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apostila despachos aduaneiros parte 1

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APOSTILA 2.017 – PARTE I 
AVISO AOS LEITORES – 
ESTA APOSTILA NÃO ATENDE A INTERESSES COMERCIAIS. ASSIM, PODE SER LIDA, 
COPIADA E DISTRIBUÍDA A VONTADE, INCLUSIVE UTILIZANDO TEXTOS COMO SE FOSSEM 
SEUS. 
NÃO ASSUMIMOS A RESPONSABILIDADE POR EVENTUAIS ERROS. COMO EX-FISCAL 
ADUANEIRO (20 ANOS), EX-ADVOGADO ADUANEIRO (30 ANOS), EX-PROFESSOR 
ADUANEIRO TENHO CONSCIÊNCIA DE COMO É DIFÍCIL ACOMPANHAR A DINÂMICA DA 
LEGISLAÇÃO ADUANEIRA E IGUAL CONSCIÊNCIA DA FALIBILIDADE HUMANA.. 
AGRADECEMOS SE NOS INFORMAREM SOBRE POSSÍVEIS ENGANOS PELO E-
MAIL gueirosh@terra.com.br 
AOS CANDIDATOS A DESPACHANTE ADUANEIRO: A MATÉRIA É VASTA E POUCOS SÃO 
AQUELES QUE ESTÃO PREPARADOS PARA A PROVA. ESTA APOSTILA ESTÁ CHEIA 
DE LINKS, QUE LEVAM AO DETALHAMENTO DO ASSUNTO. ACONSELHAMOS AQUELES 
QUE NÃO SE SENTEM BEM PREPARADOS A NÃO USAREM O LINK. LEIA SOMENTE O QUE 
ESTÁ NO TEXTO. A PROVA SERÁ NO INÍCIO DO ANO QUE VEM E NÃO HÁ TEMPO PARA 
CONHECER DETALHES. 
AOS DESPACHANTES CANDIDATOS A OEA – VOCÊ PRECISA DE NOTA ALTA. 
CERTAMENTE JÁ ESTÁ PREPARADO. ACONSELHO-OS A VISITAR OS LINKS QUE LHES 
INTERESSEM. 
BOA SORTE. 
HAROLDO GUEIROS 
……………………………………………………………………………………………………………………………… 
 
 
 
 
 
 
 
 
CONTEÚDO DESTA PARTE I 
Legislação Aduaneira: 
 
1. Organização da Administração Aduaneira do Brasil. Objetivos do controle 
aduaneiro. Breve histórico. Natureza regulatória do controle. Importância do 
controle aduaneiro. Natureza do tributo aduaneiro. Estrutura administrativa da 
RFB. Unidades Centrais. Gabinete. Coordenações. Unidades descentralizadas. 
Recintos Alfandegados. Portos, aeroportos e pontos de fronteira. Jurisdição 
aduaneira. Território aduaneiro. Zona primária. Zona secundária. Órgãos públicos 
intervenientes. 
1. Organização da Admi 
 ……………………………………………………………………………………………………. 
Legislação Aduaneira: 
1. Organização da Administração Aduaneira do Brasil. 
A Administração Aduaneira diz respeito a toda atividade das Alfândegas no País. Nesta 
seara temos duas palavras básicas que são sinônimas: alfandega e aduana. Ora usamos 
uma e ora outra, sem que tenhamos uma razão para isto. Por exemplo, quando se trata da 
legislação em geral dizemos legislação aduaneira e não legislação alfandegária. Porém, 
quando nos referimos à repartição aduaneira dizemos Alfândega e a própria Receita adota 
essa denominação. 
Elaboramos um artigo sobre ALFÂNDEGA OU ADUANA. Se houver interesse CLIQUE 
AQUI. 
As repartições aduaneiras em países de língua espanhola geralmente são tratadas como 
ADUANA. 
O Regulamento Aduaneiro (dec. 6.759/09) usa o termo “Aduaneira” para disciplinar a 
administração e o faz desta forma: 
CAPÍTULO V 
DA ADMINISTRAÇÃO ADUANEIRA 
Art. 15. O exercício da administração aduaneira compreende a fiscalização e o 
controle sobre o comércio exterior, essenciais à defesa dos interesses fazendários 
nacionais, em todo o território aduaneiro (Constituição, art. 237). 
O foco é demonstrar que a fiscalização e o controle da entrada e saída do país 
de pessoas – apenas no tocante aos bens que carregam consigo -
, veículos e mercadorias é da competência da autoridade aduaneira em todo território 
nacional, que compreende também as 200 milhas e o espaço aéreo. 
Parágrafo único. As atividades de fiscalização de tributos incidentes sobre as 
operações de comércio exterior serão supervisionadas e executadas por Auditor-Fiscal 
da Receita Federal do Brasil (Lei nº 5.172, de 1966, arts. 142, 194 e 196; Lei nº 4.502, 
de 1964, art. 93; Lei nº 10.593, de 6 de dezembro de 2002, art. 6º, com a redação dada 
pela Lei nº 11.457, de 16 de março de 2007, art. 9º). (Incluído pelo Decreto nº 7.213, 
de 15 de junho de 2010) 
 
Art. 16. A fiscalização aduaneira poderá ser ininterrupta, em horários determinados, 
ou eventual, nos portos, aeroportos, pontos de fronteira e recintos alfandegados 
(Decreto-Lei no 37, de 1966, art. 36, caput, com a redação dada pela Lei no 10.833, de 
29 de dezembro de 2003, art. 77). 
(Os portos, aeroportos e pontos de fronteira são chamados de zona primária, onde o poder 
da autoridade aduaneira se sobrepõe – no tocante à fiscalização e controle – ao das demais 
autoridades que ali operam. Como a entrada e saída do país não tem hora estabelecida, nas 
zonas primárias o regime tem que ser diuturno, em regime de plantão.) 
§ 1o A administração aduaneira determinará os horários e as condições de realização 
dos serviços aduaneiros, nos locais referidos no caput (Decreto-Lei no 37, de 1966, art. 
36, § 1o, com a redação dada pela Lei no 10.833, de 2003, art. 77). 
 
