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apostila despachos aduaneiros parte 4

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APOSTILA 2.017 – PARTE IV 
AVISO AOS LEITORES – 
ESTA APOSTILA NÃO ATENDE A INTERESSES COMERCIAIS. ASSIM, PODE SER LIDA, 
COPIADA E DISTRIBUÍDA A VONTADE, INCLUSIVE UTILIZANDO TEXTOS COMO SE FOSSEM 
SEUS. 
NÃO ASSUMIMOS A RESPONSABILIDADE POR EVENTUAIS ERROS. COMO EX-FISCAL 
ADUANEIRO (20 ANOS), EX-ADVOGADO ADUANEIRO (30 ANOS), EX-PROFESSOR 
ADUANEIRO TENHO CONSCIÊNCIA DE COMO É DIFÍCIL ACOMPANHAR A DINÂMICA DA 
LEGISLAÇÃO ADUANEIRA E IGUAL CONSCIÊNCIA DA FALIBILIDADE HUMANA.. 
AGRADECEMOS SE NOS INFORMAREM SOBRE POSSÍVEIS ENGANOS PELO E-
MAIL gueirosh@terra.com.br 
AOS CANDIDATOS A DESPACHANTE ADUANEIRO: A MATÉRIA É VASTA E POUCOS SÃO 
AQUELES QUE ESTÃO PREPARADOS PARA A PROVA. ESTA APOSTILA ESTÁ CHEIA 
DE LINKS, QUE LEVAM AO DETALHAMENTO DO ASSUNTO. ACONSELHAMOS AQUELES 
QUE NÃO SE SENTEM BEM PREPARADOS A NÃO USAREM O LINK. LEIA SOMENTE O QUE 
ESTÁ NO TEXTO. A PROVA SERÁ NO INÍCIO DO ANO QUE VEM E NÃO HÁ TEMPO PARA 
CONHECER DETALHES. 
AOS DESPACHANTES CANDIDATOS A OEA – VOCÊ PRECISA DE NOTA ALTA. 
CERTAMENTE JÁ ESTÁ PREPARADO. ACONSELHO-OS A VISITAR OS LINKS QUE LHES 
INTERESSEM. 
BOA SORTE. 
HAROLDO GUEIROS 
……………………………………………………………………………………………………………………………… 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CONTEÚDO DESTA PARTE IV 
4. Regimes Aduaneiros Especiais e Aplicados em Áreas Especiais. Admissão 
Temporária. Admissão Temporária para Aperfeiçoamento Ativo. Carnê Ata. 
Drawback. Exportação Temporária. Exportação Temporária para Aperfeiçoamento 
Passivo. Entreposto Aduaneiro. Entreposto Industrial sob Controle Informatizado 
– RECOF. Zona Franca de Manaus 
5. Habilitação dos Intervenientes no Comércio Exterior. 
6. Despachante Aduaneiro. Inscrição no Registro de Despachantes Aduaneiros. 
Ajudante de despachante aduaneiro. Habilitação do Despachante. Vedações e 
Cuidados Especiais Inerentes ao Exercício da Profissão. Penalidades Aplicadas aos 
Profissionais Aduaneiros. 
…………………………………………………………………………………………………………………….. 
Legislação Aduaneira: 
 
