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apostila despachos aduaneiros parte 2

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APOSTILA 2.017 – PARTE II 
AVISO AOS LEITORES – 
ESTA APOSTILA NÃO ATENDE A INTERESSES COMERCIAIS. ASSIM, PODE SER LIDA, 
COPIADA E DISTRIBUÍDA A VONTADE, INCLUSIVE UTILIZANDO TEXTOS COMO SE FOSSEM 
SEUS. 
NÃO ASSUMIMOS A RESPONSABILIDADE POR EVENTUAIS ERROS. COMO EX-FISCAL 
ADUANEIRO (20 ANOS), EX-ADVOGADO ADUANEIRO (30 ANOS), EX-PROFESSOR 
ADUANEIRO TENHO CONSCIÊNCIA DE COMO É DIFÍCIL ACOMPANHAR A DINÂMICA DA 
LEGISLAÇÃO ADUANEIRA E IGUAL CONSCIÊNCIA DA FALIBILIDADE HUMANA.. 
AGRADECEMOS SE NOS INFORMAREM SOBRE POSSÍVEIS ENGANOS PELO E-
MAIL gueirosh@terra.com.br 
AOS CANDIDATOS A DESPACHANTE ADUANEIRO: A MATÉRIA É VASTA E POUCOS SÃO 
AQUELES QUE ESTÃO PREPARADOS PARA A PROVA. ESTA APOSTILA ESTÁ CHEIA 
DE LINKS, QUE LEVAM AO DETALHAMENTO DO ASSUNTO. ACONSELHAMOS AQUELES 
QUE NÃO SE SENTEM BEM PREPARADOS A NÃO USAREM O LINK. LEIA SOMENTE O QUE 
ESTÁ NO TEXTO. A PROVA SERÁ NO INÍCIO DO ANO QUE VEM E NÃO HÁ TEMPO PARA 
CONHECER DETALHES. 
AOS DESPACHANTES CANDIDATOS A OEA – VOCÊ PRECISA DE NOTA ALTA. 
CERTAMENTE JÁ ESTÁ PREPARADO. ACONSELHO-OS A VISITAR OS LINKS QUE LHES 
INTERESSEM. 
BOA SORTE. 
HAROLDO GUEIROS 
……………………………………………………………………………………………………………………………… 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CONTEÚDO DESTA PARTE II 
2. Tributação nas Operações de Comércio Exterior. Noções de Tributação incidente 
sobre Operações de Comércio Exterior. Imposto de Importação. Campo de 
incidência. Fato gerador. Base de cálculo. Alíquota. Regime de tributação comum. 
Regime de tributação simplificada. Regime de tributação especial. Cálculo e 
pagamento do imposto. Contribuintes e responsáveis. Responsabilidade solidária. 
Isenção e redução. Tarifa Aduaneira. Tarifa aplicada – TEC. Tarifa consolidada. Ex-
tarifário. Imposto de Exportação. Incidência. Fato gerador. Base de cálculo, 
alíquota e pagamento. Contribuinte. Tributos Internos incidentes sobre as 
Operações de Comércio Exterior. Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI. 
PIS/Pasep – Importação. Cofins – Importação. CIDE Combustíveis. Taxa de 
Utilização do Siscomex. Taxa de Utilização do Sistema Mercante. Adicional de 
Frete para a Renovação da Marinha Mercante – AFRMM. Imposto sobre a 
Circulação de Mercadorias e Serviços – ICMS. Direitos Comerciais. Direitos 
Antidumping. 
…………………………………………………………………………………………………………………… 
Legislação Aduaneira: 
2. Tributação nas Operações de Comércio Exterior. 
Noções de Tributação incidente sobre Operações 
de Comércio Exterior. 
Os impostos incidentes nas operações de comércio exterior – a seguir examinados – são 
tratadas diferentemente quanto à tributação. 
As empresas exportadoras estão isentas do pagamento de diversos impostos, facilidades 
cambiais e contam com o crédito dos impostos pagos sobre matéria-prima utilizada na 
produção, reduzindo preço de venda e gerando maior competitividade para produto no 
mercado internacional. 
Já as importações são tributadas de forma um pouco mais rígida pela União, utilizando-se 
de fórmulas mais complexas para o cálculo dos impostos, onde cada produto, de acordo 
com seu NCM, possui maior ou menor alíquota de impostos. 
Os sistemas tributários modernos costumam estruturar-se com três objetivos: 
A) O objetivo meramente fiscal de arrecadar recursos para cobrir as despesas públicas; 
B) O objetivo social, de melhorar a distribuição de renda e de riqueza; e 
C) O objetivo funcional de orientar a poupança, a produção e os investimentos, 
procurando corrigir as imperfeições do mercado Pontos Básicos no Tributo 
Na importação são cobrados os seguintes impostos: 
Federais* Imposto de Importação 
* Imposto sobre Produtos Industrializados 
* Pis/importação 
* Cofins/importação 
* Cide (combustível) 
Estadual 
* Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços – ICMS 
Na exportação temos a incidência, na esfera federal, do Imposto de Exportação, 
lembrando que pouquíssimos produtos têm alíquotas para cobrança deste tributo. Dos 
demais tributos a exportação está isenta. 
Imposto de Importação. 
O imposto em estudo é considerado extrafiscal em sua função, pois ele é regulado não 
por motivos de arrecadação, mas por razões de política econômica, consistindo em 
importante instrumento para esta regulação, e por isso mesmo sua alíquota pode ser 
alterada por decreto presidencial, não incidindo o princípio da legalidade nem 
anterioridade. 
Um dos principais motivos da extrafiscalidade do imposto de importação é proteger os 
produtos nacionais da concorrência dos produtos estrangeiros. É plenamente justificável, 
pois, com os altos custos de produção nacionais, que o preço final seja maior do que os 
produtos oriundos de países estrangeiros. Uma eventual diminuição na alíquota dos 
impostos de importação poderia levar ao aumento de nosso desemprego, fechamento de 
empresas, e até o aumento da criminalidade, com a massa de populares sem trabalho. 
Assim, está plenamente justificada a necessidade do caráter extrafiscal do imposto de 
importação. 
O Imposto de importação consiste na prestação pecuniária, cobrada pelo Estado brasileiro, 
quando da entrada de mercadorias estrangeiras destinadas ao comércio nacional. O 
referido imposto, além da arrecadação, visa à um maior controle da balança comercial, 
através do aumento ou diminuição de suas alíquotas. 
Esse controle de alíquotas é realizado pelo Poder Executivo de forma mais simples do que 
para outros impostos, objetivando uma agilidade maior para a regulação da economia. 
Campo de incidência. 
Como sabemos, a lei traça hipóteses para o comportamento humano em razão de fatos 
que podem ocorrer. Na hipótese do comportamento humano ser matar alguém, comete 
crime e é preso. Por isso enquanto o fato não ocorrer estaremos somente no campo das 
hipóteses. Exemplo em nossa área. Como veremos abaixo, a hipótese do nascimento do 
fato gerador do imposto de importação está descrito na lei como a entrada do bem no 
território nacional. Se a pessoa, física ou jurídica, nada importar, ficaremos apenas no 
campo da hipótese, não ocorrendo, pois, a incidência do imposto de importação. A 
contrário senso, se importar ocorre a subsunção, isto é, o descrito na norma como gerador 
do I.I. realizou-se faticamente no mundo fenomênico. 
Portanto, a incidência ocorre quando aquele fato, abstratamente previsto na Lei, se 
materializa, fazendo com que a norma de tributação gere efeitos. 
O art. 114 do CTN diz que o fato gerador da obrigação principal é a situação definida em 
lei como necessária e suficiente à sua ocorrência. Para Geraldo Ataliba (Hipótese de 
Incidência Tributária – p 68) é a materialização da hipótese de incidência, representando 
o momento concreto de sua realização que se opõe ao paradigma legal que o antecede. 
Surge aqui o fenômeno da SUBSUNÇÃO: 
“Disse-se que o fato, assim, se subsume à imagem abstrata da lei. Por isso, se houver 
subsunção do fato à hipótese de incidência, ele será fato imponível (fato gerador). Se 
não houver subsunção, estar-se-á diante de fato irrelevante para o direito tributário.” 
Em linguagem mais simples, a lei elege fatos econômicos como geradores de tributos 
(renda, propriedade, circulação de mercadorias, importação de mercadorias etc). E o 
fenômeno da subsunção podemos entender como o encaixe rigoroso, exato, do que diz a 
norma criadora da hipótese de incidência com o fato ocorrido em nosso mundo, como, por 
exemplo, o registro de uma declaração de importação (entrada jurídica da mercadoria no 
País). É o sapatinho da cinderela: encaixa exatamente naquele formato. Este é o fenômeno 
da subsunção. 
A lei dispôs que a incidência do imposto de importação passa a surtir seus efeitos se o 
importador se subsumir à hipótese prevista como fato gerador,estudado a seguir, se e 
quando registrar uma Declaração de Importação. 
Fato gerador. 
A lei precisava definir um momento, um átimo, em que a incidência pudesse ter início. Não 
basta apenas a mercadoria vinda do exterior ser descarregada no País. Há necessidade do 
surgimento de um ato, a ser eleito pela lei, para figurar como fato gerador do imposto. Cada 
imposto tem seu momento como fato gerador. É o seu aspecto temporal. No caso do 
imposto de importação o momento eleito pela lei foi o do registro da Declaração de 
Importação. 
Portanto, para ser importador não basta importar. Há necessidade do registro de um 
documento junto à Receita que demonstre o desejo de desembaraçar a mercadoria, seja 
como importador, seja como consignatário. 
Se desejar ter maiores informações sobre o fato gerador do imposto de 
importação CLIQUE AQUI. 
Base de cálculo. 
O Regulamento Aduaneiro (Dec. 6.79/09) assim descreve a base de cálculo do imposto de 
importação. 
Art. 75. A base de cálculo do imposto é (Decreto-Lei no 37, de 1966, art. 2o, com a 
redação dada pelo Decreto-Lei no 2.472, de 1988, art. 1o, e Acordo sobre a 
Implementação do Artigo VII do Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio – GATT 1994 – 
Acordo de Valoração Aduaneira, Artigo 1, aprovado pelo Decreto Legislativo no 30, de 
15 de dezembro de 1994, e promulgado pelo Decreto no 1.355, de 30 de dezembro de 
1994): 
I – quando a alíquota for ad valorem, o valor aduaneiro apurado segundo as normas 
do Artigo VII do Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio – GATT 1994; e 
II – quando a alíquota for específica, a quantidade de mercadoria expressa na 
unidade de medida estabelecida. 
Como vemos, a base de cálculo, de mais simplificada, resulta da alíquota da TEC incidindo 
sobre o valor aduaneiro (que já inclui o seguro e frete). Hoje, com a informática e a partir 
do SISCOMEX a base de cálculo deixou de ser uma dificuldade, como antes, pois um 
programa de computador realiza com exatidão os cálculos de cada adição e o valor total a 
ser recolhido. 
Alíquota. 
O dicionário Aurélio descreve alíquota como sendo “percentual com que determinado 
tributo incide sobre o valor da coisa tributada. No caso do imposto de importação a 
conceituação de alíquota está conjugada com a da base de cálculo, como vemos acima. 
Considera-se alíquota específica aquela que incide sobre uma base de cálculo não 
expressa em moeda, mas em uma unidade de medida indicada na Tarifa (Ex.: peso – uma 
grama, um quilo, uma tonelada -; quantidade – R$10,00 por unidade, dúzia, milheiro) 
Considera-se alíquota “ad valorem” uma percentagem a ser calculada sobre determinado 
valor, que se traduz por base de cálculo. Salvo raríssimas exceções, o imposto de 
importação é calculado por alíquota “ad valorem”. 
Considera-se alíquota mista aquela que prevê a aplicação de uma alíquota “ad valorem”e 
uma alíquota específica, podendo ser aplicada alternativamente ou cumulativamente. 
Cigarros e automóveis tiveram alíquotas mistas. 
Para solicitar alteração da alíquota na TEC a competência continua a ser da SECEX, através 
do DEINT (Departamento de Negociações Internacionais – Praça Pio X, n. 54, 2.o andar, sala 
201 – Rio de Janeiro – RJ, CEP 20.091-040). Após o pedido a SECEX edita Comunicados, 
contendo edital de consulta aos interessados se têm alguma restrição às alterações 
solicitadas, com prazo de 30 dias para manifestação. 
A Resolução CAMEX n. 30/04 (DOU de 11.10.04) disciplina e edita formulário para proposta 
de redução temporária de alíquotas da TEC. 
Regime de tributação comum. 
Mercadoria importada a título definitivo é aquela destinada a incorporar-se na massa de 
riqueza do país. Característica desse regime: a mercadoria adentra o País na propriedade do 
importador, no Brasil, portanto, já nacionalizada (nos termos da Portaria MF 300/88), 
aguardando apenas o despacho para consumo. O bem ingressa no país nacionalizado pela 
compra e venda. Ao sair do exterior, descarregar no país e permanecer em armazém 
alfandegado não pertence mais ao exportador no exterior e, sim, a uma empresa ou 
mesmo a uma pessoa aqui radicada. 
Em seu art. 52 o Código Aduaneiro do MERCOSUL denomina esta forma de despacho 
como DIRETO: 
Artigo 52 – Despacho direto de importação definitiva 
1. O despacho direto de importação definitiva é um procedimento pelo qual a 
mercadoria pode ser despachada diretamente, sem prévia submissão a depósito 
temporal de importação. 
Quanto ao montante dos tributos a serem pagos na importação, que denominamos 
direitos aduaneiros, a Convenção de Istambul, relativa à admissão temporária, assim define: 
b) Direitos e encargos de importação: os direitos aduaneiros e quaisquer outros 
direitos, encargos e taxas ou imposições diversas cobrados quando da importação das 
mercadorias (incluindo os meios de transporte)ou em relação com a mesma, com 
exclusão das taxas e imposições cujo montante se limita ao custo aproximado dos 
serviços prestados. Se desejar conhecer o inteiro teor dessa Convenção CLIQUE AQUI. 
Em seminário da Receita Federal encontramos as seguintes informações sobre o regime de 
importação comum: 
a) Quanto a modalidade de despacho: 
• para consumo – usado para as mercadorias importadas a título definitivo, inclusive o de 
mercadoria ingressada no pais com o benefício de drawback 
• Para admissão em regime aduaneiro especial (suspensivo) • de internação 
Em suma, para consumo quando a mercadoria é despachada a título definitivo, isto é, vem 
integrar a massa de riqueza do país; 
Para admissão em um dos regimes aduaneiros especiais (trânsito, admissão temporária, 
entreposto etc) 
Para internação quando sair da Zona Franca de Mais com destino a qualquer parte do 
Brasil. 
E acrescenta mais as seguintes características: 
� – Adota a classificação fiscal da NCM – – Nomenclatura Comum do Mercosul � – 
Alíquotas do II existentes na TEC � – Alíquotas do IPI constantes da TIPI � – Alíquotas de 
PIS/PASEP e COFINS (Lei 10.865/04) � – Valores de CIDE-Combustíveis (Decretos ) � – 
Direitos antidumping e compensatórios (CAMEX) 
Regime de tributação simplificada. 
Quanto a este item pedimos vênia para editarmos abaixo trecho de artigo de especialista 
em assuntos aduaneiros, o Professor Paulo Werneck, que fornece a legislação básica e sua 
interpretação: 
O RTS foi instituído pelo Decreto-Lei nº 1.804/1980, podendo ser aplicado a bens de 
valor não superior a US$ 3,000.00 FOB, contidos em remessas postais ou encomendas 
aéreas internacionais, as primeiras transportadas pelos Correios e as últimas por 
empresa aérea com emissão de conhecimento de carga aéreo (airway bill). Remessas 
expressas, aquelas transportadas por empresas de courier foram posteriormente 
incluídas sub-repticiamente, ou seja, normas de menor valor ampliaram o alcance da 
de maior valor… 
Há isenção do IPI, PIS e Cofins. É cobrado Imposto de Importação de 60% sobre o valor 
aduaneiro, independentemente da classificação tarifária, e o ICMS se cabível. O valor 
aduaneiro inclui frete até o domicílio do contribuinte (se remessa expressa), a agência 
próxima ao contribuinte (se remessa postal) ou o aeroporto onde for feito o desembaraço (se 
encomenda), bem como seguro, ou seja, o valor aduaneiro não está limitado aos três mil 
dólares americanos. 
A Instrução Normativa RFB nº 1.073, de 1º de outubro de 2010, que dispõe sobre 
remessas expressas, ou seja, em princípio não se aplica sobre remessas postais ou 
encomendas aéreas, determina que podem ser objeto do RTS os bens destinados à 
pessoa física que não permitam presumir operação com fins comerciais ou industriais, 
e os destinados à pessoa jurídica, para uso próprio (isto é, não destinados a revenda 
ou industrialização)ou amostras. 
 
