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Trabalho de Testes psicológicos no Brasil, normas e codigo de ética

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TRABALHO DE TÉCNICAS DE EXAME PSICOLÓGICO I
Trabalho sobre o uso de testes psicológicos no Brasil da disciplina Técnicas de Exame Psicológico I entregue ao Professor Drº Paulo Cogo como Requisito parcial de obtenção de nota para AVI
	
 RIO DE JANEIRO
 2017
TRABALHO DE TÉCNICAS DE EXAME PSICOLÓGICO I
CARLOS EDUARDO DANTAS BERQUÓ
	
 
RIO DE JANEIRO
2017
INTRODUÇÃO 
Este trabalho tem como finalidade verificar a realidade do uso dos testes psicológicos no Brasil, no que se refere a uma série de questões: os aspectos técnicos e éticos para o uso dos mesmos. O psicólogo deve estar atento que precisa respeitar as normas de aplicação ao utilizar um teste psicológico. Sendo também importante ter um ambiente adequado, no que se refere ao espaço físico, vestuário dos aplicadores e estímulos que possam interferir na aplicação.
A utilização de um teste serve para “fornecer informações sobre os indivíduos para a tomada de alguma decisão com respeito a estes”. Por isso, os dados oferecidos devem ser confiáveis, sua utilização técnica deve estar de acordo com o parecer favorável do Conselho Federal de Psicologia. Por isso, é preciso conhecer os requisitos mínimos exigidos. Através do Satepsi - Sistema de Avaliação de Testes Psicológicos – é possível saber quais testes estão favoráveis para o uso profissional. 
Sendo assim, cabe ao psicólogo consultar o site, a fim de verificar os que podem ser utilizados profissionalmente. Além disso, o teste é de uso exclusivo do psicólogo, e o mesmo deve respeitar os princípios éticos estabelecidos pelo código de ética de sua categoria. O presente trabalho não abrange todos os aspectos éticos e técnicos que o leitor necessita saber sobre os testes psicológicos, mas, destaca alguns pontos relevantes que podem ser úteis para psicólogos que desejam ampliar o conhecimento sobre os testes.
Portanto, é fundamental que o psicólogo ou estudante de Psicologia esteja informado sobre cada aspecto que envolve os testes psicológicos, porque este é um instrumento indispensável para sua profissão.
ASPE CTOS ÉTICOS 
Baseado nos princípios éticos, o psicólogo deve realizar um serviço responsável, de qualidade, onde desenvolva o compromisso social da Psicologia. Sendo assim, é preciso observar o que estabelece o código de ética do psicólogo:
Será considerada falta ética, conforme disposto na alínea c do Art. 1º e nas alíneas g e h do Ar t. 2º do Código de Ética Profissional do Psicólogo, a utilização de testes psicológicos que não constam na relação de testes aprovados pelo CFP, salvo nos casos de pesquisa.
O artigo 2º define bem, que o psicólogo não deve interferir na validade e fidedignidade de instrumentos e técnicas psicológicas ou adulterar seus resultados. Além disso, ele não pode emprestar ou vender o seu instrumento a leigos, como estabelece o artigo 18 do código de ética: “O psicólogo não divulgará, ensinará, cederá, emprestará ou venderá a leigos instrumentos e técnicas psicológicas que permitam ou facilitem o exercício ilegal da profissão”. Em relação a divulgação dos testes vale ressaltar que: desde 2008, o CFP tem tomado medidas visando eliminar a divulgação indevida de testes psicológicos na internet, uma vez que são instrumentos privativos de psicólogos, em decorrência do que prevê o § 1º do Art. 13 da Lei Federal nº 4.119/62, e sua utilização por pessoas não habilitadas configura o cometimento de contravenção penal do exercício ilegal da profissão. Infelizmente, o uso desses sites tem sido feito por pessoas que desejam burlar as avaliações psicológicas para serem aprovadas em concursos públicos e conquistarem vagas de emprego. Diante deste fato, o juiz da 21ª Vara Federal do DF entendeu que: Conforme legislação vigente, “os testes psicológicos são de uso restrito de psicólogos e para serem aplicados e/ou comercializados devem ser aprovados pelo Conselho Federal de Psicologia” (CFP, 2014). Sendo assim, “o Conselho Federal de Psicologia, em parceria com o Fórum de Entidades Nacionais da Psicologia Brasileira (Fenpb), lançou uma campanha nacional para conscientização de profissionais e estudantes”
Utilizar testes psicológicos considerados desfavoráveis, segundo os critérios estabelecidos na Resolução CFP nº 002/2003 constitui-se falta de ética e o profissional pode responder administrativamente.
GUARDA DOS DOCUMENTOS E CONDIÇÕES
