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PROTOZOÁRIOS - PARASITOLOGIA

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GIOVANNA BOTTEZINI PARASITOLOGIA TURMA LI 2021.1 
 
Introdução 
 Giardia spp.: protozoário causador da 
giardiose 
 
 280 milhões de casos por ano 
 500 mil casos novos a cada ano 
 Junto com Cryptosporidium spp., um dos mais 
importantes protozoários da veiculação 
hídrica → surtos causados pela contaminação 
por água da torneira 
 Acomete principalmente crianças 
 Giardia duodenalis: infecta humanos e outros 
primatas (Grupo genético A) 
 Giardia enterica: infecta humanos e outro 
primatas (Grupo genético B) 
Thompson e Monis propõe elevação das 
assembleias a novas espécies 
Epidemiologia 
 Resistem a cloração → cloro na água não 
inativa os cistos de giárdia 
 Grande produção de cistos (109 por dia) → 
podem ser eliminados nas fezes 
› Falta de higiene após as fezes pode manter 
cistos nas mãos e, se levadas a boca, 
podem contaminar o ambiente ou 
alimentos → 10 a 25 cistos suficiente para 
infecção 
 Boa filtração da água ajuda na prevenção 
 
 Contato interpessoal: creches, asilos, 
enfermarias, orfanatos 
› Brasil: prevalência em creches (4% a 31%) 
 Agente etiológico: “diarreia dos turistas” 
 Águas superficiais (nível mundial): 26-43% 
contaminadas com cistos (0,3 a 100 cistos/L) 
 Ostras e outros animais marinhos filtram água 
e podem bioacumular giárdia e infectar seres 
humanos se consumidas cruas 
› São deixadas 24h filtrando água limpa 
(muitas vezes não é suficiente) 
 Qualidade da água de irrigação: influencia 
presença de cistos na produção agrícola 
Morfologia 
 7-12 micrometros (fezes formadas) 
 Possuem uma membrana dupla: 
› Externa: camada filamentosa (ptn 102 kda) 
› Interna: n-acetilgalactosamina 
 Possui 4 núcleos 
 Apresenta exonera 
 Corpo em crescente 
Flagelos reabsorvidos dos trofozoítos secreta 
dupla membrana cística 
 
AXONEMA 
NÚCLEO 
FRAGMENTOS 
DE DISCOS 
PAREDE EXTERNA 
GIOVANNA BOTTEZINI PARASITOLOGIA TURMA LI 2021.1 
 12-15 micrometros (fezes diarreicas) 
Trofozoítos sofrem divisões binarias e se 
transformam em cistos → corpo produz 
resposta imune 7 a 8 dias → 10 dias depois 
aparecem cistos nas fezes 
 Possui 2 núcleos 
 Possui 8 flagelos, axonema e corpo mediano 
 Disco ventral: serve para se fixar na mucosa 
intestinal → aumenta a área de absorção da 
célula 
 
Axonema: região de onde emergem 
microtúbulos que formam os flagelos 
 Células com muitos vacúolos periféricos 
› Muitos são lisossomos e podem fagocitar 
alguns tipos de células 
 Muito depósito de glicogênio 
› Precisa de muita energia armazenada pois 
precisa ficar dois meses no ambiente 
viável para virar cisto 
 Disco ventral possui cristas 
 
Ciclo biológico 
 Transmissão via oral-fecal: infecção apenas 
pela ingestão de cistos por água ou alimentos 
contaminados 
 Alguns cistos podem demorar até 7 dias para 
se tornar infectantes (cistos saem com dois 
núcleos e precisam se dividir) 
 
 Assintomáticos: sai apenas cistos nas fezes 
 Sintomáticos: sai trofozoítos nas fezes e morre 
 Encistamento não ocorre todos os dias → há 
períodos que as pessoas não liberam cistos 
nas fezes 
Giardose 
 Barreiras naturais: muco, peristaltismo, 
proteases da mucosa intestinal, sais biliares, 
microbiota intestinal, células de Paneth 
› Se proliferam intensamente os trofozoítos 
que passarem por essas barreiras 
 Resposta imune inata: mastócitos, fagócitos, 
defensinas, processo inflamatório 
› Período de incubação: aproximadamente 7 
dias para o parasita se proliferar 
intensamente para produzir sintomas 
NÚCLEO 
DISCO VENTRAL 
CORPOS PARABASAIS 
CORPOS BASAIS 
AXONEMA 
FLAGELO 
GIOVANNA BOTTEZINI PARASITOLOGIA TURMA LI 2021.1 
 Resposta imune adaptativa: anticorpos IgA, 
resposta celular T 
 
 Mecanismo multifatorial: 
› Local de adesão → giárdia libera proteínas 
giardinas que inibem enzimas importantes 
para o funcionamento das zônulas de 
oclusão das células do intestino 
› Células ficam mais frouxas → permite a 
entrada de substâncias tóxicas no intestino 
› Epitélio fica mais jovem e com 
microvilosidades menores → dificulta a 
absorção de eletrólitos e nutrientes 
principalmente vitaminas lipossolúveis 
 
 Assintomáticos: 50 a 75% dos infectados 
 Sintomáticos: 
› diarreia aguda ou persistente 
› dor epigástrica 
› perda de peso: devido à má absorção 
intestinal 
› esteatorreia: devido ao desequilíbrio 
intestinal 
› intolerância temporária à lactose: altera a 
secreção de enzimas do intestino 
› síndrome do intestino irritável 
› retardo do crescimento físico e cognitivo 
(crianças) 
 Sintomas extra intestinais secundários: 
› alterações dermatológicas: urticaria, 
dermatite atópica 
› problemas oculares: perda de acuidade 
visual pela diminuição da absorção de 
nutrientes importantes para a visão) 
› uretrite: relacionada a produtos tóxicos 
absorvidos pelo intestino devido a 
diminuição da barreira da mucosa 
intestinal 
Contribui para sintomas: idade (crianças e 
idosos), imunodeficiências, desvioses 
(alterações na microbiota intestina), uso de 
imunossupressores 
 
 No mínimo 3 amostras devem ser examinadas 
antes de um resultado negativo → a excreção 
de cistos nas fezes não ocorre todos os dias 
 Exame parasitológico de fezes: pesquisa de 
trofozoítos em fezes liquefeitas (exame direto 
a fresco – não precisa diluir as fezes) 
 Pesquisa de cistos em fezes formadas: 
› Método faust ou centrifugação em sulfato 
de zinco 
› Centrifugo-concentração em formalina – 
éter 
 