Nesse entendimento, um atleta que importe uma quantidade alta de bolas pode 
ensejar a suspeita de que as bolas sejam destinadas a comercialização. Já o 
enfermeiro ou tatuador teria menos dificuldade, pois as agulhas seriam usadas na 
profissão, não sendo nem revendidas (o cliente paga o serviço, que inclui o uso das 
agulhas, mas não se torna proprietário das mesmas) nem industrializadas (as agulhas 
são usadas, mas não sofrem transformação). 
 
No entanto, a Portaria MF nº 156, de 24 de junho de 1999, admite a aplicação do RTS 
a bens destinados a revenda se transportados por empresa que apresente a 
correspondente declaração de importação em meio eletrônico e efetue o pagamento 
do II devido pelos respectivos destinatários. 
 
A Instrução Normativa SRF nº 96, de 4 de agosto de 1999, na mesma linha, exige 
apenas Declaração de Remessa Expressa ou Declaração Simplificada de Importação 
apresentadas em meio informatizado. 
Resumindo, entendo que particulares e empresas podem até importar bens para 
revenda sob o RTS, mas as interpretações poderão variar de unidade para unidade, 
em face da falta de sistematização da legislação. 
 
Regime de tributação especial. 
Regime de tributação Especial é aquele que tributa o mesmo imposto de forma 
diferenciada, ou seja, de forma especial. No site da Receita encontramos slides de palestra 
sobre regimes de tributação e no tocante ao regime especial assim dispõe: 
 – Somente Imposto de Importação calculado pela aplicação da alíquota de 50% para 
os bens enquadrados como bagagem:- 
– sobre o valor que exceder o limite de isenção de caráter geral, e 
– adquiridos em lojas francas de chegada, no montante que exceder o limite de 
isenção. 
 
Cálculo e pagamento do imposto. 
O cálculo do imposto de importação é feito pelo SISCOMEX. Uma vez preenchidos os 
campos da Declaração de Importação, fornecendo a base de cálculo e a NCM, o sistema faz 
o cálculo e fornece o valor do imposto a ser recolhido. Uma vez encontrado, antes do 
registro da respectiva DI o SISCOMEX retira do banco indicado os valores correspondentes. 
Assim, o pagamento é feito antes do registro da D.I., e isto só será feito se o contribuinte 
importador tiver saldo suficiente para a transferência do respectivo valor para os cofres da 
Receita Federal. 
O Regulamento Aduaneiro (dec. 6.759/09) assi dispõe sobre pagamento do I.I. 
Art. 107. O imposto será pago na data do registro da declaração de importação 
(Decreto-Lei n o 37, de 1966, art. 27). 
Parágrafo único. O Ministro de Estado da Fazenda poderá fixar, em casos especiais, 
outros momentos para o pagamento do imposto. 
Art. 108. A importância a pagar será a resultante da apuração do total do imposto, 
na declaração de importação ou em documento de efeito equivalente. 
Art. 109. O depósito para garantia de qualquer natureza será feito na Caixa 
Econômica Federal, na forma da legislação específica. 
 
