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Sistema nervoso

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NOME: Kerolainy Stephany Silva Chaves RA: N140240
TURMA: BI3a34 
Sistema Nervoso 
O Sistema Nervoso (SN), juntamente com o Sistema Endócrino são responsáveis por capitar variações do meio interno e externo do organismo, para obter o equilíbrio interno do corpo chamado de homeostase. O sistema nervoso se divide em dois tipos de células: os neurônios que são responsáveis por recepção e transmissão de estímulos no meio interno e externo, sua estrutura é composta de um corpo celular (onde está o núcleo, o citoplasma e o citoesqueleto), e de finos prolongamentos celulares que podem ser subdivididos em dendritos (atuam como receptores de estímulos) e axônios (passam impulsos de um neurônio para o outro através da sinapse, que também se divide em dois tipos de células: células de schwann, (SNP) ou oligodendrócito (SNC). E as células da Glia (neuroglia) que são responsáveis pela nutrição e suporte para os neurônios. 
Para exercerem suas funções, existem duas propriedades fundamentais: a irritabilidade (excitabilidade ou responsividade) é a capacidade que permite a uma célula induzida a responder os estímulos, sejam eles internos ou externos. E a Condutibilidade é a resposta emitida pelos neurônios assemelha-se a uma corrente elétrica transmitida ao longo de um fio condutor, que uma vez excitados pelos estímulos, os neurônios transmitem essa onda de excitação, chamada de impulso nervoso.
O Impulso Nervoso
 A membrana plasmática do neurônio transporta alguns íons ativamente, do liquido extracelular para o interior da fibra, e outros, do interior, de volta ao liquido extracelular. Assim funciona a bomba de sódio para fora, enquanto o potássio, que bombeia o potássio é bombeado ativamente para dentro, (para cada três íons de sódio extracelular, dois são de potássio intracelular). A saída de potássio não é acompanhada pela entrada de sódio na mesma proporção, estabelece-se uma diferença de cargas elétricas entre os meios intra e extracelular, o potencial eletronegativo criado no interior da fibra, devido à bomba de sódio, é o potencial de repouso da membrana, ficando o exterior da membrana positivo e o interior negativo, então a membrana está polarizada. A entrada de sódio é acompanhada pela pequena saída de potássio. Esta inversão vai sendo transmitida ao longo do axônio, e todo esse processo é denominado onda de despolarização, os impulsos nervosos ou potenciais de ação são causadas pela despolarização da membrana.
A repolarização normalmente se inicia no mesmo ponto onde se originou a despolarização, propagando-se ao longo da fibra. Após a repolarização, a bomba de sódio bombeia novamente os íons sódio para o exterior da membrana, criando um déficit extra de cargas positivas no interior da membrana, que se torna temporariamente mais negativo do que o normal. A eletronegatividade excessiva no interior atrai íons potássio de volta para o interior (por difusão e por transporte ativo). Assim, o processo traz as diferenças iônicas de volta aos seus níveis originais.
A velocidade com a qual o potencial de ação se propaga ao longo do axônio depende de quão longe a despolarização é projetada à frente do potencial de ação, o que, por sua vez, depende de certas características físicas do axônio.
A onda de despolarização ‘’salta’’ diretamente de um nódulo para outro, não acontecendo em toda a extensão da região mielinizada (a mielina é isolante). Chamasse condução saltatória e com isso a um aumento de velocidade.
Sinapses
É um tipo de junção especializada em que um terminal axonal faz contato com outro neurônio ou tipo celular. As sinapses podem ser divididas em: Elétricas que permitem a transferência direta da corrente iônica de uma célula para outra. São especializados denominados junções gap ou junções comunicantes. Nesses tipos de junções as membranas pré-sinápticas (do axônio – transmissoras do impulso nervoso) e pós-sinápticas (do dendrito ou corpo celular – receptoras do impulso nervoso) estão separadas por apenas 3nm. Essa estreita fenda é ainda atravessada por proteínas especiais denominadas conexinas. Seis conexinas reunidas formam um canal denominado conexo, o qual permite que íons passem diretamente do citoplasma de uma célula para o de outra. E sinapses Químicas onde as membranas pré- e pós-sinápticas são separadas por uma fenda com largura de 20 a 50 nm, nessa região ocorre a passagem do impulso nervoso e é feita por substancias químicas chamadas de: neuro-hormônios (mediadores químicos ou neurotransmissores) liberadores na fenda sináptica. (as sinapses químicas também ocorrem nas junções entre as terminações dos axônios e os músculos, são chamadas de placas motoras ou junções neuro-musculares. 
