Buscar

Doença de Chagas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 47 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 47 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 47 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Trypanosoma cruzi
Doença de Chagas
• Carlos Chagas
• 1907 Médico
encontrou pela primeira vez os flagelados no intestino
de triatomíneos.
• Lassance, Minas Gerais
• Inoculações em macacos desenvolveram
parasitemia.
• doença febril.
.
Histórico
Histórico
• 1909 descrição do 1º. caso humano
Estabeleceu etiologia, ciclo parasitário, identificou vetores,
reservatórios domésticos e silvestres, descreveu doença
e diagnóstico.
Histórico
O que é a Doença de Chagas?
• A Doença de Chagas (ou tripanossomíase americana) é
uma doença infecciosa causada pelo parasita Trypanosoma cruzi.
• Taxonomia
Classe – Zoomastigophorea
Ordem – Kinetoplastida
Família - Trypanosomatidae
Gênero – Trypanosoma
• Transmitida por insetos triatomíneos.
Histórico da Doença
• A doença de Chagas foi descrita pela primeira vez, em 1909, pelo
médico e cientista brasileiro Carlos Ribeiro Justiniano das Chagas. Em
um caso único na história da medicina, Carlos Chagas descreveu, além
da doença, seu agente etiológico, o ciclo de transmissão, os
hospedeiros vertebrados, os vetores e as manifestações clínicas da
fase aguda no primeiro caso humano estudado (a menina Berenice,
de 02 anos de idade).
GêneroTrypanosoma
• Centenas de espécies em todo o mundo.
• Grande variabilidade de hospedeiros vertebrados
(mamíferos, aves, répteis, peixes e anfíbios).
• Grande variabilidade de hospedeiros invertebrados
(moscas, barbeiro, pulgas, carrapatos).
• Espécie-especificidade ou não.
• Espécies de importância médica humana
• T. cruzi 
• T. brucei gambiense
• T. brucei rhodesiense 
Classificação dos tripanosomas de
acordo com sua transmissão.
• Dois grupos:
• Estercorários: os parasitas desenvolvem-se na porção posterior do inseto vetor e 
são transmitidos nas fezes.
• Ex.: T. cruzi
• Salivários: os parasitas desenvolvem-se na porção anterior do inseto vetor e são 
transmitidos na saliva
• Ex.: T. brucei
Tripanossomíase Humana
• Doença de Chagas – T. cruzi
-16 a 18 milhões
-89 milhões sob risco
4° doença de maio impacto
• Doença do sono – T. b. gambiense, T. b. rhodensiese
-Mosca tsé-tsé –África
- 20 mil casos/ano
-50 milhões sob risco
Características morfológicas
principais do Trypanosoma cruzi
Tripomastigota Amastigota
Epimastigota
Cinetoplasto
Membrana
ondulante
Flagelo
Flagelo
Cinetoplasto
Mitocôndria
Vetor
• A Doença de Chagas é transmiti da por insetos hemípteros hematófagos da
família Reduviidae e subfamília Triatominae;
• Estes insetos são popularmente conhecidos como barbeiros, chupões, procotós 
(sertão da Paraíba), vum-vum (Bahia), chupança (Mato Grosso), vinchucas (países 
andinos), chincha voladora (México), kissing bugs (Estados Unidos);
• Gêneros: Panstrongylus, Triatoma e Rhodnius.
Vetor
Vetor
• Hábitos noturnos;
• Durante o dia, são encontrados nas 
fendas das paredes de casas não 
rebocadas, telhados de palha;
• Vivem no domicílio e região 
peridomiciliar;
• Longevidade do adulto: 9 a 20 meses
Ciclos de transmissão
• 1. Ciclo silvestre (zoonose) 
- reservatórios silvestres: só mamíferos 
(gambá, tatu, roedores, tamanduá, 
preguiça, morcegos, macacos, etc);
2. Ciclo para-doméstico - animais 
domésticos (cão, gato, porcos) –
homem;
3. Ciclo doméstico – homem –
triatomíneo doméstico- homem.
Epidemiologia
- T. cruzi é transmitido em ciclos domésticos 
ou paradomésticos 
Transmissão
• Aproximadamente 80% da transmissão é vetorial;
• Durante a picada o inseto alimenta-se do sangue do
hospedeiro e defeca próximo ao local da picada;
• Nas fezes do vetor estão presentes as formas infectantes
(tripomastigotas metacíclicos).
Formas de transmissão
• Transmissão vertical: mãe para filho durante a gestação
• Transfusão sanguínea
• Transplante de órgãos
• Acidentes de laboratório (fezes de triatomíneos, culturas de T. cruzi,
• manejo de animais em experimentação)
• Oral (triatomíneos infectados macerados junto com alimentos, p. ex. 
açaí, caldo de cana)
Ciclo de evolução no animal vertebrado
Após esse ser picado pelo barbeiro contaminado o Tripanossoma em sua forma de 
Tripomastigotas metacíclicos., contidos nas fezes do inseto, penetra na pele e mucosas
do homem chegando a corrente circulatória .