 
Contribuintes e responsáveis. 
Contribuinte 
O Regulamento Aduaeiro (dec. 6.759/09) identifica o contribunte do imposto de 
importação: 
Art. 104. É contribuinte do imposto (Decreto-Lei no 37, de 1966, art. 31, com a redação 
dada pelo Decreto-Lei no 2.472, de 1988, art. 1o): 
I – o importador, assim considerada qualquer pessoa que promova a entrada de 
mercadoria estrangeira no território aduaneiro; 
II – o destinatário de remessa postal internacional indicado pelo respectivo remetente; 
e 
III – o adquirente de mercadoria entrepostada. 
 Responsável 
Diz o art. 121. II, do C.T.N. que responsável pelo pagamento do impostos é aquele que, sem 
revestir a condição de contribuinte, sua obrigação decorra de disposição expressa em lei. 
Nessa linha, o art. 32 do DL 37/66, com a redação dada pelo DL 2.474/88, esclarece que “é 
responsável pelo imposto: 
I) o transportador, quando transportar mercadoria procedente do exterior ou sob controle 
aduaneiro, inclusive em percurso interno; 
II) o depositário, assim considerada qualquer pessoa incumbida da custódia de mercadoria 
sob controle aduaneiro. 
O Regulaento Aduaneiro repete e acrescenta o item III abaixo, que se confunde com o 
solidário responsável, examinado no item a seguir: 
Art. 105. É responsável pelo imposto: 
I – o transportador, quando transportar mercadoria procedente do exterior ou sob 
controle aduaneiro, inclusive em percurso interno (Decreto-Lei no 37, de 1966, art. 32, 
caput, inciso I, com a redação dada pelo Decreto-Lei no 2.472, de 1988, art. 1o); 
II – o depositário, assim considerada qualquer pessoa incumbida da custódia de 
mercadoria sob controle aduaneiro (Decreto-Lei no 37, de 1966, art. 32, caput, inciso 
II, com a redação dada pelo Decreto-Lei no 2.472, de 1988, art. 1o); ou 
III – qualquer outra pessoa que a lei assim designar. 
 
Responsabilidade solidária. 
O Código Tributário Nacional trata o instituto da solidariedade nos seus artigos 124 e 125 
da seguinte forma: 
Art. 124. São solidariamente obrigadas: 
I – as pessoas que tenham interesse comum na situação que constitua o fato gerador 
da obrigação principal; 
II – as pessoas expressamente designadas por lei. 
Parágrafo único. A solidariedade referida neste artigo não comporta benefício de 
ordem. 
Art. 125. Salvo disposição de lei em contrário, são os seguintes os efeitos da 
solidariedade: 
I – o pagamento efetuado por um dos obrigados aproveita aos demais; 
II – a isenção ou remissão de crédito exonera todos os obrigados, salvo se outorgada 
pessoalmente a um deles, subsistindo, nesse caso, a solidariedade quanto aos demais 
pelo saldo; 
III – a interrupção da prescrição, em favor ou contra um dos obrigados, favorece ou 
prejudica aos demais. 
 Damos abaixo um exemplo de norma legal que expressamente designa um responsável 
solidário ART. 59 da lei 10.833/03: 
 Art. 59. O beneficiário de regime aduaneiro suspensivo, destinado à industrialização 
para exportação, responde solidariamente pelas obrigações tributárias decorrentes da 
admissão de mercadoria no regime por outro beneficiário, mediante sua anuência, 
com vistas na execução de etapa da cadeia industrial do produto a ser exportado. 
 
Isenção e redução. 
Certamente não cabe aqui um estudo do que seja isenção e sua natureza jurídica. Interessa 
saber como o imposto de importação trata as isenções e neste caso podemos dizer que 
trata caso a caso. São tantas que não cabe elencá-las. No entanto, fornecemos abaixo o 
primeiro artigo do Regulamento Aduaneiro (Dec. 6.759/09) que cuida desta questão: 
Das Isenções e das Reduções Diversas 
Art. 136. São concedidas isenções ou reduções do imposto de importação: 
I – às importações realizadas: 
a) pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal, pelos Territórios, pelos Municípios 
e pelas respectivas autarquias (Lei no 8.032, de 1990, art. 2o, inciso I, alínea “a”; e Lei 
no 8.402, de 8 de janeiro de 1992, art. 1o, inciso IV); 
b) pelos partidos políticos e pelas instituições de educação ou de assistência social (Lei 
no 8.032, de 1990, art. 2o, inciso I, alínea “b”; e Lei no 8.402, de 1992, art. 1o, inciso 
IV); 
c) pelas missões diplomáticas e repartições consulares de caráter permanente e pelos 
respectivos integrantes (Lei no 8.032, de 1990, art. 2o, inciso I, alínea “c”; e Lei 
no 8.402, de 1992, art. 1o, inciso IV); 
d) pelas representações de organismos internacionais de caráter permanente, 
inclusive os de âmbito regional, dos quais o Brasil seja membro, e pelos respectivos 
integrantes (Lei no 8.032, de 1990, art. 2o, inciso I, alínea “d”; e Lei no8.402, de 1992, 
art. 1o, inciso IV); 
e) pelas instituições científicas e tecnológicas e por cientistas e pesquisadores (Lei 
no 8.010, de29 de março de 1990, art. 1o; Lei no 8.032, de 1990, art. 2o, inciso I, 
alínea “e” e “f”, esta com a redação dada pela Lei no 10.964, de 28 de outubro de 
2004, art. 3o; e Lei no 8.402, de 1992, art. 1o, inciso IV); e 
e) pelas instituições científicas e tecnológicas e por cientistas e pesquisadores (Lei nº 
8.010, de 29 de março de 1990, art. 1º, com a redação dada pela Lei nº 10.964, de 28 
de outubro de 2004, art. 1º; Lei nº 8.032, de 1990, art. 2º, inciso I, alíneas “e” e “f”, 
esta com a redação dada pela Lei nº 10.964, de 2004, art. 3º; e Lei nº 8.402, de 1992, 
art. 1º, inciso IV); e (Redação dada pelo Decreto nº 7.213, de 15 de junho de 2010) 
II – aos casos de: 
a) importação de livros, jornais, periódicos e do papel destinado à sua impressão (Lei 
no 8.032, de 1990, art. 2o, inciso II, alínea “a”; e Lei no 8.402, de 1992, art. 1o, inciso 
IV); (Revogado pelo Decreto nº 7.213, de 15 de junho de 2010) 
b) amostras e remessas postais internacionais, sem valor comercial (Lei no 8.032, de 
1990, art. 2o, inciso II, alínea “b”; e Lei no 8.402, de 1992, art. 1o, inciso IV); 
c) remessas postais e encomendas aéreas internacionais, destinadas a pessoa física 
(Lei no 8.032, de 1990, art. 2o, inciso II, alínea “c”; e Lei no 8.402, de 1992, art. 1o, 
inciso IV); 
d) bagagem de viajantes procedentes do exterior ou da Zona Franca de Manaus (Lei 
no 8.032, de 1990, art. 2o, inciso II, alínea “d”; e Lei no 8.402, de 1992, art. 1o, inciso 
IV); 
e) bens adquiridos em loja franca, no País (Lei no 8.032, de 1990, art. 2o, inciso II, 
alínea “e”; e Lei no 8.402, de 1992, art. 1o, inciso IV); 
f) bens trazidos do exterior, no comércio característico das cidades situadas nas 
fronteiras terrestres (Decreto-Lei no 2.120, de 1984, art. 1o, § 2o, alínea “b”; Lei 
no8.032, de 1990, art. 2o, inciso II, alínea “f”; e Lei no 8.402, de 1992, art. 1o, inciso 
IV); 
g) bens importados sob o regime aduaneiro especial de drawback, na modalidade de 
isenção (Decreto-Lei no 37, de 1966, art. 78, inciso III; Lei no 8.032, de 1990, art. 2o, 
inciso II, alínea “g”; e Lei no 8.402, de 1992, art. 1o, inciso I); 
h) gêneros alimentícios de primeira necessidade, fertilizantes e defensivos para 
aplicação na agricultura ou na pecuária, bem como matérias-primas para sua 
produção no País, importados ao amparo do art. 4o da Lei no 3.244, de 1957, com a 
redação dada pelo art. 7o do Decreto-Lei no 63, de 21 de novembro de 1966 (Lei 
no8.032, de 1990, art. 2o, inciso II, alínea “h”; e Lei no 8.402, de 1992, art. 1o, inciso 
IV); 
i) partes, peças e componentes, destinados ao reparo, revisão e manutenção de 
aeronaves e de embarcações (Lei no 8.032, de 1990, art. 2o, inciso II, alínea “j”; e Lei 
no 8.402, de 1992, art. 1o, inciso IV); 
j) medicamentos destinados ao tratamento de aidéticos, e instrumental científico 
destinado à pesquisa da síndrome da deficiência imunológica adquirida (Lei no8.032, 
de 1990, art. 2o, inciso II, alínea “l”); 
l) bens importados pelas áreas de livre comércio (Lei no 8.032, de 1990, art. 2o, inciso 
II, alínea “m”); 
m) importações efetuadas para a Zona Franca de Manaus e para a Amazônia 
Ocidental (Lei no 8.032, de 1990, art. 4o); 
n) mercadorias estrangeiras vendidas por entidades beneficentes em feiras, bazares e 
eventos semelhantes, desde que recebidas em doação de representações diplomáticas 
estrangeiras sediadas no País (Lei no 8.218, de 1991, art. 34, caput); 
o) mercadorias destinadas a consumo no recinto de congressos, de feiras, de 
exposições internacionais e de outros eventos internacionais assemelhados (Lei 
no8.383, de 30 de dezembro de 1991, art. 70, caput); 
p) objetos de arte recebidos em doação, por museus (Lei no 8.961, de 23 de dezembro 
de 1994, art. 1o); 
q) partes, peças e componentes, importados, destinados ao emprego na conservação, 
modernização e conversão de embarcações registradas no Registro Especial Brasileiro 
(Lei no 9.493, de 10 de setembro de 1997, art. 11); 
r) bens destinados a coletores eletrônicos de votos (Lei no 9.643, de 26 de maio de 
1998, art. 1o); 
s) bens recebidos como premiação em evento cultural, científico ou esportivo oficial, 
realizado no exterior, ou para serem consumidos, distribuídos ou utilizados em evento 
esportivo oficial realizado no País (Lei no 11.488, de 15 de junho de 2007, art. 38, 
caput); e 
t) bens importados por desportistas, desde que tenham sido utilizados por estes em 
evento esportivo oficial e recebidos em doação de entidade de prática desportiva 
estrangeira ou da promotora ou patrocinadora do evento (Lei no11.488, de 2007, art. 
38, parágrafo único). 
s) bens recebidos como premiação em evento cultural, científico ou esportivo oficial, 
realizado no exterior, ou para serem consumidos, distribuídos ou utilizados em evento 
esportivo oficial realizado no País (Lei nº 11.488, de 15 de junho de 2007, art. 38, 
caput); (Redação dada pelo Decreto nº 7.213, de 15 de junho de 2010) 
t) bens importados por desportistas, desde que tenham sido utilizados por estes em 
evento esportivo oficial e recebidos em doação de entidade de prática desportiva 
estrangeira ou da promotora ou patrocinadora do evento (Lei nº 11.488, de 2007, art. 
38, parágrafo único); e (Redação dada pelo Decreto nº 7.213, de 15 de junho de 2010) 
u) equipamentos e materiais destinados, exclusivamente, a treinamento e preparação 
de atletas e equipes brasileiras para competições desportivas em jogos olímpicos, 
paraolímpicos, pan-americanos, parapan-americanos e mundiais (Lei nº 10.451, de 10 
de maio de 2002, art. 8º, caput, com a redação dada pela Lei nº 11.827, de 20 de 
novembro de 2008, art. 5º).(Incluído pelo Decreto nº 7.213, de 15 de junho de 2010) 
Parágrafo único. As isenções ou reduções de que trata o caput serão concedidas com 
observância dos termos, limites e condições estabelecidos na Seção VI.] 
 
