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09 aula forense e doping

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*
*
Análises toxicológicas aplicada à Forense
 Ana Leonor Pardo Campos Godoy
-2018.1-
UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
FACULDADE DE FARMÁCIA
*
*
Department of Forensic Medicine
Monash University
Uso de drogas no Mundo
153-300 milhões de pessoas usam drogas
Cannabis 119-224 milhões;
Anfetaminas 14,3-52,5 milhões (exceto ecstasy);
Opiáceos 13-21 milhões (heroína);
Cocaína 13,2-19,5 milhões
Há diferença entre regiões e o tipo e forma de uso de drogas
Source: UN World Drug Report 2016
Department of Forensic Medicine
Monash University
*
*
*
*
Department of Forensic Medicine
Monash University
Particularmente quando:
Suspeita-se de envenenamento;
Acidentes, batida de carro, bagunça;
Assaltos e outros casos como assassinatos;
Suicídeos;
Morte “natural” repentina ou inesperada;
Morte infantil sem causa prévia;
Morte sem causa definida;
Em 70% dos casos criminosos o agressor está sobre efeito de drogas ilícitas
Department of Forensic Medicine
Monash University
*
*
TOXICOLOGIA FORENSE
Termo relacionado a qualquer
aplicação da ciência dos
toxicantes com a finalidade de
elucidar uma investigação criminal.
*
*
Campo de ação da Toxicologia Forense
Investigação médico-legal
análises post mortem
investigação criminal
Controle antidopagem
 Testagem “forense” de drogas na urina
 - drogas de abuso no ambiente de trabalho
Caracterização de crime ambiental
 
 Sociedade de Toxicologia Forense e Academia Americana de Ciências Forenses
*
*
Principais substâncias químicas de interesse na Toxicologia Forense
*
*
Álcool etílico
Ocorrem 2 milhões de mortes/ano
*
*
Efeitos agudos do Álcool
*
*
Heroína
Opióide; 
Uso IV e pulmonar 
*
*
Cocaína
 Alcalóide 
 Anestésico Local
 Estimulante SNC 
 + Potente Natural
*
*
Maconha
Oral e pulmonar 
9THC é o principal canabinóide psicoativo
*
*
Praguicidas
Substâncias químicas, natural ou sintéticas, destinadas a matar, prevenir, repelir ou mitigar as pragas.
Homicídios: Chumbinho
Acidentes: domissanitário e crianças
*
*
Como também
Metais e Inalantes
 Depressores do SNC – BDZ
Opióides
Anfetaminas
Antidepressivos
CO e cianeto
*
*
Department of Forensic Medicine
Monash University
METHAMPHETAMINE 
853
ZOLPIDEM 
52
ECGONINE METHYL ESTER 
15
NORTHIADEN 
4
DIAZEPAM 
681
IBUPROFEN 
50
RISPERIDONE 
14
BENZHEXOL 
3
CODEINE, TOTAL 
640
FRUSEMIDE 
47
COCAETHYLENE 
14
CLOBAZAM 
3
MORPHINE, TOTAL 
625
QUININE 
47
PETHIDINE 
13
REBOXETINE 
3
6-MONOACETYLMORPHINE 
548
DOXYLAMINE 
42
LITHIUM 
13
STRYCHNINE 
3
NORDIAZEPAM 
483
BENZOYLECGONINE 
38
NORBUPRENORPHINE 
13
IMIPRAMINE 
3
AMPHETAMINE 
474
VERAPAMIL 
34
DIGOXIN 
12
IRBESARTAN 
3
D9-TETRAHYDROCANNABINOL 
320
CLOZAPINE 
31
MIANSERIN 
11
LEVETIRACETAM 
3
MDMA
274
CHOLESTEROL 
30
PHENOBARBITONE 
10
MEXILETINE 
3
PARACETAMOL 
259
DOTHIEPIN 
30
BENZTROPINE 
10
DIHYDROCODEINE 
3
TEMAZEPAM 
213
PROPOXYPHENE 
27
AMISULPRIDE 
10
NIFEDIPINE 
3
METHADONE 
204
KETAMINE 
27
NORPROPOXYPHENE 
10
NORDOXEPIN 
3
MDA
180
PROMETHAZINE 
25
HYDROCODONE 
9
FLUNITRAZEPAM 
2
CAFFEINE 
172
GLICLAZIDE 
24
HYDROXYALPRAZOLAM 
9