GIOVANNA BOTTEZINI PARASITOLOGIA TURMA LI 2021.1 
 ELISA: resultados falso positivos; 95% 
sensibilidade (mesmo que a pessoa não esteja 
eliminando cistos nesse período) 
 Reação de imunofluorescência direta: 99,2% 
sensibilidade 
 PCR/RFLP: dados epidemiológicos; fontes de 
infecção 
 Nitazoxanida: uso por 3 dias (menos eficaz que 
nitromidazol - eficácia de 70%) 
 Medicamentos derivados do 5-nitromidazol 
› Metronidazol e tinidazol (5 dias) 
› Secnidazol (dose única) 
› Albendazol (5 dias) 
MECANISMO DE AÇÃO 
› A molécula de metronidazol entra inativa 
dentro no mitossoma (mitocôndria do 
parasita) → elétrons gerados pela enzima PFO 
são transportados pela ferrodoxina para a 
droga → mitocôndrias sem energia → parasita 
morre 
› Metronidazol é reduzido e ocorre a formação 
de um nitro ânion que é um radical libre 
› Interfere na síntese e degradação do DNA 
 Riscos: 
› Interação com álcool e automedicação 
› Metronidazol – carcinogênico em 
camundongos que receberam tratamentos 
repetidos 
› Criança com sintomatologia 
Prevenção e controle 
 Saneamento ambiental 
 Tratamento adequado da água 
 Coleta e tratamento adequado do esgoto 
 Coleta de lixo 
 Proteção dos rios – manutenção da mata ciliar 
para evitar a contaminação por fezes de 
animais 
 Educação sanitária e higiene pessoal 
 Combate a artrópodes 
 Controle sanitário na produção de frutas, 
hortaliças e moluscos 
 Treinamento dos manipuladores de alimentos 
 Higiene: creches, asilos, escolas, piscinas 
 Tratamento e controle de animais infectados 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GIOVANNA BOTTEZINI PARASITOLOGIA TURMA LI 2021.1 
 
Características 
 Trichomonas vaginalis: doenças sexualmente 
transmissíveis 
 Trichomonas tenax: associado ao tártaro bucal 
 Pentatrichomonas hominis: acomete humanos 
 Célula polimorfa: alterna entre formato 
piriforme e ameboide 
 Não há estágio de cisto → transmissão direta 
entre contato pessoal (antroponose) 
› Diferente da giardose que é uma zoonose 
 Células apresentam 4 flagelos anteriores 
originados no complexo citossomal 
 O 5º flagelo forma a membrana ondulante 
 Axonema de conecta a pelta 
 Pelta: função estrutural – pequena estrutura 
em forma crescente 
 Axonema: origem dos flagelos 
 Não possuem mitocôndrias – possuem 
hidrogenossomos para a produção de energia 
 
 
 
 
 Organismo anaeróbico: anaerobiose 
facultativa – hidrogenossomos portadores da 
PFOR, enzima capaz de transformar o privado 
em acetatoe de liberar ATP e hidrogênio 
molecular 
 Pode sobreviver algum tempo em 
microaerofilia (ex: lugares úmidos, piscinas) 
 Cresce bem na ausência de O2 e Ph entre 5 e 
7,5 
Epidemiologia 
 Donne (1836): descrição da vaginite em 
mulheres 
 Dock (1896): descrição da uretrite em homens 
 Frequência da tricomoníase: 7,4 milhões de 
casos novos/ano 
 180 milhões de mulheres no mundo 
infectadas 
 Clínicas de IST: prevalência de até 88% 
 Sexo masculino: 10%-50% assintomáticos 
Ciclo biológico 
 Hábitat: trato gênito-urinário do homem e da 
mulher 
 Mecanismos de transmissão: como a 
Trichomonas não tem estágio de cisto, a 
transmissão é por contato interpessoal 
(sexual) 
› 99% - transmite trofozoítos 
 As mulheres mais suscetíveis a ter a doença → 
condições da vagina que favorecem a 
proliferação do parasita 
 Os homens são considerados reservatórios → 
são assintomáticos e transmite para as 
mulheres 
GIOVANNA BOTTEZINI PARASITOLOGIA TURMA LI 2021.1 
Reservatório – indivíduo que se infecta e não 
manifesta os sintomas, mas transmite para 
outros indivíduos 
 Fômites (raro) – objetos inanimados que 
transmitem o parasita (ex: toalha úmida, 
instrumentos ginecológicos contaminados) 
 
Tricomoníase 
 Barreira inicial: mucosa vaginal 
› Inicialmente se liga à mucina (Trichomonas 
consegue se adaptar muito bem a essa 
proteína) → corpo produz mais células 
mucosas para tentar eliminar o parasita 
 Adesão ao epitélio vaginal: muito ferro 
disponível no trato vaginal 
› Ferro é essencial para a citoaderência → 
mais proteínas de adesão → Trichomonas 
se adere mais ao epitélio vaginal 
› Induz a transcrição do gene ap65-1 que 
codifica proteínas de adesão 
 Possui receptor de superfície que se liga a 
laminina 
 Liberam hidrolases semelhantes a tripsina e 
consegue degradar componentes da matriz 
extracelular (laminina e vitronectnina) 
› Membranas das células quase se fundem e 
se fixam muito bem 
 Liberam enzimas inibidoras de proteases de 
leucócitos: facilita a infecção pelo HIV 
 
 Faz fagocitose de células do epitélio 
 Induz apoptose de neutrófilos e macrófagos – 
imunossupressão 
 Endocitose e destruição de imunoglobulinas 
 Mimetismo molecular da superfície da célula: 
› Expressa proteínas semelhantes à do 
hospedeiro → depois de algumas semanas 
não é mais reconhecido pelo sistema imune 
 Secreção prostática contém alta concentração 
de zinco → na presença de zinco o parasita 
expressa outras proteínas para metabolizar o 
zinco e menos proteínas de adesão 
› Homens que tem prostatite crônica tem 
menor secreção de zinco – parasita se 
comporta de outra maneira 
› Células da próstata e cervicais → mantém 
a forma piriforme e alguns emitem 
pseudópodes (alfa actina distribuída em 
todo o citoplasma) 
 
GIOVANNA BOTTEZINI PARASITOLOGIA TURMA LI 2021.1 
 Mulheres no período anterior da menstruação 
não tem sintomas 
› Após a menstruação piora muito os 
sintomas → maior adesão na mucosa pela 
maior disponibilidade de ferro no epitélio 
› Se adere mais para não ser eliminado com 
o ciclo menstrual 
› Células do epitélio vaginal: parasito com 
aspecto ameboide → expressa alfa actina 
na periferia da célula 
› Facilmente consegue projetar pseudópodes 
 Sexo feminino: se entrar em contato com HIV 
fica mais suscetível a microulcerações e 
grande aporte leucócitos CD4 
› Mulheres podem ficar muito tempo 
infectadas 
 Sexo masculino: se possuir tricomoníase 
sintomática e for portador de HIV, a 
concentração de RNA do HIV no sêmen é 6 
vezes 
› Grande infiltração de linfócitos infectados 
pelo HIV na região genital 
› Pode contribuir para a infertilidade em 
homens 
 Gestante: 30% de probabilidade de ter bebê 
baixo peso ou nascer antes do tempo (pré-
termo) 
› Possibilidade de infecção → maior 
biodisponibilidade de citocinas → 
aumentam as contrações uterinas → 
nascimento prematuro 
 
 Período de incubação: 4 – 28 dias 
 Mulheres: 
› Doença inflamatória vulvovaginal 
› Corrimento vaginal amarelo-esverdeado, 
com bolhas, odor acentuado (presença de 
devido à presença de putrecina → mais 
volátil no pH baixo), dispareunia, disúria, 
coceira, dores no baixo ventre 
 