Objetivos do controle aduaneiro. 
Desde priscas eras existe o comércio exterior, que opera basicamente em função da 
passagem de uma país para outros de PESSOAS, VEÍCULOS e MERCADORIAS. Assim, os 
povos tiveram que criar mecanismos de controles para administrar esse fluxo, a fim de que 
os países saibam o que entra e o que sai, seja para cobrança de impostos seja para 
estatística 
Assim, arrolamos o que, a nosso ver, são os principais objetivos: 
a) identificação do que entra e sai de um país; 
b) combate ao contrabando ou descaminho; 
b) fiscalização e controle dos direitos aduaneiros e fraudes correlatas, como origem e 
valor aduaneiro. 
c) estatística do comércio exterior. 
Repetindo, é importante frisar que o objetivo do controle aduaneiro não é arrecadatório 
e, sim, de proteção aos bens do País. Para atender a esses objetivos foram criados 
organismos estatais conhecidos como Alfândega em alguns países e Aduana em outros. O 
Brasil usa os dois termos. Note que usamos Alfândega (Alfândega de Santos) ao falarmos 
da repartição e Aduaneira ao falarmos da legislação de regência (Regulamento Aduaneiro). 
Nossa Constituição determina: “Art. 237. A fiscalização e o controle sobre o comércio 
exterior, essenciais à defesa dos interesses fazendários nacionais, serão exercidos pelo 
Ministério da Fazenda.” 
Lemos no site da RECEITA: 
O exercício da administração aduaneira compreende a fiscalização e o controle sobre o 
comércio exterior, essenciais à defesa dos interesses fazendários nacionais, em todo o 
território aduaneiro (Constituição Federal, art. 237). 
O controle aduaneiro promovido pela Secretaria da Receita Federal do Brasil não tem 
caráter arrecadatório. Nesse controle, o bem tutelado pelo Estado não é o tributo, mas a 
segurança da sociedade. 
A fiscalização aduaneira verifica, por exemplo, se a mercadoria recebeu as devidas 
anuências, oferecendo, portanto, condições de sanidade e segurança para o uso do 
consumidor. 
De semelhante forma, são verificados a observação das normas pelos importadores e 
exportadores e os recolhimentos devidos, o que redunda, dentre outras conseqüências, na 
redução da competição desleal e, quando for o caso, na proteção às empresas nacionais. 
Um instrumento chave para a execução desse controle é o DESPACHO ADUANEIRO, sendo 
objeto deste manual o despacho de importação. 
 
Natureza regulatória do controle. 
Lemos alhures que 
“… a finalidade precípua da atividade regulatória estatal: é “Proporcionar o máximo 
de eficiência na solução de problemas, aliando, na dosagem necessária, para cada 
hipótese, as vantagens da flexibilidade negocial privada com o rigor da coercitividade 
estatal.” 
Entendemos que a natureza regulatória do controle aduaneiro se confunde com a própria 
natureza do imposto de importação, que é protecionista quanto aos interesses do País. A 
natureza desse controle é de controle, proteção e fiscalização do comércio internacional do 
País, inibindo a fraude. Tem, portanto, natureza administrativa, cabendo à Polícia 
Federal o aspecto criminal. 
Em respeito ao princípio dalegalidade, o instrumento regulatório deve ser determinado por 
Lei, o que se denomina “marco regulatório“, que pode ser definido como “o conjunto de 
regras, orientações, medidas de controle e valoração que possibilitam o exercício do 
controle social de atividades de serviços públicos”. Portanto, a natureza regulatória do 
controle aduaneiro para nós é dada pela própria função do Estado, que tem a obrigação 
legal de gerir o comércio exterior. 
Para atender a essa obrigação legal regulatória são expedidas normas dos mais variados 
níveis. 
Importância do controle aduaneiro. 
A importância do controle aduaneiro reside, a nosso ver, em atender aos quatro objetivos 
acima arrolados. Por isso a legislação criou as zonas primárias e secundárias, dando aos 
fiscais aduaneiras superpoderes quando na zona primária, pois têm a primazia de atuar em 
relação a quaisquer outros órgãos que ali também exercem sua função. Essa primazia 
advém exatamente da importância que deve ser dada ao controle aduaneiro. 
Se por qualquer lugar do país pudessem entrar PESSOAS, VEÍCULOS e MERCADORIA não 
haveria condições de controle e fiscalização eficiente, mormente num país da dimensão do 
nosso. Por isso foram criadas as Zonas Primárias, único lugar por onde essa operação 
pode ser feita. Se forem encontrados veículos ou mercadorias ingressando ou saindo do 
país por local diverso a pena é o perdimento do bem. Se não fossem criadas essas Zonas 
Primárias o caos estaria instalado. 
Desta forma, o País só pode ser protegido se tiver uma Alfândega eficiente, capaz de 
proteger a produção nacional e evitar fraudes. 
Natureza do tributo aduaneiro. 
Embora inserido na Secretaria da Receita Federal o tributo aduaneiro – compreendidos 
todos os tributos incidentes na entrada do bem no país – não tem, por natureza, o 
intuito arrecadatório mas de regulação e controle. É um imposto que tem natureza 
protecionista, pois visa proteger o similar nacional. 
Um exemplo da natureza não arrecadatória do imposto de importação está no 
Regulamento Aduaneiro, ora estudado, onde vemos que os artigos que visam a tributação 
são a minoria, ressaltando os artigos de controle e regulação. O Regulamento tem início 
com o capítulo da Jurisdição Aduaneira, eminentemente de controle. Grande parte do 
Regulamento é dedicada ao controle e proteção, como é o caso dos Regimes Aduaneiros 
Especiais, como o trânsito, admissão temporária, drawback, entreposto aduaneiro, Recof, 
etc etc. 
Por isso o fiscal aduaneiro não pode ter mentalidade meramente fiscalista, pois a natureza 
do imposto que ele administra não é arrecadatória, mas, sim, um instrumento regulador do 
comércio exterior. Também por esta razão é um imposto que não segue o princípio da 
anualidade, nos quais o aumento de alíquota só pode viger no ano seguinte. No caso do 
imposto de importação a mercadoria é embarcada com determinada alíquota e quando 
aqui chegar pode estar sujeita a outra, salvo ressalva da lei aos casos já embarcados. Como 
imposto regulador que é, pode ter sua alíquota aumentada ou diminuída a qualquer 
momento, dependendo das circunstâncias econômica que o país vive e a vontade de seus 
dirigentes. 
Este ordenamento está esculpido na Constituição Federal “Art. 237. A fiscalização e 
o controle sobre o comércio exterior, essenciais à defesa dos interesses fazendários 
nacionais, serão exercidos pelo Ministério da Fazenda.” de a fiscalização e o controle 
sobre o comércio exterior, essenciais à defesa dos interesses fazendários nacionais, em 
todo o território aduaneiro (Constituição, art. 237). 
Estrutura administrativa da RFB. 
A estrutura administrativa da SRFB está a seguir demonstrada. Se desejar detalhes dessa 
Secretaria CLIQUE AQUI. 
Subsecretaria de Aduana e Relações Internacionais 
Seu Organograma é o seguinte: 
1 – Divisão de Planejamento, Avaliação e Controle – Dipav 
2 – Seção de Capacitação e Desenvolvimento – Sacad 
3 – Seção de Atividades Auxiliares – Saau 
4 – COORDENAÇÃO-GERAL DE ADMINISTRAÇÃO ADUANEIRA – Coana 
A respeito das funções da RFB extraímos o seguinte do seu site: 
Secretaria da Receita Federal do Brasil é um órgão específico, singular, subordinado 
ao Ministério da Fazenda, exercendo funções essenciais para que o Estado possa 
cumprir seus objetivos. É responsável pela administração dos tributos de competência 
da União, inclusive os previdenciários, e aqueles incidentes sobre o comércio exterior, 
abrangendo parte significativa das contribuições sociais do País. Auxilia, também, o 
Poder Executivo Federal na formulação da política tributária brasileira, além de 
trabalhar para prevenir e combater a sonegação fiscal, o contrabando, o descaminho, 
a pirataria, a fraude comercial, o tráfico de drogas e de animais em extinção e outros 
atos ilícitos relacionados ao comércio internacional. 
 