4. Regimes Aduaneiros Especiais e Aplicados em Áreas Especiais. 
OS REGIMES ADUANEIROS 
Por Regimes Aduaneiros Especiais, também chamados regimes econômicos, entende-se 
aqueles que, por interesse de política econômica do país, suspende a prazo certo o 
pagamento dos direitos aduaneiros durante sua vigência. 
Boa parte dos bens destinados aos regimes aduaneiros especiais ingressam no país a título 
não definitivo, tais como admissão temporária, entreposto aduaneiro, loja franca, etc. No 
entanto há exceções. O trânsito aduaneiro, por exemplo, é um regime aduaneiro especial, 
porque suspensivo durante o curto período do regime porém pode receber mercadoria 
importada a título definitivo ou não, depende da propriedade do bem: se de um nacional, a 
terá em seu bojo uma importação a título definitivo; se de um estrangeiro, a título não 
definitivo. No drawback, outro regime aduaneiro especial, a mercadoria ingressa a título 
definitivo, porque os insumos são importados tendo como proprietária a empresa 
brasileira, que irá produzir produto nacional, a ser exportado. Quando a mercadoria 
ingressa ainda na propriedade do exportado, no exterior, para industrialização e retorno a 
ele, será admissão temporária para beneficiamento ativo e, portanto, a título não definitivo. 
Podemos elencar os seguintes Regimes Aduaneiros Especiais e Assemelhados, como as 
Zonas Especiais 
TRÂNSITO ADUANEIRO – CLIQUE AQUI – ADMISSÃO TEMPORÁRIA – CLIQUE AQUI 
– ADMISSÃO TEMPORÁRIA PARA APERFEIÇOAMENTO ATIVO – CLIQUE AQUI 
– DRAWBACK- CLIQUE AQUI – ENTREPOSTO ADUANEIRO – CLIQUE AQUI – RECOF-CLIQUE 
AQUI – EXPORTAÇÃO TEMPORÁRIA – CLIQUE AQUI – EXPORTAÇÃO TEMPORÁRIA PARA 
APERFEIÇOAMENTO PASSIVO –CLIQUE AQUI – LOJA FRACA – CLIQUE AQUI – DEPÓSITO 
ESPECIAL – CLIQUE AQUI – DEPÓSITO AFIANÇADO – CLIQUE AQUI –DEPOSITO 
ALFANDEGADO CERTIFICADO – CLIQUE AQUI – DEPÓSITO FRANCO – CLIQUE AQUI 
– ZONA FRANCA DE MANAUS –CLIQUE AQUI – ÁREAS DE LIVRE COMÉRCIO – CLIQUE 
AQUI – ZONAS DE PROCESSAMENTO DE EXPORTAÇÃO – CLIQUE AQUI 
ÁREAS ESPECIAIS 
Áreas Especiais são as áreas de livre comércio, assemelhadas a uma Zona Franca, tanto 
assim que seguem a orientação da Suframa. O Regimento Aduaneiro as nomina no 
parágrafo único do artigo abaixo transcrito: 
Art. 524. Constituem áreas de livre comércio de importação e de exportação as que, sob 
regime fiscal especial, são estabelecidas com a finalidade de promover o desenvolvimento 
de áreas fronteiriças específicas da Região Norte do País e de incrementar as relações 
bilaterais com os países vizinhos, segundo a política de integração latino-americana (Lei 
no 7.965, de 22 de dezembro de 1989, art. 1o; Lei no 8.210, de 19 de julho de 1991, art. 
1o; Lei no 8.256, de 25 de novembro de 1991, art. 1o, com a redação dada pela Lei nº 
11.732, de 2008, art. 5º; Lei no 8.387, de 1991, art. 11, caput; e Lei no 8.857, de 8 de março 
de 1994, art. 1o). 
Parágrafo único. As áreas de livre comércio são configuradas por limites que envolvem, 
inclusive, os perímetros urbanos dos municípios de Tabatinga (AM), Guajará-
Mirim (RO), Boa Vista e Bonfim (RR), Macapá e Santana (AP) e Brasiléia, com extensão 
para o município de Epitaciolândia, e Cruzeiro do Sul (AC) (Lei nº 7.965, de 1989, art. 2º, 
caput; Lei nº 8.210, de 1991, art. 2º, caput; Lei nº 8.256, de 1991, art. 2º, caput e parágrafo 
único, com a redação dada pela Lei nº 11.732, de 2008, art. 5º; Lei nº 8.387, de 1991, art. 
11, § 1º; e Lei nº 8.857, de 1994, art. 2º, caput). 
O Regulamento Aduaneiro continua: 
Art. 525. A entrada de produtos estrangeiros nas áreas de livre comércio será feita com 
suspensão do pagamento dos impostos de importação e sobre produtos industrializados, 
que será convertida em isenção quando os produtos forem destinados a (Lei nº 7.965, de 
1989, art. 3º, caput;Lei nº 8.210, de 1991, art. 4º, caput;Lei nº 8.256, de 1991, art. 4º, 
caput,com a redação dada pela Lei nº 11.732, de 2008, art. 5º; Lei nº 8.387, de 1991, art. 
11, § 2º; e Lei nº 8.857, de 1994, art. 4º, caput): 
I – consumo e venda internos; 
II – beneficiamento, em seu território, de pescado, recursos minerais e matérias-primas de 
origem agrícola ou florestal; 
III – beneficiamento de pecuária, restrito às áreas de Boa Vista, Bonfim, Macapá, Santana, 
Brasiléia e Cruzeiro do Sul; 
IV – piscicultura; 
V – agropecuária, salvo em relação à área de Guajará-Mirim; 
VI – agricultura, restrito à área de Guajará-Mirim; 
VII – instalação e operação de atividades de turismo e serviços de qualquer natureza; 
VIII – estocagem para comercialização no mercado externo; 
IX – estocagem para comercialização ou emprego em outros pontos do País, restrito à área 
de Tabatinga; 
X – atividades de construção e reparos navais, restritas às áreas de Guajará-Mirim e 
Tabatinga; 
XI – industrialização de produtos em seus territórios, restritas às áreas de Tabatinga, 
Brasiléia e Cruzeiro do Sul; e 
XII – internação como bagagem acompanhada, observado o mesmo tratamento previsto 
na legislação aplicável à Zona Franca de Manaus. 
Admissão Temporária. 
O regulamento aduaneiro anterior (Dec.4.543/02) teve o cuidado de compactar o conceito 
deste regime disperso em duas leis e assim definir o regime de admissão temporária: 
Art. 306. O regime aduaneiro de admissão temporária é o que permite a importação 
de bens que devam permanecer no País durante prazo fixado, com suspensão total do 
pagamento de tributos, ou com suspensão parcial, no caso de utilização econômica, 
na forma e nas condições deste Capítulo (Decreto-Lei no 37, de 1966, art. 75; e Lei 
no 9.430, de 1996, art. 79, caput). 
O regulamento atual(Dec. 6.759/09), em seu art.353 adotou o mesmo texto. 
Lamentavelmente a IN 1.600/15 não deu esse mesmo entendimento, deixando a admissão 
temporária para fins econômicas fora do conceito: 
Art. 2º O regime aduaneiro especial de admissão temporária com suspensão total do 
pagamento de tributos é o que permite a importação de bens que devam permanecer no 
País durante prazo fixado, com suspensão total do pagamento dos seguintes tributos 
incidentes na importação: 
Em suma, a admissão temporária é o regime aduaneiro especial que permite que uma 
mercadoria venha “visitar” o país temporariamente, sendo reexportada (devolvida ao 
exterior) no prazo concedido, sendo que na finalidade econômica pagará tributos 
proporcionais. 
E importante salientar que para ser válida a admissão temporária é necessário que o bem a 
ser admitido no regime continue na propriedade do exportador, no exterior, isto é, que 
ingresse no país como uma importação a título não definitivo. Nada impede que, 
posteriormente, o regime de admissão temporária seja extinto, por qualquer das formas 
legais de extinção, como, por exemplo, a nacionalização, realizada pela compra por um 
nacional e posterior despacho para consumo. Por isso, será burla ao regime a constatação 
de que o bem ingressou no país já na propriedade de importador sediado no país. 
Assim, o importador neste regime será mero consignatário e, portanto, representante do 
exportador no exterior junto a Alfândega brasileira para o cumprimento das obrigações 
tributarias e de controle aduaneiro. 
Portanto, nessa operação não pode ocorrer fechamento de cambio, uma vez que não 
haverá compra e venda. A fatura comercial será sempre de consignação. Sempre 
aconselhamos nossos clientes a colocarem expressamente na fatura comercial observação 
mais ou menos como esta: “A mercadoria se destina a admissão temporária, permanecendo 
na propriedade do exportador no exterior.” É uma redundância, por ser circunstância óbvia, 
porém útil porque se houver alguma duvida ou mesmo erro na elaboração do despacho 
aduaneiro de admissão temporária a declaração acima sugerida facilita o retorno. 
O titular do regime é o importador consignatário, denominado beneficiário do regime. Uma 
vez obtido o regime pode ocorrer que não deseje mais a responsabilidade de responder 
perante a autoridade aduaneira pela guarda e bom uso do bem, porém outra pessoa 
sediada no Brasil esteja interessada em assumi-la pelo restante do prazo. 
Não podemos confundir transferência de titularidade com transferência de regime 
aduaneiro especial, como, por exemplo, transferir para o regime de entreposto aduaneiro.. 
Aqui se cuida somente da transferência da responsabilidade perante o Fisco pelo restante 
do prazo concedido, fato que, se aprovada a transferência, resultará em assinatura de novo 
termo. Como diz o parágrafo único acima, o fato da transferência não implica na concessão 
de novo prazo para o novo titular, cabendo-lhe apenas o saldo do prazo concedido. 
* Finalidade econômica 
Economia é a ciência que trata dos fenômenos relativos à produção, distribuição, 
acumulação e consumo de bens materiais. Quando esses bens ingressam no País no regime 
de admissão temporária para a atividade estudada pela economia dizemos que têm 
utilização econômica. Por importação de um bem para utilização econômica devemos 
entender aquele que objetiva ingressar no país para produzir serviço ou riqueza de 
imediato. 
O Regulamento Aduaneiro (Dec. 6.597/09) assim conceitua utilização econômica (art. 373): 
§ 1o Para os efeitos do disposto nesta Seção, considera-se utilização econômica o 
emprego dos bens na prestação de serviços ou na produção de outros bens. 
A norma criadora da finalidade econômica para a admissão temporária é a Lei 9.430/96, 
que em seu art. 79 diz o seguinte: 
“Art. 79. Os bens admitidos temporariamente no País, para utilização econômica, 
ficam sujeitos ao pagamento dos impostos incidentes na importação 
proporcionalmente ao tempo de sua permanência em território nacional, nos termos e 
condições estabelecidos em regulamento. 
Parágrafo único. O Poder Executivo poderá excepcionar, em caráter temporário, a aplicação do disposto neste artigo em 
relação a determinados bens. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.189-49, de 2001) 
* A licença de importação 
Não ha problema na admissão ao regime quanto ao licenciamento, eis que está 
dispensado. O problema da licença só aparece no caso do despacho para consumo, 
analisado no item 15.2 abaixo. 
A legislação que cuida da emissão de licença de importação no Brasil é a Portaria SECEX 
23/11 (se desejar conhecer seu teor CLIQUE AQUI). 
Diz o artigo 8º dessa Portaria que a regra geral é a dispensa de licença e no parágrafo 
único, inciso II, enquadra a admissão temporária entre aquelas que estão dispensadas de 
licença de importação. 
Art. 8º – Como regra geral, as importações brasileiras estão dispensadas de 
licenciamento, devendo os importadores tão-somente providenciar o registro da 
Declaração de Importação – DI – no SISCOMEX, com o objetivo de dar início aos 
procedimentos de Despacho Aduaneiro junto à unidade local da RFB. 
Dispensadas de licenciamento 
Parágrafo único. São dispensadas de licenciamento as seguintes importações: 
I – sob os regimes de entrepostos aduaneiro e industrial, inclusive sob controle 
aduaneiro informatizado; 
II – sob o regime de admissão temporária, inclusive de bens amparados pelo Regime 
Aduaneiro Especial de Exportação e Importação de Bens Destinados às Atividades de 
Pesquisa e de Lavra das Jazidas de Petróleo e de Gás Natural – REPETRO; 
No passado escrevemos um livro intitulado ADMISSÃO TEMPORÁRIA, editado pelas 
Edições Aduaneiras. Poucos meses depois estava desatualizado em razão das novas normas 
que surgiram. Com a Internet hoje temos esse livro atualizado. Por conter muitos detalhes 
e, portanto muito longo, não deve ser examinado por quem vai fazer a prova técnica. Se 
quiser conhecê-lo CLIQUE AQUI 
Admissão Temporária para Aperfeiçoamento 
Ativo. 
Admissão Temporária para Aperfeiçoamento Ativo. 
É o regime aduaneiro especial que permite o ingresso, para permanência temporária no 
País, com suspensão do pagamento de tributos, de mercadorias estrangeiras ou 
desnacionalizadas, destinadas a conserto, reparo ou restauração ou, ainda, a operações de 
industrialização relativas ao beneficiamento, à montagem, à renovação, ao 
recondicionamento, ao acondicionamento ou ao recondicionamento aplicados ao próprio 
bem. 
Operações de industrialização relativas ao beneficiamento, à montagem, à renovação, ao 
recondicionamento, ao acondicionamento ou ao reacondicionamento aplicadas ao próprio 
bem; e conserto, o reparo, ou a reparação de bens estrangeiros, que devam retornar, 
modificados, ao país de origem. 
A Lei 10.833/03 dispõe sobre a extinção do regime: 
Art. 60. Extinguem os regimes de admissão temporária, de admissão temporária para 
aperfeiçoamento ativo, de exportação temporária e de exportação temporária para 
aperfeiçoamento passivo, aplicados a produto, parte, peça ou componente recebido do 
exterior ou a ele enviado para substituição em decorrência de garantia ou, ainda, 
para reparo, revisão, manutenção, renovação ou recondicionamento, respectivamente, 
aexportação ou a importação de produto equivalente àquele submetido ao regime. 
Por sua vez o Regulamento Aduaneiro (dec 6.759/09) nos traz os seguintes detalhes: 
Art. 380. O regime aduaneiro especial de admissão temporária para 
aperfeiçoamento ativo é o que permite o ingresso, para permanência temporária no 
País, com suspensão do pagamento de tributos, de mercadorias estrangeiras ou 
desnacionalizadas, destinadas a operações de aperfeiçoamento ativoe posterior 
reexportação. 
 