› Lesão eritematosa macular com petéquias 
hemorrágicas (strawberry cérvix) 
› Ph tende a ficar mais básico devido a 
produção de aminas pelo parasito 
› Pneumonia, bronquite lesões orais em 
indivíduos imunocomprometidos – pode 
inalar trofozoítos liberados na urina 
 Homens: 
› Normalmente são assintomáticos 
› Epididimite, prostatite, balanopostite, 
uretrite, infertilidade 
 Determinar Ph vaginal: mais básico indica 
presença de Trichomonas 
 Teste de aminas: KOH na putrecina – odor 
fétido 
 Exame direto a fresco ou preparações coradas 
(giemsa): aparece o Trichomonas na amostra 
› Diminuição de bacilos doderlein 
(lactobacilos diminuem porque o Ph 
aumenta e torna o meio inóspito para as 
bactérias da microbiota normal na 
presença do T. vaginalis) 
GIOVANNA BOTTEZINI PARASITOLOGIA TURMA LI 2021.1 
 
 Coleta da amostra: 
› Swab de algodão não absorvente, não 
realizar higienização vaginal nas 18h - 24h 
antes do exame 
› Solução salina isotônica glicosada 
 Teste imunocromatográfico – teste de 
aglutinação indireto 
› Pesquisa de antígenos com anticorpos 
 
 Grande número de parceiros sexuais 
 Não usar preservativos 
 Metronidazol: metabolizado nos 
hidrogenossomos do Trichomonas 
› É reduzido na cadeia transportadora de 
elétrons e forma um radical livre que 
causa danos no DNA do parasita 
› 2mg dose única ou 500mg/7 dias 2x ao dia 
› Parasito possui 2-5% de resistência ao 
metronidazol 
 Tinidazol, Secnidazol, Ordinazol, Nimorazol, 
Carnidazol 
 Banhar-se imediatamente após nadar em 
piscinas públicas 
› Água mal tratada sem cloro pode abrigar 
tricomonas 
 Tratamento do parceiro sexual 
 Uso de preservativos sexuais 
 
GIOVANNA BOTTEZINI PARASITOLOGIA TURMA LI 2021.1 
 
Introdução 
 Forma de cisto e trofozoíto 
 Amebíase: parasitismo por Entamoeba 
histolytica e dispar 
› Morfologicamente idênticas, mas com 
comportamentos diferentes 
› Histolytica é patogênica e dispar não 
› Díspar é 10x mais comum 
 Doença cosmopolitana: acontece mais em 
grandes cidades 
 Brasil: formas mais graves na região norte → 
relacionada a cepas mais resistentes e 
suscetibilidade da população pela 
precariedade 
 400 milhões de casos por ano antes da 
distinção entre as duas espécies 
 Após a distinção: 40-59 milhões de casos de 
colite amebiana/ano 
 2ª causa de morte mais comum por 
protozoários (depois da malária) 
 Surto no México em 1994: aproximadamente 
de 1 milhão de casos (1216 mortes) 
Características 
 Não possui flagelos 
 Protozoário ameboide 
 Formas: 
› Trofozoítos: quanto maior, mais células 
fagocitadas ficam no seu interior → 1 
núcleo 
› Se encista formando pré-cistos → 2 
núcleos 
 
› Formam cistos maduros que sobrevivem 
por 20 dias no ambiente → 4 núcleos 
 Núcleo grande com a presença de um 
nucléolo central e puntiforme 
 
Ciclo biológico 
 
 Infecção só ocorre por meio da ingestão de 
cistos 
 Cistos de estabelecem no intestino grosso 
 Podem permanecer proliferando na luz 
intestinal 
GIOVANNA BOTTEZINI PARASITOLOGIA TURMA LI 2021.1 
 Podem atingir a circulação sanguínea e 
infectar o fígado, pulmões e cérebro 
Amebíase 
 Parasito pode invadir e causar ulcerações da 
mucosa – leva a diarreia com sangue 
› Precisa produzir lesões na mucosa para 
obter ferro e proteínas 
 Reconhecimento de moléculas de galactose 
(possui lectinas na superfície) presentes nas 
células alvo 
 Após reconhecimento, produz proteínas e as 
insere na membrana plasmática formando 
espécies de canais iônicos (amebaporos) 
célula morre por desequilíbrio osmótico 
 
 Célula fagocitada pelo parasito e inicia a 
fixação na mucosa 
 Também liberam enzimas proteinases que 
degradam proteínas da matriz extracelular → 
facilita a penetração 
 Lesãoem garrafa: 
 
 Adesão as células alvo 
 Formação dos amebaporos 
 Invasão do tecido degradando a matriz 
 Do hospedeiro: idade, resposta imune, estado 
nutricional, dieta, alcoolismo 
 Disenteria amebiana ou diarreia sanguinolenta 
→ 3-5 evacuações por dia 
 Colite fulminante: 30 evacuações por dia 
› Cólica, inapetência, flatulência, tenesmo 
 Apendicite amebiana 
 Ameboma do colón: lesão pseudotumoral → 
ameba prolifera no intestino grosso → 
formação de uma massa pseudotumoral → 
causa dificuldade de evacuação 
 Extraintestinal: 
› Hepática: necrose amebiana no fígado; 
chegam pela circulação sanguínea e 
carregam bactérias da microbiota intestinal 
→ infecção bacteriana 
› Pulmonar: focos necróticos – contaminação 
por continuidade 
› Cerebral 
› Pele perianal (rara) 
 Exame de fezes direto – trofozoíto 
hematófagos (vivos ou corados por 
hematoxilina férrica) 
 Pesquisa de cistos em fezes formadas 
 Resultado rem que ser dado como e 
entamoeba histolytica/dispar (não podem ser 
diferenciadas) 
 Análise de 18s RNA diferencial para espécies 
do intestino 
 Transmissão oral fecal: de pessoa a pessoa 
 Cistos veiculados por água, alimentos e seus 
manipuladores - se atentar aos locais de 
alimentação 
GIOVANNA BOTTEZINI PARASITOLOGIA TURMA LI 2021.1 
 
Introdução 
 Primeiros casos humanos: advento da 
pandemia do HIV/AIDS (década de 80) → 
visualização possibilitada pela microscopia 
eletrônica 
› 21 casos de criptosporidiose em pacientes 
com AIDS (até então era considerada uma 
doença de animais) 
› Imunodepressão severa permitiu a 
identificação das doenças oportunistas 
 Anos seguintes: infecção não era mais restrita 
aos imunodeficientes 
› Primeiro surto documentado de veiculação 
hídrica (2006 casos estimados nos EUA) 
› A comunidade utilizava água de poço 
clorada (o cloro não inativa cistos de 
Cryptosporidium) 
 Definição do curso clínico da criptosporidiose: 
autolimitada ou infecção crônica; longa 
duração 
 Criptosporidiose: doença cosmopolita em mais 
de 90 países e 6 continentes 
 Considerado um parasita oportunista → 
parasita que vive “escondido” 
 Grupos de risco: 
› Crianças saudáveis (0-5 anos): prevalência 
em creches é alta 
› Idosos, diabéticos, desnutridos, pacientes 
hospitalizados ou em hemodiálise 
› Gama variada de indivíduos 
imunocomprometidos: pacientes com AIDS, 
transplantados, com leucemia, em 
tratamento quimioterápico 
 