Unidades Centrais. 
O art. 2º do Regimento Interno da RFB declara que ela tem a seguinte estrutura como 
UNIDADES CENTRAIS: 
I – UNIDADES CENTRAIS 
1- Assessoramento Direto: 
1.1 – GABINETE – Gabin 
1.2 – CORREGEDORIA-GERAL – Coger 
1.3 – ASSESSORIA ESPECIAL – Asesp 
1.4 – COORDENAÇÃO-GERAL DE PLANEJAMENTO, ORGANIZAÇÃO E AVALIAÇÃO 
INSTITUCIONAL – Copav 
1.5 – COORDENAÇÃO-GERAL DE AUDITORIA INTERNA – Audit 
1.6 – COORDENAÇÃO-GERAL DE PESQUISA E INVESTIGAÇÃO – Copei 
1.7 – ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL – Ascom 
1.8 – COORDENAÇÃO-GERAL DE COOPERAÇÃO E INTEGRAÇÃO FISCAL – Cocif 
2 – Atividades Específicas: 
2.1 – SUBSECRETARIA DE ARRECADAÇÃO E ATENDIMENTO – Suara 
2.2 – SUBSECRETARIA DE TRIBUTAÇÃO E CONTENCIOSO – Sutri 
2.3 – SUBSECRETARIA DE FISCALIZAÇÃO – Sufis 
2.4 – SUBSECRETARIA DE ADUANA E RELAÇÕES INTERNACIONAIS – Suari 
2.5 – SUBSECRETARIA DE GESTÃO CORPORATIVA – Sucor 
 