 
Tarifa Aduaneira. 
Em face da diversidade de línguas e costumes, há mais de um século os países civilizados 
procuram encontrar uma linguagem comum para identificar os produtos existentes no 
universo. A primeira tentativa foi a da Tarifa Aduaneira Austro-húngara, de 1882, que já 
caracterizava as mercadorias segundo as grandes divisões da ciência, de forma progressiva, 
partindo do simples para o complexo. 
A seguir tivemos a Nomenclatura de Bruxelas de 1913, com propósitos meramente 
estatísticos. Em 1927, sob os auspícios da Liga das Nações, foi criado o Subcomitê de 
Assuntos Aduaneiros, que procurou superar as dificuldades já que as várias propostas 
existentes possuíam seqüência e numeração distintas. Esta foi a primeira tentativa de uma 
nomenclatura aduaneira realmente comum ou internacional. O trabalho do Subcomitê só 
foi concluído em 1937, com a adesão de vários países, o qual influenciou a legislação de 
inúmeros países que não aderiram, como foi o caso do Brasil. 
Em 1948, um grupo de estudos, com vistas à União Aduaneira Européia, revisou o trabalho 
de 1937, adotado universalmente pela Convenção de Bruxelas de 1950. 
Tarifa aplicada – TEC. 
O “T” significa TARIFA. O “E” significa “EXTERNA“e o “C” signfica COMUM. Como Estado 
Parte do MERCOSUL estamos obrigados a adotar a TEC – Tarifa Externa Comum. 
Tarifa no vernáculo significa lista de preços. No Brasil quando se fala em tarifa já se pensa 
no imposto de importação. Não é uma lista preço mas uma lista de mercadorias onde são 
colocadas alíquotas, as quais aplicadas ao valor da mercadoria dá ao importador o preço 
do imposto a recolher. 
Externa porque aplicada pelos Estados Partes do MERCOSUL apenas para as importações 
feitas FORA DO BLOCO, externo ao bloco. 
Comum porque todos os membros do grupo são obrigadas a utilizá-las. 
A TEC foi criada combase na Nomenclatura Comum do Mercosul .No site da SECEX 
encontramos o seguinte histórico com referência à TEC: 
Como previsto no Tratado de Assunção, a partir de 01/01/95, os quatro Estados Partes 
do MERCOSUL adotaram a Tarifa Externa Comum (TEC), com base na Nomenclatura 
Comum do MERCOSUL (NCM), com os direitos de importação incidentes sobre cada 
um desses itens. 
Segundo as diretrizes estabelecidas, desde 1992, a TEC deve incentivar a 
competitividade dos Estados Partes e seus níveis tarifários devem contribuir para 
evitar a formação de oligopólios ou de reservas de mercado. 
Também foi acordado que a TEC deveria atender aos seguintes critérios: 
a) ter pequeno número de alíquotas; 
b) baixa dispersão; 
c) maior homogeneidade possível das taxas de promoção efetiva (exportações) e de 
proteção efetiva (importação); 
d) que o nível de agregação para o qual seriam definidas as alíquotas era de seis 
dígitos. 
A aprovação da TEC também incluiu alguns mecanismos de ajuste das tarifas nacionais, 
através de Listas de Exceções, com prazos definidos para convergência aos níveis da TEC. 
A partir de 01/01/2012, entrou em vigor no Brasil a nova versão da Nomenclatura Comum 
do Mercosul (NCM) adaptada à V Emenda do Sistema Harmonizado de Designação e 
Codificação de Mercadorias, aprovada pelo Conselho de Cooperação Aduaneira (SH-2012). 
A adaptação à V Emenda do Sistema Harmonizado, assim como a correspondente Tarifa 
Externa Comum (TEC), foi aprovada pelo Grupo Mercado Comum, por sua Resolução 05/11, 
e publicada no Brasil pela Resolução CAMEX 94, de 08/12/2011. Esta Resolução da CAMEX 
incorporou também as modificações da NCM e da TEC decididas no âmbito do Mercosul 
pelas Resoluções GMC 33/10, 13/11, 17/11 e 32/11. 
A Resolução CAMEX n° 94/11, de 08/12/2011 foi modificada pelas seguintes Resoluções da 
CAMEX: 97-11 – 98-11 –99-11 – 04-12 – 11-12 – 15/12 
Com base na Decisão CMC 58/10, permanece autorizada a manutenção de lista de 
exceções à TEC para os quatro Estados Partes, a qual pode ser alterada a cada seis meses, 
em até 20% dos códigos. Dessa forma, o Brasil poderá aplicar alíquotas de importação 
distintas da TEC para 100 códigos tarifários até 31/12/2015. Segundo O contido nas 
Decisões CMC 39/05, 13/06, 27/06, 61/07, 58/08 e 57/10, também está permitida a adoção, 
pelo Brasil, até 31/12/2015, de alíquotas diferenciadas para Bens de Informática e 
Telecomunicações (BIT). 
Tarifa consolidada. 
Como tarifa consolidada entendemos aquela que consolida numa só várias tarifas. Ao 
tempo em que eram impressas foram muito usadas, principalmente a tarifa do imposto de 
importação que trazia consigo também as alíquotas do IPI, e os “ex tarifários”.Hoje estão 
todas consolidadas pelo sistema no SISCOMEX. 
Ex-tarifário. 
“EX” é uma exceção provisória, criada em um código tarifário, objetivando excepcionar 
determinado tipo de mercadoria para receber tributação diferenciada. Em outras palavras, é 
um “destaque” usado para conferir alíquota diferenciada a determinado produto em 
relação a outro que esteja no mesmo código da TEC. Portanto, é um mecanismo tarifário 
de política aduaneira e não um benefício fiscal 
Abrange a importação, com alíquota reduzida a 4%, de máquinas e equipamentos – bens 
de capital (BK) e bens de informática e telecomunicação (BIT). 
Esta matéria é amplamente estudada no excelente livro EX-Tarifário (Edições Aduaneiras) 
do Prof. Cezar Dalston. Extraimos de artigo do professor André Silva da Cruz sobre”ex-
tarifário” este pequenos trecho: 
O Regime de Importação Especial por meio do qual o importador tem assegurado o 
Direito de pleitear a redução do Imposto de Importação (I.I) incidente sobre Máquinas 
e Equipamentos (M&E) foi instituído no ordenamento jurídico brasileiro por meio da 
Lei 3.244/57. 
A normatização do que estabelece o Art. 4º da Lei supra é dada pala Câmara 
de Comércio Exterior, órgão constituído no âmbito do MDIC, cujos requisitos e 
procedimentos para a elaboração do pedido da referida redução tarifária são 
estabelecidos pela ResoluçãoCamex N˚ 17/2012, em substituição à já revogada 
Resolução 35/06. 
Na esteira das medidas para redução de custos que podem ser vislumbradas pelas 
empresas no Brasil, uma delas é o instrumento de redução tarifária 
nas importaçõesvinculadas a novos investimentos no País, o popularmente conhecido 
como “Ex-Tarifário”. 
O Regime consiste na aplicação de uma redução temporária do Imposto de 
Importação de bens de capital (BK) e de informática e telecomunicações (BIT). A 
referida redução, realizada por meio do regime em questão, é amparada pela Decisão 
CMC N˚ 56/2010 em seu Art. 39º. A vigência das resoluções concedidas será de até 2 
anos e somente se aplicam a bens novos, estando vedados os pleitos para bens usados 
e sistemas integrados. 
“EX” NÃO SE VINCULA AO CÓDIGO TARIFÁRIO QUE LHE FOI DADO 
O “EX” está ligado à tributação e não à classificação. Vale-se das regras de classificação 
para facilidade operacional. Assim, o que deve ser levado em conta no “EX” são os termos 
que utiliza na descrição do bem, que deve ser claro, para que quando da identificação do 
bem não hajam dúvidas. 
No início da utilização do “EX” sempre contestamos a competência do DECEX (ou SECEX) 
para classificar uma mercadoria. Os primeiros eram costumeiramente estavam em códigos 
tarifários equivocados. Posteriormente, por certo para tentar evitar erros de classificação, a 
Receita Federal foi incerida no contexto, devendo o processo de obtenção de “EX” passar 
por ela (COANA), que criou uma seção com essa finalidade (classificar corretamente o bem 
objeto de “EX” no Sistema Harmonizado). 
O “ex” é uma exceção de tributação concedida a um artigo bem definido da pauta de 
importação. Nada tem a ver com uma exceção de classificação tarifária. O “ex” vale-se da 
N.C.M. para vir a lume e passar a viger, porém NÃO ESTÁ ADSTRITO À TÉCNICA DA 
CLASSIFICAÇÃO TARIFÁRIA E SUAS LEIS GERAIS. 
Tanto que quando de sua gênese muitos “Ex” estavam com enquadramento tarifário 
equivocado e assim continuaram durante anos. Como “não fica bem” ao Fisco, ou ao 
Governo”, colocar na TEC produto com enquadramento tarifário errado, alterou-se o 
processo de obtenção do “Ex” (que ficava exclusivamente na órbita da SECEX) obrigou-o 
a passar pela DINOM da COANA para definir a classificação. Mas a mudança de processo 
de obtenção de “Ex” não tem o condão de mudar sua natureza jurídica de elemento de 
fixação de tributação diferenciada para a mercadoria nele descrita. 
O que desejamos ressaltar neste trabalho é que o “ex” não se vincula ao código da NCM 
que lhe foi imposto por seu criador – que pode estar equivocado – mas relaciona-se 
diretamente à tributação diferenciada que o legislador pretende dar a um produto 
bem definido, bem individualizado. Relaciona-se com a alíquota que foi dada à 
mercadoria que o descreve (por isso é elemento de tributação). Repetindo: o “ex” é 
concedido à mercadoria, de acordo com sua descrição e não à classificação tarifária em que 
o “ex” foi colocado. 
Este sempre foi nosso entendimento, porém não encontrávamos apoio na jurisprudência, 
quer administrativa, quer judicial. Agora acabamos de tomar conhecimento de decisão 
administrativa (Terceiro Conselho de Contribuintes) que consagra tal entendimento. 
Trata-se de decisão de 2002, mas só agora dela tomamos conhecimento em razão de uma 
anomalia que ainda persiste no Conselho de Contribuintes: o representante da parte 
contrária a nós, advogados dos importadores, é o Procurador da Fazenda Nacional. 
Portanto, como parte que é, deveria ter os mesmos direitos que temos. Porém, esta não é a 
realidade. Na hipótese de tomada de ciência das decisões doConselho, para efeito de 
eventual recurso, os procuradores da Fazenda têm um privilégio que não nos foi dado: o 
prazo para recorrer da decisão começa a fluir a partir do dia em que ele toma ciência 
pessoal da decisão, no processo. Para nós o prazo começa a fluir a partir da ciência do 
importador no A.R. No caso da decisão que passamos a comentar, o digno e ágil 
representante da parte contrária levou dois anos para tomar ciência no processo e a 
decisão válida só chegou ao importador/contribuinte dois anos e meio depois de tomada. 
A decisão a que nos referimos foi prolatada por meio do Acórdão 302-35.237, da Segunda 
Câmara do Terceiro Conselho de Contribuintes, em que foi relator o Conselheiro PAULO 
ROBERTO CUCO ANTUNES e, na parte que nos interessa, tem o seguinte teor: “EX 
TARIFÁRIO” – “Correspondendo a mercadoria importada exatamente à descrição do 
“Ex”, é de se aplicar a alíquota nele fixada, independentemente de seu 
posicionamento no código tarifário designado.” 
Decidiu bem esta Câmara e a parabenizamos na pessoa de seu ilustre relator. Isto porque 
decidiu na melhor forma de Direito, separando o joio do trigo. 
Porém, restava-nos conhecer o entendimento do Dr. César Olivier Dalston, competente 
chefe da DINOM, COANA, “o papa na matéria”. Ainda não tínhamos adquirido seu livro 
“Exceções Tarifárias” (Aduaneiras). Antes de concluirmos este Boletim apressamo-nos em 
adquiri-lo e o fizemos no dia de hoje. Fomos avidamente conhecer seu entendimento, 
temerosos de que poderia ser um entendimento fiscalista. Porém, sua compreensão da 
natureza jurídica do “ex-tarifário” não lhe permitiu tal postura e a fls. 71 encontramos esta 
pérola: 
“Não resta dúvida que o código NCM, seja ele indicado pelo contribuinte que pretende 
fazer uso da exceção tarifária, seja o que se encontra no ato legal que propiciou tal 
exceção, serve a muitos propósitos, dentre eles, no caso em tela, permitir que se 
construa as estatísticas do comércio exterior envolvendo “exceções tarifárias”; 
entretanto, em termos de “exceção tarifária” sua utilidade mostra-se irrelevante, visto 
que o “ex tarifário” é concedido à mercadoria e não ao código NCM. 
Destarte, seria tolice negar-se a aplicação de um dado “ex-tarifário” de IPI ou I.I. 
simplesmente porque o mesmo não se encontra no código NCM que se julga 
incorreto.” 
E não para por aí. Na chamada de rodapé n. 16 dessa mesma página acrescenta: 
“16. Chama-se a atenção do leitor para o caso de código equivocado que se encontra 
no próprio ato legal que trouxe ao mundo jurídico a “exceção tarifária”, pois, com 
certeza, não poderia o contribuinte arcar com os equívocos cometidos pela 
Administração.” 
Nada mais é preciso dizer. 
Imposto de Exportação. 
O imposto de exportação é de competência da União e utilizado na política fiscal para o 
equilíbrio de nossa balança de pagamento, formação de reservas e incremento da indústria 
e comércio. É por isso que também não obedece ao pricípio da anualidade para sua 
mudança, podendo variar a qualquer momento no esmo exercício finandeiro para atender 
a essa política. 
É criado pela Constituição Federal em seu art. 153, inciso II. O Código Tributário Nacional 
trata desse imposto nos arts. 23 a 28. Na legislação ordinária, temos o Decreto-lei nº. 
1.578/77, que dispõe sobre o imposto de exportação. 
Portanto, uma de suas características é a cobrança com função fiscal e regulatória, não só 
na medida em que se presta a arrecadação, mas também de acordo com a variação de suas 
alíquotas, à disciplina do fluxo de exportação. 
Incidência. 
A respeito da incidência do imposto der exportação o R.A. (dec. 6.759/09) dispõe: 
Art. 212. O imposto de exportação incide sobre mercadoria nacional ou nacionalizada 
destinada ao exterior (Decreto-Lei no 1.578, de 11 de outubro de 1977, art. 1o, caput). 
§ 1o Considera-se nacionalizada a mercadoria estrangeira importada a título 
definitivo. 
§ 2o A Câmara de Comércio Exterior, observada a legislação específica, relacionará as 
mercadorias sujeitas ao imposto (Decreto-Lei no 1.578, de 1977, art. 1o, § 3o, com a 
redação dada pela Lei no 9.716, de 26 de novembro de 1998, art. 1o). 
 