A guarda de documentos é obrigatória para o período mínimo de cinco anos, conforme dispõe no item VI da Resolução CFP 007/2003. O psicólogo é responsável por manter o sigilo dos documentos resultantes da avaliação psicológica, devendo manter o acesso restrito somente a profissionais psicólogos pela natureza técnica e privativa (Art. 13º Lei 4119/62, Art. 1º, "i" Código de Ética, Art. 18º, III da Resolução CFP 002/2003). Esse prazo poderá ser ampliado nos casos previstos em lei, por determinação judicial, ou ainda em casos específicos em que seja necessária a manutenção da guarda por maior tempo. Em caso de extinção de serviço psicológico, o destino dos documentos deverá seguir as orientações definidas no Código de Ética.
ASPECTOS TÉCNICOS 
Os testes são instrumentos técnicos e por isso devem ser manejados por pessoas treinadas e conhecedoras dos mesmos. Além disso, vale ressaltar que os testes têm regras, denominadas de “padronização”, que são exigidas para sua aplicação (procedimento de aplicação, controle dos vieses do aplicador, direito dos testados e normas de divulgação dos resultados). A Resolução CFP nº 007/2009, parte III – b, afirma que:
Para ser utilizado adequadamente, o teste precisa ter evidências empíricas de validade e precisão e também deve ser normatizado. É necessário ainda que traga instruções para aplicação. Assim, o psicólogo deve seguir todas as recomendações contidas nos manuais dos testes, bem como atualizações divulgadas, para garantir a qualidade técnica do trabalho (CFP, 2009).
Seguir as instruções do manual é fundamental para o manuseio dos testes. Por isso, prática não deve ser ignorada pelos psicólogos, que devem ficar atentos a cada item, principalmente ao que diz respeito a validade dos testes. Mas, em relação a problemas em seu uso, pode se afirmar que: “Embora as qualidades técnicas de vários testes estejam longe do ideal e possam contribuir para problemas em seu uso, de modo geral se admite que o motivo básico para o mau uso dos testes reside no conhecimento ou competência insuficiente por parte de muitos usuários” (URBINA, Susana, 2007). Sendo assim, o psicólogo deve estar “familiarizado” com o manual de instrução, para que possa manusear os testes de forma adequada evitando prejuízos ao utilizá-los. No processo de aplicação do teste é preciso verificar a qualidade do ambiente fisco e psicológico. Em relação ao examinador, deve-se optar por aquele que seja qualificado, e assim não traga prejuízo aos resultados obtidos.
CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DOS PSICÓLOGOS
RESOLUÇÃO CFP Nº 010/05 Aprova o Código de Ética Profissional do Psicólogo. O CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA, no uso de suas atribuições legais e regimentais, que lhe são conferidas pela Lei no 5.766, de 20 de dezembro de 1971; CONSIDERANDO o disposto no Art. 6º, letra “e”, da Lei no 5.766 de 20 /12/1971, e o Ar t. 6º, inciso VII, do Decreto nº 79.822 de 17/ 6/1977; 
CONSIDERANDO o disposto na Constituição Federal de 1988, conhecida como Constituição Cidadã, que consolida o Estado Democrático de Direito e legislações dela decorrentes; 
CONSIDERANDO decisão deste Plenário em reunião realizada no dia 21 de julho de 2005; 
ASPECTOS LEGAIS E ÉTICOS SOBRE O USO DOS TESTES PSICOLÓGICOS
RESOLUÇÃO CFP N.º 01/2002 
Regulamenta a Avaliação Psicológica em Concurso Público e processos seletivos da mesma natureza.
§ 1º - Para proceder à avaliação referida no caputdeste artigo, o psicólogo deverá utilizar métodos e técnicas psicológicas que possuam características e normas obtidas por meio de procedimentos psicológicos reconhecidos pela comunidade científica como adequados para instrumentos dessa natureza.
§ 2º - Optando pelo uso de testes psicológicos, o psicólogo deverá utilizar testes validados em nível nacional, aprovados pelo CFP de acordo com a Resolução CFP n.º 25/2001, que garantam a precisão dos diagnósticos individuais obtidos pelos candidatos.
Art. 2º - Para alcançar os objetivos referidos no artigo anterior, o psicólogo deverá: 
I – utilizar testes definidos com base no perfil profissiográfico do cargo pretendido; 
II – incluir, nos instrumentos de avaliação, técnicas capazes, minimamente, de aferir características tais como inteligência, funções cognitivas, habilidades específicas e personalidade; 
III – à luz dos resultados de cada instrumento, proceder à análise conjunta de todas as técnicas utilizadas, relacionando-as ao perfil do cargo e aos fatores restritivos para a profissão, considerando a capacidade do candidato para utilizar as funções psicológicas necessárias ao desempenho do cargo; 
IV – seguir sempre a recomendação atualizada dos manuais técnicos adotados a respeito dos procedimentos de aplicação e avaliação quantitativa e qualitativa. 