 
 
Morfologia 
 Filo apicomplexa: possuem um complexo 
apical 
› Reconhecimento da célula do intestino do 
hospedeiro 
 
 
Ciclo biológico 
 Transmissão: 
› Rota fecal-oral 
› Antropozoonótico: de humano para 
humano 
› Zoonótico: de animal (principalmente 
bovinos) para humano 
 Transmissão secundária: 
› Sexual: contato anal oral 
 
 Ingestão de zoocistos por meios contaminados 
 Zoocistos passam pelo estômago 
› Membrana das células do parasita é 
digerida 
GIOVANNA BOTTEZINI PARASITOLOGIA TURMA LI 2021.1 
› Parasitas são liberados no intestino delgado 
(faz ciclo biológico dentro de vacúolos 
parasitólogos presentes nas 
microvilosidades) 
 Cada zoocisto reconhece as células do 
hospedeiro pelo complexo apical 
› Possui proteínas que estimulam a 
proliferação da membrana celular do 
hospedeiro e a MP engloba o hospedeiro 
 Parasita fica entre o citoplasma e a MP 
(vacúolo parasitóporo) 
› Faz o ciclo dentro do vacúolo 
 Vacúolo se rompe e libera os trofozoítos que 
se multiplicam e infectam outras células (ciclo 
assexuado) 
 Liberação de oocistos nas fezes do hospedeiro 
 Ciclo assexuado se repete e causa alteração no 
epitélio intestinal do hospedeiro 
 Merontes do tipo II iniciam o ciclo sexuado – 
alguns formam gametas femininos (ou 
macrogametas) e masculinos (formam os 
microgamontes que formam microgametas) 
› Macro e microgamontes são fecundados e 
formam zigoto → se desenvolve em um 
oocisto de parede fina 
 Zoocistos de parede espessa são muito 
resistentes e saem nas fezes e contaminam o 
ambiente 
 Zoocistos de parede fina podem se romper no 
próprio intestino – ciclo de alta infecção 
interna 
 
 
Criptosporidiose 
 Vacúolos parasitóporo causam atrofia das 
vilosidades, hiperplasia e achatamento das 
criptas das células intestinais 
› Má absorção intestinal 
 Induz apoptose do enterócito - altera as 
proteínas das junções epiteliais 
› Ficam mais frouxas → penetração de 
substâncias tóxicas → inflamação da lâmina 
própria → diarreia secretória 
 Produção de neuropeptídeo P gastrointestinal 
e citocinas inflamatórias 
› Causa sintomas extraintestinais 
(dermatites, dores articulares etc.) 
 
 Período de incubação: 2-10 dias 
 Diarreia aguda de curta duração (5-10) dias 
em adultos ou crianças com resposta imune 
normal (9 dias) 
 Infecção autolimitada → consegue eliminar 
sem tratamento específico 
 Imunossupressão: diarreia aquosa e profusa 
de duração maior, podendo evoluir para a 
diarreia fulminante (17L-20L por dia) 
 Localização extra intestinal: fígado, vesícula 
biliar, pâncreas e arvore respiratória 
Alerta: paciente com criptosporidiose pode 
acarretar problemas em enfermarias 
GIOVANNA BOTTEZINI PARASITOLOGIA TURMA LI 2021.1 
 O parasita não aparece no exame tradicional 
de fezes 
 Exame parasitológico de fezes com pesquisa 
de oocistos: 
› Esfregaço de escarro colorado pelo método 
de Ziehl-Neelsen 
› Oocistos são álcool-ácido resistentes → 
fucsina penetra nos zoocistos e os deixa 
com uma cor rosada-arroxeada (técnica 
mais utilizada) 
 
 Método imunoenzimático – ELISA: 
› Para pesquisa de antígenos em fezes 
› Pode dar reação cruzada com outros 
protozoários 
 Reação de cadeia da polimerase – PCR: 
› Identificação de espécies 
› 38 espécies válidas – 17 espécies são 
infecciosas para humanos 
› C. parvum e C. hominis são as espécies 
mais comuns de contaminação humana 
 Tratamento sintomático: (diarreia e 
desidratação severa) 
› Eliminar a infecção 
› Individuo imunocompetentes: 
autolimitada 
› Nitazoxanida – 500mg duas vezes ao dia de 
3 a 14 dias 
 Saneamento de esgoto para evitar a 
contaminação de corpos hídricos por fezes 
 Manter mata ciliar ao redor dos rios 
 Plantações: boa higiene de hortaliças e 
verduras (remoção mecânica em água 
corrente) 
 Vetores mecânicos: podem contaminar 
alimentos 
 Higiene das mãos: evitar transmissão dos 
oocistos 
 Tratamento dos pacientes 
 
 
GIOVANNA BOTTEZINI PARASITOLOGIA TURMA LI 2021.1 
 
Introdução 
 Protozoário do Filo apicomplexa: complexo 
apical presente em vários estágios 
morfológico do protozoário 
 Protozoário causador da toxoplasmose 
 Infecção por toxoplasma gondii → muito 
comum 
› Grande maioria casos assintomáticos 
› Parasita cosmopolita 
› Pesquisa de anticorpos: positivo em mais 
da metade da população adulta (ex: 71% 
dos doadores de sangue em São Paulo 
testaram positivo) 
 Toxoplasmose – doença é mais rara: pode 
assumir 3 formas básicas: 
› Toxoplasmose adquirida (pós-natal): 
variedade de formas – desde 
assintomáticos até mais severos 
› Toxoplasmose congênita: mãe passa os 
parasitos através da barreira placentária → 
toda gestante tem que fazer teste de 
toxoplasmose todos os trimestres de 
gravidez (se der IgM tem que fazer 
tratamento) 
› Toxoplasmose no individuo 
imunodeprimido: atinge 40% dos 
portadores de AIDS (toxoplasmose cerebral 
– encefalite ou disseminada ou retinite) 
Características 
 Protozoário intracelular obrigatório 
 Encontrados na saliva, leite, esperma, lÍquido 
peritoneal, urina, células hepáticas, nervosas, 
células do sistema fagocitário mononuclear 
(macrófagos) 
 
 
 Taquizoítos: 
 
› Presentes na fase aguda da infecção 
› Multiplicação rápida 
› Geralmente destruídos pelo suco gástrico 
→ se ingeridos morrem no estomago 
› Pode passar pela placenta e infectar o feto 
 
 Encistamento: a partir do 12º segundo dia o 
hospedeiro começa a expressar resposta 
imune contra Taquizoítos → se modificam 
 
 Bradizoítos:GIOVANNA BOTTEZINI PARASITOLOGIA TURMA LI 2021.1 
› Não rompe a célula 
› Multiplicação lenta 
› Presente na fase crônica da infecção 
› Cistos teciduais: aglomerado de bradizoítos 
› Quando formados ficam no hospedeiro 
pelo resto da vida 
› Resistem aos sucos gástricos (tripsina e 
pepsina) 
 Oocistos: 
 