Gabinete. 
Por Gabinete devemos entender a parte em que se situa o Secretário da Receita Federal e 
seus assessores diretos. O Regimento Interno da RFB aponta o seguinte: 
1.1 – GABINETE – Gabin 
1.1.1 – Ouvidoria – Ouvid 
1.1.2 – Divisão de Atividades Administrativas – Diadm 
1.1.2.1 – Equipe das Unidades Centrais – EUC 
Coordenações. 
A RFB tem inúmeras coordenações, sendo que somente uma delas é eminentemente 
aduaneira, qual seja, a Coordenação-Geral da Administração Aduaneira – COANA. O 
Regimento Interno da SRFB lhe dá a seguinte competência à COANA: 
Art. 129. À Coordenação-Geral de Administração Aduaneira – Coana compete: 
I – gerenciar as atividades relativas à administração aduaneira; 
II – gerenciar as atividades de fiscalização dos tributos e direitos comerciais incidentes 
no comércio exterior, de aplicação de procedimentos e rotinas fiscais na habilitação 
de importadores e exportadores para operar no Siscomex, de controle de internação 
de mercadorias de áreas aduaneiras especiais e de controles domiciliares de regimes 
aduaneiros especiais; 
III – coordenar e supervisionar as atividades relativas à classificação fiscal de 
mercadorias, inclusive quanto ao desenvolvimento e implementação de 
nomenclaturas que tenham por base o Sistema Harmonizado de Designação e de 
Codificação de Mercadorias; 
IV – executar as investigações sobre origem de mercadorias; 
V – coordenar o relacionamento da RFB com outros órgãos da administração pública e 
entidades privadas relativamente a matérias de interesse aduaneiro; 
VI – instaurar processos e executar rotinas relativas à aplicação da legislação 
tributária, aduaneira e de defesa comercial no Siscomex, à eliminação da dupla 
cobrança da Tarifa Externa Comum e à distribuição da renda aduaneira no Mercosul; 
VII – planejar e avaliar a infraestrutura e segurança de locais e recintos onde se 
encontrem mercadorias procedentes do exterior ou a ele destinadas, recursoshumanos e materiais da administração aduaneira; 
VIII – planejar e avaliar as atividades, recursos e tecnologias relativos à vigilância e 
repressão aduaneira; 
IX – coordenar e elaborar, em sua área de competência, projetos de atos 
administrativos, regulamentares e normativos; de atos normativos de consolidação, 
sistematização e regulamentação da legislação aduaneira; de soluções de consultas 
sobre classificação de mercadorias e de divergências em processo de consulta e de 
manuais de orientação; 
X – gerenciar as atividades relativas às operações aéreas desenvolvidas pela RFB; 
XI – assessorar o Subsecretário de Aduana e Relações Internacionais na formulação e 
avaliação da política de controle aduaneiro e de integração com outros órgãos 
governamentais que intervenham no comércio exterior; 
XII – analisar as proposições e estudos de natureza aduaneira apresentados por 
entidades governamentais, empresariais e sociais; e 
XIII – subsidiar a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional – PGFN e a Advocacia-
Geral da União – AGU, na defesa dos interesses da Fazenda Nacional e da União em 
matéria aduaneira. 
Nosso Blog dispõe de trabalho sobre a COANA e sua estrutura. Se desejar .conhecer 
detalhes CLIQUE AQUI. 
As demais coordenações podem ser conhecidas CLICANDO AQUI. 
Unidades descentralizadas. 
 O Brasil foi dividido em dez Regiões Fiscais, cada uma delas dirigida 
por Superintendência Regional, que são unidades descentralizadas. O quadro abaixo 
mostra as dez Superintendências Regionais e entre parêntesis o usuário encontrará o 
Estado em que exercem a jurisdição. 
Nas Superintendências a DIANA – Divisão de Administração Aduaneira é que cuida dos 
assuntos aduaneiros. 
 · Superintendência da 1ª Região Fiscal (DF, GO, MT, MS e TO) 
 · Superintendência da 2ª Região Fiscal (AC, AM, AP, PA, RO e RR) 
 · Superintendência da 3ª Região Fiscal (CE, MA e PI) 
 · Superintendência da 4ª Região Fiscal (AL, PB, PE e RN) 
 · Superintendência da 5ª Região Fiscal (BA e SE) 
 · Superintendência da 6ª Região Fiscal (MG) 
 · Superintendência da 7ª Região Fiscal (ES e RJ) 
 · Superintendência da 8ª Região Fiscal (SP) 
 · Superintendência da 9ª Região Fiscal (PR e SC) 
 · Superintendência da 10ª Região Fiscal (RS) 
Unidades locais 
As unidades locais podem ser divididas em Alfândegas, Delegacias e Inspetorias. 
Alfândegas 
As Alfândegas são repartições da RFB exclusivamente aduaneiras e têm status ora de 
Delegacia, ora de Inspetoria. 
Se desejar detalhes sobre a Alfândega CLIQUE AQUI. 
Delegacias 
As Delegacias da Receita Federal cuidam das atividades da SRFB como um todo, não 
distinguindo este ou aquele imposto como ocorre com as Alfândegas, que só cuidam de 
matéria aduaneira. 
Nela os assuntos aduaneiros são tratados na DIANA – Divisão de Administração Aduaneira. 
Inspetorias 
As Inspetorias, como as Delegacias, exercem as funções delegadas à Receita Federal em 
determinada jurisdição, geralmente área menores do que a das Delegacias ou de menor 
movimento e estão subordinadas à Delegacia da jurisdição. 
Na esfera aduaneira vamos encontrar tanto Delegacias como Inspetorias exercendo funções 
aduaneiras em suas jurisdições, a critério da administração central. 
Geralmente atuam em todas as questões tributárias afetas à Receita Federal, sendo que há 
alguma exceções, como é o caso da Inspetoria da Receita Federal de São Paulo que cuida 
exclusivamente de matéria aduaneira, exceto da parte do despacho aduaneiro praticado 
nos Portos Secos e outros recintos alfandegados situados na zona secundária da jurisdição, 
de competência da Alfândega de São Paulo. 
Se deseja conhecer como legislam em suas jurisdições CLIQUEM 
AQUI ALFANDEGAS – DELEGACIAS ou INSPETORIAS. 
Recintos Alfandegados. 
Por recintos alfandegados devemos entender os locais devidamente demarcados, onde 
pode haver carga e descarga de mercadoria importada ou a exportar. Tais recintos devem 
ser previamente vistoriados pela fiscalização aduaneira, que expedirá ato legal os 
alfandegando, a partir do qual nada mais se faz nessa área sem a expressa autorização da 
autoridade aduaneira. 
Estão divididos em recintos DE ZONA PRIMÁRIA e recintos de ZONA SECUNDÁRIA. O 
Regulamento Aduaneiro (dec. 6.759/09) assim dispõe a respeito: 
Art. 9o Os recintos alfandegados serão assim declarados pela autoridade 
aduaneira competente, na zona primária ou na zona secundária, a fim de 
que neles possam ocorrer, sob controle aduaneiro, movimentação, 
armazenagem e despacho aduaneiro de: 
I – mercadorias procedentes do exterior, ou a ele destinadas, inclusive sob 
regime aduaneiro especial; 
II – bagagem de viajantes procedentes do exterior, ou a ele destinados; e 
III – remessas postais internacionais. 
Parágrafo único. Poderão ainda ser alfandegados, em zona primária, 
recintos destinados à instalação de lojas francas. 
A fiscalização nos recintos aduaneiros pode ser diuturna, isto é, constante, dia e noite, 
como acontece com os recintos de zona primária ou pode haver fiscalização aleatória, com 
a presença da fiscalização quando necessário ou em horas preestabelecidas, como ocorre 
com o Porto Seco. O alfandegamento implica em dependência de autorização da 
fiscalização aduaneira para qualquer operação. 
Além dos recintos alfandegados de zona primária há ainda outros recintos alfandegados 
que dependem de trânsito aduaneiro para que possam operar, recebendo ou enviando 
mercadoria para uma zona primária. O principal é o PORTO SECO. Se deseja detalhes sobre 
o Porto Seco CLIQUE AQUI. 
Apenas para constar, há um local que recebe exclusivamente mercadoria de exportação, 
mas que não é alfandegado. A autoridade aduaneira autoriza seu funcionamento e 
estabelece as normas de controle. Devem estar próximos da zona primária e se 
chamam REDEX. Se tiver interesse em conhecê-lo CLIQUE AQUI. 
Portos, aeroportos e pontos de fronteira. 
PORTOS 
Os portos podem ser marítimos, fluviais ou lacustres. A Lei no8.630, de 25 de fevereiro de 
1993, conhecida como lei dos portos, nos oferece os seguintes conceitos: 
I – Porto Organizado: o construído e aparelhado para atender às necessidades da 
navegação, da movimentação de passageiros ou da movimentação e armazenagem de 
mercadorias, concedido ou explorado pela União, cujo tráfego e operações portuárias estejam 
sob a jurisdição de uma autoridade portuária; 
II – Operação Portuária: a de movimentação de passageiros ou a de movimentação ou 
armazenagem de mercadorias, destinados ou provenientes de transporte aquaviário, 
realizada no porto organizado por operadores portuários; 
V – Instalação Portuária de Uso Privativo: a explorada por pessoa jurídica de direito 
público ou privado, dentro ou fora da área do porto, utilizada na movimentação de 
passageiros ou na movimentação ou armazenagem demercadorias, destinados ou 
provenientes de transporte aquaviário. 
Se desejar conhecer detalhes sobre Portos CLIQUE AQUI. 
AEROPORTOS 
Os aeroportos têm a mesmo função dos portos, diferenciando-os apenas a via utilizada, 
pois neste caso operam apenas com aeronaves, as quais, igualmente aos navios, levam ou 
trazem para o exterior pessoas ou mercadorias. Aeroporto alfandegado é aquele em que foi 
delimitada sua área para nele a fiscalização aduaneira exercer o seu mister diuturnamente. 
Após o alfandegamento qualquer atividade dentre dessa área fica na dependência da 
autorização da fiscalização aduaneira. 
Se desejar conhecer detalhes sobre Aeroportos CLIQUE AQUI. 
PONTOS DE FRONTEIRA 
Os pontos de fronteira, alfandegado igualmente como os portos e aeroportos, são umaárea delimitada situada numa fronteira terrestre onde é autorizada a entrada e saída do 
País de pessoas, veículos e mercadoria. Funciona igualmente como um porto ou aeroporto. 
Por ser de menor monta em alguns aspectos tem legislação diferenciada. 
Oferecemos o ADE abaixo, da Superintendência da 2ª Região Fiscal, que alfandega e, assim, 
dá nascimento à operação do Posto de Fronteira de Bonfim (Roraima): 
ATO DECLARATÓRIO EXECUTIVO Nº 5, DE 3 DE AGOSTO DE 2011 
O SUPERINTENDENTE DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL NA 2ª REGIÃO FISCAL, no uso 
de suas atribuições e considerando a competência prevista no art. 28 da Portaria RFB 
nº 2.438, de 21 de dezembro de 2010, publicada no Diário Oficial da União de 22 de 
dezembro de 2010, e tendo em vista o que consta do processo administrativo 
10245.000896/95-14 e com base no Parecer Diana/SRRF 02 nº 12/2011, declara: 
Art. 1º Alfandegado, em caráter precário e por prazo indeterminado, o Ponto de 
Fronteira de Bonfim, localizado na Rodovia BR 401, às margens do rio Tacutu, no 
município de Bonfim, no Estado de Roraima. 
Art. 2º O referido ponto de fronteira ficará sob a jurisdição da Inspetoria da Receita 
Federal do Brasil em Bonfim/RR, e estará autorizado a proceder as seguintes 
operações: 
I – entrada ou saída, atracação, estacionamento ou trânsito de veículos procedentes 
do exterior ou a ele destinados; 
II – carga, descarga (somente no interesse da fiscalização aduaneira), transbordo, 
baldeação, redestinação, ou passagem de mercadorias ou bens procedentes do 
exterior ou a ele destinados; 
III – despacho de mercadorias em regime de trânsito aduaneiro; 
IV – conclusão de trânsitos de exportação e embarque para o exterior; 
V – despacho de importação; 
VI – despacho de exportação; 
VII – embarque, desembarque ou trânsito de viajantes procedentes do exterior ou a ele 
destinados; 
VIII – embarque de viajantes saindo da ALC. 
Art. 3º Caberá à Inspetoria da Receita Federal do Brasil em Bonfim/RR exercer o 
controle aduaneiro no ponto de fronteira. 
Art. 4º As operações autorizadas serão realizadas diariamente, no horário de 08:00 
(oito horas) às 12:00 (doze horas) e de 14:00 (quatorze horas) às 17:00 (dezessete 
horas). 
Art. 5º O horário de expediente do recinto alfandegado será das 08:00 (oito horas) às 
12:00 (doze horas) e das 14:00 (quatorze horas) às 18:00 (dezoito horas), diariamente. 
Art. 6º Fica atribuído ao recinto o código nº 2.62.19.01-8. 
Art. 7º Este ato entra em vigor na data de sua publicação no Diário Oficial da União, 
produzindo efeitos desde 1º de agosto de 2011. 
 