Neurotransmissores 
Situam-se em três categorias: aminoácidos, aminas e peptídeos. Os neurotransmissores aminoácidos e aminas são pequenas moléculas orgânicas com pelo menos um átomo de nitrogênio, armazenadas e liberadas em vesículas sinápticas. Elas ocorrem no terminal axonal a partir de precursores metabólicos. As enzimas envolvidas na síntese são produzidas no soma (corpo células do neurônio) e transportadas até o axonal e acontece a síntese desses mediadores químicos. Já neurotransmissores peptídeos constituem-se de grandes moléculas armazenadas e liberadas em grânulos secretores. Ocorrem no reticulo endoplasmático rugoso do soma.
Diferentes neurônios no SNC liberam também diferentes neurotransmissores como: aminoácidos glutamato (GLU), gama-aminoácidos (GABA) e glicina (GLI). Outros neurotransmissores: endorfinas e encefálinas (bloqueiam a dor, agindo naturalmente no corpo como analgésico), dopamina (responsável pelas sensações de satisfação e prazer), e serotomina (regula o humor, sono, apetite etc.).
Tipos De Neurônios 
Neurônios receptores ou sensitivos (aferentes): são os que recebem estímulos sensórias e conduzem o impulso nervoso ao (SNC).
Neurônios motores ou efetuadores (eferentes): transmitem os impulsos motores.
Neurônios associativos ou interneurônios: estabelecem ligações entre os neurônios receptores e motores. 
Células Da Glia (neuroglia): tem a função de sustentar, proteger, isolar e nutrir os neurônios. Há vários tipos de células, distintas a sua morfologia, origem e funções. Distinguem-se, entre astrócitos (que é a maior célula da neuroglia e está associada em nutrir), oligodendrócitos (são responsáveis pela formação da bainha de mielina), e micróglia (constituída por células fagocitárias, análogas aos macrófagos e que participam da defesa).
Origem Do Sistema Nervoso
 O sistema nervoso origina-se da ecdoderme embrionária e se localiza na região dorsal. Em sua região anterior, o tubo neural formado sofre dilatação, dando início ao encéfalo primitivo. Em sua região posterior, o tubo neural da origem a medula espinal. Após isso o encéfalo sofre divisão e o rombencéfalo divide-se em metencéfalo (ponte e cerebelo) e mielencéfalo (bulbo). 
O Sistema Nervoso: o SNC recebe, analisa e integra informações. É o local onde a tomada de decisões e o envio de ordens. O SNP carrega informações dos órgãos sensórias para o SNC para os órgãos efetores (músculos e glândulas). 
O Sistema Nervoso Central: o SNC divide-se em encéfalo e medula. 
No SNC existe substancias cinzenta (formada pelos corpos dos neurônios) e branca (por seus prolongamentos. Os órgãos do SNC são protegidos por estruturas esqueléticas. 
Em seu desenvolvimento, o telencefalo se responsabiliza pela memória. O córtex se divide em 40 áreas funcionalmente distintas sendo algumas delas: hipotálamo, córtex olfativo, neocórtex. 
Algumas funções dos gânglios basais (núcleo agrupado) relacionadas aos movimentos: núcleo caudato, putamen, globo pálido, núcleo subtalamico. 
O Tronco Encefálico: interpõe-se entre a medula e o diencéfalo, situando-se ventralmete ao cerebelo e possui três funções gerais são: recebe informações sensitivas de estruturas cranianas, controla os nervos da cabeça, circuitos nervosos, regula a atenção. 
Cerebelo: centro do controle dos movimentos iniciados pelo córtex motor.Córtex Cerebral: funções de pensamento, movimento, linguagem, julgamento, percepção.
Cerebelo: funções de movimento, equilíbrio, postura, tônus musculas.
Tronco Encefálico: funções são de respiração, ritmo dos batimentos cardíacos e pressão arterial. 
Mesencéfalo: funções de visão, audição, movimento dos olhos e movimento do corpo.