› São formados somente nos enterócitos de 
felinos 
› Gatos quando nascem podem eliminar 
milhões de oocistos nas fezes: não 
esporulados (não-infectantes) – precisam 
permanecer de 1-5 dias no ambiente em 
condições ideias de umidade e 
temperatura 
 
Ciclo biológico 
 Ciclo enteroepitelial: realizado no epitélio 
intestinal de felinos 
› Formação de oocistos que contaminam o 
ambiente 
 Ciclo assexuado: realizado em outros tecidos, 
sem envolver a formação de gametas; em 
diversas categorias de hospedeiros 
 
 Ingestão de oocistos: locais onde há fezes de 
gato, jardins, caixas de areia, solo, água, 
verduras, insetos 
 Ingestão de cistos teciduais: carne de porco, 
ou carneio crua ou malcozida 
 Transplacentária: aquisição da infecção pela 
gestante, antes soronegativa 
Toxoplasmose 
 Toxoplasmose adquirida: depois que nasce 
› Ganglionar ou febril aguda: forma mais 
comum; comprometimento ganglionar, 
febre alta, curso benigno em geral (pode 
ser autolimitada ou evoluir para ocular) 
› Ocular: surge de 1 mês a e 3 anos após a 
infecção; bradizoítos tentam sair dos cistos 
e se expõe ao sistema imune; cistos na 
retina e inflamação da coroide → pode 
evoluir para cegueira parcial ou total 
› Cutânea ou exantemática: mais rara; 
lesões de pele associadas a encefalite, 
comprometimento de órgãos como fígado, 
rins, medula óssea – mais comum em 
pacientes imunocomprometidos 
GIOVANNA BOTTEZINI PARASITOLOGIA TURMA LI 2021.1 
› Encefalite: manifestação clínica mais 
importante nos imunodeficientes; lesões 
no hemisfério cerebral 
› Generalizada: forma muito rara, acomete 
vários tecidos do organismo 
 Forma congênita: 
› Somente ocorre se a mãe adquirir a 
infecção durante a gravidez (primo-
infecção) 
› Apenas 10% das mulheres tem sintomas 
› Se a infecção ocorrer do 3º ao 4º mês da 
gestação: a frequência da transmissão 
para o feto é menor, mas a doença é mais 
grave pois resulta em morte fetal 
› Severidade da doença depende da fase 
gestacional no momento da infecção 
› Disseminação no feto: via sanguínea → 
todos os tecidos → causa vasculites, 
necrose, hemorragias no feto → morte 
fetal 
› O parasita tem afinidade pelo SNC e olhos 
› Feto: natimorto ou forma grave, lesões 
cerebrais e oculares 
Tétrade de Sabin: hidrocefalia, microcefalia, 
coriorretinite, calcificações intracranianas, 
convulsões retardo mental 
› Grande maioria dos casos: doença ao 
nascimento é subclínica (sequelas 
aprecem aos poucos) 
 Quanto maior a idade da mulher, maior a 
quantidade de anticorpos 
 No Brasil a prevalência não varia com a idade 
→ todas as idades têm a mesma chance de 
terem contato com o toxoplasma gondii 
 Prevalência maior nas áreas rurais 
› Devido ao consumo de água de poço, 
animais domésticos, produção hortaliça, 
leite sem ferver 
 Variáveis associadas com infecções em 
gestantes: 
› Contato com solo 
› Moradia sem coleta de lixo 
› Comer carne malcozida 
Hábito de ingestão de carne crua ou 
malcozida: ordem de importância 
1. Suínos, caprinos e ovinos 
2. Aves, coelhos, cães e equinos 
3. Carne bovina e búfalos 
 
 Importância para os soronegativos gestantes: 
› Não consumir carne crua ou malcozida, 
leite não pasteurizados, ovos crus 
› Lavar as mãos após manipulação de carnes 
cruas; após jardinagem ou contato com 
solo 
› Evitar contato com fezes de gatos 
(principalmente filhotes) 
› Manter as caixas de areia cobertas em 
creches e escolas para evitar contaminação 
por toxoplasma 
 Toxoplasmose adquirida: 
› Linfadenopatia (firme, sem dor, em uma 
cadeia de gânglios – cervical, inguinal ou 
axilar) 
› Febre 
› Exantema 
 Demonstração do parasito em fluidos 
corporais ou teciduais (indicado para sintomas 
neurológicos – pesquisa do parasita no liquor) 
› Evidência da infecção: presença do 
taquizoíto 
 
GIOVANNA BOTTEZINI PARASITOLOGIA TURMA LI 2021.1 
 IFA: identifica anticorpos tanto na fase aguda 
(IgM) como na crônica (IgG) 
 PCR: análise de fluidos corporais, líquido 
cefalorraquidiano, fluido amnióticos, levado 
broncoalveolar 
 Clínico: observação da Tétrade de Sabin 
 Laboratorial: alvo – pesquisa de anticorpos 
tipo IgM (não atravessa placenta) no soro do 
recém-nascido em 2 testes sucessivos 
› ELISA ou IFA: título do recém-nascido 
maior que o da mãe → indica que o bebê 
produziu uma maior concentração de 
anticorpos que a mãe e por isso está 
infectado 
› Se a concentração de IgG for maior que a 
da mãe, significa que o bebê que produziu 
os anticorpos 
› Persistência dos títulos em até 5 meses 
após o nascimento 
› IgG atravessa passivamente a placenta da 
mãe com sorologia positiva 
 Da gestante que adquiriu na gravidez: 
espiramicina 
 Feto: pirimetamina e sulfadiazina 
 Pacientes com toxoplasmose no SNC e 
imunodeficientes: necessitam ser 
hospitalizados → medicações que atuam 
primariamente contra os taquizoítos 
› 2 drogas associadas: pirimetamina + 
sulfadiazina 
› Toxicidade em tratamentos prolongados 
→ deve-se administrar ácido fólico 
(atuação sinergistica contra taquizoítos) 
 
GIOVANNA BOTTEZINI PARASITOLOGIA TURMA LI 2021.1 
 
Introdução 
 Doença negligenciada: ocorrem com maior 
frequência em países mais pobres e atingem 
populações mais vulneráveis 
› OMS: exigir medicamentos e saúde 
universal 
 12 milhões de casos (tegumentar e visceral) 
 0,9 a 1,6 milhão de novos casos a cada ano 
 20.000 a 30.000 mortes por ano 
 350 milhões de pessoas em áreas de risco – 
mundo 
 Forma visceral: Índia, Sudão, Brasil e Etiópia 
 Forma cutânea: Brasil, Colômbia, Nicarágua e 
peru 
 Considerada uma doença endêmica em todo o 
Brasil 
 Grupo masculino é mais atingido 
(normalmente que trabalham em matas) 
› Exemplo: cidades muito próximas de matas 
não tem essa exceção, como Blumenau 
 Primeiros registros no período pré-inca (400-
900 A.C.) 
 Ross (1903) gênero Leishmania 
 Família Trypanosomatidae: característica de 
mitocôndrias bem desenvolvidas 
 Leishmaniose tegumentar americana: 
› Leishmania (Viannia) brasiliensis – ocorre 
no Brasil inteiro 
› Leishmania (L.) amazonensis – ocorre com 
maior frequência na região norte do Brasil 
› Leishmania (V.) guyanensis – encontradas 
em matas silvestres 
 
