leishmania donovani (visceral ou calazar) Epidemiologia Distribuição geográfica – Américas Década de 80: aumento dos casos 1985-2005: média de 28 mil casos Morfologia Forma promastigota: presente no tubo digestivo de insetos hematófagos (gênero Lutzomyia) Forma amastigota: macrófagos de mamíferos Mamíferos atingidos: roedores, caninos, tamanduás, cavalos, marsupiais e primatas. Aves e répteis não são atingidos por esse gênero. Ciclo biológico A Lutzomyia fêmea se infecta ao exercer sua hematofagia em um mamífero contaminado com Leishmania A forma amastigota converte-se em promastigota as promastigotas dirigem-se ao aparelho bucal do inseto para continuar sua vida Ciclo biológico Mamíferos são infectados pelo inseto fêmea do gênero Lutzomyia Inseto antes de sugar o sangue, inocula saliva na pele do mamífero, enquanto introduz sua probóscida (boca). Há prurido após a hematofagia. Na pele do hospedeiro mamífero, a forma promastigota se adere a um macrófago e é fagocitada por ele. O parasito se adapta ao novo ambiente transformando-se em amastigota. Essa forma se multiplica em meio ácido dentro do vacúolo digestivo, que não consegue destruir o parasito. Ciclo biológico Classificação Leishmaniose tegumentar americana ou úlcera de bauru: formas da doença nas quais o parasito tem predileção por áreas descobertas da pele e gera complicações nas mucosas da boca, nariz e faringe. Leishmaniose visceral: acentuado tropismo pelo sistema fagocítico mononuclear do baço, fígado, da medula óssea e dos tecidos linfoides provocada pelo Leishmania braziliensis atinge pele e mucosas Quadro imunoinflamatório que forma um nódulo na porta de entrada do parasito. o nódulo pode regredir, estacionar ou evoluir para úlceras ou metástases. nódulo dérmico- histiocitoma Manifestações clínicas período de incubação é variável paciente em área de risco pode não saber quando houve a picada pode aparecer desde uma ferida comum que pode gradativamente aumentar de tamanho. Ocorrem lesões primárias em forma de úlceras e secundárias, metastáticas no nariz, boca e faringe. sintomas similares a irritação na mucosa nasal – coriza, alergia, trauma leve etc. o nariz aumenta de volume, gerando destruição do septo nasal, gerando dificuldade respiratória e de se alimentar. paciente emagrece e sofre complicações respiratórias que podem levar a morte. Patogenia As formas amastigotas se dirigem ao sistema fagocítico visceral por via hematogênica, atingindo fígado, baço, medula e linfonodos. Pacientes crônicos, gera fibrose no fígado e ascite. Plaquetopenia e leucopenia Manifestações clinicas período de incubação variável ( 2 semanas até meses) sintomas vagos e gerais, como febre, mal estar, ligeira esplenomegalia e eosinofilia. com o tempo, agrava-se, podendo afetar o fígado e gerar ascite. Anemias e complicações pulmonares que levam a óbito podem estar presentes. Diagnóstico: clínico e laboratorial Clínico: lesão cutânea, anamnese e aspecto clinico Laboratorial: pesquisa do parasito. Teste de Montenegro (hipersensibilidade) Negativo para os doentes (baixa imunidade) Curados respondem ao teste e não se reinfectam. Diagnóstico Exames parasitológicos – punção da medula óssea Métodos imuno-histoquímicos – teste Montenegro ELISA Imunofluorescência Tratamento primeira opção – pentavalentes diamidinas aromáticas Anfotericina B e imunoterapia com Leishvacin usado em formas cutâneas localizadas ou disseminadas e em acometimento mucoso. Profilaxia construção de habitações a 500 m da floresta dormir com mosquiteiros uso de repelentes na mata inseticidas nas casas e periferias Profilaxia Diagnóstico precoce eliminação de cães parasitados combate ao vetor pré-domiciliado Alterações em órgãos viscerais Amastigotos na pele, especialmente no focinho e nas orelhas, onde provoca formação de feridas. Emagrecimento, hepatoesplenomegalia, perda de peso, crescimento de unhas, febre, anorexia, caquexia e óbito. Pode ser tratado, mas continua sendo fonte de infecção. Agente Etiológico - Trypanossoma cruzi No sangue: Tripomastigota - móvel Nos tecidos – Amastigotas No tubo digestivo do inseto, são originadas as formas infectantes nas fezes do inseto Triatoma infestans - barbeiro Agente transmissor Triatomíneos dos gêneros Triatoma, Panstrongylus e Rhodnius. Triatoma e Panstrongylus (associados com hospedeiros terrestres) e Rhodnius (palmeiras). Transmitem o parasito apenas se estiverem infectados e isso acontece quando eles se alimentam em um dos numerosos hospedeiros. Ciclo biológico - barbeiro Triatomíneo suga um mamífero chagásico Na parede do estômago, são produzidas epimastigotas, que transformam em tripomastigotas metacíclicos Permanecem por toda a vida no inseto, possibilitando a eliminação dessas formas metacíclicas em seus dejetos. Ciclo biológico – homem Os tripomastigotas metacíclicos presentes nos dejetos do inseto entram em contato com a pele e mucosas. Penetram após coçagem ou perfurada pelo aparelho bucal do barbeiro. Ocorre uma fagocitose induzida, onde os parasitos se aderem aos macrófagos, penetram e são fagocitados Ciclo biológico – homem No macrófago, as tripomastigotas se transformam em amastigotas. Após 36h, a amastigota se reproduz por divisão binária a cada 12h. Ao estar repleto de amastigotas, se transformam em