 
Fato gerador. 
Diz o Regulamento Aduaneiro: 
Art. 213. O imposto de exportação tem como fato gerador a saída da mercadoria do 
território aduaneiro (Decreto-Lei no 1.578, de 1977, art. 1o, caput). 
Parágrafo único. Para efeito de cálculo do imposto, considera-se ocorrido o fato 
gerador na data de registro do registro de exportação no Sistema Integrado de 
Comércio Exterior (SISCOMEX) (Decreto-Lei no1.578, de 1977, art. 1o, § 1o). 
 
Base de cálculo, alíquota e pagamento. 
Quanto a base de cálculo 
O RA (dec. 6.759/09) assim dispõe a respeito: 
Art. 214. A base de cálculo do imposto é o preço normal que a mercadoria, ou sua 
similar, alcançaria, ao tempo da exportação, em uma venda em condições de livre 
concorrência no mercado internacional, observadas as normas expedidas pela Câmara 
de Comércio Exterior (Decreto-Lei no 1.578, de 1977, art. 2o, caput, com a redação dada 
pela Medida Provisória no 2.158-35, de 2001, art. 51). 
§ 1o Quando o preço da mercadoria for de difícil apuração ou for suscetível de 
oscilações bruscas no mercado internacional, a Câmara de Comércio Exterior fixará 
critérios específicos ou estabelecerá pauta de valor mínimo, para apuração da base de 
cálculo (Decreto-Lei no 1.578, de 1977, art. 2o, § 2o, com a redação dada pela Medida 
Provisória no 2.158-35, de 2001, art. 51). 
§ 2o Para efeito de determinação da base de cálculo do imposto, o preço de venda das 
mercadorias exportadas não poderá ser inferior ao seu custo de aquisição ou de 
produção, acrescido dos impostos e das contribuições incidentes e da margem de lucro 
de quinze por cento sobre a soma dos custos, mais impostos e contribuições (Decreto-
Lei no 1.578, de 1977, art. 2o, § 3o, com a redação dada pela Lei no 9.716, de 1998, art. 
1o). 
Quanto à alíquota 
O RA esclarece: 
Art. 215. O imposto será calculado pela aplicação da alíquota de trinta por cento 
sobre a base de cálculo (Decreto-Lei no 1.578, de 1977, art. 3o, caput, com a redação 
dada pela Lei no 9.716, de 1998, art. 1o). 
§ 1o Para atender aos objetivos da política cambial e do comércio exterior, a Câmara 
de Comércio Exterior poderá reduzir ou aumentar a alíquota do imposto (Decreto-Lei 
no 1.578, de 1977, art. 3o, caput, com a redação dada pela Lei no 9.716, de 1998, art. 
1o).§ 2o Em caso de elevação, a alíquota do imposto não poderá ser superior a cento e 
cinqüenta por cento (Decreto-Lei no 1.578, de 1977, art. 3o, parágrafo único, com a 
redação dada pela Lei no 9.716, de 1998, art. 1o). 
 