 Se desejar conhecer detalhes sobre Pontos de Fronteira CLIQUE AQUI 
Jurisdição aduaneira. 
Estamos estudando a Administração Aduaneira, ou seja, a forma pela qual a autoridade 
aduaneira exerce o seu mister em sua área de jurisdição. Assim, nossa primeira 
preocupação é conhecer o que é jurisdição aduaneira. 
Por jurisdição aduaneira devemos entender a área em que uma autoridade aduaneira 
exerce o seu poder. O Secretário da Receita Federal tem como jurisdição o território 
Nacional. O Superintendente tem a jurisdição do Estado ou Estados que a lei lhe outorgou. 
O Delegado e Inspetor também. O Inspetor da Alfândega tem como jurisdição a área que 
delimita a zona primária que dirige. Conhecemos uma única exceção, que é a Alfândega de 
São Paulo que não dispõe de zona primária mas tão somente de Portos Secos de zona 
secundária situados na área que a lei lhe conferiu. Temos também em São Paulo uma 
Delegacia especializada somente em comércio exterior, diferente pois das demais. Abaixo 
uma comprovação em que o Superintendente transfere competência entre ambas: 
Transfere temporariamente competências entre Unidades no âmbito da 8ª Região Fiscal. 
O SUPERINTENDENTE SUBSTITUTO DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL NA 8ª REGIÃO 
FISCAL, no uso das atribuições que lhe conferem os artigos 300, 301 e 314 do Regimento 
Interno da Secretaria da Receita Federal do Brasil, aprovado pela Portaria MF nº 203, de 14 
de maio de 2012, publicado no DOU de 17 de maio de 2012, resolve: 
Art. 1º Transferir a atividade de atendimento ao contribuinte da Alfândega da Receita 
Federal do Brasil – Alf – São Paulo para a Delegacia Especial da Receita Federal do 
Brasil de Fiscalização de Comércio Exterior – Delex – São Paulo. 
Se desejar conhecer detalhes sobre Jurisdição Aduaneira CLIQUE AQUI. 
Território aduaneiro. 
É a área onde a autoridade aduaneira pode exercer a jurisdição e compreende todo 
território nacional, inclusive águas territoriais e espaço aéreo correspondente. Poder-
se-ia argumentar ser óbvio o fato de que o território aduaneiro deve ser igual ao território 
nacional, pois, se fosse menor que este, deixaria faixas em branco, sem poder de atuação, e, 
se fosse maior, invadiria território estrangeiro. 
Entretanto, o que parece óbvio não corresponde à realidade, uma vez que um território 
aduaneiro pode ser maior ou menor que o território nacional. Isto porque, por interesses 
de controle ou econômicos e mesmo de simplificação e desburocratização do processo de 
fiscalização aduaneira, há países que firmaram acordos permitindo que a fiscalização 
aduaneira atue no seu território ou vice-versa. São os chamados ENCLAVES e ESCLAVES. 
Se houver interesse no estudo deste tema CLIQUE AQUI. 
Certa ocasião estivemos em Nassau, nas Bahamas, com destino a Miami e, ao partirmos, 
tivemos nossa bagagem fiscalizada pela Alfândega dos Estados Unidos ainda no Aeroporto 
de Nassau. Portanto, neste aspecto o território aduaneiro dos Estados Unidos é maior do 
que seu território nacional. 
Zona primária. 
O dec-lei 37/66 assim conceitua zona primária: 
Art. 33 – A jurisdição dos serviços aduaneiros se estende por todo o território 
aduaneiro, e abrange: 
I – zona primária – compreendendo as faixas internas de portos e aeroportos, recintos 
alfandegados e locais habilitados nas fronteiras terrestres, bem como outras áreas 
nos quais se efetuem operações de carga e descarga de mercadoria, ou embarque e 
desembarque de passageiros, procedentes do exterior ou a ele destinados; 
Portanto, a zona primária compreende as faixas internas de portos e aeroportos, bem 
como os pontos de fronteira alfandegados, nos quais se efetuem operações de carga e 
descarga de mercadoria ou embarque e desembarque de passageiros, procedentes do 
exterior ou a ele destinados. 
Em suma, é um lugar delimitado pela autoridade aduaneira em porto, aeroporto ou local de 
fronteira e somente por ele podem entrar mercadorias, veículos e pessoas portando bens. 
Se ingressar por qualquer outro lugar a pena é o perdimento dos bens, ademais da questão 
criminal a ser analisada pela autoridade competente. 
O poder da Alfândega na Zona Primária 
O Art. 35 do DL 37/66 dispõe: 
‘Em tudo o que interessar à fiscalização aduaneira, na zona primária, a autoridade 
aduaneira tem precedência sobre as demais que ali exercem suas funções. Essa 
determinação legal foi posteriormente incluída na Constituição Federal, uma vez que 
seu art. 37 dispõe: “XVIII – a administração fazendária e seus servidores fiscais terão, 
dentro de suas áreas de competência e jurisdição, precedência sobre os demais setores 
administrativos, na forma da lei.” 
É ainda a Constituição Federal que, em seu art. 237, prescreve que: 
“a fiscalização e o controle sobre o comércio exterior, essenciais à defesa dos 
interesses fazendários nacionais, serão exercidos pelo Ministério da Fazenda.” 
Anteriormente a lei já prefixava (art. 35 do DL 37/66): 
“Em tudo que interessar à fiscalização aduaneira, na zona primária, a autoridade 
aduaneira tem precedência sobre as demais que ali exerçam suas atividades.” 
A respeito desse poder André Ferreirade Barros (Um introito ao direito aduaneiro – pag. 59 
– Ed. Aduaneiras) discorre sobre a característica da zoa primária, demonstrando que em 
seus limites alguns conceitos do direito civil, como o da posse de bem móvel, não 
prevalecem: 
“A relação entre pessoas e bens é regulada pelo Código Civil pátrio, aprovado pela lei 
3.171, de primeiro de janeiro de 1916. E os institutos de direito privado podem ser 
utilizados na seara do direito tributário, a teor do art. 109 do CTN. 
É questão assente entre os civilistas que, em se tratando de bens móveis, em geral, a 
posse regular faria presumir a propriedade. Seria a consagração da expressão ‘beati 
possedentis” (Bem aventurados os que se acham na posse da coisa acerca da qual se 
litiga”). 
Tanto é assim que que as ‘blitzen’ em veículos são feitas de modo ocasional e por 
amostragem pela autoridade policial. Claro pois se verificaria a presunção relativa de 
que os possuidores dos automóveis seriam seus proprietários. 
Na zona primária, contudo, essa construção jurídica não se estabeleceria, por força de 
suas peculiaridades. Ao revés, se inquirida pela autoridade aduaneira, a pessoa não 
conseguir de pronto comprovar a regularidade de sua posse, estabeler-se-ia a 
presunção “juris tantum” de infração fiscal.” 
 