tripomastigotas, rompendo o macrófago e as liberando no sangue, penetrando em outras células. Formas de transmissão Vetorial - principal Transfusional Transplacentária (congênita) Via Oral, pela ingestão de alimentos contaminados Formas de transmissão (menos comuns) Acidentes de laboratório Manejo de animais infectados Transplante de órgãos sólidos Leite materno Transmissão Vetorial Há o contato do homem suscetível com as excretas contaminadas dos triatomíneos Após a picada, defecam formas infectantes de tripomastigotas metacíclicos Penetram pelo orifício da picada ou por solução de continuidade deixada pelo ato de coçar. Vetores e Reservatórios A maioria das espécies vive no meio silvestre, associadas a uma diversidade de fauna e flora. No entanto, pode tornar-se domiciliada se as condições em que vive forem alteradas. De 140 triatomíneos, 69no Brasil. Manifestações clínicas Ocorrem duas etapas na infecção humana pelo T. cruzi: Fase aguda (inicial) – predomina o parasito circulante na corrente sanguínea, em quantidades expressivas. Doença febril podem persistir por até 12 semanas. Nesta fase, os sinais e sintomas podem desaparecer espontaneamente ou evoluir para a fase crônica ou progredir para formas graves que podem levar ao óbito. Manifestações clínicas Na fase aguda, predomina o parasito na corrente sanguínea, com manifestações de doença febril. A evolução natural dessa fase culmina no desaparecimento espontâneo da febre. Também é possível detectar anticorpos IgM, redução da parasitemia e aumento gradual de anticorpos IgG. Manifestações clínicas Fase crônica – existem raros parasitas circulantes na corrente sanguínea. Pode apresentar-se como: Forma indeterminada – paciente assintomático e sem sinais de comprometimento dos aparelhos circulatório e digestivo. Esse quadro poderá perdurar por toda a vida ou evoluir para a forma cardíaca, digestiva ou associada. Manifestações clínicas Edema de face, membros inferiores ou generalizado; Tosse, dispneia, dor torácica, palpitações, arritmias; Miocardite difusa com vários graus de severidade; cardiomegalia, insuficiência cardíaca, derrame pleural. sinal de Romaña Manifestações clínicas Forma cardíaca– evidências de acometimento cardíaco que, frequentemente, evolui para quadros de miocardiopatia dilatada e insuficiência cardíaca congestiva. Essa forma ocorre em cerca de 30% dos casos crônicos e é a maior responsável pela mortalidade na doença de Chagas crônica. Manifestações clínicas Forma digestiva – evidências de acometimento do aparelho digestivo que, frequentemente, evolui para megacólon ou megaesôfago. Ocorre em cerca de 10% dos casos. Forma associada (cardiodigestiva): ocorrência concomitante de lesões compatíveis com as formas cardíacas e digestivas. Diagnóstico Fase aguda - parasitológicos e sorológicos. Parasitológico: parasitos circulantes no exame direto do sangue periférico. Sorológico: anticorpos anti-T.cruzi da classe IgM no sangue periférico Diagnóstico Fase crônica Xenodiagnóstico Hemocultura Histopatológico PCR positivos para T. cruzi Tratamento Dieta livre, evitando-se bebidas alcoólicas. A internação hospitalar é indicada em casos de maior comprometimento geral (cardiopatia ou hemorragia) Droga de escolha Nifurtimox- alternativa em casos de intolerância ao Benznidazol Tratamento – cura Não existem critérios clínicos que possibilitem definir com exatidão a cura de pacientes com DC. Cura: negativação sorológica após 5 anos de tratamento. Recomenda-se realizar exames sorológicos convencionais (IgG) a cada 6 meses ou anualmente, por 5 anos, devendo-se encerrar quando os exames forem não reagentes. Vigilância epidemiológica (prevenção e controle) Detectar precocemente os casos Proceder a investigação de todos os casos agudos visando medidas de controle Monitorar a infecção por meio de inquéritos sorológicos periódicos. Monitorar o perfil de morbi-mortalidade e a carga médico-social da doença em todas as suas fases Caso suspeito Residente ou visitante de área com ocorrências, com febre prolongada Manifestações clínicas agudas, incluindo edemas, hepatomegalia, cardiopatia aguda, sinal de Romaña Caso confirmado Sorologia positiva em exames laboratoriais. MS: 453 casos em 11 estados entre 2005 a 2008 no país. Caiu a contaminação pelo barbeiro, mas aumentou por ingestão oral, como o consumo de açaí e caldo de cana com as fezes do inseto, é a chamada Doença de Chagas Aguda. Cuidado: Açaí e caldo de cana podem transmitir! http://www.socesp.org.br/blogdocoracao/2011/06/27/ consumo-de-acai-e-caldo-de-cana-aumenta- incidencia-de-doenca-de-chagas-no-brasil/ Criação de um manual para a doença 80% dos casos no Pará Alertar a população palestras peças teatrais cartilhas http://diariodopara.diarioonline.com.br/N-177694- PROJETO+CRIA+MANUAL+DA+DOENCA+DE+CHAGAS.html Novo medicamento? Medicamentos para Doenças Esquecidas (DNDi) Fexinidazol Em fase de teste 1% tem acesso aos medicamentos disponíveis http://www.medcenter.com/contentnews.aspx?pageid=128787&tax_id= 287&id=199014&EMKT=1&langtype=1046&utm_source=Icommarke ting&utm_medium=Email&utm_content=NL%202014%20General%2 030%20BR2008&utm_campaign=Icommarketing%20- %20_NEWSLETTER%20GRAL%20BR%20- %20NL%202014%20General%2030%20BR
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