§ 1 o Consideram-se operações de aperfeiçoamento ativo, para os efeitos deste 
Capítulo: 
 
I – as operações de industrialização relativas ao beneficiamento, à montagem, à 
renovação, ao recondicionamento, ao acondicionamento ou ao reacondicionamento 
aplicadas ao próprio bem; e 
 
II – o conserto, o reparo, ou a restauração de bens estrangeiros. (Redação dada pelo 
Decreto nº 7.213, de 15 de junho de 2010) 
 
§ 2 o São condições básicas para a aplicação do regime: 
 
I – que as mercadorias sejam de propriedade de pessoa sediada no exterior e 
admitidas sem cobertura cambial; 
 
II – que o beneficiário seja pessoa jurídica sediada no País; e 
 
III – que a operação esteja prevista em contrato de prestação de serviço. 
 
Art. 381. A Secretaria da Receita Federal do Brasil poderá, no âmbito de sua 
competência, editar atos normativos para a implementação do disposto neste 
Capítulo. 
 
Art. 382. Aplicam-se ao regime, no que couber, as normas previstas para o regime de 
admissão temporária. 
 
 
Carnê Ata. 
A Convenção de Stambul assim conceitua o Carnê ATA: 
 Definições -Artigo 1o 
 Para efeitos da aplicação do presente anexo, entende-se por: 
1. a) Título de admissão temporária: o documento aduaneiro internacional, aceito 
como declaração aduaneira, que permite identificar as mercadorias (incluindo os 
meios de transporte)e contém uma garantia válida a nível internacional para 
cobrir os direitos e encargos de importação; 
2. b) Carnê ATA: o título de admissão temporária utilizado para a admissão 
temporária de mercadorias, com exclusão dos meios de transporte; 
E mais adiante: 
Regularização dos títulos de admissão temporária 
Artigo 9o 
1. Carnê ATA 
2. a) As associações garantes dispõem de um prazo de seis meses, a contar da data 
em que as autoridades aduaneiras reclamem o pagamento das quantias referidas 
no parágrafo 1 do artigo 8o do presente anexo, para fornecer a prova da 
reexportação nas condições previstas no presente anexo ou de qualquer outra 
quitação regular do carnê ATA. 
3. b) Se esta prova não for fornecida no prazo previsto, a associação garante 
depositará imediatamente essas quantias ou pagá-las-á a título provisório. Este 
depósito ou pagamento torna-se definitivo após um prazo de três meses a contar 
da data do depósito ou do pagamento. Durante este último período, a associação 
garante pode ainda, tendo em vista a restituição das quantias depositadas ou 
pagas, fornecer as provas previstas na alínea “a”. 
4. c) Relativamente às partes contratantes cujas leis e regulamentos não prevejam o 
depósito ou o pagamento provisório dos direitos e encargos de importação, os 
pagamentos efetuados nas condições previstas na alínea “a” são considerados 
definitivos, sendo, no entanto, o respectivo montante reembolsado se as provas 
previstas na alínea “a” forem fornecidas no prazo de três meses a contar da data 
do pagamento. 
A CNI- CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA, órgão autorizado a emitir o Carnê 
ATA, diz o seguinte: 
COMO FUNCIONA – A empresa solicitante deve preencher o formulário com informações 
sobre as mercadorias a serem enviadas ao exterior sob regime de exportação temporária e 
países de destino a serem visitados. A própria ferramenta eletrônica gera o documento de 
forma automática e totalmente online. Após análise das informações e aprovação, o usuário 
pode retirar seu ATA Carnet nas federações de indústrias presentes em todos os estados 
brasileiros e no Distrito Federal. O documento emitido é composto por duas folhas de 
apresentação para cada país estrangeiro onde a mercadoria for ingressar, e outras duas 
folhas de apresentação à alfândega na saída e no retorno de seu país de origem. Como um 
passaporte, uma das folhas recebe o carimbo da alfândega estrangeira na entrada e a outra 
na saída. Do mesmo modo, o documento também é carimbado pela aduana brasileira na 
saída e retorno do país. 
A Receita Federal do Brasil monitora e valida os ATA Carnets emitidos no país para as 
exportações temporárias e, também reconhece os ATA Carnet emitidos por entidades no 
exterior para o caso das admissões temporárias brasileiras. O custo do documento varia entre 
R$ 442,97 a R$931,14, dependendo do valor do bem segurado e ele é emitido em até 48 
horas. 
COBERTURA – O ATA Carnet pode cobrir bens utilizados em exposições, feiras, congressos ou 
eventos similares; materiais profissionais; bens importados para fins educativos, científicos ou 
culturais ou desportivos. Por exemplo: materiais de atletas, equipamentos fotográficos e 
cinematográficos de jornalistas, instrumentos musicais, joias, roupas, peças arqueológicas, 
quadros, veículos, entre outros. 
O ATA Carnet suspende a incidência de impostos sobre a permanência temporária de 
produtos e equipamentos. Com apenas um documento, empresas podem entrar com bens em 
74 países durante 12 meses. “Um único documento reúne todas as informações que devem 
ser apresentadas na aduana de saída e de entrada, reduzindo a burocracia, tornando mais 
rápidos os trâmites aduaneiros e pode ser usado tanto por pessoa física quanto jurídica”, 
complementa a gerente de Serviços de Internacionalização da CNI, Sarah Saldanha. 
VANTAGENS 
1. Para empresas: 
– Reduzem a zero o risco de apreensão ou retenção de mostruário em aduanas, dando maior 
segurança para que empresas brasileiras participem de feiras e exposições no exterior – fato 
importante sobretudo para micro e pequenas empresas; 
– Gastam menos na circulação internacional de bens; 
– Economizam tempo no preparo de documentação para exportação e importação 
temporária; 
2. Para pessoas físicas: 
– Segurança para o transporte de materiais de trabalho, para fins educativos, científicos, 
culturais e desportivos; 
– Não têm mais o risco de circular internacionalmente com mercadorias sem documentação 
adequada; 
3. Para o governo 
– Atua de acordo com normas internacionais; 
– Reduz a burocracia na Aduana Brasileira; 
– Facilita a realização de grandes eventos internacionais – esportivos, culturais, de negócios – 
no Brasil. 
Drawback. 
O site do MDIC nos traz as seguintes informações gerais: 
O que é o Drawback Eletrônico? O Regime de Drawback, criado pelo Decreto-Lei 37/66, é a 
desoneração de impostos na importação vinculada a um compromisso de exportação. A 
Secretaria de Comércio Exterior concebeu sistemática informatizada para controle dessas 
operações denominada Sistema Drawback Eletrônico, implantada no dia 01.11.2001, que 
opera em módulo próprio integrado ao SISCOMEX, para permitir o controle ágil e 
simplificado daquelas operações. 
O que é o Drawback Web? Em 12 de maio de 2008 entrou no ar o Sistema Drawback Web, 
no qual todos os AC criados no sistema antigo migraram para a plataforma web. 
Objetivo do Projeto O novo Sistema Drawback Web constitui mais um avanço na 
operacionalização do regime, integrando-se ao SISCOMEX nas vertentes de importação e 
exportação de forma on-line. Além de agilizar e modernizar o sistema, a nova sistemática 
facilita o acesso ao regime, conferindo maior segurança ao controle dessas operações. 
Quais são as normas de drawback? No âmbito da Secex, as normas vinculadas às 
operações drawback estão reproduzidas na Portaria Secex nº 23, de 14/07/11. Sugerimos 
consultar a Consolidação das Portarias Secex (Drawback). 
Parceria A concepção e definição das regras negociais do módulo DRAWBACK é da 
responsabilidade da Secretaria de Comércio Exterior e o SERPRO desenvolveu o Sistema em 
sua base tecnológica. 
Funções do Módulo • Registro do Drawback em documento eletrônico web, com todas as 
etapas (solicitação,autorização, consultas, alterações, baixa) informatizadas e em plataforma 
da Internet • Tratamento Administrativo automático nas operações parametrizadas. • 
Acompanhamento das Importações e Exportações vinculadas ao sistema de Drawback Web. 
Requisitos Operacionais Basta a empresa ser cadastrada no Siscomex e possuir acesso à 
Internet. 
Vantagens do Projeto Para as empresas: • agilização / automaticidade / eficiência / redução 
de custos / simplificação Para o Governo: • redução de custos / segurança / agilidade 
Habilitação de usuário A habilitação para o acesso ao Sistema Drawback Web será 
concedida aos representantes legais das empresas, autorizados a operar na exportação, não 
sendo necessária nenhuma providência para os atuais usuários habilitado no Perfil 
Exportador do Siscomex. 
Temos três tipos de drawback: INTEGRADO SUSPENSÃO, INTEGRADO ISENÇÃO E 
RESTITUIÇÃO. Os dois primeiros são administrados pela SECEX e o último, hoje em 
desuso, pela RECEITA. 
Se desejar mais detalhes sobre os ASPECTOS GERAIS DO DRAWBACK bem como sobre o 
INTEGRADO SUSPENSÃO E INTEGRADO ISENÇÃO CLIQUE AQUI. Se, embora em desuso, 
voce quer detalhes sobre o drawbak restituição CLIQUE AQUI. 
Exportação Temporária. 
Damos abaixo conceito do Regulamento Aduaneiro: 
Art. 431. O regime de exportação temporária é o que permite a saída, do País, com 
suspensão do pagamento do imposto de exportação, de mercadoria nacional ou 
nacionalizada, condicionada à reimportação em prazo determinado, no mesmo 
estado em que foi exportada (Decreto-Lei no 37, de 1966, art. 92, caput, com a 
redação dada pelo Decreto-Lei no 2.472, de 1988, art. 1o). 
Por sua vez a IN 1.600/15 assim a conceituou: 
Art. 90. O regime aduaneiro especial de exportação temporária é o que permite a 
saída do País, com suspensão do pagamento do imposto de exportação, de bem 
nacional ou nacionalizado, condicionado à reimportação em prazo determinado, no 
mesmo estado em que foi exportado, na forma e nas condições previstas neste 
Capítulo. 
Disse a mesma coisa apenas trocando a palavra “mercadoria” por “bem“. 
A IN RFB 1.600/15 assim dispõe: 
Art. 94. O regime será concedido a pessoa residente ou estabelecida no País, observadas as 
seguintes condições: 
I – exportação em caráter temporário; 
II – exportação sem cobertura cambial; 
III – adequação dos bens e do prazo de permanência à finalidade da exportação; e 
IV – identificação dos bens. 
Parágrafo único. Quando se tratar de bens com exportação sujeita à prévia manifestação 
de outros órgãos da administração pública, a concessão do regime dependerá da 