Interação T. cruzi-célula hospedeira
• Fagócito
Macrófago
penetração passiva
fagocitose clássica
• Células não fagocíticas
epiteliais, musculares, nervosas
penetração ativa
fagocitose induzida
1.Células fagocíticas
fagocitose clássica
Adesão e invasão de células
2. Células não fagocíticas
epiteliais, musculares, nervosas
penetração ativa
fagocitose induzida
Fatores importantes:
Parasita:
• gp82, fosforilação 
de p175, Ca2+ via IP3
• pH baixo
• hemolisina para 
escape do lisossomo
Célula hospedeira:
•Remodelamento do 
citoesqueleto, 
“sequestro” de 
lisossomos para 
superfície
• Dynamina, Rab5, 
Rab7
Adesão e invasão de células
2. Células não fagocíticas profissionais
Adesão
Sinalização
Invasão
Forma Amastigota
• É a forma encontrada dentro da célula
• parasitada;
• É ovóide e mede 4 μm no maior diâmetro;
• Não possui flagelo ou membrana ondulante;
• Núcleo ovóide e compacto e cinetoplasto com
• aspecto de disco convexo-côncavo próximo ao
• núcleo;
• Multiplica-se por divisão binária simples
• (12 horas);
• O ciclo intracelular dura cerca de 5-6 dias e
• produz cerca de 9 gerações de parasitas
Forma Tripomastigota
• Fase extracelular, que circula no sangue
• Apresenta flagelo e membrana ondulante em toda extensão lateral do parasito.
• O cinetoplasto se localiza na extremidade posterior do parasito
Forma epimastigota
• Desenvolve-se na porção posterior do intestino médio do
• inseto;
• Dimensões variáveis;
• Citoplasma abundante;
• Cinetoplasto situado perto do núcleo;
• Reproduz-se por divisão binária longitudinal;
• Muitas vezes os epimastigotas agrupam-se formando rosáceas, com
• as extremidades flageladas voltadas para o centro.
Período de incubação
• Depende do inóculo, da via de penetração, da cepa do
• parasita e das condições do paciente;
• Transmissão vetorial: 5-15 dias;
• Transmissão oral: 3 a 22 dias;
• Transfusão sanguínea: 30-40 dias podendo estender-se
• por mais de 60 dias.
• Transmissão vertical: pode ocorrer em qualquer período da gestação 
ou durante o parto.
Patogenia
• Fase Aguda
• Sintomática ou Assintomática
• Manifestações locais:
• Sinal de Romaña (edema na região da pálpebra)
• Chagoma de inoculação (resposta inflamatória no local da entrada do parasito) edema na derme e 
hipoderme
• Manifestações gerais: Parasitemia patente
• Outros sintomas
• Febre, mal estar, cefaléia e anorexia;
• Linfoadenomegalia e hepatomegalia,esplenomegalia sutis;
• Miocardite aguda com alterações eletrocardiográficas 
(raramente);
• Meningoencefalite (raramente).
Ponto de inoculação do parasito
Patogenia
• Fase Crônica assintomática
• 1. Forma indeterminada
• Após a fase aguda período de 10 a 30 anos
• Caracterizada pelos seguintes parâmetros
• Positividade de exames sorológicos e patológicos
• Ausência de sintomas
• Eletrocardiograma convencional normal
• Coração, esôfago e cólon normais
Fase crônica sintomática
• Sintomatologia relacionada com o sistema cardiocirculatório ( 
coração), digestivo (esôfago e cólon) ou ambos.
2.Cardiopatia chagásica crônica – ICC.
Diminuição da massa muscular que se encontra destruída.
• Aparecimento cerca de 20-30 anos após a infecção inicial;
• É a mais importante forma de limitação ao doente chagásico e principal
• causa de morte;
• Pode apresentar-se sem sintomatologia, mas com alterações• eletrocardiográficas;
• Caracterizada por miocardite crônica progressiva, dilatação de cavidades
• e hipertrofia ventricular, distúrbios de condução elétrica, arritmias e
• insuficiência cardíaca.
Cardiomegalia Aneurisma de ponta
Fase crônica: Miocardite chagasica
. Fase crônica
Formas digestivas (megas).
• O Caracterizam-se por alterações ao longo do
trato digestivo
Megaesôfago surge em qualquer idade.
Sintomas: disfagia, regurgitação,soluço, tosse 
cárdia: acúmulo de alimentos – megaesôfago
Megacólon
• destruição de neurônios dos plexos
• mioentéricos (parassimpático)
• esfíncteres em contração permanente
(simpático)
• Dificuldade de trânsito de alimentos/
• Falta de movimentos peristálticos adequados
• Constipação crônica e acúmulo de grandes volumes de fezes.
• Dilatações dos cólons reto-sigmóide: acúmulo de fezes 
• Caindo na circulação, o Trypanosoma cruzi afeta os gânglios, 
o fígado e o baço. Depois se localiza no coração, intestino e 
esôfago. Nas fases crônicas da doença, pode haver destruição 
da musculatura e sua flacidez provoca aumento desses três 
órgãos, o que causa problemas como aumento do coração, 
aumento do cólon que pode provocar retenção das fezes e 
megaesôfago, cujo principal sintoma é a regurgitação dos 
alimentos ingeridos. Essas lesões são definitivas, irreversíveis.