PROCHLORPERAZINE 
2
OXAZEPAM 
152
THIOPENTONE 
9
AMIODARONE 
2
LIGNOCAINE 
147
DESMETHYLCLOZAPINE 
9
THEOPHYLLINE 
2
MIDAZOLAM 
139
ZOPICLONE 
8
LORAZEPAM 
2
OXYCODONE 
133
MOCLOBEMIDE 
8
DESIPRAMINE 
2
METOCLOPRAMIDE 
131
NALOXONE 
8
NALTREXONE 
2
VENLAFAXINE 
130
NITRAZEPAM 
8
NORFLUOXETINE 
2
OLANZAPINE 
124
NORVERAPAMIL 
7
FENTANYL 
1
THC-COOH
124
HALOPERIDOL 
7
PAPAVERINE 
1
CITALOPRAM 
121
7-AMINOFLUNITRAZEPAM 
6
PHENCYCLIDINE 
1
MIRTAZAPINE 
119
AMYLOBARBITONE 
6
GLIBENCLAMIDE 
1
PHENYTOIN 
118
PMA
5
PIROXICAM 
1
TRAMADOL 
117
CLOMIPRAMINE 
5
PROPOFOL 
1
AMITRIPTYLINE 
117
SALICYLATE 
5
STYRENE 
1
SERTRALINE 
116
ROPIVACAINE 
5
SULFORIDAZINE 
1
PSEUDOEPHEDRINE 
111
THIORIDAZINE 
5
BICARBONATE 
1
CARBAMAZEPINE 
106
TOLUENE 
5
TRIAZOLAM 
1
ALPRAZOLAM 
102
TRICHLOROETHANOL 
5
TRIFLUOPERAZINE 
1
QUETIAPINE 
92
MDEA
5
TRIMIPRAMINE 
1
NORTRIPTYLINE 
80
PHENYLBUTAZONE 
4
COLCHICINE 
1
EPHEDRINE 
73
CLONAZEPAM 
4
CYCLIZINE 
1
FLUOXETINE 
60
HYDROMORPHONE 
4
BUPROPION 
1
CODEINE 
60
METHORPHAN 
4
ACETAZOLAMIDE 
1
VALPROIC ACID 
57
METOPROLOL 
4
Drug 
Count 
Drug 
Count 
Drug 
Count 
Drug 
Count 
Examplo de drogas investigadas no “screen” de rotina nos instituitos
6-Acetylmorphine
7-Aminoclonazepam
7-Aminoflunitrazepam
7-Aminonitrazepam
Alprazolam
Amphetamine
Benzoylecgonine
Clonazepam
Cocaethylene
Cocaine
Codeine
Diazepam
Ecgonine methyl ester
EDDP
Flunitrazepam
MDA
MDMA
Methadone
Methamphetamine
Morphine
Nitrazepam
Nordiazepam
Oxazepam
Oxycodone
Pethidine
Temazepam
Tramadol
Zolpidem
Diphenhydramine
Disopyramide
Doxylamine
Fenfluramine
Hydrocodone
Ketamine
Lidocaine
Metoclopramide
Midazolam
Nicotine
Nifedipine
Paracetamol
Phencyclidine
Phentermine
Phenytoin
Pholcodine
Propranolol
Propoxyphene
Pseudoephedrine
Quinine
Strychnine
Triazolam
Verapamil
Zopiclone
Amitriptyline
Citalopram
Clomipramine
Desipramine
Dosulepin
Doxepin
Fluoxetine
Fluvoxamine
Imipramine
Mianserin
Mirtazapine
Moclobemide
Nortriptyline
Paroxetine
Sertraline
Venlafaxine
9-OH Risperidone
Amisulpride
Aripiprazole
Buspirone
Chlorpromazine
Clozapine
Droperidol
Haloperidol
Olanzapine
Perphenazine
Pimozide
Promazine
Promethazine
Quetiapine
Risperidone
Sulpiride
Thioridazine
TrifluorperazineZuclopenthixol
Melperone
Levomepromazine
Chlorprothixene
Perazine
Zotepine
Miscellaneous I
Miscellaneous II
Antidepressants
Antipsychotics
Drugs of Abuse
Department of Forensic Medicine
Monash University
*
*
*
*
TOXICODINÂMICA
*
*
Histórico
*
*
Histórico
Condutas
COM HISTÓRICO – Busca direcionada
 - escolha da melhor matriz e do método (cocaína, inalação benzina, metal)
SEM HISTÓRICO – Busca não direcionada
 - proceder todas as marchas analíticas disponíveis no laboratório (análise toxicológica sistemática)
*
*
“O único sinal seguro de intoxicação é a identificação da substância no corpo”
Plenck - Elementa Medicine et Chirurgiae, 1781
Resultado inequívoco
Laudo irrefutável
Análises Toxicológicas
*
*
Resultado analítico confiável
Cadeia de custódia
Validação do método analítico
Interpretação do resultado
*
*
Cadeia de custódia
Procedimentos documentados que possibilitam o
rastreamento de todas as operações realizadas em cada
amostra desde sua coleta até o descarte.