satisfação desse requisito ou da obtenção do registro de exportação correspondente. 
Art. 95. Não será permitida a exportação temporária de bens cuja exportação definitiva 
esteja proibida, exceto nos casos em que haja autorização do órgão competente. 
Art. 96. O prazo de vigência do regime será de 12 (doze) meses, prorrogável 
automaticamente por mais 12 (doze) meses. 
§ 1º Quando o regime for aplicado a bem objeto de contrato de prestação de serviço por 
prazo certo, inclusive arrendamento operacional, aluguel ou empréstimo, o prazo de 
vigência do regime será o previsto no contrato. 
O registro do pedido no SISCOMEX está assim regulamentado pelo RA: 
Art. 435. O registro de exportação, no SISCOMEX, constitui requisito para concessão 
do regime. 
§ 1 o O registro de exportação não será exigido para bagagem e para os veículos 
referidos nos incisos II e III do art. 440. 
§ 2 o A Secretaria da Receita Federal do Brasil, ouvida a Secretaria de Comércio 
Exterior, poderá estabelecer outros casos de não-exigência do registro de exportação 
para a concessão do regime. 
Art. 436. A autoridade competente poderá indeferir pedido de concessão do regime 
em decisão fundamentada, da qual caberá recurso hierárquico, na forma estabelecida 
pela Secretaria da Receita Federal do Brasil. 
§ 1 o O indeferimento do pedido não impede a saída da mercadoria do território 
aduaneiro, exceto no caso das mercadorias a que se refere o art. 433. 
§ 2º No caso de indeferimento do pedido, em decisão administrativa final, para 
mercadoria que já tenha saído do território aduaneiro, será exigido o pagamento dos 
tributos correspondentes, na hipótese de sua importação (Decreto-Lei nº 37, de 1966, 
art. 92, § 4º, com a redação dada pelo Decreto-Lei nº 2.472, de 1988, art. 
1º).( Redação dada pelo Decreto nº 7.213, de 15 de junho de 2010 ) 
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Exportação Temporária para Aperfeiçoamento 
Passivo. 
A IN RFB 1.600/15 assim dispôs sobre este regime: 
Art. 109. O regime de exportação temporária para aperfeiçoamento passivo é o que 
permite a saída, do País, por tempo determinado, de bem nacional ou nacionalizado, para 
ser submetido a operação de transformação, elaboração, beneficiamento ou montagem, 
no exterior, e a posterior importação, sob a forma do produto resultante, com pagamento 
dos tributos sobre o valor agregado. 
§ 1º O regime de que trata este artigo aplica-se, também, na saída do País de bem 
nacional ou nacionalizado para ser submetido a processo de conserto, reparo ou 
restauração. 
§ 2º O bem importado com isenção ou com redução de tributos vinculada a sua 
destinação, enquanto perdurarem as condições fixadas para fruição do benefício, somente 
poderá ser admitido no regime para ser submetido a processo de conserto, reparo ou 
restauração. 
§ 3º A aplicação do regime não gera direitos decorrentes de operação de exportação a 
título definitivo. 
Seção II 
Das Condições e Dos Prazos 
Art. 110. Para a aplicação do regime, serão observadas as condições previstas nos arts. 94 
e 95. 
Art. 111. O prazo de vigência do regime será fixado tendo em conta o período necessário à 
realização da operação e ao transporte dos bens. 
Seção III 
Do Termo de Responsabilidade 
Art. 112. Tratando-se de bens sujeitos ao imposto de exportação, aplica-se o estabelecido 
no art. 97. 
Seção IV 
Da Concessão do Regime 
Art. 113. Para fins de concessão do regime, será observado o disposto nos arts. 98 a 102. 
Parágrafo único. A utilização de DSE formulário facultada no § 3º do art. 99 aplica-se 
somente aos casos previstos no § 1º do art. 109. 
Art. 114. O dossiê digital de atendimento deverá também ser instruído com informações 
sobre: 
I – a descrição dos bens a serem submetidos ao regime, indicando, conforme o caso, seu 
nome técnico, científico ou comercial, marca, modelo, tipo, número de série ou de 
identificação, valor, quantidade, peso e demais elementos que permitam sua perfeita 
identificação; 
II – a natureza da operação de aperfeiçoamento a que o bem será submetido; 
III – a descrição dos produtos resultantes da operação de aperfeiçoamento e dos meios a 
serem utilizados para a sua identificação; 
IV – a indicação do coeficiente de rendimento da operação ou, se for o caso, a forma de 
sua fixação, exceto na hipótese prevista no § 1º do art. 109; e 
V – o prazo necessário para a importação dos produtos resultantes da operação. 
Parágrafo único. Entende-se por coeficiente de rendimento a quantidade ou porcentagem 
de produtos resultantes que serão obtidos no aperfeiçoamento de uma quantidade 
determinada de bens a que se aplicar o regime. 
Art. 115. Quando necessário, o Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil responsável 
pelo despacho aduaneiro poderá adotar, para fins de concessão do regime, as seguintes 
providências: 
I – aplicação de selos, punções ou outras marcas individuais; 
II – coleta de amostras, ilustrações ou descrições técnicas; ou 
III – laudo técnico. 
Seção V 
Da Prorrogação do Regime 
Art. 116. Na prorrogação do prazo de aplicação do regime, deverá serobservado o 
previsto no art. 103. 
Seção VI 
Da Extinção da Aplicação do Regime 
Art. 117. Na vigência do regime, deverá ser adotada uma das seguintes providências, para 
extinção de sua aplicação: 
I – importação dos produtos resultantes de processo de industrialização, cujo despacho 
poderá ser processado com base em DSI registrada no Siscomex; 
II – reimportação de produtos submetidos ao regime para conserto, reparo ou restauração, 
cujo despacho poderá ser processado com base em DSI registrada no Siscomex; ou 
III – exportação definitiva dos bens submetidos ao regime. 
§ 1º Tem-se por tempestiva a providência para a extinção da aplicação do regime: 
I – na data de emissão do respectivo conhecimento de carga no exterior, desde que 
efetivado ingresso dos bens no território aduaneiro, em relação às providências prevista 
nos incisos I e II do caput; e 
II – na data do pedido do registro de exportação do bem, desde que haja o desembaraço 
dos bens e a averbação de embarque, em relação à providência prevista no inciso III do 
caput. 
§ 2º Na hipótese prevista no inciso I do caput, o valor dos tributos devidos na importação 
do produto resultante da operação de aperfeiçoamento será calculado, deduzindo-se, do 
montante dos tributos incidentes sobre esse produto, o valor dos tributos que incidiriam, 
na mesma data, sobre o bem objeto da exportação temporária, se este estivesse sendo 
importado do mesmo país em que se deu a operação de aperfeiçoamento. 
§ 3º Na hipótese prevista no inciso II do caput, deverá ser registrada declaração para 
reimportação do bem, fazendo constar no campo informações complementares o 
demonstrativo do cálculo dos tributos incidentes sobre material eventualmente 
empregado na operação de conserto, reparo ou restauração, quando for o caso. 
§ 4º Para fins do disposto neste artigo, somente será exigida a fatura comercial relativa 
aos materiais empregados. 
Art. 118. Para fins de extinção da aplicação do regime, serão observadas ainda as regras 
estabelecidas nos arts. 104 a 108. 
Entreposto Aduaneiro. 
Temos fundamentalmente dois tipos de Entreposto Aduaneiro: 
1 – Entreposto Aduaneiro na Importação 
2 – Entreposto Aduaneiro na Exportação 
O entreposto aduaneiro na exportação quase não é utilizado, a não ser na modalidade 
Entreposto Aduaneiro Extraordinário de Exportação, reservado às trading complany (as 
cadastradas como tal). 
Iniciamos por dados gerais sobre o Entreposto Aduaneiro de Importação. O RA assim o 
conceitua: 
Art. 404. O regime especial de entreposto aduaneiro na importação é o que permite a 
armazenagem de mercadoria estrangeira em recinto alfandegado de uso público, com 
suspensão do pagamento dos impostos federais, da contribuição para o PIS/PASEP-
Importação e da COFINS-Importação incidentes na importação (Decreto-Lei no 1.455, 
de 1976, art. 9o, com a redação dada pela Medida Provisória no 2.158-35, de 2001, 
art. 69; e Lei no 10.865, de 2004, art. 14).” 
Entreposto Aduaneiro é constituído por uma área devidamente demarcada onde nela 
podem ingressar bens importados do exterior ainda na propriedade do exportador, que 
terá no Brasil um consignatário, representante seu que formulará o despacho de admissão 
no regime. É como se fosse um depósito do exportador situado em nosso país, aguardando 
que ele dê ordens para que seja entregue a um comprador situado no Brasil, porque no 
período de entrepostamento ele vendeu a mercadoria. Ou ordens para devolução ao 
exterior ou, ainda, transferência para outro regime. 
Chegando ao local de descarga a mercadoria é enviada ao local do Enrreposto em regime 
de trânsito aduaneiro e entregue ao permissíonário, que a registra. Em seguida o 
consignatário providencia o registro da Declaração de Admissão (D.A.), (usando o mesmo 
forjmulário da D.I.), também através do SISCOMEX. Em seguida a mercadoria é conferida e 
entrepostada, à disposição de seu proprietário no exterior. 
S 
Se desejar mais detalhes sobre Entreposto de Importação CLIQUE AQUI 
Passemos agora a estudar o Entreposto Aduaneiro de Exportação. O RA assim o conceitua: 
Art. 410. O regime especial de entreposto aduaneiro na exportação é o que permite a 
armazenagem de mercadoria destinada a exportação (Decreto-Lei no 1.455, de 1976, 
art. 10, caput, com a redação dada pela Medida Provisória no 2.158-35, de 2001, art. 
69). 
O Entreposto Aduaneiro Comum de Exportação representa o local onde o 
exportador pode depositar parcela de seu estoque destinado à exportação. A 
mercadoria sai da empresa com suspensão dos impostos que pagaria se 
colocada em circulação comercial no país. No entreposto aguarda a 
oportunidade de ser embarcada. No caso de aparecer algum interessado em 
adquirí-la (pode ser o próprio consignatário ou outra pessoa aqui residente) 
pode fechar o negócio e promover o despacho para consumo em seu nome. 
No Entreposto Aduaneiro Extraordinário de Exportação represente o local onde 
o exportador pode depositar parcela do seu estoque já vendida a uma Trading 
Company regulada por lei especial e não aquela que apenas tem o nome de 