Art. 3º - O Edital deverá conter informações, em linguagem compreensível ao leigo, sobre a avaliação psicológica a ser realizada e os critérios de avaliação, relacionando-os aos aspectos psicológicos considerados compatíveis com o desempenho esperado para o cargo. 
Art. 4º - O psicólogo ou comissão responsável deverá ser designada pela instituição ou empresa que promove o concurso ou a seleção, através de ato formal, devendo todos estarem regularmente inscritos em Conselho Regional de Psicologia. 
Art. 5º - O psicólogo deverá declarar-se impedido de avaliar candidatos com os quais tenha relação que possa interferir na avaliação. 
Parágrafo Único – Na hipótese do exposto no caput desse artigo, o candidato deverá ser encaminhado a outro membro da comissão de avaliação ou a outro profissional. 
Art. 6º - A publicação do resultado da avaliação psicológica será feita por meio de relação nominal, constando os candidatos indicados. 
§ 1º - O sigilo sobre os resultados obtidos na avaliação psicológica deverá ser mantido pelo psicólogo, na forma prevista pelo código de ética da categoria profissional. 
§ 2º - Será facultado ao candidato, e somente a este, conhecer o resultado da avaliação por meio de entrevista devolutiva.
Art. 7º – Na hipótese de recurso à instância competente, o candidato poderá ser assessorado ou representado por psicólogo que não tenha feito parte da comissão avaliadora, que fundamentará o pedido e a revisão do processo de avaliação do recorrente, com base nas provas realizadas.
§ 1º - Havendo recurso para realização de perícia, ficam os membros da comissão impedidos de participarem do processo. 
§ 2º - Os peritos deverão considerar todas as informações referentes ao cargo, fornecidas pelo órgão. 
Art. 8º - Tanto para a entrevista de devolução quanto para a apresentação do recurso, não será admitida a remoção dos testes do candidato do seu local de arquivamento público, devendo o psicólogo contratado fazer seu trabalho na presença de um psicólogo da comissão examinadora, salvo determinação judicial. 
Art. 9º - A avaliação psicológica em concurso público ou processo seletivo da mesma natureza terá sua validade de acordo com a Resolução CFP n.º 25/2001. 
Parágrafo Único – Caso o candidato possua aprovação em concurso público e o exame psicológico esteja fora do prazo de validade, a admissão do candidato estará sujeita a nova avaliação psicológica. 
Art. 10 - O laudo psicológico deverá ser assinado, ao menos, pelo responsável técnico da avaliação. 
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O uso de testes psicológicos possibilita ao psicólogo fazer avaliações científicas sobre o comportamento humano, o que é de grande importância para a Psicologia, que é uma ciência ainda muito nova, e que precisa e tem muito ainda o que desvendar. O psicólogo que irá aplicar os testes, deve sempre ter em mente as formas corretas de sua aplicação além de um vasto conhecimento na área. Além disso, os testes possibilitam eliminar pré-julgamentos sobre os indivíduos testados. O código de ética deve ser sempre respeitado, pois os testes têm padrões a serem seguidos, e os mesmos lidam com vida humana, assim sendo o que não for feito nos parâmetros do código pode alterar os resultados e comprometer o teste.
	Podemos concluir que os testes psicológicos podem ser considerados intermediários. Com a regulamentação e fiscalização do CFP sobre os testes psicológicos, e o investimento em qualificação para os profissionais: pesquisas cientificas, artigos, cursos e livros. Existe com isso uma crescente mudança para que os testes possam ser melhor utilizados com uma maior qualidade. 
BIBLIOGRAFIA 
CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA. Cartilha Avaliação Psicológica – 2013.1ª edição. Brasília, 2013.Disponível em: <http://satepsi.cfp.org.br/docs/cartilha.pdf>. Acessado em: 17/04/2017. 
 
CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA. Código de Ética Profissional do Psicólogo. Brasília: Conselho Federal de Psicologia, 2005. 
 
CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA. Testes Psicológicos: Justiça determina retirada de testes psicológicos divulgados indevidamente em sites de busca. Atualizado em 2014, disponível em: <http://site.cfp.org.br/justica-determina-retirada-de-testes-psicologicos-divulgados-indevidamente-em-sites-de-busca/>. Acessado em 17/04/2017. 
 
CONSELHO REGIONAL DE PSICOLOGIA. Testes Psicológicos. Disponível em: <http://www.crprj.org.br/pesquisa.html?cx=008953687841352765490%3Afkj2szyhvwe&cof=FORID%3A11&ie=UTF-8&q=teste+psicológico>. Acessado em: 20/04/2017.
 
SATEPSI, Sistema de Avaliação de Testes Psicológicos. Avaliação dos Testes Psicológicos. Disponível em: < http://satepsi.cfp.org.br/ >. Acessado em: 19/04/2017.

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