É o registro administrativo de todos os passos
visando fornecer evidências defensáveis quanto à
preservação da amostra, garantia da confidencialidade e
validade dos resultados.
A cadeia de custódia estabelece uma relação única,
codificada, entre a pessoa e sua amostra biológica e
constitui prova escrita do ocorrido entre a coleta e a
emissão do resultado
*
*
Amostras post mortem para análise toxicológica
Amostra convencionais
Sangue
Urina
Conteúdo gástrico
Fígado
Amostras alternativas
Bile
Humor vítreo
Cabelo
Dente
Unha
Osso
*
*
Department of Forensic Medicine
Monash University
Diferentes tubos para propósitios específicos
H. Vitreo 
Álcool no sangue
Urina
Fluido cérebro 
espinhal
Department of Forensic Medicine
Monash University
*
*
Department of Forensic Medicine
Monash University
Department of Forensic Medicine
Monash University
*
*
Sangue post mortem
Amostra de escolha uma vez que as concentrações podem ser comparadas com dados clínicos
O sangue preferencialmente deve ser coletado da região femoral (sangue cardíaco útil em análises qualitativas)
Concentrações sangüíneas de fármacos podem aumentar após a morte – redistribuição post mortem
Este fenômeno afeta seriamente a interpretação de dados de concentração sangüínea
Outros tecidos são frequentemente utilizados para
aumentar a certeza da interpretação
Deve ser coletado de 4 a 8 mL
Coletar em frascos contendo anticoagulante (EDTA) e
 conservante (1% Fluoreto de sódio)
*
*
Sangue post mortem
(assalto facilitado por drogas)
Etanol: sangue 1,3; vítreo 1,7; urina 2,4 g/L
Triazolam (BDZ): sangue 4 µg/L
Valores de referências:
Triazolam: aprox. 1-5 µg/L; ocasionalmente até 10 µg/L.
Interpretação:
 A combinação etanol e triazolam foi suficiente para causar a morte.
*
*
Humor vítreo
Deve ser coletado em todos os exames necroscópicos
Apresenta boa estabilidade e localiza-se em região anatomicamente isolada
Mais resistente à alterações decorrentes do processo de putrefação
Coleta feita através do puncionamente da esclera
Volume de aproximadamente 2 mL em cada olho
Coletar em frascos sem a presença de aditivos ou conservantes
Após a coleta deve ser mantido sob refrigeração até a análise
*
*
Urina
Fluido utilizado frequentemente para triagem da presença de drogas de abuso
As concentrações de fármacos e metabólitos são
usualmente maiores do que em outros biofluidos e
portanto mais fáceis de detectar
Deve ser coletada todo o volume disponível
Coleta feita através do puncionamento da bexiga externamente na região do púbis ou diretamente na bexiga
Coletar em frascos sem a presença de 
aditivos ou conservantes
*
*
Fígado
Este é frequentemente o “segundo” tecido usado pelos toxicologistas
Usado em conjunto com o sangue
Dificuldades na interpretação uma vez que não existem dados controlados em situações clínicas
Amostra adicional útil
*
*
Conteúdo gástrico
O conteúdo do estômago sempre deve ser descrito pelo patologista
 -Cor, consistência, volume
Uma amostra representativa do conteúdo deve ser coletada para análise
Se partículas ou alimento estiverem presentes, coletar todo o conteúdo
Útil para determinar quantidades residuais de fármacos e venenos
Atenção: Traços de fármacos podem 
vir da excreção biliar
*
*
Morte repentina de um homem, suspeito de ter sido natural devido à existência de doença cardíaca
 - Toxicologia no sangue:
 Tramadol 1,5 μg/mL
 Nifedipina 1,0 μg/mL
 - Toxicologia no conteúdo gástrico:
 Tramadol ~ 250 mg (3 comprimidos)
 Nifedipina ~ 100 mg (5 comprimidos)
• Provável overdose, com contribuição da doença cardíaca
*
*
Cabelo
Histórico do uso de drogas
Adesão à tratamentos médicos
 Ex: metadona, buprenorfina, antipsicóticos
Programas de reabilitação – monitoramento de abstinência
Controle de drogas em local de trabalho
*
*
Modificações post mortem
Diversos processos ocorrem logo após a morte que podem alterar significativamente a concentração de
toxicantes
 – Estabilidade
 – Metabolismo
 – Redistribuição
 
• A compreensão destas modificações é importante para a interpretação de achados toxicológicos post mortem
*
*
Modificações post mortem
Alterações na estrutura e integridade celular:
 * respiração aeróbica,
 * Síntese de proteínas e enzimas,
 * Estrutura proteica = dependendo do órgão envolvido.