trading company. Considera-se Empresa Comercial Exportadora, para os efeitos 
de que tratam o Decreto-lei n. 1.248, de 29 de novembro de 1972, e o Decreto n. 
71.866, de 26 de fevereiro de 1973, aquela que tiver sido autorizada a operar nas 
exportações de produtos brasileiros, que satisfizer os requisitos mínimos 
exigidos e tiver Certificado de Registro Especial, concedido pelo Departamento 
de Comércio Exterior (DECEX), da Secretaria Nacional de Economia e na 
Coordenação do Sistema de Tributação (COSIT)), da Secretaria da Fazenda 
Nacional. 
Alguns anos atrás surgiu uma novidade no entreposto aduaneiro. Até então a mercadoria 
só poderia ser admitida se importada sem cobertura cambial. Hoje a legislação já admite 
a importação com cobertura cambial, não permitindo, neste caso, que a extinção seja pelo 
retorno ao exterior (já que as divisas já saíram) e só o consignatário e beneficiário do 
entrepostamento pode promover o despacho para consumo. 
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Entreposto Industrial sob Controle Informatizado 
– RECOF. 
RECOF foi criado pelo Dec. 2.412, de 03.10.97, incorporado pelo Regulamento Aduaneiro 
anterior e mantido no atual.O Regulamento Aduaneiro (dec. 6.759/09), em seu art. 420, 
conceitua Entreposto Industrial – RECOF: 
Art. 420. O regime de entreposto industrial sob controle aduaneiro informatizado – 
RECOF é o que permite a empresa importar, com ou sem cobertura cambial, e com 
suspensão do pagamento de tributos, sob controle aduaneiro informatizado, 
mercadorias que, depois de submetidas a operação de industrialização, sejam 
destinadas a exportação (Decreto-Lei no37, de 1966, art. 89). 
Antes de 1997 tinhamos apenas o Entreposto Industrial, criado pelo DL 37/66, nestes 
termos: 
 Art.89 – O regime de entreposto industrial permite, a empresa que importe 
mercadoria na conformidade dos regimes previstos no art.78, transformá-la, sob 
controle aduaneiro, em produtos destinados a exportação e, se for o caso, também ao 
mercado interno. 
O atual difere do anterior entreposto industrial basicamente pelo fato de que é 
operado obrigatoriamente sob controle informatizado, no qual a empresa abre grande 
parte de seus dados contábeis, fiscais e tributários à Receita Federal. Há rigoroso controle 
informatizado. 
Certamente por oferecer esta forma de entreposto industrial maior controle por parte do 
Fisco, a Secretaria da Receita Federal deixou de conceder o Entreposto Industrial comum, 
não informatizado. 
Apesar do objetivo principal ser o da exportação do produto final industrializado (para nós 
um autêntico “drawbackão”), parte do produto final pode ser despachadopara consumo, a 
teor do parágrafo primeiro do artigo acima transcrito: 
§ 1o Parte da mercadoria admitida no regime, no estado em que foi importada ou 
depois de submetida a processo de industrialização, poderá ser despachada para 
consumo (Decreto-Lei no 37, de 1966, art. 89). 
Portanto, o regime visa precipuamente o mercado externo, sendo permitida a 
nacionalização de parte dos bens. O percentual a ser nacionalizado constará 
do ato concessório. Há um percentual mínimo a ser exportado, a ser fixado, 
caso a caso, no ato declaratório de concessão do regime. 
Pela garantia que oferece ao Fisco, com controle rígido, o despacho aduaneiro 
foi simplificado, sendo desnecessário o trânsito aduaneiro da zona primária até 
o estabelecimento fabril onde se situa o RECOF. O beneficiário do regime está 
autorizado a registrar a Declaração de Importação tão logo o MANTRA acuse a 
descarga e o desembaraço torna-se automático, não havendo, pois, qualquer 
conferência aduaneira no local de descarga. A fiscalização é feita através do 
“software” previamente aprovado e por programa específico de fiscalização. 
Cuidam, ainda, da matéria a IN SRF 80/01 (alterada pela 90/01), que arrola as 
mercadoria admissíveis. Nesta restrição reside uma das dificuldades do regime. 
Por vezes o beneficiário utiliza na industrialização item não contemplado e tem 
que traze-lo fora do regime de RECOF, pois necessita respeitar a lista, conhecida 
como “Lista de Singapura”, pois contempla quase que exclusivamente os itens 
produzidos naquela região. 
A regulamentação do regime é feita pela IN RFV 1.291/12, cujo teor o usuário 
pode conhecer clicando no item 1 acima (Legislação básica) . 
 * OPERAÇÃO PERMITIDA 
A IN RFB 1.291/12 assim dispõe sobre a operação permitida: 
Art. 2º O Recof permite a empresa beneficiária importar ou adquirir no mercado 
interno, com suspensão do pagamento de tributos, mercadorias a serem submetidas a 
operações de industrialização de produtos destinados à exportação ou ao mercado 
interno. 
§ 1º Para efeito do disposto no caput, as operações de industrialização limitam-se a: 
I – montagem de produtos; 
II – transformação, beneficiamento e montagem de partes e peças utilizadas na 
montagem dos produtos referidos no inciso I; e 
III – acondicionamento e reacondicionamento de partes e peças a serem 
comercializadas no mesmo estado em que foram importadas. 
§ 2º As mercadorias referidas no caput deverão destinar-se a produtos de fabricação 
do próprio beneficiário. 
§ 3º As operações de montagem referidas nos incisos I e II do § 1º poderão ser 
realizadas total ou parcialmente por encomenda do beneficiário a terceiro, habilitado 
ou não ao regime. 
§ 4º Poderão também ser admitidos no regime: 
I – produtos e suas partes e peças, inclusive usadas, para serem: 
a) submetidos a testes de performance, resistência ou funcionamento; ou 
b) utilizados no desenvolvimento de outros produtos; 
II – produtos estrangeiros, usados, para serem submetidos a operações de renovação, 
recondicionamento, manutenção ou reparo, na hipótese de: 
a) produtos da indústria aeronáutica, inclusive suas partes e peças; ou 
b) produtos dos setores automobilístico, de informática e telecomunicações e de 
semicondutores e componentes de alta tecnologia, constantes do Anexo I a esta 
Instrução Normativa; 
III – mercadorias a serem utilizadas nas operações descritas nos incisos I e II deste 
parágrafo; 
IV – produtos usados da indústria aeronáutica para desmontagem e posterior 
exportação ou reexportação, bem como: 
a) hélices, rotores e suas partes, classificados no código 8803.10.00 da NCM; e 
b) trens de aterrissagem e suas partes, classificados no código 8803.20.00 da NCM. 
§ 5º A importação dos bens usados referidos nos incisos I, II e IV do § 4º deverá ser 
efetuada em conformidade com as regras estabelecidas pela Secretaria de Comércio 
Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. 
Permissionários do regime serão as empresas industriais habilitadas ao uso do regime. As 
empresas que podem ser permissionárias estão descritas no art. 5º da citada IN: 
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Zona Franca de Manaus 
Segundo o art.504 do R.A. 
Art. 504. A Zona Franca de Manaus é uma área de livre comércio de importação e de 
exportação e de incentivos fiscais especiais, estabelecida com a finalidade de criar no 
interior da Amazônia um centro industrial, comercial e agropecuário, dotado de condições 
econômicas que permitam seu desenvolvimento, em face dos fatores locais e da grande 
distância a que se encontram os centros consumidores de seus produtos (Decreto-Lei 
no288, de 1967, art. 1o). 
Para bem entendermos o que é a Zona Franca de Manaus devemos fazer uma 
ficção jurídica no sentido de que, do ponto de vista aduaneiro, não é Brasil. É 
como se fosse um território estrangeiro incrustado no país, eis que tem 
legislação aduaneira diversa. Por isso, toda e qualquer exportação do restante 
do território nacional para a ZFM é equiparado a uma exportação. Está aqui 
comprovada a ficção. Outra prova: para sair da ZFM e ingressar no restante do 
território nacional foi criado um despacho exclusivo para ela, com base de 
cálculo diferenciada: o despacho de internação. 
No território nacional podemos degustar um chocolate suíço, que pagou direitos 
aduaneiros na sua importação. Lá estará isento, como se fosse a suíça brasileira. 
Outra particularidade que se deve ter em mente quanto a ZFM é que não serve 
como trampolim para ingresso de mercadorias estrangeiras no território 
brasileiro. Como, por ficção, é exterior, a mercadoria que por lá ingressar e for 
remetida para o restante do território nacional no mesmo estado em que entrou, 
pagará todos os impostos. A vantagem se restringe às empresas lá instaladas 
que se dedicam à industrialização, uma vez que, ao promoverem ainternação 
do produto já industrializado, gozam de redução especial, adiante estudada. 
A vedação para esse trampolim está contida no art. 37 do DL 1455/76:s 
Art. 37. As mercadorias estrangeiras importadas para a Zona Franca de Manaus, 
quando desta saírem para outros pontos do Território Nacional, ficam sujeitas ao 
pagamento de todos os impostos exigíveis sobre importações do exterior. (Redação 
dada pela Lei nº 8.387, de 30.12.1991) 
Parágrafo único. Excetuam-se do disposto neste artigo as hipóteses de: 
a) bagagem de passageiros; 
b) aplicação do disposto pelo artigo 7º do Decreto-lei número 288, de 28 de fevereiro 
de 1967, com a redação do artigo 1º do Decreto-lei numero 1.435, de 16 de dezembro 
de 1975; 
c) aplicação das disposições do Decreto-lei número 356, de 15 de agosto de 1968. 
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5. Habilitação dos Intervenientes no Comércio Exterior. 
O art. 3º da IN SRF 1.273/12 prescreve: 
Art. 3º Os intervenientes e suas atividades no comércio exterior serão cadastrados no 
sistema nos prazos, termos e condições definidos em ato normativo da Coordenação-
Geral de Administração Aduaneira (Coana). 
§ 1º O cadastramento dos intervenientes condiciona-se a autorização de outras 
agências ou órgãos de controle, quando previsto em legislação específica. 
§ 2º Os intervenientes estrangeiros somente poderão ser cadastrados no sistema por 
intermédio da indicação de sua representação por pessoa física ou jurídica nacional. 
§ 3º O cadastramento de pessoa física ou jurídica que ocorra na qualidade de 
representação de estrangeiro implica a identificação do respectivo representado. 
 ………………………………………………………………………………….. 
 