 Leishmania visceral: 
› Leishmania (L.) infantum chagasi – 
presentes nas Américas e na Europa 
 Mosquito-palha: insetos flebotomíneos 
 
 Leishmaniose tegumentar americana: 
› Lutzomyia intermedia – transmite L. 
brasiliensis, L. amazonensis (principal vetor 
no Brasil com exceção da região sul) 
› Lutzomyia neivae – principal vetor da 
região sul (principalmente Santa Catarina) 
 Leishmaniose visceral: 
› Lutzomyia longipalpis – transmite L. 
infantum chassi (em todo o país exceto na 
região sul) 
› Ainda não se sabe qual espécie transmite 
na região sul 
 Leishmaniose tegumentar americana: 
› Maior variedade de hospedeiros 
› Animais silvestres, mamíferos pequenos 
como: roedores, endentados, marsupiais, 
canídeos e primatas 
› Pode ocorrer a transmissão por sangue 
entre presa-predador 
 Leishmaniose visceral: 
› Cães e raposas 
› Principalmente cães domésticos que vivem 
soltos 
GIOVANNA BOTTEZINI PARASITOLOGIA TURMA LI 2021.1 
Morfologia 
 Amastigotas: não possuem flagelos 
› Formas intracelulares 
› Encontradas parasitando os mamíferos → 
células do sistema fagocitário mononuclear 
(macrófagos e seus derivados, neutrófilos, 
células dendríticas) 
 
 Promastigotas: possuem flagelos 
› Encontrados no inseto 
› Se proliferam no intestino do inseto e 
migram para as glândulas salivares 
› Possuem mitocôndrias (cinetoplasto) 
desenvolvidas que produzem energia para 
o batimento doflagelo 
 
 
Ciclo biológico 
 
 Infecção começa pela picada do mosquito: 
flebotomíneos tem picada semelhante à do 
borrachudo 
› Injeta uma substância vasodilatadora que 
favorece a formação de uma poça de 
sangue para se alimentar 
› Injeta as formas promastigotas no 
hospedeiro junto com a substância 
 Promastigotas são fagocitados pelos 
macrófagos → formação do vacúolo 
fagocitário com liberação do conteúdo dos 
lisossomos 
› Não ocorre destruição – parasita modifica 
seu organismo 
 Promastigotas se transformam em 
amastigotas e se proliferam por divisão binaria 
até ocupar todo o citoplasma do macrófago 
até que ele sofra livre 
 Macrófago rompido libera vários amastigotas 
e seu conteúdo enzimático (aparecimento da 
primeira lesão) 
 Amastigotas podem continuar infectando a 
pele (brasiliensis, amazonensis) ou migra para 
outras localizações como órgãos linfoides, 
fígado, baço, medula óssea, pulmões, intestino 
e rins (infantum chagasi) 
 Outro inseto que picar o hospedeiro acaba 
ingerindo macrófagos infectados com 
amastigotas 
 Formas amastigotas evoluem para 
promastigotas no intestino do inseto 
GIOVANNA BOTTEZINI PARASITOLOGIA TURMA LI 2021.1 
 Se multiplicam e migram para a saliva do 
inseto 
 O hospedeiro pode ser infectado pelo 
consumo de carnes ou contato de sangue 
contaminado 
Leishmaniose tegumentar 
 Brasil: 1908 aparecimento de casos em Bauru 
› Denominação da úlcera-de-Bauru 
› 1911: Gaspar Vianna nomeou o Leishmania 
braziliensis 
› 1920: descrição da transmissão por 
flebotomíneos por Cerqueira 
 Período de incubação: 2 semanas a 3 meses 
 Lesão inicial: infecta as células de defesa que 
migram para o local, quanto mais migram, 
mais células são infectadas → pápula 
eritematosa 
 Ulceração inicial: enzimas liberadas pelos 
lisossomos rompidos dos macrófagos 
degradam o tecido local 
 Úlcera estabilizada com lesão satélite: maior 
degradação do tecido e migração dos 
parasitas pela circulação sanguínea para 
outras partes do organismo 
› Lesão satélite: macrófagos podem entrar 
em contato com amastigotas transportados 
e produzir nova lesão 
 Lesões indolores pela alteração dos nervos 
pelo rompimento dos macrófagos 
 Linfonodos ficam aumentados de tamanho 
 Leishmaniose cutânea: lesão primaria 
› Úlceras únicas ou múltiplas na derme 
causadas pela degradação das enzimas dos 
macrófagos 
› Biópsia na fase inicial se encontra muitos 
parasitas 
 
 Leishmaniose cutaneomucosa: lesão 
secundaria causada pela falta de tratamento 
› Parasita permanece vivo nas lesões por 
alguns anos 
› Migra para as mucosas pelo sistema 
linfático e causa lesões pela liberação das 
enzimas proteolíticas 
› Conhecida como nariz de anta pois 
acomete a cartilagem do nariz 
 
 Leishmaniose cutânea difusa: normalmente 
associada a HIV sem tratamento 
› Imunocomprometimento causa o 
aparecimento de lesões crônicas de 
proliferação lenta no corpo todo 
› Ainda não existe tratamento eficaz 
 
GIOVANNA BOTTEZINI PARASITOLOGIA TURMA LI 2021.1 
 Características da lesão 
 Dados epidemiológicos 
 Algumas lesões podem ser confundidas com 
outras doenças como paracoccidioidomicose 
ou hanseníase 
› É necessário fazer diagnóstico diferencial 
 Exame direto de esfregaços corados – 
retirados de material dos bordos da lesão 
› Lesões iniciais: apresentam mais 
amastigotas na lesão 
› Lesões crônicas: apresentam menos 
amastigotas na lesão 
 
 Exame histopatológico 
 Cultura: cultivo dos parasitas em meio líquido 
 Pesquisa do DNA do parasito: 
› PCR – Reação de cadeia em polimerase 
 Métodos imunológicos: 
› Reação de imunofluorescência indireta 
› Teste de Montenegro: hipersensibilidade 
celular retardada 
 