Quanto ao pagamento do imposto de exportação 
O Regulamento Aduaneiro (dec. 6.754/09) assim dispõe: 
Art. 216. O pagamento do imposto será realizado na forma e no prazo fixados pelo 
Ministro de Estado da Fazenda, que poderá determinar sua exigibilidade antes da 
efetiva saída do território aduaneiro da mercadoria a ser exportada (Decreto-Lei 
no 1.578, de 1977, art. 4o, caput). 
§ 1o Não efetivada a exportação da mercadoria ou ocorrendo o seu retorno nas 
condições dos incisos I a V do art. 70, o imposto pago será compensado, na forma do 
art. 113, ou restituído, mediante requerimento do interessado, acompanhado da 
respectiva documentação comprobatória (Decreto-Lei no 1.578, de 1977, art. 6o). 
§ 2o Poderá ser dispensada a cobrança do imposto em função do destino da 
mercadoria a ser exportada, observadas as normas editadas pelo Ministro de Estado 
da Fazenda (Decreto-Lei no 1.578, de 1977, art. 4o, parágrafo único, com a redação 
dada pela Lei no 9.716, de 1998, art. 1o). 
 
Contribuinte. 
O Regulamento Aduaneiro (dec6.759/09) assim descreve a figura do contribuinte: 
Art. 217. É contribuinte do imposto o exportador, assim considerada qualquer pessoa 
que promova a saída de mercadoria do território aduaneiro (Decreto-Lei no 1.578, de 
1977, art. 5o). 
 
Tributos Internos incidentes sobre as Operações 
de Comércio Exterior. 
 
Os tributos tributos internos incidentes sobre o comério exterior são: 
 
a) Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI 
b) PIS/PASEP-Importação 
c) COFIS/Imporação 
d) CIDE 
e) Taxa do SISCOMEX 
f Taxa de Utilização do Sistema MERCANTE 
g) Adicional ao Frete para Renovação da Marinha Mercante – AFRMM (quado 
marítimo) 
h) Imposto de Circulação de Mercadoria e Serviços – ICMS 
 
Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI. 
 
O IPI é imposto de competência da União. Foi istituido pela Constituição Federal da seguinte 
forma: 
 
Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre: 
I a III – “omissis” 
IV – produtos industrializados 
 
Quanto ao fato gerador do IPI incidente na importação o CTN assim se manifesta: 
 
Art. 46. O imposto, de competência da União, sobre produtos industrializados tem 
como fato gerador: 
I – o seu desembaraço aduaneiro, quando de procedência estrangeira; 
II – a sua saída dos estabelecimentos a que se refere o parágrafo único do artigo 51; 
III – a sua arrematação, quando apreendido ou abandonado e levado a leilão. 
O sujeito passivo desta exação está estampado no art. 51 do CTN, nestes termos: 
 
Art. 51. Contribuinte do imposto é: 
I – o importador ou quem a lei a ele equiparar; 
II e III – “omissis” 
IV – o arrematante de produtos apreendidos ou abandonados, levados a leilão. 
Parágrafo único. Para os efeitos deste imposto, considera-se contribuinte autônomo 
qualquer estabelecimento de importador, industrial, comerciante ou arrematante. 
 
PIS/Pasep – Importação. 
A lei 10.865/04 instituiu o PIS/PASEP/Importação e a COFINS-Importação (se desejar 
conhecer seu inteiro teor CLIQUE AQUI). 
Art. 1º. Ficam instituídas a Contribuição para os Programas de Integração Social e de 
Formação do Patrimônio do Servidor Público incidente na Importação de Produtos 
Estrangeiros ou Serviços – PIS/PASEP-Importação e a Contribuição Social para o 
Financiamento da Seguridade Social devida pelo Importador de Bens Estrangeiros ou 
Serviços do Exterior – COFINS-Importação, com base nos arts. 149, § 2º, inciso II, e 
195, inciso IV, da Constituição Federal, observado o disposto no seu art. 195, § 6º. 
§ 1º Os serviços a que se refere o caput deste artigo são os provenientes do exterior 
prestados por pessoa física ou pessoa jurídica residente ou domiciliada no exterior, 
nas seguintes hipóteses: 
I – executados no País; ou 
II – executados no exterior, cujo resultado se verifique no País. 
§ 2º Consideram-se também estrangeiros: 
I – bens nacionais ou nacionalizados exportados, que retornem ao País, salvo se: 
a) enviados em consignação e não vendidos no prazo autorizado; 
b) devolvidos por motivo de defeito técnico para reparo ou para substituição; 
c) por motivo de modificações na sistemática de importação por parte do país 
importador; 
d) por motivo de guerra ou de calamidade pública; ou 
e) por outros fatores alheios à vontade do exportador; 
II – os equipamentos, as máquinas, os veículos, os aparelhos e os instrumentos, bem 
como as partes, as peças, os acessórios e os componentes, de fabricação nacional, 
adquiridos no mercado interno pelas empresas nacionais de engenharia e exportados 
para a execução de obras contratadas no exterior, na hipótese de retornarem ao País. 
 
A mesma lei diz que o fato gerador é a entrada da mercadoria no País. 
Art. 3º. O fato gerador será: 
I – a entrada de bens estrangeiros no território nacional; 
Note que não se trata da entrada física, mas da entrada jurídica que, como no caso do I.I. é 
o registro da D.I.: 
Art. 4º. Para efeito de cálculo das contribuições, considera-se ocorrido o fato gerador: 
I – na data do registro da declaração de importação de bens submetidos a despacho 
para consumo; 
É também a mesma lei diz quais são os contribuintes do 
PIS/importação? 
Art. 5º. São contribuintes: 
I – o importador, assim considerada a pessoa física ou jurídica que promova a entrada 
de bens estrangeiros no território nacional; 
II – a pessoa física ou jurídica contratante de serviços de residente ou domiciliado no 
exterior; e 
III – o beneficiário do serviço, na hipótese em que o contratante também seja residente 
ou domiciliado no exterior. 
Parágrafo único. Equiparam-se ao importador o destinatário de remessa postal 
internacional indicado pelo respectivo remetente e o adquirente de mercadoria 
entrepostada. 
Igualmente quanto a base de cálculo: 
Art. 7º. A base de cálculo será: (Vide Medida Provisória nº 252, de 15/06/2005) 
I – o valor aduaneiro, assim entendido, para os efeitos desta Lei, o valor que servir ou 
que serviria de base para o cálculo do imposto de importação, acrescido do valor do 
Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestação de 
Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação – ICMS 
incidente no desembaraço aduaneiro e do valor das próprias contribuições, na 
hipótese do inciso I do caput do art. 3º desta Lei; 
Quanto a alíquota a mesma lei estabelece: 
Art. 8º. As contribuições serão calculadas mediante aplicação, sobre a base de cálculo 
de que trata o art. 7º desta Lei, das alíquotas de: 
I – 1,65% (um inteiro e sessenta e cinco centésimos por cento), para o PIS/PASEP-
Importação; e 
II – 7,6% (sete inteiros e seis décimos por cento), para a COFINS-Importação. 
A IN RFB 1.401/13 criou a seguinte fórmula para cálculo: 
Art. 1º Os valores a serem pagos relativamente à Contribuição para o PIS/Pasep-
Importação e à Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins-
Importação) serão obtidos pela aplicação das seguintes fórmulas: 
I – na importação de bens sujeitos a alíquota específica, a alíquota da contribuição 
fixada por unidade do produto multiplicada pela quantidade importada; 
II – na importação de bens não abrangidos pelo inciso anterior, a alíquota da 
contribuição sobre o Valor Aduaneiro da operação; 
III – na importação de serviços: 
 