*
*
Morte celular
Pára a respiração aeróbica
Diminui ATP; inicia metabolismo anaeróbico
Acúmulo de ác láctico e fosfato inorgânico
Diminui o pH intracelular
Acúmulo de Na – falência bomba de Na-K ATPase
Edema celular
Degredação progressivo dos componetes cel
Entrada dos componentes extracelulares na cel
*
*
Modificações post mortem
Modificações na Farmacocinética:
 Vd
Lipofilissidade
pKa da droga 
REDISTRIBUIÇÃO
*
*
Outros fatores na redistribuição
Órgãos como: esôfago, estômago, pulmão e fígado = + próximos vasos e coração – sofrem mais redistribuição
Humor Vítreo = menos suceptível 
Drogas com elevada redistribuição tem alta relação entre as concetrações post/ante mortem
*
*
Como minimizar a redistribuição?
Coletar sangue periférico
 - Especialmente sangue femoral
 - Avaliar concentrações de metabólitos
 - Medir concentrações no fígado
 - Avaliar mais de uma especime
*
*
Processo de decomposição
 Formação de substâncias endógenas
Alterações químicas de drogas e venenos
 Degradação e formação de outras espécies
Amostras
Tecidos moles
Cabelo
Dente
Unha
Osso
Insetos
Outras (solo, roupas)
*
*
Amostras de exumação
Ossos
Cabelos
Unhas
Outras (alças e
 tecidos do caixão)
*
*
*Society of Forensic Toxicology, AAFS
*
*
Erros no laboratório – fase pré-analítica
Solicitação de amostras
Coleta das amostras biológicas
Armazenamento
Transporte
Identificação
Preparação das amostras (congelamento, descongelamento e pipetagem)
*
*
*
*
Preparo de amostras
Eliminação de interferentes
Concentração analito na amostra
Estabilização/Conservação das substâncias
*
*
Métodos de análise
*
*
Métodos de triagem
Imunoensaios
 
Colorimétrico
 - Morfina, heroína, inalantes, anfetaminas e metanfetaminas, ecstasy 
CCD
*
*
Confirmação e Quantificação
Confirmação através de 2ª técnica
(fundamento químico diferente)
Detecção do analito em diferentes matrizes biológicas
Quantificação do analito por técnica diferente
*
*
CG/MS
Morfina, heroína, inalantes, anfetaminas e metanfetaminas, ecstasy, cocaína, organofosforados
LC/MS
*
*
Department of Forensic Medicine
Monash University
Department of Forensic Medicine
Monash University
*
*Cuidados:
 origem das matérias-primas;
Técnicos treinados;
 Conhecimento da análise;
 Manuseio correto das amostras;
 Aparelhos calibrados;
 Cuidado com falsos-positivos
*
*
Interpretação dos resultados
1. A substância está presente? Qual substância?
2. Quanto desta substância está presente? Essa concentração no organismo é suficiente para causar a morte?
3. A concentração encontrada modifica o comportamento do indivíduo?
4. Como a substância foi administrada?
Klassen & Watkins, 2001
*
*
Interpretação dos resultados
TOXICOCINÉTICA 
TOXICODINÂMICA 
*
*
Interpretação dos resultados
Dados valiosos:
Epidemiológicos e 
Estatísticos
Alertando a comunidade médica quanto ao aparecimento
de novas epidemias resultantes do abuso de drogas.