 
Zona secundária. 
A zona secundária compreende (Art. 33 – II – do DL 37/66): 
“a parte restante do território nacional, nela incluída as águas territoriais e o espaço 
aéreo correspondente. Vale dizer, excluindo as zonas primárias e pontos de fronteira, 
todos os demais são considerados zona secundária. 
O RA dec 6.759/09) assim descreve a Zona Secundária, no inciso II do art. 3º: 
II – a zona secundária, que compreende a parte restante do território aduaneiro, nela 
incluídas as águas territoriais e o espaço aéreo. 
§ 1o Para efeito de controle aduaneiro, as zonas de processamento de exportação, 
referidas no art. 534, constituem zona primária (Lei no 11.508, de 20 de julho de 2007, 
art. 1o, parágrafo único). 
§ 2o Para a demarcação da zona primária, deverá ser ouvido o órgão ou empresa a 
que esteja afeta a administração do local a ser alfandegado. 
§ 3o A autoridade aduaneira poderá exigir que a zona primária, ou parte dela, seja 
protegida por obstáculos que impeçam o acesso indiscriminado de veículos, pessoas 
ou animais. 
§ 4o A autoridade aduaneira poderá estabelecer, em locais e recintos alfandegados, 
restrições à entrada de pessoas que ali não exerçam atividades profissionais, e a 
veículos não utilizados em serviço. 
 
