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Mário Bittencourt – 2016.1 1 Docente: Mário Bittencourt Fundamentos do Processo de Soldagem TIG Sumário 1. Descrição do Processo 2. Instalação TIG 3. Eletrodo de Tungstênio 4. Gases de Proteção 5. Metal de Adição 6. Variáveis de Soldagem 7. Aplicabilidade do Processo 8. Vantagens do Processo 9. Limitações do Processo 10. Taxa de Deposição 11. Cuidados Importantes 12. Descontinuidades 13. Bibliografia Mário Bittencourt – 2016.1 2 “Processo de união de materiais usado para obter a coalescência localizada de metais e não-metais, produzida por aquecimento (calor) até uma temperatura adequada, com ou sem a utilização de pressão e/ou material de adição.” [AMERICAN WELDING SOCIETY, “Standard Welding Terms and Definitions”. AWS A3.0M/A3.0:2010, Miami, USA, 2010.] Conceito de Soldagem Descrição do Processo A soldagem TIG é um processo manual ou automático de soldagem por arco elétrico. No processo TIG o calor necessário para a soldagem provém do arco elétrico que é estabelecido entre um eletrodo de tungstênio, não consumível, e a peça a ser soldada. Normalmente a poça de fusão é protegida da contaminação do ar da atmosfera por uma cortina de gás inerte. Mário Bittencourt – 2016.1 3 GÁS DE PROTEÇÃO FONTE DE ENERGIA TOCHA METAL DE ADIÇÃO Descrição do Processo Descrição do Processo Eletrodo de Tungstênio Bocal Passagem de Gás Arco Elétrico Metal de Adição Poça de Metal Fundido Direção da Soldagem Mário Bittencourt – 2016.1 4 Descrição do Processo FILME Descrição do Processo A abreviação TIG esta relacionada ao gás de proteção e ao eletrodo utilizado: ungsten nert as Também é conhecido pela sigla internacional GTAW, que significa “Gas Tungsten Arc Welding”, ou seja, Soldagem a Arco com Proteção Gasosa e Eletrodo de Tungstênio. T I G Mário Bittencourt – 2016.1 5 Descrição do Processo Descrição do Processo Processo TIG Processo MIG/MAG Material de adição fundido é pelo arco elétrico. Mário Bittencourt – 2016.1 6 Descrição do Processo A soldagem pode ocorrer com ou sem material de adição. Descrição do Processo SEM adição material FILME Mário Bittencourt – 2016.1 7 Descrição do Processo COM adição material Descrição do Processo O material de adição, quando utilizado, não possui revestimento e não é utilizado qualquer tipo de fluxo sobre a junta. A proteção da região em fusão é realizada pelo fluxo contínuo de gás inerte Assim, as propriedades mecânicas e metalúrgicas da solda são fornecidas pelo próprio metal de adição. Mário Bittencourt – 2016.1 8 Descrição do Processo Material de adição é fundido pelo arco elétrico. Instalação TIG 12 13 11 Mário Bittencourt – 2016.1 9 Descrição do Processo Fonte de Energia para Soldagem 1. Ligação à rede elétrica 2. Fonte de energia Gás de Proteção 3. Cilindro para gás de proteção 4. Válvula redutora de pressão com indicador de vazão Multicabo 5. Cabo de comando da tocha ou pistola 6. Condutor do gás de proteção 7. Condutor da corrente para soldagem Descrição do Processo Tocha de Soldagem 8. Tocha ou Pistola com interruptor de comando Conexão com a Peça 9. Cabo-obra (cabo de ligação à peça de trabalho) com grampo Eletrodo Tungstênio 11. Eletrodo de tungstênio Metal de Adição e Metal Base 12. Vareta TIG 13. Metal base Mário Bittencourt – 2016.1 10 Fonte de Energia Fonte de Energia O processo de soldagem TIG poderá ser utilizado, conforme o material a ser soldado, em corrente alternada ou em corrente contínua, porém em qualquer caso a fonte selecionada deve ser do tipo CORRENTE CONSTANTE. Mário Bittencourt – 2016.1 11 Fonte de Energia As curvas de características estáticas das fontes são do tipo tombante ou de corrente constante. A soldagem TIG, processo tipicamente manual, ao haver variação no comprimento do arco e consequentemente na tensão, a variação na corrente (que controla a aposição de calor no processo) será mínima. Fonte de Energia A corrente de soldagem determina a quantidade de calor proveniente do arco elétrico e, desde que ela permaneça relativamente constante, os cordões de solda serão uniformes em tamanho e em forma. Mário Bittencourt – 2016.1 12 CORRENTE x TENSÃO Devido as características construtivas do equipamento, a tensão do arco se auto ajusta (dentro dos limites da curva da Fonte de Energia). COMPRIMENTO DO ARCO ELÉTRICO Fonte de Energia A corrente permanece constante dentro dos limites da curva do equipamento. Curva tombante (corrente constante) Fonte de Energia Mário Bittencourt – 2016.1 13 Fonte de Energia A