 Antimoniais pentavalentes: atuam no 
metabolismo bioenergético das formas 
amastigotas; inibem a glicólise e a beta 
oxidação de ácidos graxos 
› Glucantime: tratamento mais eficaz 
› Miltefosina: tratamento oral 
› Pentostan: opção para alérgicos ao 
glucantime 
› Necessário monitorar o paciente 
semanalmente: pode causar alterações 
hepáticas (verificar ALT, AST, Ur e CR) e 
cardíacas (verificar ECG) 
Leishmaniose visceral 
 1903: William Leishman e Charles Donovan 
 Primeiros registros na índia – L. donovani 
 Europa, África e China – L. infantum (forma 
visceral em crianças) 
 Brasil: L. infantum chagasi 
 Áreas rurais e áreas urbanas → mosquitos se 
adaptaram a adaptação em esgotos, matéria 
orgânica em decomposição, entulhos 
 Expansão das áreas periféricas: favorece a 
transmissão pela grande quantidade de 
esgotos a céu aberto e cães soltos 
 Transmissão pelo mosquito vetor 
 Acidentes de laboratório 
 Transfusão sanguínea (alta parasitemia) 
 Uso de drogas injetáveis 
 Transmissão congênita: contato do sangue 
materno no momento do parto 
 Alta taxa de transmissão após longos períodos 
de chuva (aumenta o número de 
flebotomíneos) 
 
GIOVANNA BOTTEZINI PARASITOLOGIA TURMA LI 2021.1 
 Reação inflamatória no local da picada – não 
há ulceração do nódulo 
 Permanece proliferando lentamente no local 
da picada 
 Migração dos amastigotas via corrente 
sanguínea para as vísceras e órgãos linfoides 
 Período de incubação: 2 a 7 meses (depende 
da cepa, característica genética do hospedeiro 
e estado nutricional e imunológico) 
 Alterações: esplênicas, hepáticas, tecido 
hematopoiético, renais, pulmonares, 
linfonodos e no tubo digestivo 
 Assintomáticas: observadas em áreas 
endêmicas 
› Pessoas constantemente picadas 
desenvolvem uma resposta imune 
adaptativa 
 Oligossintomática: 
› Forma mais frequente 
› Febre baixa recorrente, tosse seca, diarreia, 
sudorese noturna 
 Aguda: 
› Depende da idade do hospedeiro 
› Clinicamente pode ser confundida com 
outras doenças parasitárias 
› Diarreia, tosse seca, febre alta, aumento 
dos lisossomos 
 Crônica ou calazar clássico: 
hepatoesplenomegalia, fraqueza, indisposição, 
infecção pulmonar, infecções secundárias 
(geralmente levam à morte) 
 
 Associação dos sintomas com história de 
residência em região endêmica 
 Pode ser confundido com malária, 
toxoplasmose, leucemia, esquistossomose 
 Pesquisa de parasito: 
› Aspirado de medula óssea – esfregaço e 
cultura 
 
 Métodos imunológicos: 
› RIFI 
› ELISA 
 Métodos auxiliares: 
› Eletroforese sérica 
 Antimoniais pentavalentes: 
› Glucantime: utilizado em nível hospitalar 
› Pentostan 
 Pentamidina: se liga ao DNA e inibe a 
replicação de organismos sensíveis a ela 
› Utilizada se o organismo não responder 
bem a glucantime 
 Anfotericina B: antifúngico (é nefrotóxico; 
precisa ser monitorado constantemente) 
 
GIOVANNA BOTTEZINI PARASITOLOGIA TURMA LI 2021.1 
 
Introdução 
 Foi descrita pelo pesquisador Carlos Chagas 
em abril de 1909 
 Caso clínico: Berenice (1907-1982) 
 É uma doença negligenciada com elevada 
carga de morbimortalidade 
 Representa um importante problema de 
saúde pública no Brasil 
 É endêmica em 21 países da América Latina 
 Agente causal da Doença de Chagas 
 Insetos vetores: O. Hemiptera, F. Reduvidae 
(inseto barbeiro) 
› Gêneros: Triatoma, Panstrongylus e 
Rhodnius 
 Reservatórios: 
› Mamíferos silvestres: gambá (a glândula de 
cheiro faz o mesmo papel no ciclo biológico 
que o intestino do barbeiro), tatu, roedores 
e macacos 
› Mamíferos domiciliados: cães, gatos, 
roedores 
 Formas evolutivas: 
› Amastigotas: são intracelulares e preferem 
a musculatura lisa ou estriada cardíaca 
 
 
› Tripomastigotas: são formas sanguíneas 
flageladas 
 
› Epimastigotas: formas flageladas que 
habitam o inseto 
 
 Possuem como estruturas principais: um 
núcleo e um cinetoplasto 
› Algumas formas evolutivas podem 
apresentar características diferentes, como 
a membrana ondulante nos epimastigotas 
e o flagelo nos tripomastigotas 
 
 
 
GIOVANNA BOTTEZINI PARASITOLOGIA TURMA LI 2021.1 
Ciclo biológico 
 Barbeiro infectado com formas epimastigotas 
que proliferam no intestino› Epimastigotas migram para a ampola retal 
e evoluem para tripomastigotas 
 Barbeiro pica o hospedeiro e defeca próximo à 
picada (fezes contaminadas com 
epimastigotas e alguns tripomastigotas) 
 O hospedeiro inocula as fezes infectantes (por 
coçar o local da picada, pelas mucosas ou via 
oral) 
› Parasita infecta células não fagocitárias, 
mas é fagocitado por macrófagos 
 Fagocitose da forma tripomastigota 
› Vacúolo fagocitário elimina epimastigosas 
pelas enzimas proteolíticas e as 
tripomastigotas sobrevivem 
 Após 24 horas o parasita sai do vacúolo e se 
prolifera no citoplasma da célula e produz 
vários tripomastigotas 
 Nas células fagocitárias o tripomastigota se 
transforma em amastigotas no citoplasma da 
célula e se prolifera 
› A célula perde a permeabilidade da 
membrana e é rompida 
› Libera amastigotas que se transformam em 
tripomastigotas e infectam o sangue (alta 
parasitemia – caracteriza a fase aguda) 
 Na fase crônica há mais parasitas no tecido e 
poucos parasitas circulantes 
 Quando o barbeiro pica um hospedeiro 
infectado ele ingere tripomastigotas e o ciclo 
se reinicia 
 
Doença de Chagas 
 Vetor (inseto barbeiro): principal forma de 
transmissão 
 Transfusões sanguíneas: são realizados dois 
testes imunológicos para verificar a presença 
de IgM e IgG para a doença 
 Transplantes de órgãos: se o órgão estiver 
infectado 
 Transmissão congênita: pode ser passada de 
mãe para filho 
 Alimentar: caldo de cana, açaí, carnes de 
animais silvestre (pelo contato com o sangue 
infectado) 
 Fase aguda: 
› Período de incubação: 1-3 semanas 
› No local da picada aprece um nódulo 
inflamatório (se for nas mucosas aparece o 
Sinal de Romaña) 
 
› Linfadenite, febre, edema localizado ou 
generalizado, poliadenia (hipertrofia dos 
linfonodos), hepatoesplenomegalia, 
insuficiência cardíaca e perturbações 
neurológicas (meningoencefalite) 
› Sintomas dependem da idade: crianças e 
idosos tendem a apresentar mais sintomas 
 