*
*
Interpretação dos resultados
Ex1. Etanol
Estabilidade do Etanol nas amostras biológicas:
*
*
A concentração de etanol encontrada na análise toxicológica é devido ao consumo ou à formação após a morte?
Fatores que contribuem na elucidação
Histórico de consumo de álcool
Análise de diferentes amostras
Corpo em decomposição
(humor vítreo e urina)
*
*
Interpretação dos resultados
	Sangue (+)
	Humor vítreo (-)	 Decomposição
	Urina (-)
Análise de outros voláteis: acetaldeído e acetona
Acetaldeído  metabolismo normal
Acetona  indivíduos diabéticos ou desnutridos 
Alterações na concentração de álcool postmortem
Difusão - Estômago – outros órgãos e sangue
Amostragem - Contaminação com álcool do estômago
Decomposição - Produção de álcool
Embalsamamento - Fluido para embalsamamento
*
*
Interpretação dos resultados
Ex2: Crack
CRACK
INDIVÍDUO ABSORVE 
COC E EMA
COC
(PIRÓLISE)
*
*
Interpretação dos resultados
Ex2: Crack
Cocaína e o EMA continuam a ser degradados após a morte dificultando a determinação de potencial intoxicação
esterases promovem a hidrólise da COC e do EMA em sangue, fígado, rim, pulmões e cérebro in vivo e post mortem
 EMA: t1/2 curta sendo rapidamente distribuído para outros compartimentos, podendo ser detectado em outras matrizes, além do sangue ou plasma.
*
*
Interpretação dos resultados
Ex3: Benzodiazepínicos
Diazepam e clordiazepóxido = [2 mg/L]
Comum combinação com álcool e outras drogas = morte
Difícil interpretação:
 * instabilidade in vitro – clordiazepóxido “quebrado” em demoxepam e nordiazepma
 - clonazepam e nitrazapam (nitrocompostos) são reduzidos em seus produtos aminados
Diferentes métodos para detectá-los – dosando fármaco e
metabólito ativo
Barry Levine – Principles of Forensic Toxicology - 1999
*
*
Interpretação dos resultados
Ex4: Cocaína
 Tolerância gera altas [ ] sem aparecimento de efeitos tóxicos;
Uso Crônico – exames patológicos direciona 
Casos de falência renal + concentração sanguínea do metabólito polar (benzoilecgonina) – relatam toxicidade
Sofre hidrólise em má conservação = in vitro (dependendo da temperatura, pH e tipo de anticoagulante);
Ação de bactérias = queda da concentração
Barry Levine – Principles of Forensic Toxicology - 1999
*
*
*
*
Combinado com etanol e outras drogas; 
 Depois etanol – Maconha + acidentes carro
Sangue = valores detectados não relatam nível de comprometimento – alta meia vida;
 Levar em conta: interações;
 tolerância;
 idade e saúde;
 
Interpretação dos resultados Ex5: Maconha
Barry Levine – Principles of Forensic Toxicology - 1999
*
*
 tolerância + outras drogas = difícil dizer a responsabilidade pela causa morte;
Difícil interpretação = baixas concentrações associados a outros incidentes;
 Na ausência de causas patológicas ou anatomicas – detecção via sangue
Interpretação dos resultados Ex6: Anfetaminas
Barry Levine – Principles of Forensic Toxicology - 1999
*
*
 O laudo apresenta no mínimo:
Preâmbulo: dados gerais como autoridade requisitante, objeto do exame, data da ocorrência
Quesitos: na área criminal os quesitos são oficiais e padronizados para as principais perícias – são perguntas relevantes para o Direito
Histórico: é resumidamente os fatos geradores da perícia
Laudo Pericial 
*
*
Descrição: pormenores e etapas dos exames realizados com apresentação dos elementos colhidos no decorrer do exame - (“visum et repertum” ) 
 É A PARTE MAIS IMPORTANTE DO RELATÓRIO!