escolha da fonte de energia para o Processo TIG depende fortemente do tipo de corrente que será utilizada no processo (corrente contínua, corrente alternada, corrente senoidal, correntes de onda quadrada e corrente contínua pulsada). Abertura do Arco Elétrico Para que possa existir um arco elétrico, o espaço entre o eletrodo e a peça deve se tornar capaz de conduzir a corrente elétrica (ionizável). Isto é conseguido pelo aumento da temperatura no início da formação do arco, tornando o gás de proteção um condutor elétrico. Mário Bittencourt – 2016.1 14 G - Fonte de corrente Abertura do arco mediante contato eletrodo-peça Consiste em superaquecer a ponta do eletrodo e o gás em seu redor através de um rápido curto-circuito entre o eletrodo e a peça, através de um leve toque ou arranhadura da peça pelo eletrodo. Nos locais de abertura de arco ocorre uma taxa de transmissão de calor muito elevada e por este motivo, nesses locais, há um endurecimento localizado. Abertura do arco mediante contato eletrodo-peça Mário Bittencourt – 2016.1 15 Possibilidade inclusão de tungstênio no metal de solda, assim como aderência do metal de base ao eletrodo de tungstênio, resultando em instabilidade no arco elétrico. Recomenda-se o uso de uma chapa-apêndice para abertura do arco, evitando-se as inclusões de tungstênio. Abertura do arco mediante contato eletrodo-peça Abertura do arco mediante pulsos de alta frequência Técnica mais usual, realiza a abertura do arco através de um dispositivo auxiliar que gera pulsos em alta freqüência e alta tensão. Com a aproximação do eletrodo da peça (2 a 5mm), dependendo da regulagem da fonte de alta tensão e da temperatura anterior do eletrodo, é realizada uma descarga elétrica múltipla que ioniza o gás e permite a passagem da corrente de soldagem. Mário Bittencourt – 2016.1 16 I – Gerador de pulsos G - Fonte de corrente Abertura do arco mediante pulsos de alta frequência Com este método de abertura de arco, evitam-se as desvantagens do método anterior. Este método permite, ainda, a soldagem com corrente contínua ou alternada Abertura do arco mediante pulsos de alta frequência Mário Bittencourt – 2016.1 17 Interferência causada pela alta-frequência Abertura do arco mediante pulsos de alta frequência Efeitos da interferência causada pela alta- frequência Abertura do arco mediante pulsos de alta frequência Mário Bittencourt – 2016.1 18 Utilizar métodoadequado de aterramento. Abertura do arco mediante pulsos de alta frequência Abertura do arco Técnica Lift - Arc Em fontes de energia convencional, Litf-Arc é utilizado somente em CC. Em fontes de energia inversoras, Litf-Arc pode ser utilizado com CA e CC Mário Bittencourt – 2016.1 19 CORRENTE CONTÍNUA Na soldagem com corrente contínua o eletrodo é ligado no polo negativo. Caso haja inversão da polaridade, a ponta do eletrodo é destruída devido ao super-aquecimento desta região. A exceção do alumínio, todos os metais são soldados com corrente contínua. Tipo de Corrente e Polaridade Tipo de Corrente e Polaridade CORRENTE ALTERNADA Na corrente alternada, o arco elétrico é extinto a cada troca de polaridade, onde a tensão é nula. Por isso, a cada início de uma meia-onda, deve haver um reacendimento do arco sem contato entre o eletrodo e a peça, por meio de pulsos de alta tensão ou de alta freqüência. Mário Bittencourt – 2016.1 20 Perfil do cordão Tipo de Corrente e Polaridade Limpeza de óxido Tipo de Corrente e Polaridade Mário Bittencourt – 2016.1 21 Balanço de calor Tipo de Corrente e Polaridade Intensidade da Corrente A corrente controla a penetração. CORRENTE BAIXA MENOR PENETRAÇÃO CORRENTE ALTA MAIOR PENETRAÇÃO Mário Bittencourt – 2016.1 22 Tensão do Arco Controla o comprimento do arco. Controla a largura e altura do cordão de solda. TENSÃO ALTA CORDÃO LARGO E BAIXO TENSÃO BAIXA CORDÃO ESTREITO E ALTO Velocidade de Soldagem Influência direta sobre a penetração e acabamento do cordão de solda. Controla taxa de deposição de material. Mário Bittencourt – 2016.1 23 ALTA falta de deposição cordão estreito falta de penetração baixa resistência BAIXA excesso deposição cordão largo e alto calor concentrado empenos mordeduras Velocidade de Soldagem Ângulo da Tocha É a posição da tocha de soldagem em relação à junta, definida por dois ângulos: - transversal (positivo), quando a solda é “puxada” - longitudinal (negativo), quando a solda é “empurrada”. Mário Bittencourt – 2016.1 24 Ângulo da Tocha Posição adequada do eletrodo de tungstênio e da vareta de