 
onde, 
 
V = o valor pago, creditado, entregue, empregado ou remetido para o exterior, antes da 
retenção do imposto de rendac = alíquota da Contribuição para o Pis/Pasep-Importaçãod 
= alíquota da Cofins-Importação –f = alíquota do Imposto sobre Serviços de qualquer 
Naturez 
Cofins – Importação. 
A Cofins, como vimos acima, foi instituida pela mesma lei, tem o mesmo fato gerador, os 
mesmos conctribuintes e a mesma base de cálculo do PIS (O Pasep diz respeito aos 
funcionários públicos). 
Desta forma o que difere é a alíquota, que é de 7,6%, enquanto a do PIS é de 1,65 e difere 
também a destinação do dinheiro arrecadado, circunstância esta que não afeta o 
contribuinte, razão pela qual entendemos que o estudo da Cofins está feito com o estudo 
do Pis. 
CIDE Combustíveis. 
A CIDE – CONTRIBUIÇÃO DE INTERVENÇÃO NO DOMÍNIO ECONÔMICO, foi criada pela 
Lei n. 10.336/01 e suas sucessivas alterações, as quais são encontradas no verbete ao lado 
deste, CIDE/ “Legislação”. Esta contribuição incidente exclusivamente sobre a importação 
e a comercialização de petróleo e seus derivados, gás natural e seus derivados, e álcool 
etílico combustível. 
Art. 1º Fica instituída a Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico incidente sobre a 
importação e a comercialização de petróleo e seus derivados, gás natural e seus derivados, e 
álcool etílico combustível (Cide), a que se refereos arts. 149 e 177 da Constituição Federal, com a 
redação dada pela Emenda Constitucional no 33, de 11 de dezembro de 2001. 
§ 1º O produto da arrecadação da Cide será destinada, na forma da lei orçamentária, ao: 
I – pagamento de subsídios a preços ou transporte de álcool combustível, de gás natural e 
seus derivados e de derivados de petróleo; 
II – financiamento de projetos ambientais relacionados com a indústria do petróleo e do gás; 
e 
III – financiamento de programas de infra-estrutura de transportes. 
§ 2º Durante o ano de 2002, será avaliada a efetiva utilização dos recursos obtidos da Cide, e, 
a partir de 2003, os critérios e diretrizes serão previstos em lei específica 
A mesma lei assim designa os contribuintes desta exação: 
Art. 2o São contribuintes da Cide o produtor, o formulador e o importador, pessoa física ou 
jurídica, dos combustíveis líquidos relacionados no art. 3o. 
Parágrafo único. Para efeitos deste artigo, considera-se formulador de combustível líquido, 
derivados de petróleo e derivados de gás natural, a pessoa jurídica, conforme definido pela 
Agência Nacional do Petróleo (ANP) autorizada a exercer, em Plantas de Formulação de 
Combustíveis, as seguintes atividades: 
I – aquisição de correntes de hidrocarbonetos líquidos; 
II – mistura mecânica de correntes de hidrocarbonetos líquidos, com o objetivo de obter 
gasolinas e diesel; 
III – armazenamento de matérias-primas, de correntes intermediárias e de combustíveis 
formulados; 
IV – comercialização de gasolinas e de diesel; e 
V – comercialização de sobras de correntes. 
A IN SRF 141/02 (DOU de 05.03.02) cria a Declaração de Dedução de Parcela da 
Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (CIDE). Também fazem referência ao 
assunto a IN SRF 107/2001 e o art. 57 da Medida Provisória nº 2.158-35, de 24 de agosto 
de 2001: 
Taxa de Utilização do Siscomex. 
Ao nível de lei 
A lei n. 9.716/97, por seu art. 30, § 10º, dispõe: 
Art. 3o Fica instituída a Taxa de Utilização do Sistema Integrado de Comércio Exterior 
-………………………………………………….. 
§ 2o Os valores de que trata o parágrafo anterior poderão ser reajustados, anualmente, mediante ato do Ministro de 
Estado da Fazenda, conforme a variação dos custos de operação e dos investimentos no SISCOMEX. 
§ 1o A taxa a que se refere este artigo será devida no Registro da Declaração de Importação, à razão de: (Vide 
Medida Provisória nº 320, 2006) 
I – ……………………………………………………. 
II – ……………………………………………. 
§ 2o Os valores de que trata o parágrafo anterior poderão ser reajustados, anualmente, mediante ato do Ministro de Estado da 
Fazenda, conforme a variação dos custos de operação e dos investimentos no SISCOMEX. 
Ao nível de decreto: 
Quanto à taxa do Siscomex o Regulamento Aduaneiro (Dec. 6.759/09) diz o seguinte: 
Art. 306. A taxa de utilização do SISCOMEX, administrada pela Secretaria da Receita 
Federal do Brasil, será devida no registro da declaração de importação, à razão de 
(Lei no 9.716, de 1998, art. 3o, caput e § 1o): 
I – R$ 30,00 (trinta reais) por declaração de importação; e 
II – R$ 10,00 (dez reais) por adição da declaração de importação, observado o limite 
fixado pela Secretaria da Receita Federal do Brasil. 
§ 1o Os valores referidos no caput poderão ser reajustados, anualmente, mediante ato 
do Ministro de Estado da Fazenda, conforme a variação dos custos de operação e dos 
investimentos no SISCOMEX (Lei no 9.716, de 1998, art. 3o, § 2o). 
§ 2o Aplicam-se à cobrança da taxa de que trata este artigo as normas referentes ao 
imposto de importação (Lei no 9.716, de 1998, art. 3o, § 3o). 
Ao nível de Instrução Normativa 
O SECRETÁRIO DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL, no uso da atribuição que 
lhe confere o inciso III do art. 273 do Regimento Interno da Secretaria da 
Receita Federal do Brasil, aprovado pela Portaria MF nº 587, de 21 de 
dezembro de 2010, e tendo em vista o disposto no inciso II do art. 1º 
da Portaria MF nº 257, de 20 de maio de 2011, resolve: 
Art. 1º O art. 13 da Instrução Normativa SRF nº 680, de 2 de outubro de 
2006, passa a vigorar com a seguinte redação: 
“Art. 13. A Taxa de Utilização do Siscomex será devida no ato do registro 
da DI à razão de: 
I – R$ 185,00 (cento e oitenta e cinco reais) por DI; 
II – R$ 29,50 (vinte e nove reais e cinquenta centavos) para cada adição de 
mercadoria à DI, observados os seguintes limites: 
a) até a 2ª adição – R$ 29,50; 
b) da 3ª à 5ª – R$ 23,60; 
c) da 6ª à 10ª – R$ 17,70; 
d) da 11ª à 20ª – R$ 11,80; 
e) da 21ª à 50ª – R$ 5,90; e 
f) a partir da 51ª – R$ 2,95. 
Taxa de Utilização do Sistema Mercante. 
Art. 37. Fica instituída a Taxa de Utilização do MERCANTE. (Regulamento) 
§ 1o A taxa a que se refere este artigo será devida na emissão do número 
“conhecimento de embarque do MERCANTE – CE-MERCANTE”, à razão de R$ 50,00 
(cinqüenta reais) por unidade, e cobrada a partir de 1ode janeiro de 2005. 
§ 2o Fica o Poder Executivo autorizado a reduzir o valor da Taxa de Utilização do 
MERCANTE fixado no § 1o deste artigo e a aumentá-lo, até o limite definido no 
referido parágrafo. 
§ 3o A taxa de que trata o caput não incide sobre: (Incluído pela Lei nº 12.599, de 
2012) 
I – as cargas destinadas ao exterior; e (Incluído pela Lei nº 12.599, de 2012) 
II – as cargas isentas do pagamento do AFRMM, conforme previsto no art. 14. (Incluído 
pela Lei nº 12.599, de 2012) 
III – as cargas submetidas à pena de perdimento, nos termos do inciso II do parágrafo 
único do art. 4o. (Incluído pela Lei nº 12.788, de 2013) 
§ 4o O produto da arrecadação da taxa de que trata o caput fica vinculado ao Fundo 
Especial de Desenvolvimento e Aperfeiçoamento das Atividades de Fiscalização – 
FUNDAF, instituído pelo art. 6o do Decreto-Lei no 1.437, de 17 de dezembro de 
1975. (Incluído pela Lei nº 12.599, de 2012) 
Esta artigo foi regulamentado pelo Dec. 5.324/04, cujo artigo 2º dispõe: 
Art. 2o O recolhimento da Taxa de Utilização do MERCANTE é devido por ocasião da 
emissão do CE-MERCANTE, à razão de R$ 20,00 (vinte reais) por unidade, a partir de 
1o de janeiro de 2005, e deverá ser efetuado no próprio Sistema, junto com a 
solicitação de pagamento do Adicional ao Frete para a Renovação da Marinha 
Mercante – AFRMM. 
§ 1o A Taxa de que trata o caput não se aplica: 
I – às cargas destinadas ao exterior; e 
II – às cargas isentas do pagamento do AFRMM, conforme previsto no art. 14 da Lei 
no 10.893, de 2004. 
 
 
Adicional de Frete para a Renovação da Marinha 
Mercante – AFRMM. 
O AFRMM é uma exação que se destina a atender aos encargos da intervenção da União 
no apoio ao desenvolvimento da marinha mercante e da indústria da construção e 
reparação naval brasileiras, e constitui fonte básica do Fundo da Marinha 
Mercante (FMM). 
Muito tem sido discutido se se trata de imposto ou contribuição. Inicialmente a doutrina 
entendeu tratar-se de impostos por não se configurar taxa nem contribuição de melhoria. 
Entretanto, para nós hoje a melhor doutrina tem decidido tratar-se de contribição: 
A LEI 10.893/04 estabelece normas sobre este Adicional e sobre o Fundo da Marinha 
Mercante – FMM. Se houver interesse em conhecer seu inteiro teor CLIQUE AQUI. 
É exatamente a Lei 10.893/04 quem define o contribuinte e 
responsável solidário e o faz da seguinte forma: 
Art. 10. O contribuinte do AFRMM é o consignatário constante do conhecimento de 
embarque. 
§ 1o O proprietário da carga transportada é solidariamente responsável pelo 
pagamento do AFRMM, nos termos do art. 124, inciso II, da Lei no 5.172, de 25 de 
outubro de 1966 – Código Tributário Nacional. 
§ 2o Nos casos em que não houver obrigação de emissão do conhecimento de 
embarque, o contribuinte será o proprietárioda carga transportada. 
O inciso II do art. 124 do CTN citado acima no § 1º trata da solidariedade tributária. 
A hipótese de incidência encontra-se também na Lei 10.893/04: 
Art. 4o O fato gerador do AFRMM é o início efetivo da operação de descarregamento 
da embarcação em porto brasileiro. 
 
