Buscar

PÓLIPO ENDOCERVICAL

Prévia do material em texto

§ PÓLIPO ENDOCERVICAL
De natureza inflamatória, comum entre mulheres de 40 a 60 anos e multíparas;
São formados no canal endocervical, aparecem como lesões pediculadas (podem ser sésseis), de forma alongada ou arredondada e são róseo-avermelhados devido sua vascularização;
Os pólipos endocervicais são facilmente encontrados pelo exame direto, quando se exteriorizam pelo óstio externo. Além disso, clinicamente, ele se apresenta como sangramento ou corrimento vaginal;
À microscopia ele é caracterizado por hiperplasia focal da mucosa, sem atipias e acompanhada de proliferação estromal (que é bem vascularizado);
Coexistem inflamação crônica e metaplasia de epitélio escamoso. Além disso pode ocorrer a formação de pólipos sobre o istmo, mais precisamente sobre as células glandulares que são os pólipos mistos;
O pólipo endocervical pode ser sede de lesões precursoras ou mesmo de carcinoma;
§ PÓLIPO ENDOMETRIAL
São comuns – existem em cerca de 25% das mulheres;
Originam-se de hiperplasias focais das glândulas endometriais basais e determinam lesões constituídas por glândulas e estroma endometrial, revestidas por epitélio de superfície, com vasos de parede espessada;
São mais frequentes na região de fundo do útero. E em geral aparecem em mulheres > de 40 anos (raros os casos anteriores a menarca);
Manifestam-se por hemorragia intermenstrual (vida reprodutiva) ou como sangramento anormal pós-menopausa;
Eles podem ser sésseis ou pediculados e variam de poucos milímetros a grandes massas que podem preencher a cavidade uterina;
São glândulas revestidas por epitélio pseudoestratificado;
§ LEIOMIOMA
É a neoplasia uterina mais comum. Presente em aproximadamente 25% das mulheres acima de 30 anos, podendo ocorrer desde a adolescência até a menopausa;
Esse tipo de tumor é afetado pelos hormônios sexuais, já que contém receptores para estrógenos e progesterona;
Macroscopicamente se apresenta como um tumor único ou múltiplo, nodular, bem delimitado, firme, fasciculado e branco-nacarado;
Pode variar de poucos milímetros até grandes massas. Além disso, de acordo com sua localização, pode ser subseroso, intramural e submucoso;
Microscopicamente o tumor é constituído por células musculares lisas dispostas em feixes entrecruzados sem atipia e com raras mitoses;
Clinicamente os leiomiomas se apresentam de forma assintomática, na maioria dos casos e, seu diagnóstico é feito por exame de imagem;
. Esses aspectos clínicos tumorais dependem da quantidade, tamanho e localização no miométrio dos leiomiomas;
. Quando sintomáticos se apresentam como dor, sensação de compressão e sangramento uterino anormal;
. Dependendo de sua localização e do seu volume, o tumor pode ser palpado;
§ CISTOS NÃO NEOPLÁSICOS
São lesões comuns e estão relacionadas a alterações funcionais do ovário (hiperestrogenismo) e de hemorragia uterina disfuncional;
- Cistos Foliculares
São decorrentes de folículos não rotos e considerados bastante comuns;
Geralmente são pequenos, únicos ou múltiplos e com superfície interna lisa, sem massas vegetantes em sua luz;
Seu conteúdo é seroso, cristalino ou discretamente hemorrágico;
Microscopicamente esses cistos são revestidos por células da granulosa ou da teca, com ou sem luteinização. E, por vezes causam hiperestrogenismo e hemorragias uterinas acíclicas;
- Cistos do Corpo Lúteo
São decorrentes de hemorragia excessiva no corpo lúteo e do fechamento cicatricial precoce no ponto de ovulação;
Em geral medem mais de 2,5 cm, sua parede é castanho-amarelada, superfície interna é lisa e o conteúdo é hemorrágico no início;
São revestidos por células da teca e da granulosa luteinizadas;
- Cistos Luteínicos da Gravidez
Podem ser únicos ou múltiplos e surgem em gestações únicas ou múltiplas;
Quando múltiplos estão associados a carcinoma ou gravidez gemelar;
Esses cistos se formam devido a ação prolongada do hCG, resultando em luteinização da teca;
Os cistos são grandes e contêm liquido citrino;
Microscopicamente tratam-se de cistos foliculares revestidos por células da teca, com ou sem camada granulosa interna. Sendo a teca luteinizada e a granulosa podendo ser ou não;
. Cistos Endometrióticos
Formam-se quando existe endométrio funcionante no ovário;
Podem ser uni ou bilaterais e quase sempre múltiplos;
Aparecem como nódulos vermelho-azulados ou pardo-amarelados. Além disso são cobertos por aderências fibrosas e podendo atingir de 10 a 15 cm;
Microscopicamente, são revestidos por epitélio e estroma endometriais;
§ ENDOMETRIOSE
Definida como a presença de glândulas e/ou estroma endometrial fora do útero. É uma afecção comum principalmente no período reprodutivo;
Etiopatogênese da endometriose:
. Teoria da Regurgitação – baseia-se na menstruação retrógrada através das tubas uterinas, o que levaria a fragmentos do endométrio à cavidade peritoneal;
. Teoria Metaplásica – a endometriose surge de metaplasia do epitélio celômico, do qual é primitivamente derivada;
. Teoria da Disseminação Vascular – explicaria a endometriose presente em sítios distantes, como pulmões e encéfalo; 
Além disso, fatores hormonais, genéticos e imunitários se relacionam com o desenvolvimento de endometriose;
Na endometriose as glândulas e o estroma uterino têm comportamento diferente do endométrio normal quanto às respostas hormonais;
Na endometriose há ativação da cascata inflamatória com liberação de prostaglandinas – isso estimula a liberação estrogênica por células estromais promovendo assim, a sobrevida e persistência da endometriose e resistência a ação progestogênica;
Ela aparece como massas ou nódulos avermelhados, azulados ou acastanhados e geralmente associada a pequenos cistos;
Microscopicamente glândulas endometrias, estroma e pigmento de hemossiderina são os elementos mais importantes no diagnóstico;
Clinicamente as mulheres apresentam dor pélvica, dismerroiea, dispaurenia, sangramento irregular e infertilidade;
§ FIBROADENOMA
É o tumor mamário mais frequente em mulheres < do que 30 anos;
Eles podem ser policlonais e desenvolver-se após uso de substâncias que estimulam o crescimento celular;
Além disso, eles também podem se apresentar como fibroadenomas monoclonais (estromais) e assim considerados neoplásicos;
O tumor se apresenta como nódulo único e bem delimitado em pacientes jovens;
Macroscopicamente o tumor é bem circunscrito, têm consistência elástica e em norma às vezes assume aspecto papilífero;
Alterações microscópicas semelhantes às do fibroadenoma podem ocorrer difusamente nos lóbulos mamários sem formar um nódulo – hiperplasia fibroadenomatoide;
§ PAPILOMA
Podem ser únicos ou múltiplos;
Os únicos originam-se sobre os ductos grandes, subareolares e manifestam-se por derrame papilar seroso ou sanguinolento. Quando esse ducto se torna muito achatado denomina-se papiloma intracístico que é palpável e detectável a ultrassonografia;
Microscopicamente tem estroma fibrovascular arborescente e em geral é revestido por duas camadas de células – mioepitelial interna e uma epitelial externa;
Os múltiplos surgem em geral na periferia da mama e envolvem a unidade ductolobular terminal – papilomatose da mama;

Continue navegando