GIOVANNA BOTTEZINI PARASITOLOGIA TURMA LI 2021.1 
 Fase crônica: 
› Depende muito da cepa do Trypanosoma 
cruzi 
› Forma assintomática (20-30 anos para 
evoluir): reativação do processo 
inflamatório com baixa concentração de 
parasitos 
› Forma cardíaca: parasita prolifera 
lentamente nas fibras musculares e causa a 
substituição do tecido por tecido fibroso→ 
coração compensa até chegar em um limite 
→ surge o quadro de insuficiência cardíaca 
congestiva (cardiomegalia – dilatação 
irreversível do coração); arritmias devido a 
alteração do sistema nervoso autônomo; 
fenômenos tromboembólicos; dispneia de 
esforço, congestão visceral, edema dos 
membros inferiores; anasarca (edema 
generalizado); morte 
› Forma digestiva (esôfago e cólon): 
megaesôfago (disfagia, odinofagia, dor 
retroesternal, regurgitação, pirose, soluço, 
tosse e sialose); megacólon – sigmoide e 
reto (obstipação intestinal, perfuração e 
peritonite 
› É necessário que a doença seja sintomática 
na fase aguda 
 Fase aguda: é possível ver o parasita em 
esfregaços sanguíneos 
› Diagnóstico parasitológico: exame de 
sangue a fresco, extensão sanguínea ou 
gota espessa, hemocultura 
 
› Diagnóstico sorológico: 
imunofluorescência, método ELISA, 
hematoglutinação – pesquisa de anticorpos 
IgG e IgM 
 Fase crônica: não há mais parasitos no 
esfregaço sanguíneo 
› Diagnóstico sorológico: 
imunofluorescência, método ELISA, 
hematoglutinação – pesquisa anticorpos 
IgG (não é definitivo) 
› PCR: identificar o DNA do parasita para 
confirmação 
› Xenodiagnóstico: infectar barbeiros não 
infectados com o sangue do paciente e ver 
se há proliferação do parasita no intestino 
do inseto 
 Benzonidazol: eficaz na fase aguda pois atua 
contra as formas sanguíneas – conforme os 
amastigotas se transformam em 
tripomastigotas, o medicamento interage com 
proteínas do parasita e inibe o crescimento 
parasitário apenas de formas tripomastigotas 
› Não atua contra formas amastigotas 
› Eficácia de aproximadamente 80% 
 O controle de cura é difícil, sendo feito pela 
sorologia, pela hemocultura ou pelo 
xenodiagnóstico 
 Na fase crônica, o tratamento é sintomático, 
sendo a cardiopatia chagásica medicada como 
as de outras etiologias 
 Ações de vigilância epidemiológica 
› Detecção precoce dos casos da doença 
› Investigação epidemiológica de todos os 
casos agudos 
› Inquéritos sorológicos periódicos em 
populações estratégicas 
› Eliminar a transmissão vetorial por T. 
infestans 
› Incorporar ações de vigilância sanitária 
GIOVANNA BOTTEZINI PARASITOLOGIA TURMA LI 2021.1 
 
Introdução 
 Plasmodium vivax: terça benigna 
 Plasmodium falciparum: terça maligna 
 Plasmodium malariae: quartã 
 Plasmodium ovale: terçã 
 Mosquitos fêmeas do gênero Anopheles (F. 
culicidae) conhecidos como mosquito prego 
ou carapanã 
 Se proliferam em locais com águas paradas 
 Espécie que melhor se adaptou a transmissão 
do parasita nas américas 
 Humanos portadores de gametócitos 
(gametóforo) – habitam as hemácias e 
hepatócitos 
 6000-5500 A.C.: mortes por febre, 
provavelmente malária, são registrados desde 
os primórdios da escrita 
 2700 A.C.: chinês Nei Ching descreve febres 
recorrentes e esplenomegalia 
 Acredita-se que a malária tenha surgido no 
sudoeste da Ásia, África e Europa 
 Nas Américas a doença foi introduzida no 
século 16 por colonizadores europeus 
 1600: jesuítas na américa do sul aprenderam 
com os nativos as propriedades antitérmicas 
do chá da casca da cinchona e levaram esse 
conhecimento a Europa e Índia 
 1775: primeiro uso militar do quinino 
(proteção e tratamento das tropas) 
 
 
 
 Áreas tropicais e subtropicais do mundo: 
› Temperatura – 20 a 30 graus e umidade 
relativa – acima de 60% 
 200 milhões de casos – mundo 
 1 – 1,5 milhões de mortes a cada ano (crianças 
< 5 anos) 
 Brasil: região amazônica é considerada 
endêmica – 150 a 200 mil casos/ano 
 Distribuição geográfica da malária no mundo: 
› Ocorrência elevada de malária resistente à 
cloroquina ou multirresistente 
› Distribuição incontrolada: selecionou os 
parasitas resistentes ao medicamento 
› Na região Amazônica não responde mais ao 
tratamento com cloroquina 
 Fase vetorial: mosquito Anopheles spp – 
fêmeas 
› Reprodução sexuada → esporogonia 
(esporozoítos nas glândulas salivares) 
 Fase no hospedeiro: 
› Usa globina como fonte de aminoácidos 
 Formas extracelulares: esporozoítos e 
merozoítos 
 Formas intracelulares: trofozoítos, esquizontes 
e gametócitos 
 
GIOVANNA BOTTEZINI PARASITOLOGIA TURMA LI 2021.1 
Ciclo biológico 
 Esporozoítos infectantes são inoculados nos 
humanos pelo inseto vetor sob a pele do 
hospedeiro 
 Seguem pela corrente sanguínea 
 Invasão dos hepatócitos: diferenciam-se em 
trofozoítos, que se proliferam e diferenciam-
se em trofozoítos 
 Trofozoítos se multiplicam e foram 
esquizontes teciduais que se transformam em 
merozoítos 
 Merozoítos se rompem e caem na corrente 
sanguínea 
› Invadem as hemácias 
 Dão origem a novos esporozoítos 
 Mosquito pica sangue infectado e reinicia o 
ciclo 
 
Malária 
 Doença causada pelo plasmodium spp. 
 As manifestações clínicas são causadas pelo 
ciclo eritrocítico (dentro das hemácias) 
› Destruição das hemácias parasitadas – 
causam anemia 
 
 Liberação de citocinas: febre e mal-estar, 
hipoglicemia 
 Modificações nas células parasitadas que 
permitem a sua adesão à parede endotelial 
dos capilares 
 Lesão capilar por deposição de 
imunocomplexos 
 Clínico: 
› Sintomas inespecíficos 
› Dados colhidos pela anamnese (fatores de 
risco) 
 Laboratorial: 
› Pesquisa do parasita no sangue periférico 
› Método PCR 
› Sorologia: pesquisa de anticorpos IgM e IgG 
(não é o mais recomendado por não ser 
específico) 
 Interromper a proliferação das formas 
sanguíneas 
 Derivados de quinolona: 
› Cloroquina: inibe a proteólise da 
hemoglobina 
 Antagonistas de ácido fólico: pirimetamina, 
sulfonamidas 
 Derivadosde artemisina 
 Evitar a aproximação das áreas de risco após o 
entardecer e logo ao amanhecer 
 Uso de repelentes nas áreas expostas do 
corpo 
 Telar portas e janelas e dormir com o 
mosquiteiro 
 Combate ao inseto vetor 
 Prevenção dos criadouros pelo saneamento 
básico 
 Medidas de imunização

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