Parágrafo único. O AFRMM não incide sobre a navegação fluvial e lacustre, exceto 
sobre cargas de granéis líquidos, transportadas no âmbito das regiões Norte e 
Nordeste. 
O adicional é devido em razão da expedição do conhecimento de carga por empresas de 
navegação, porém o momento do fato gerador do AFRMM é a entrada do navio no 
porto de descarga (parágrafo primeiro do art. 2.o do DL 2404/87). 
É a mesma lei que traça a base de cálculo do AFRMM: 
Art. 5o O AFRMM incide sobre o frete, que é a remuneração do transporte aquaviário 
da carga de qualquer natureza descarregada em porto brasileiro. 
§ 1o Para os fins desta Lei, entende-se por remuneração do transporte aquaviário a 
remuneração para o transporte da carga porto a porto, incluídas todas as despesas 
portuárias com a manipulação de carga, constantes do conhecimento de embarque ou 
da declaração de que trata o § 2o do art. 6o desta Lei, anteriores e posteriores a esse 
transporte, e outras despesas de qualquer natureza a ele pertinentes. 
§ 2o O somatório dos fretes dos conhecimentos de embarque desmembrados não pode 
ser menor que o frete do conhecimento de embarque que os originou. 
Art. 6o O AFRMM será calculado sobre a remuneração do transporte aquaviário, 
aplicando-se as seguintes alíquotas: 
I – 25% (vinte e cinco por cento) na navegação de longo curso; 
II – 10% (dez por cento) na navegação de cabotagem; e 
III – 40% (quarenta por cento) na navegação fluvial e lacustre, quando do transporte 
de granéis líquidos nas regiões Norte e Nordeste. 
§ 1o O conhecimento de embarque é o documento hábil para comprovação do valor da 
remuneração do transporte aquaviário. 
 § 2o Nos casos em que não houver a obrigação de emissão do conhecimento de 
embarque, o valor da remuneração do transporte aquaviário, para fins de cálculo do 
AFRMM, será apurado por declaração do contribuinte. 
§ 3o Sobre as mercadorias destinadas a porto brasileiro que efetuarem transbordo ou 
baldeação em um ou mais portos nacionais não incidirá novo AFRMM referente ao 
transporte entre os citados portos, se este já tiver sido calculado desde a sua origem 
até seu destino final. 
Portanto, a base de cálculo do AFRMM é o valor do frete constante do conhecimento 
marítimo (excetuando-se o aluguel de container) ou o valor constante do manifesto de 
carga (o maior deles). 
A IN SRF 40/74 dispõe sobre a apresentação desse adicional por ocasião do despacho 
aduaneiro. Igualmente o AD CCA 21/86 dispõe sobre o momento de exibição do 
comprovante de pagamento. 
Mais uma vez é na Lei 10.896/04 que vamos encontrar as alíquotas e 
estão assim dispostas: 
Art. 6º – O AFRMM será calculado sobre a remuneração do transporte aquaviário, 
aplicando-se as seguintes alíquotas: 
I – 25% (vinte e cinco por cento) na navegação de longo curso; 
II – 10% (dez por cento) na navegação de cabotagem; e 
III – 40% (quarenta por cento) na navegação fluvial e lacustre, quando do transporte 
de granéis líquidos nas regiões Norte e Nordeste. 
§ 1º – O conhecimento de embarque é o documento hábil para comprovação do valor 
da remuneração do transporte aquaviário. 
§ 2o – Nos casos em que não houver a obrigação de emissão do conhecimento de 
embarque, o valor da remuneração do transporte aquaviário, para fins de cálculo do 
AFRMM, será apurado por declaração do contribuinte. 
§ 3o – Sobre as mercadorias destinadas a porto brasileiro que efetuarem transbordo ou 
baldeação em um ou mais portos nacionais não incidirá novo AFRMM referente ao 
transporte entre os citados portos, se este já tiver sido calculado desde a sua origem 
até seu destino final. 
O pagamento, como vimos, é feito através do sistema eletrônico 
MERCANTE e está regulado pela lei 10.893/04: 
Art. 11. O AFRMM deverá ser pago no prazo de até 30 (trinta) dias, contados da data 
do início efetivo da operação de descarregamento da embarcação. 
Parágrafo único. O pagamento do AFRMM, acrescido das taxas de utilização do 
Sistema Eletrônico de Controle de Arrecadação do Adicional ao Frete para a 
Renovação da Marinha Mercante – MERCANTE, será efetuado pelo contribuinte antes 
da liberação da mercadoria pela Secretaria da Receita Federal. 
 
 
Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e 
Serviços – ICMS. 
Embora o ICMS seja um tributo de competência dos Estados da Federação, trata-se de 
tributo interno que incide imediatamente após a importação, ou seja, a partir do 
desembaraço aduaneiro. Não tendo competência para examinar os aspectos tributários 
dessa imposição, a Receita tem, entretanto, por força de convênio, atribuições para só 
autorizar o depositário a entregar a mercadoria se lhe for exibido um comprovante de 
pagamento ou exoneração. É o que diz o par. 2.o do art. 12 da LC 87/96: 
“… após o desembaraço aduaneiro, a entrega, pelo depositário de mercadoria ou bem 
importados do exterior, deverá ser autorizada pelo órgão responsável por seu 
desembaraço, que somente se fará mediante a exibição do comprovante de 
pagamento do imposto incidente no ato do despacho aduaneiro, salvo disposição em 
contrário.” 
IN SRF 680/2006 no tocante ao pagamento do ICMS/importação diz o seguinte: 
Art. 53. Em virtude de convênio específico firmado entre a SRF e a Secretaria de Estado 
da Unidade da Federação responsável pela administração do ICMS, o pagamento 
desse imposto poderá ser feito mediante débito automático em conta bancária 
indicada pelo importador, em conformidade com a declaração a que se refere o art. 
52. 
Repetindo, o mencionado artigo 52 dispõe: 
Art. 52. O importador deverá apresentar, por meio de transação própria no Siscomex, 
declaração sobre o ICMS devido no desembaraço aduaneiro da mercadoria submetida 
a despacho de importação. 
O ICMS é um tipo de imposto em que o contriubuinte paga sem lançamento e em que o 
fisco estadual posteriormente homologa. 
A IN SRF 680/2006 no tocante ao pagamento do ICMS/importação diz o seguinte: 
Art. 53. Em virtude de convênio específico firmado entre a SRF e a Secretaria de Estado 
da Unidade da Federação responsável pela administração do ICMS, o pagamento 
desse imposto poderá ser feito mediante débito automático em conta bancária 
indicada pelo importador, em conformidade com a declaração a que se refere o art. 
52. 
No passado fizemos amplo estudo sobre o ICMS na importação, ao qual remetemos o 
leitor. CLIQUE AQUI 
Direitos Comerciais. 
Por direitos comerciais na área do comércio exterior podemos entender o direito que os 
países têm de defender-se contra a prática de fraudes nessa seara. 
Os principais mecanismos disponíveis para fazer frente a práticas desleais de comércio são: 
o direito antidumping, o direito compensatório e a salvaguarda. 
Os direitos comerciais cuidam da imposição de barreiras não-tarifárias. São dispositivos 
legais que têm por objetivo central estabelecer controles técnicos às importações de 
mercadorias por determinado país. Embora tenham como efeito colateral uma limitação às 
importações, as medidas não-tarifárias visam a finalidades muito distintas (saúde, 
segurança, proteção ao meio ambiente). As principais medidas não-tarifárias são os 
controles zoo e fitossanitários (controle de condições sanitárias de produtos de origem 
animal e vegetal). 
É obrigatória a comprovação de dano. As medidas de proteção à indústria e comércio do 
país exigem que, na comprovação da existência de dano ao sub´sídio, abaixo estudados, 
dessacomprovação resulte a existência de dano. Elas por si só não acarretam a necessidade 
de proteção na hipótese de inexistência de dano ao nacional. 
Considera-se que há prática de dumping quando uma empresa exporta para o Brasil um 
produto a preço (preço de exportação) inferior àquele que pratica para produto similar nas 
vendas para o seu mercado interno (valor normal). Desta forma, a diferenciação de preços 
já é por si só considerada como prática desleal de comércio. 
Se a empresa A, localizada no país X, vende um produto neste país por US$ 100 e exporta-
o para o Brasil, em condições comparáveis de comercialização (volume, estágio de 
comercialização, prazo de pagamento), por US$ 80, considera-se que há prática de 
dumping de US$20. 
No Brasil esta questão processual para apuração do dano foi delegada à SECEX. O decreto 
7.097/10, no inciso II do art. 15, está determinado que a ela incumbe: 
Transcrevemos a seguir artigo publicado pelo SEM FRONTEIRAS, da ADUANEIRAS: 
Medidas de proteção, subsídio, dumping e direitos compensatórios 
As práticas consideradas desleais no comércio internacional são o dumping e o 
subsídio. 
O significado de subsídio, em sentido lato, é a concessão de um benefício que visa a 
permitir ao exportador colocar seus produtos no mercado internacional a um preço 
inferior. 
O subsídio se caracteriza quando há contribuição financeira por um governo ou órgão 
público no interior do território do país exportador; ou quando no país exportador 
ocorre qualquer forma de sustentação de renda ou de preços que, direta ou 
indiretamente, contribua para aumentar exportações ou reduzir importações de 
qualquer produto. 
Há prática de dumping quando uma empresa exporta para o Brasil um produto 
praticando um preço de exportação inferior àquele que pratica para produto similar 
nas vendas para o seu mercado interno. 
O termo “dano” significa dano material ou ameaça de dano material à indústria 
doméstica já estabelecida ou retardamento na implantação de uma indústria. 
Para determinar a existência desse dano ou ameaça de dano à indústria doméstica, é 
necessária a informação dos cinco últimos anos sobre a produção doméstica do 
produto em questão e importações, vendas, exportações, estoques, preços, custos, 
nível de emprego e capacidade de produção das empresas que apresentarem o 
requerimento. 
Não havendo constatação que a produção nacional sofreu algum dano, o pedido de 
implantação da medida será negado. 
Uma vez que um produtor nacional constate que suas vendas no mercado interno são 
afetadas por determinadas importações, realizadas em “condições desleais”, tem o 
direito de solicitar aos órgãos oficiais medidas de proteção para sua indústria. 
As medidas de proteção se iniciam com a instauração de processo de investigação. 
Caso constatada alguma irregularidade é baixada uma compensação provisória, que 
vigorará até ser decretada medida definitiva e poderá ser retroativa. 
O prazo máximo, em caráter provisório, é de, no máximo, seis meses; o prazo 
máximo, em caráter definitivo, é de cinco anos. Num caso de revisão, constatada a 
continuação ou repetição do dano, a medida poderá ser reaplicada. 
Os direitos antidumping e compensatórios são aqueles cobrados em moeda nacional, 
numa importância que corresponda à diferença de preço do produto, quando inferior 
ao normalmente praticado. 
Não havendo o pagamento do direito antidumping no registro da DI, sujeita-se às 
mesmas normas que disciplinam a hipótese de não pagamento ou de atraso, isto é, 
juros e multas. (Fonte: Sem Fronteiras, Edição nº 486) 
 
Direitos Antidumping. 
Considera-se que há prática de dumping quando uma empresa exporta para o Brasil um 
produto a preço (preço de exportação) inferior àquele que pratica para produto similar nas 
vendas para o seu mercado interno (valor normal). Desta forma, a diferenciação de preços 
já é por si só considerada como prática desleal de comércio. 
Se a empresa A, localizada no país X, vende um produto neste país por US$ 100 e exporta-
o para o Brasil, em condições comparáveis de comercialização (volume, estágio de 
comercialização, prazo de pagamento), por US$ 80, considera-se que há prática de 
dumping de US$20. 
Escrevemos um trabalho sobre dumping. Se tiver interesse CLIQUE AQUI.

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