Discussão: interpretação dos fatos, diagnósticos, prognósticos – os peritos comentam os dados obtidos, discutem várias hipóteses e exteriorizam suas impressões
Conclusões: ilações e ponderações decorrentes do exame feito – é a síntese do laudo!
 Respostas aos quesitos oficiais e aos formulados – devem ser simples, breves, com o mínimo possível de palavras
Fecho ou encerramento
*
*
Concluindo...
Para garantir uma conclusão segura quanto a interpretação dos 
dados toxicológicos deve-se levar em conta:
 Histórico : o que? Onde? Quando ? Por que? e quanto?
 Escolhas adquadas das matrizes a serem analisadas
 Cadeia de Custódia
 Metodologia 
 Dados Anato-fisiológicos
*
*
Doping no esporte
UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
FACULDADE DE FARMÁCIA
*
*
“ DOPING é qualquer substância que ministrada ao organismo aumente artificialmente o seu rendimento ou performance em competições ”
O QUE VENHA A SER…
*
*
PRINCIPAIS MOTIVOS DO USO DE SUBSTÂNCIAS DOPANTES
Melhora da performance física em competições esportivas;
Depressão; 
Melhora da estética;
Alívio da dor em treinamentos
*
*
- "doping" foi mencionada pela 1° vez em 1889 em um dicionário Inglês. Descrito como uma mistura de remédios contendo ópio que foi usado para "dopar" cavalos.
 Século III a.C. - Atletas gregos da Antiguidade já utilizam o doping nos Jogos Olímpicos
1967 – O COI condenou a dopagem
1968 – Instituído o teste antidoping
 1999 - WADA
HISTÓRICO:
*
*
TIPOS DE “TRAPAÇAS”
DOPAGEM FÍSICA: 
Estimulação muscular por eletrodos, muito difícil de provar
Riscos: ruptura muscular
 DOPAGEM BIOQUÍMICA: 
Retira – se de 0,5 e 1L de sangue cerca de 30 dias antes da competição e o reinjeta na véspera. 
Riscos: Mau armazenamento do sangue pode gerar contaminações, além do risco de embolia
 DOPAGEM QUÍMICA:
Uso de substâncias sintetizadas, pré - existentes ou não no corpo humano, com objetivo de otimizar uma função específica.
Riscos: Inúmeros.
*
*
Tipos de “trapaças”
DOPAGEM GENÉTICA:
Prevê a manipulação do DNA afim de aumentar as secreções hormonais normais do ser humano com objetivo de melhorar o rendimento do atleta.
 GESTAÇÃO PROGRAMADA:
 Inoculação de espermatozódeis em mulheres três meses antes da prova principal, fazendo com que a atleta competisse ao terceiro mês de gestação, aproveitando – se do fato de que ela teria uma maior quantidade de glóbulos vermelhos no sangue.
 Após a competição era realizado o aborto.
(TÉCNICA ABANDONADA HOJE EM DIA!!!)
*
*
Manipulação do material de coleta
Aparelho provavelmente usado para manipular urina
de arremessadores em Atenas 2004
Adição de cerveja, uísque, saliva à urina coletada, alterando assim o pH da solução;
Troca da urina do atleta por uma de outra pessoa, por meio de trocas de frascos coletores
*
*
WADA ou AMA (agência mundial antidoping)
-promove,cordena e monitora – doping 
WADA consiste:
1-) Código mundial anti-doping;
2-) Lista internacional de substâncias proibídas;
3-) Padronização internacional para laboratórios;
4-) Testes padrão internacional;
5-) Padrão internacional para a proteção da informação pessoal e privada;
6-) Padrão internacional de excessões de uso terapêuticos
*
*
The 2017 prohibited list World anti-doping codeSubstâncias e métodos proibidos permanentemente (anabólicos, hormônios peptídicos e FC, agonistas beta-2, hormônios e moduladores metabólicos, diuréticos e agentes mascarantes);
Métodos proibidos (manipulação do sangue e componentes do sangue, manipulação química e física, doping genético); 
Substâncias e métodos proibidos em competição (estimulantes, narcóticos, canabinóides, glicocorticosteróides);
Substâncias proibidas em esportes específicos (álcool, beta-bloqueadores);
*
*
Padrão internacional para laboratórios
-recomenda 4 fatores:
1- sua creditação deve ser assinada na convenção da UNESCO;
2- o laboratório dever ser creditado na ISO 17025;
3- o laboratório deve ter ser avaliado com sucesso pelo corpo nacional de ISL; (ISL = padrão internacional para laboratório)
4- o laboratório deve participar do EQAS (EQAS = External quality assessment scheme)
- Validação é revisada e requerida com base na ISO 17025;
Documentação e padronização para todos laboratórios; 
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Exame Toxicológico
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Análise Toxicológica
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Coleta 
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Coleta 
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Coleta 
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MÉTODOS DE ANÁLISE
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Métodos 
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ESTIMULANTES:
Efeitos: diminuição da sensação de fadiga, aumento do estado de alerta e euforia;
Utilizados em esportes coletivos, tais como futebol, volei e basquete e em provas de longa duração, como maratonas;
Efeitos colaterais: hipertensão, taquicardia, hepatopatias, alterações renais, dependência física, convulsões, ansiedade e alterações na termorregulação. 