Habilitação do Despachante. 
Inscrição no Registro de Despachantes 
Aduaneiros. 
A IN RFB 1.273/12 assim dispõe: 
Art. 9º Os despachantes aduaneiros e os ajudantes de despachante aduaneiroserão 
inscritos, por meio do sistema CADADUANA, no Registro Informatizado de 
Despachantes Aduaneiros e de Ajudantes de Despachante Aduaneiro. 
§ 1º Os despachantes aduaneiros e os ajudantes de despachante aduaneiro incluirão, 
por meio de certificado digital, seus respectivos dados no Registro Informatizado a 
que se refere o caput, ficando sujeitos à verificação e confirmação pela RFB. 
§ 2º O número de registro do despachante aduaneiro e do ajudante de despachante 
aduaneiro corresponderá ao mesmo número do seu Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) 
na RFB. 
§ 3º A RFB disponibilizará para consulta no seu sítio, na Internet, no endereço 
<http://www.receita.fazenda.gov.br>, a lista dos despachantes aduaneiros e dos 
ajudantes de despachante aduaneiro constantes do Registro Informatizado a que se 
refere o caput. 
§ 4º O cadastro dos despachantes e ajudantes de despachante terá abrangência 
nacional. 
§ 5º Para fins de registro no sistema, um despachante aduaneiro poderá ter mais de 
um ajudante vinculado ao seu registro, mas um ajudante poderá estar vinculado 
somente a um único despachante aduaneiro. 
 