Resposta Imune
• T. cruzi
• Resposta imune do hospedeiro
• Celular inata ( macrófagos , células dendríticas e NK)
• NK sintetizam IFN-y que ativa os macrófagos que destroem os parasitas 
liberando No e ânions superóxidos.
• Macrofágos ( IL12, e TNF alfa)
• Adaptativa (linfócitos T e B)
• Celulas T CD4 são importantes na proteção contra a infecção por T cruzi
na fase aguda.
• Humoral Protetora (anticorpos líticos) que auxiliam na destruição dos 
parasitas intra e extracelulares.
Resposta imune
Equilíbrio relação parasito-hospedeiro
✓Parasitemia baixíssima - Parasita nunca é totalmente eliminado
✓Resposta Imune Humoral
• anticorpos IgG anti-tripomastigotas
• opsonização: macrófagos ativados matam parasita
• bloqueio da penetração
• lise complemento, ADCC(“antibody-dependent cell mediated cytotoxicity”)
✓ Resposta Imune Celular
• Células efetoras - T, NK, Macrófagos
Diagnóstico Parasitológico
• Diretos – FASE AGUDA
• Exame a fresco em lâmina (motilidade)
• Gota espessa ou esfregaço corado com Giemsa
(morfologia do parasita)
• Centrifugação em tubos capilares
• (micro-hematócrito) - baixa parasitemia
• Indiretos – FASE CRÔNICA
• Xenodiagnóstico (alimentação de ninfas de
triatomíneos não infectadas com o sangue de
pacientes).
• Hemocultura (cultura do sangue em meio LIT )
Leitura: 30, 60, 90 e 120 dias
Diagnóstico Laboratorial
• Na fase aguda
• Alta Parasitemia
• Presença de IgM e IgG.
• Na fase crônica 
• Baixa Parasitemia
• Presença de IgG.
Diagnóstico sorológico
• Testes convencionais
Reação Hemaglutinação indireta (HAI)
Reação Imunofluorescência indireta (RIFI)
Reação Ensaio imunoenzimático (ELISA)
• Fase aguda: detecção de IgM
• Fase crônica: detecção de IgG
OMS, recomenda pelo menos dois testes 
sorológicos devem ser realizados
para confirmação dos resultados.
• Teste de aglutinação em partículas de gelatina 
• Sorologia (“western blot”) utilizando antígenos nativos: antígenos de 
excreção-secreção (tripomastigotas) 
• Sorologia (ELISA) utilizando antígenos recombinantes.
Diagnóstico sorológico
Tratamento
✓Nifurtimox (Lampit):
- Nitro-derivado que age através da produção de radicais livres. O parasita é 
mais sensível devido a uma deficiência no seu repertório de enzimas anti-
oxidantes.
- Toxicidade frequente (anorexia, náusea, vômitos, reações alérgicas);
- Parcialmente efetivo na fase aguda.
✓ Benzonidazole (Rochagan):
-Modo de ação ainda não completamente claro. Parece inibir a síntese de
RNA e proteína;
-Toxicidade frequente (Anorexia, cefaléia, dermatopatia, gastralgia,
insônia, náuseas, perda de peso, polineuropatia, vômitos);
- Parcialmente efetivo na fase aguda;
- Inativo na fase crônica;
-Tratamento prolongado (até 60 dias);
Profilaxia
• Transmissão vetorial:
- controle químico de vetores com inseticidas quando a investigação entomológica 
indicar a presença de triatomíneos
domiciliados; melhoria habitacional em áreas de alto risco suscetíveis a 
domiciliação.
• Transmissão transfusional:
- manutenção do controle de qualidade rigoroso de hemoderivados.
• Transmissão vertical: 
-identificação de gestantes chagásicas na assistência pré-natal ou de recém-
nascidos por triagem neonatal para tratamento precoce.
• Transmissão oral:
- cuidados de higiene na produção e manipulação artesanal de 
alimentos de origem vegetal.
• Transmissão acidental: 
-utilização de equipamento de biossegurança.
Profilaxia
PREVENÇÃO DA DOENÇA DE CHAGAS 
• A prevenção está centrada no controle dos hemípteros através da melhoria 
das moradias rurais. 
• Melhoria das condições de higiene e a limpeza frequente do entorno das 
residências. 
• Controle no sistema de doação de sangue. 
• Controle rigoroso no manuseio e preparo de alimentos como assaí e caldo 
de cana. 
• Basicamente, a prevenção se dá pela eliminação do barbeiro por meio de 
medidas que tornem menos propício o convívio deste próximo aos humanos.
• O uso do inseticida extremamente eficaz. DDT e outros clorados são 
indicados em zonas endémicas, considerando que o perigo dos insetos 
transmissores é muito maior.
Profilaxia: Controle dos vetores. 
Uso de pintura contendo inseticida e
melhoria das condições de moradia

Continue navegando