Substâncias e concentrações proibidas:
Efedrina – Maior que 10 μg/mL
Cafeína - Maior que 12 μg/mL Fenilpropanolamina – Maior que 25 μg/mL
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Simpatomiméticos: anfetaminas
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- Análises: GC e HPLC – MS e MS/MS
Cocaína
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Diego Maradona
Copa Mundo 1994
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- Proibida pela WADA até 2004 com limites na urina de 12µg/mL, hoje está dentre as substâncias que deve ser monitorada
Cafeína como agente de dopagem
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- Análise: extração alcalina - HPLC – UV
Van Thuyne et al, 2005 – Int. J. Sports Med. Nov 26 (9)-714-18.
 extração alcalina – CG/MS
Del Coso et al, 2011 – Appl Physiol. Nutr. Metabol. Aug 36 (4)-555-61
Cafeína como agente de dopagem
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NARCÓTICOS ANALGÉSICOS:
Efeitos: Alívio da dor
Utilizados em quase todos os esportes
Exemplos de Substâncias proibidas:
Morfina – Maior que 0,1 micrograma/mL
Heroína;
Metadona.
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DIURÉTICOS
 Classificação: inibidores da anidrase carbônica; diuréticos de alça; tiazídicos; poupadores de potássio e antagonistas da aldosterona
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DIURÉTICOS:
Exemplos de substâncias proibidas: 
Hidroclorotiazida; Clortalidona;
Bumetanida.
Encontradas em remédios específicos
Efeitos colaterais: Fadiga, Cefaléia, fraqueza, mal estar, vômitos.
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ESTERÓIDES ANABOLIZANTES
Grupo de hormônios já existentes no corpo humano, como Testosterona, estradiol, progesterona
Usados com o objetivo de aumentar a massa muscular do atlêta
Esportes que são mais utilizados: Esportes que exigem força, velocidade e explosão.
Efeitos colaterais: Hipertensão, infertilidade, maior probabilidade de ataque cardíaco, disfunção hepática, câncer, disfunção nos sitemas reprodutor masculino e feminino...
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Agentes anabólicos
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AGENTES ANABÓLICOS
Análogos da testosterona;
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Esteróides Anabolizantes
Método de Análise: Compara – se a testosterona com a epitestosterona, seu metabólito natural, se a razão entre elas for maior que 4-6 será considerado doping.
Outros exemplos famosos de esteróides: Nandrolona, Stanozolol.
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Classe de substâncias proibidas em certos esportes
 Álcool;
Canabióides;
Anestésicos locais;
 Glicocorticóides;
Beta-bloqueadores;
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ÁLCOOL
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Canabióides
Está formalmente proibida uma concentração > de 15 ng/mL de 11-nor-delta 9-tetrahydrocannabinol-9-carboxylic acid (carboxy-THC) na urina do atleta;
Uso  alteração do humor e relaxamento. 
falta provas  para as propriedades de melhoria do desempenho do cannabis + forte prova dos seus efeitos adversos nas capacidades psicomotoras e função cognitiva do utilizador. 
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Anestésicos locais
Os anestésicos locais são produtos que interferem no início e / ou na transmissão dos impulsos nervosos. 
O uso de anestésicos locais (sprays, cremes, gotas oftálmicas e para os ouvidos) não estão proibidos. 
O uso de injetáveis, não é proibido desde que administradas localmente ou por via intra-articular. 