 
Ajudante de despachante aduaneiro. 
Quanto aos ajudantes de despachante aduaneiro a IN RFB 1.283/12 dispõe: 
Art. 9º Os despachantes aduaneiros e os ajudantes de despachante aduaneiro serão 
inscritos, por meio do sistema CADADUANA, no Registro Informatizado de 
Despachantes Aduaneiros e de Ajudantes de Despachante Aduaneiro. 
§ 1º Os despachantes aduaneiros e os ajudantes de despachante aduaneiro incluirão, 
por meio de certificado digital, seus respectivos dados no Registro Informatizado a 
que se refere o caput, ficando sujeitos à verificação e confirmação pela RFB. 
§ 2º O número de registro do despachante aduaneiro e do ajudante de despachante 
aduaneiro corresponderá ao mesmo número do seu Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) 
na RFB. 
§ 3º A RFB disponibilizará para consulta no seu sítio, na Internet, no endereço 
<http://www.receita.fazenda.gov.br>, a lista dos despachantes aduaneiros e dos 
ajudantes de despachante aduaneiro constantes do Registro Informatizado a que se 
refere o caput. 
§ 4º O cadastro dos despachantes e ajudantes de despachante terá abrangência 
nacional. 
§ 5º Para fins de registro no sistema, um despachante aduaneiro poderá ter mais de 
um ajudante vinculado ao seu registro, mas um ajudante poderá estar vinculado 
somente a um único despachante aduaneiro. 
Habilitação do Despachante. 
O art. 6ª da IN RFB 1.273/12 dispõe: 
5.1 – Poderão ser inscritas no Registro de Despachantes Aduaneiros as pessoas físicas 
que solicitarem formalmente e que atendam aos seguintes requisitos: 
a) comprovação de inscrição há pelo menos 2 (dois) anos no Registro de Ajudantes de 
Despachantes Aduaneiros mantido pela Receita Federal do Brasil; 
b) inexistência de pendências em relação a obrigações eleitorais e, se for o caso, 
militares; 
c) maioridade civil e nacionalidade brasileira;d) formação em ensino médio concluído 
ou equivalente (antigo segundo grau);e) não exercer cargo, emprego ou função 
pública; 
f) ter sido aprovado no Exame de Qualificação Técnica, na forma estabelecida neste 
Edital. 
5.2 – A exigência de aprovação no Exame de Qualificação Técnica, indicada na letra 
“f” acima aplica-se, inclusive, aos ajudantes de despachantes aduaneiros registrados 
após 5 de fevereiro de 2009 que, a partir da vigência da IN RFB nº 1.209/2011, 
tenham solicitado inscrição no Registro de Despachantes Aduaneiros. 
 