Tálamo: funções de integração sensorial e integração motora.
Sistema Límbico: funções de comportamento, memoria, aprendizado, emoções vida vegetativa. 
Medula Espinal: atlas primeira vertebra até o nível da segunda como centro nervoso. Composta por 31 pares de nervos raquidianos que se ramificam. 
Sistema Nervoso Periférico: é formado por nervos encarregados de fazer as ligações entre o sistema central do corpo. 
 O SNP voluntários ou somático tem função reagir a estímulos provenientes dos ambientes externos, que se constituem de fibras motoras que conduzem impulsos do sistema nervoso central de uma fibra motora do SNP voluntario fica localizado dentro do SNC e o axônio vai diretamente do encéfalo ou da medula até órgão que inerva. 
O SNP autônomo ou visceral, como próprio nome diz, funciona independentemente de nossa vontade tem função regulas o ambiente dos sistemas digestórios, cardiovascular, excretor e endócrino.
O sistema nervoso autônomo divide-se em sistema nervoso simpático e sistema nervoso parassimpático.
 De modo geral, esses dois sistemas têm funções contrárias (antagônicas). Um corrige os excessos do outro. Por exemplo, se o sistema simpático acelera demasiadamente as batidas do coração, o sistema parassimpático entra em ação, diminuindo o ritmo cardíaco. Se o sistema simpático acelera o trabalho do estômago e dos intestinos, o parassimpático entra em ação para diminuir as contrações desses órgãos.
Uma das principais diferenças entre os nervos simpáticos e parassimpáticos é que as fibras pós-ganglionares normalmente dos dois sistemas secretam diferentes hormônios. O hormônio secretado pelos neurônios pós-ganglionares do sistema nervoso parassimpático é a acetilcolina, razão pela qual esses neurônios são chamados colinérgicos.
Em geral, quando os centros simpáticos cerebrais se tornam excitados, estimulam, simultaneamente, quase todos os nervos simpáticos, preparando o corpo para a atividade. Além do mecanismo da descarga em massa do sistema simpático, algumas condições fisiológicas podem estimular partes localizadas desse sistema. Duas das condições são as seguintes: - reflexos calóricos: o calor aplicado à pele determina um reflexo que passa através da medula espinhal e volta a ela, dilatando os vasos sanguíneos cutâneos. Exercício físico, o metabolismo aumentado nos músculos tem um efeito local de dilatação dos vasos sanguíneos musculares; porém, ao mesmo tempo, o sistema simpático tem efeito vasoconstritor para a maioria das outras regiões do corpo.
O Álcool e os Neurotransmissores
O etanol afeta diversos neurotransmissores no cérebro, entre eles o ácido gama-aminobutirico (GABA). Existem dois tipos de receptores deste neurotransmissor: os GABA-alfa e os GABA beta, dos quais apenas o primeiro é estimulado pelo álcool, o que resulta numa diminuição de sensibilidade para outros estímulos.
Ansiedade, Depressão e Neurotransmissores
A ação terapêutica das drogas antidepressivas tem lugar no Sistema Límbico, o principal centro cerebral das emoções. Este efeito terapêutico é consequência de um aumento funcional dos neurotransmissores na fenda sináptica, principalmente da noradrenalina, da serotonina e/ou da dopamina, bem como alteração no número e sensibilidade dos neuroreceptores. O aumento de neurotransmissores na fenda sináptica pode se dar através do bloqueio da recaptação desses neurotransmissores no neurônio pré-sináptico ou ainda, através da inibição da Monoaminaoxidase, enzima responsável pela inativação destes neurotransmissores.
Atos Reflexos
Os atos reflexos ou simplesmente reflexos são respostas automáticas, involuntárias a um estímulo sensorial. O estímulo chega ao órgão receptor, é enviado à medula através de neurônios sensitivos ou aferentes (chegam pela raiz dorsal). Na medula, neurônios associativos recebem a informação e emitem uma ordem de ação através dos neurônios motores (saem da medula através da raiz ventral). Os neurônios motores ou eferentes chegam ao órgão efetor que realizará uma resposta ao estímulo inicial. Esse caminho seguido pelo impulso nervoso e que permite a execução de um ato reflexo é chamado arco reflexo.

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