 
Órgãos públicos intervenientes. 
Hoje muito se fala em INTERVENIENTE do comércio exterior. Questões sobre ele foram 
suscitadas nas provas para fiscal da Receita Federal e para Ajudante de Despachante 
aduaneiro. Quem são eles? Importadores e exportadores? Depositários? Transportadores 
internacionais? Órgãos governamentais, como a ANVISA? Como o BACEN? 
O item acima fala exclusivamente em ÓRGÃOS PÚBLICOS que intervêem no comércio 
exterior. Porem é nosso dever ressaltar que a própria lei denomina os intervenientes no 
comércio exterior, dentre os quais, pela aplicação das penas, não se encontra nenhum 
órgão públicos. Estes, na doutrina aduaneira, são denominados administradores do 
comércio exterior quando cuidam especificamente de assuntos inerentes a ele 
e ANUENTES os órguns públicos que a lei lhe confere autorizar a importação ou 
exportação quanto ao campo específico em que atuam, como a ANVISA,por exemplo. 
Vejam o que diz a lei 10.833/03: 
 Art. 76. Os intervenientes nas operações de comércio exterior ficam 
sujeitos às seguintes sanções: (Vide Lei nº 12.715, de 2012) (Vide Lei nº 
13.043, de 2014) 
 I – advertência, na hipótese de: “a” e “b” revogados” 
 c) atraso, de forma contumaz, na chegada ao destino de veículo 
conduzindo mercadoria submetida ao regime de trânsito aduaneiro; 
d) emissão de documento de identificação ou quantificação de mercadoria sob controle 
aduaneiro em desacordo com o previsto em ato normativo, relativamente a sua efetiva 
qualidade ou quantidade; (Redação dada pela Lei nº 13.043, de 2014) 
e) prática de ato que prejudique a identificação ou quantificação de mercadoria sob 
controle aduaneiro; (Redação dada pela Lei nº 13.043, de 2014) 
“f” – revogado 
 g) consolidação ou desconsolidação de carga efetuada em 
desacordo com disposição estabelecida em ato normativo e que altere o 
tratamento tributário ou aduaneiro da mercadoria; (Redação dada pela Lei 
nº 13.043, de 2014) 
 h) atraso, por mais de 3 (três) vezes, em um mesmo mês, na 
prestação de informações sobre carga e descarga de veículos, ou 
movimentação e armazenagem de mercadorias sob controle aduaneiro; 
 i) descumprimento de requisito, condição ou norma operacional para 
habilitar-se ou utilizar regime aduaneiro especial ou aplicado em áreas 
especiais, ou para habilitar-se ou manter recintos nos quais tais regimes 
sejam aplicados; ou 
 j) descumprimento de obrigação de apresentar à fiscalização, em boa ordem, os 
documentos relativos à operação em que realizar ou em que intervier, bem como outros 
documentos exigidos pela Secretaria da Receita Federal do Brasil; ou (Redação dada pela 
Lei nº 13.043, de 2014) 
k) descumprimento de determinação legal ou de outras obrigações relativas ao controle 
aduaneiro previstas em ato normativo não referidas às alíneas c a j; (Incluído pela Lei nº 
13.043, de 2014) 
 II – suspensão, pelo prazo de até 12 (doze) meses, do registro, licença, 
autorização, credenciamento ou habilitação para utilização de regime 
aduaneiro ou de procedimento simplificado, exercício de atividades 
relacionadas com o despacho aduaneiro, ou com a movimentação e 
armazenagem de mercadorias sob controle aduaneiro, e serviços 
conexos, na hipótese de: 
 
E por aí segue, arrolando atos que não são praticados por órgãos públicos, porém 
denominando os praticantes desses atos de intervemientes. Certamente a expressão aqui 
foi usado genericamente. 
A Receita Federal, em junho de 2.012, editou a Instrução Normativa RFB nº 1.273, de 6 
de junho de 2012 
O SECRETÁRIO DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL , no uso da atribuição que lhe 
confere o inciso III do art. 273 do Regimento Interno da Secretaria da Receita Federal 
do Brasil, aprovado pela Portaria MF n º 587, de 21 de dezembro de 2010 , e tendo em 
vista o disposto nos arts. 808 a 814 do Decreto n º 6.759, de 5 de fevereiro de 2009 , 
resolve: 
Art. 1 º O controle pela Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB) dos 
intervenientes do comércio exterior, inclusive dos despachantes aduaneiros e dos 
ajudantes de despachante aduaneiro, e da representação das pessoas físicas e 
jurídicas, para fins de atuação nas operações de comércio exterior, será exercido por 
meio do Cadastro Aduaneiro Informatizado de Intervenientes de Comércio Exterior, 
Sistema CAD-ADUANA. 
Esta IN , na época de sua edição, não era auto aplicável, conforme se vê do art. 3º, 
Art. 3 º Os intervenientes e suas atividades no comércio exterior serão cadastrados no 
sistema nos prazos, termos e condições definidos em ato normativo da Coordenação-
Geral de Administração Aduaneira (Coana). 
§ 1 º O cadastramento dos intervenientes condiciona-se a autorização de outras 
agências ou órgãos de controle, quando previsto em legislação específica. 
§ 2 º Os intervenientes estrangeiros somente poderão ser cadastrados no sistema por 
intermédio da indicação de sua representação por pessoa física ou jurídica nacional. 
§ 3 º O cadastramento de pessoa física ou jurídica que ocorra na qualidade de 
representação de estrangeiro implica a identificação do respectivorepresentado. 
 