Vedações e Cuidados Especiais Inerentes ao 
Exercício da Profissão. 
O despachante aduaneiro tem como vedação o exercício da atividade de importador. A lei 
8.033/03 assim dispõe a respeito dos cuidados especiais: 
Art. 71 . O despachante aduaneiro, o transportador, o agente de carga, o depositário e 
os demais intervenientes em operação de comércio exterior ficam obrigados a manter 
em boa guarda e ordem, e a apresentar à fiscalização aduaneira, quando exigidos, os 
documentos e registros relativos às transações em que intervierem, ou outros 
definidos em ato normativo da Secretaria da Receita Federal, na forma e nos prazos 
por ela estabelecidos. 
 
 
Penalidades Aplicadas aos Profissionais 
Aduaneiros. 
A Lei nº 10.833, de 2003, prevê uma série de sanções às pessoas intervenientes na área 
aduaneira, citando o Despachante Aduaneiro expressamente. Existem hoje muitos diplomas 
legais nesse sentido. 
Art. 76 . Os intervenientes nas operações de comércio exterior ficam sujeitos às 
seguintes sanções: 
 
I – advertência, na hipótese de: 
 
a) descumprimento de norma de segurança fiscal em local alfandegado; 
b) falta de registro ou registro de forma irregular dos documentos relativos a entrada 
ou saída de veículo ou mercadoria em recinto alfandegado; 
c) atraso, de forma contumaz, na chegada ao destino de veículo conduzindo 
mercadoria submetida ao regime de trânsito aduaneiro; 
d) emissão de documento de identificação ou quantificação de mercadoria em 
desacordo com sua efetiva qualidade ou quantidade; 
e) prática de ato que prejudique o procedimento de identificação ou quantificação de 
mercadoria sob controle aduaneiro; 
f) atraso na tradução de manifesto de carga, ou erro na tradução que altere o 
tratamento tributário ou aduaneiro da mercadoria; 
g) consolidação ou desconsolidação de carga efetuada com incorreção que altere o 
tratamento tributário ou aduaneiro da mercadoria; 
h) atraso, por mais de 3 (três) vezes, em um mesmo mês, na prestação de informações 
sobre carga e descarga de veículos, ou movimentação e armazenagem de mercadorias 
sob controle aduaneiro; 
i) descumprimento de requisito, condição ou norma operacional para habilitar-se ou 
utilizar regime aduaneiro especial ou aplicado em áreas especiais, ou para habilitar-
se ou manter recintos nos quais tais regimes sejam aplicados; ou 
j) descumprimento de outras normas, obrigações ou ordem legal não previstas nas 
alíneas a a i ; 
 
II – suspensão, pelo prazo de até 12 (doze) meses, do registro, licença, autorização, 
credenciamento ou habilitação para utilização de regime aduaneiro ou de 
procedimento simplificado, exercício de atividades relacionadas com o despacho 
aduaneiro, ou com a movimentação e armazenagem de mercadorias sob controle 
aduaneiro, e serviços conexos, na hipótese de: 
 
a) reincidência em conduta já sancionada com advertência; 
b) atuação em nome de pessoa que esteja cumprindo suspensão, ou no interesse 
desta; 
c) descumprimento da obrigação de apresentar à fiscalização, em boa ordem, os 
documentos relativos a operação que realizar ou em que intervier, bem como outros 
documentos exigidos pela Secretaria da Receita Federal; 
d) delegação de atribuição privativa a pessoa não credenciada ou habilitada; ou 
e) prática de qualquer outra conduta sancionada com suspensão de registro, licença, 
autorização, credenciamento ou habilitação, nos termos de legislação específica; 
 
III – cancelamento ou cassação do registro, licença, autorização, credenciamento ou 
habilitação para utilização de regime aduaneiro ou de procedimento simplificado, 
exercício de atividades relacionadas com o despacho aduaneiro, ou com a 
movimentação e armazenagem de mercadorias sob controle aduaneiro, e serviços 
conexos, na hipótese de: 
 
a) acúmulo, em período de 3 (três) anos, de suspensão cujo prazo total supere 12 
(doze) meses; 
b) atuação em nome de pessoa cujo registro, licença, autorização, credenciamento ou 
habilitação tenha sido objeto de cancelamento ou cassação, ou no interesse desta; 
c) exercício, por pessoa credenciada ou habilitada, de atividade ou cargo vedados na 
legislação específica;d) prática de ato que embarace, dificulte ou impeça a ação da fiscalização aduaneira; 
e) agressão ou desacato à autoridade aduaneira no exercício da função; 
f) sentença condenatória, transitada em julgado, por participação, direta ou indireta, 
na prática de crime contra a administração pública ou contra a ordem tributária; 
g) ação ou omissão dolosa tendente a subtrair ao controle aduaneiro, ou dele ocultar, 
a importação ou a exportação de bens ou de mercadorias; ou 
h) prática de qualquer outra conduta sancionada com cancelamento ou cassação de 
registro, licença, autorização, credenciamento ou habilitação, nos termos de 
legislação específica. 
 
§ 1º As sanções previstas neste artigo serão anotadas no registro do infrator pela 
administração aduaneira, devendo a anotação ser cancelada após o decurso de 5 
(cinco) anos da aplicação da sanção

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