No entanto, este tipo de procedimentos deve ser notificado antecipadamente.
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Glicocorticóides
Os corticosteróides são compostos sintéticos ou naturais relacionados com os hormônios produzidos no córtex das glândulas suprarenais. São usados com fins terapêuticos para suprimir a inflamação, asma e dor.
Está proibido = exceto em aplicação tópica (ocular, em otorinolaringologia e dermatologia) a sua aplicação e aerossóis (na asma e rinite alérgica) e em injeções locais ou intra-articulares. 
O seu uso deve ser notificado às instâncias competentes.
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BETA-BLOQUADORES
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BETA-AGONISTAS
- concentração maior que 1000 ng de salbutamol não sulfatado/mL de urina = doping. 
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Aumento da transferência de oxigênio
Doping sanguíneo
Aumento artificial da captação
 Análise citometria de fluxo – via maracador de superfície RBC
Métodos proibidos permanentemente
(em competição e fora de competição)
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 O doping genético é considerado o uso não terapêutico de células, genes e elementos gênicos que venha a aumentar o desempenho físico do atleta por meio da terapia gênica (WORLD ANTI DOPING AGENCY, 2010).
Doping genético
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In vivo:
a entrega do gene pode ser feita por métodos físicos, químicos ou biológicos, sendo este último o mais utilizado.
Neste caso, utiliza-se vírus (retrovírus, adenovírus, vírus adeno-associados, lentivírus) como vetores que são modificados biologicamente para promover a inserção do gene artificial em células de um determinado órgão ou tecido-alvo
Doping genético
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Ex vivo:
A técnica de doping genético ex vivo envolve a transferência, primeiramente, de genes para células em meio de cultura e reintrodução para o tecido alvo do atleta
Doping genético
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Hôrmonios Peptídicos
 São substâncias naturais cuja molécula é formada por dois aminoácidos ligados (um peptídeo). Sua função principal é a fixação de proteínas no organismo
Objetivo de aumentar a massa muscular
Usados em esportes de potência e força pura, como arremesso de disco, levantamento de peso, ciclismo.
Exemplos de substâncias: Gonadotrofina coriônica humana (HCG), 
Hormônio de Crescimento (HGH, somatotrofina).
Efeitos Colaterais: Diabetes e reações alérgicas
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Hormônios peptídeos e proteínas
Hormônio sintetizado pelos rins
Regula velocidade de síntese dos eritrócitos
Efeitos desejados: 
- estimular a produção de eritrócitos
- aumentar capacidade de transporte de oxigênio
Efeitos adversos:
- sangue mais denso
- fraqueza
- elevação da pressão arterial
- parada cardíaca e AVC
Eritropoetina (EPO)
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Medo para Copa 2014…
Doping genético
Fármacos
Mascarar o doping genético
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Como Fizeram?
pequena % doping no futebol
Exames prévios = perfil biológico ou passaporte biológico
Coleta surpresa;
 Análise sangue e urina;
Lab. Suíça
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Diego Maradona
Copa Mundo 1994
EFEDRINA
Rebeca Gusmão
ANABOLIZANTES
Lucimara Silvestre EPO
Romário
Finasterida
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Anderson Silva
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Escandalo Russo!!!
Por causa de um escândalo de doping, o Comitê Olímpico Internacional (COI) anunciou o banimento da Rússia dos Jogos Olímpicos de Inverno de 2018r/futebol/copa-do-mundo-2018/2018-01-14/russia-esquema-doping-copa-2018.html
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Copa mundo 2018
Jornalista que desvendou escândalo de doping na Rússia tem visto para a Copa negado
'Organizaçãodo doping na Copa da Rússia estará sob supervisão da Fifa'
testes de doping serão realizados fora da Rússia e que os atletas russos serão alvos de 'rigorosos' exames. 
Jornal denuncia esquema de doping na Copa do Mundo da Rússia
Após escândalo, Copa-2018 não terá teste antidoping realizado em solo russo... 
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 grandes avanços  ciência analítica 
 Os avanços incluíram não somente melhorias instrumentais + interpretação dos dados
Novos softwares
 
 abordagens robustas estatísticas 
Com a introdução de testes em sangue  nova ferramenta de detecção 
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3
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COI comite olimpico inernacional
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ISL = padrão internacional para laboratório
EQAS = External quality assessment scheme
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