Por ela colhemos mais um dado: temos intervenientes nacionais e estrangeiros. 
Em suma, são intervenientes todas as pessoas físicas ou jurídicas que tiverem alguma 
atuação na operação de importação ou exportação. 
A IN RFB 1.288/12 no parágrafo único ao artigo primeiro enumera o que entende 
por INTERVENIENTE: 
Parágrafo único. Considera-se interveniente do comércio exterior, o importador, o 
exportador, o beneficiário de regime aduaneiro ou de procedimento simplificado, o 
despachante aduaneiro e seus ajudantes, o transportador, o agente de carga, o 
operador de transporte multimodal (OTM), o operador portuário, o depositário, o 
administrador de recinto alfandegado, o perito, o assistente técnico, ou qualquer 
outra pessoa que tenha relação, direta ou indireta, com a operação de comércio 
exterior. 
Assim, a nosso ver, melhor faria a ESAF se tirasse as expressão ÓRGÃOS PÚBLICOS como 
internientes. Repetindo, os órgãos públicos são denoinados ANUENTES ou GESTORES. 
PORÉM, SE TIVERMOS QUE NOS FIXAR NOS ÓRGÃOS PÚBLICOS QUE ATUAM NO 
COMÉRCIO EXTERIOR TEMOS QUE REDENOMINA-LOS DA SEGUINTE FORMA: 
2. OS ÓRGÃOS GESTORES 
Ademais dos dois órgãos acima mencionados, há aqueles que, dentre os órgãos anuentes 
incluem um sub-grupo, que seriam os Órgãos Gestores. Gestor quer dizer gerente, 
administrador. No caso de órgãos gestores do comércio exterior devemos entender 
aqueles que têm o poder de administrá-lo em sentido amplo e não apenas setorial, não 
apenas em sua área específica, gerindo, de forma colegiada, um órgão com atribuições 
específicas porém mais ampla do que aquela concedida ao órgão gestor. 
Seriam órgãos gestores a CAMEX (pate disciplinadora), RECEITA FEDERAL (parte fiscal), a 
SECEX (parte administrativa) e BANCO CENTRAL (parte cambial). 
O exemplo mais claro é do colegiado SISCOMEX, gerido pela RECEITE, SECEX e BANCO 
CENTRAL. Passamos a analisar os órgãos gestores. 
2.1 – A CAMEX 
O órgão máximo na política de Comércio Exterior brasileiro é um órgão colegiado 
denominado CAMEX – Câmara de Comércio Exterior. Cabe a ela a formulação, adoção, 
implementação e coordenação de políticas e atividades relativas ao comércio exterior de bens 
e serviços, incluindo o turismo. Neste campo nenhuma decisão sobre o Comércio Exterior 
acontece sem passar pelo crivo da CAMEX e seu colegiado. 
Se desejar conhecer mais detalhes sobre este órgão CLIQUE AQUI. 
2.2 – O SISCOMEX 
A legislação aduaneira considera como órgãos gestores aqueles que administram o 
SISCOMEX. O dec. 660/92, que instituiu o SISCOMEX, esclarece: 
Art. 3º A Comissão Gestora do SISCOMEX, será composta pelos seguintes 
integrantes: (Redação dada pelo Decreto nº 8.229, de 2014) 
I – Secretário-Executivo do Ministério da Fazenda; (Incluído pelo Decreto nº 8.229, de 
2014) 
II – Secretário-Executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio 
Exterior; (Incluído pelo Decreto nº 8.229, de 2014) 
III – Secretário da Receita Federal do Brasil, do Ministério da Fazenda; e (Incluído pelo 
Decreto nº 8.229, de 2014) 
IV – Secretário de Comércio Exterior, do Ministério Desenvolvimento, Indústria e Comércio 
Exterior. (Incluído pelo Decreto nº 8.229, de 2014) 
§ 1º Compete à Comissão Gestora do SISCOMEX: (Incluído pelo Decreto nº 8.229, de 2014) 
I – administrar o SISCOMEX; (Incluído pelo Decreto nº 8.229, de 2014) 
II – atuar junto aos órgãos e entidades da administração federal participantes do 
SISCOMEX na revisão periódica de demandas de dados e informações e de procedimentos 
administrados por meio do SISCOMEX, com vistas à sua padronização, atualização, 
harmonização e simplificação; (Incluído pelo Decreto nº 8.229, de 2014) 
III – auxiliar os órgãos e entidades da administração federal, respeitadas as suas 
competências, nas iniciativas que interfiram em procedimentos e exigências 
administrados por meio do SISCOMEX, com vistas à sua padronização, atualização, 
harmonização e simplificação; (Incluído pelo Decreto nº 8.229, de 2014) 
IV – deliberar sobre outros assuntos de sua atribuição; (Incluído pelo Decreto nº 8.229, de 
2014) 
V – criar grupos técnicos para o desenvolvimento de atividades específicas relativas às 
suas demais atribuições; e (Incluído pelo Decreto nº 8.229, de 2014) 
VI – delegar aos órgãos ou grupos técnicos que a compõem competências e atribuições 
determinadas da Comissão Gestora. (Incluído pelo Decreto nº 8.229, de 2014) 
 
3. OS ÓRGÃOS ANUENTES 
O Dicionário Aurélio nos ensina que ANUIR é “Dar consentimento, aprovação; estar de 
acordo; condescender, assentir, consentir: “Os holandeses, não menos cavilosos da sua 
parte, anuíram de boa mente à mesma cláusula” (João Francisco Lisboa, Obras, IV, p. 
39); “Lélio escutava, anuindo com a cabeça” (João Guimarães Rosa, Corpo de Baile, I, 
p. 267). [Pres. ind.: anuo, anuis, anui,anuímos, etc.; pres. subj.: anua, anuas, etc. Cf. 
ânuo, anuí e ânua. 
Portanto, anuentes são todos aqueles órgãos que necessitam efetuar uma análise 
complementar, dentro de sua área de competência, de determinadas operações de 
exportação. Estão interligados ao SISCOMEX, de modo a tornar mais ágil esta análise. 
O site da Receita Federal em determinado trecho nos ensina que 
Os relatórios ou termos de verificação de mercadoria lavrados por servidores dos órgãos e 
agências da administração pública federal (órgãos anuentes) poderão servir como 
elemento comprobatório da identificação e quantificação das mercadorias inspecionadas, 
para os fins da fiscalização aduaneira (art. 9o da IN SRF nº 680/06). 
Relação dos órgãos anuentes que atuam no comércio exterior brasileiro fornecido pelo 
MDIC – CLIQUE AQUI 
O site da SECEX arrola como órgãos anuentes os seguintes (clique abaixo para conhecer o 
site): 
ANCINE – Agência Nacional do Cinema 
ANEEL – Agência Nacional de Energia Elétrica 
ANP – Agência Nacional de Petróleo 
ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária 
CNEN – Comissão Nacional de Energia Nuclear 
DFPC – Comando do Exército – Diretoria de Fiscalização de Produtos Controlados 
DNPM – Departamento Nacional de Produção Mineral 
DPF – Departamento de Polícia Federal 
ECT – Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos 
IBAMA – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis 
INMETRO – Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial 
MAPA – MInistério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento 
MCT – Ministério da Ciência e Tecnologia 
A INVEST & EXPORT BRASIL arrola os seguintes órgãos anuentes exclusivamente na 
exportação: 
Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL (Link Externo) 
Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis – ANP (Link Externo) 
Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA (Link Externo) 
Comissão Nacional de Energia Nuclear – CNEN (Link Externo) 
Comando do Exército – COMEX (Link Externo) 
Departamento de Operações de Comércio Exterior – DECEX (Link Externo) 
Departamento de Polícia Federal – DPF (Link Externo) 
Departamento Nacional de Produção Mineral – DNPM (Link Externo) 
Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – IBAMA (Link 
Externo) 
Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação – MCTI (Link Externo) 
Ministério da Defesa – MD (Link Externo) 
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA (link externo) 
Na Zona Franca de Manaus podemos indicar como órgão anuente a Superintendência da 
Zona Franca de Manaus –SUFRAMA

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