adição para posição plana. Gases de Proteção Mário Bittencourt – 2016.1 25 Gases de Proteção Gases de Proteção Protegem a poça de fusão da contaminação atmosférica Promovem uma atmosfera conveniente e ionizável para o arco elétrico Podem ser agrupados em quatro grupos: Inertes: Argônio, Hélio Parcialmente inertes: Nitrogênio Ativos (oxidantes): Oxigênio, Gás Carbônico Redutores: Hidrogênio Mário Bittencourt – 2016.1 26 Gases, como outras formas de matéria, têm certas propriedades, e cada gás têm propriedades que os distinguem de outros gases. A principal propriedade de um gás de proteção é a capacidade de proteger a poça de fusão da contaminação dos gases da atmosfera e Promover uma atmosfera conveniente e ionizável para o arco elétrico. Gases de Proteção Gas Argon Helium CO2 Oxygen Nitrogen Hydrogen Symbol Ar He CO2 O2 N2 H2 Purity % 99,99 99,99 99,7 99,5 99,5 99,5 Dew point 1b,°C -50 -50 -35 -35 -50 -50 Chem. reaction in welding inert inert oxydising oxydising low reactive reducing Gases de Proteção Propriedades gerais dos gases: Mário Bittencourt – 2016.1 27 Entretanto um gás que proporciona uma perfeita proteção contra o ar, não necessariamente é o melhor para o arco de soldagem. Existem, além do custo, outras propriedades que são importantes e devem ser consideradas para a escolha do gás de proteção. Densidade relativa, condutividade térmica, potencial de ionização. Gases de Proteção Considera-se a densidade do AR igual a 1. Um gás mais denso que o ar faz uma cobertura mais efetiva sobre a poça de fusão. Gases mais leves que o ar tendem a subir para longe da área de solda e vazões maiores são necessárias, a menos que a soldagem seja sobre cabeça. Densidade Relativa ao AR Mário Bittencourt – 2016.1 28 at 15°C and 1b value Density kg/m3 Relative density to air Argon 1,669 1,37 He 0,167 0,14 CO2 1,849 1,44 O2 1,337 1,04 N2 1,17 0,91 H2 0,085 0,06 Densidade e Densidade Relativa ao AR O calor do arco elétrico é inicialmente concentrado na coluna de arco entre o eletrodo e a peça. A extensão do calor transferido para a zona de soldagem depende da condutividade térmica do gás de proteção. Condutividade Térmica Mário Bittencourt – 2016.1 29 Condutividade térmica BAIXA, o arco terá a região central mais quente, o calor não se espalha radialmente no arco, resultando em uma penetração de formato de nariz. Condutividade ALTA, distribuição do calor mais uniforme, espalhando-se radialmente no arco, resultando em uma penetração de formato de concha. Condutividade Térmica ( W /c m °C ) ( °C ) 0,04 0,08 0,12 0,16 H2 Ar 0 2000 4000 6000 8000 10000 CO2 He O2 Condutividade Térmica Mário Bittencourt – 2016.1 30 HIDROGÊNIO H2 RECOMBINAÇÃO PRODUÇÃO DE ENERGIA H H H2 DISSOCIAÇÃO IONIZAÇÃO - - H H H + H + e ABSORÇÃO DE ENERGIA - e H2 Física do Arco É a decomposição de gases multiatômicos (moleculares) em seus componentes atômicos. Dependendo do gás e da temperatura do arco, parte de seus componentes serão depois ionizados. A energia necessária para manter o processo é fornecida pelo arco elétrico. N2 2 N 2N + + 2e- ESTADO MOLECULAR DISSOCIAÇÃO IONIZAÇÃO O2 2 O 2O + + 2e- Dissociação Mário Bittencourt – 2016.1 31 É a tensão necessária para remover um elétron da camada de um átomo. A proximidade do elétron com o núcleo do átomo, determina se o potencial de ionização é ALTO ou BAIXO. Potencial de Ionização BAIXO Potencial de Ionização ALTO ARGÔNIO HÉLIO Potencial de Ionização BAIXO O gás de proteção conduz melhor a energia elétrica, a abertura do arco elétrico é mais fácil e a estabilização é melhor. ALTO A tensão do arco é mais alta para uma determinada corrente e comprimento de arco, e a energia produzida é, em parte, devida ao gás de proteção. Potencial de Ionização Mário Bittencourt – 2016.1 32 Gas Dissociation energy Ionisation energy eV eV Ar -- 15,7 He -- 24,5 CO2 6,3 14,4 02 8,05 12,5 N2 9,76 15,8 H2 4,48 15,4 1 ( eV ) Energia de Dissociação e Ionização 18V 11V Relação Tensão-Corrente X Gás Proteção Mário Bittencourt – 2016.1 33 3 5 1020 30 He N2 Ar 100 10 1 Temperature P=1 b 10 °K H2 He % Condutibilidade Elétrica do Gás Plasma Baixa condutividade térmica, resultando em penetração na forma de “nariz”. Gás pesado, que tende a formar uma cobertura mais efetiva sobre a área de solda. É ionizado facilmente, com boa ignição e estabilidade de arco. Muito leve, se dissipa rapidamente, vazões altas são necessárias. Ignição difícil e estabilidade ruim do arco elétrico. Arco mais quente. Alta condutividade térmica, resultando em uma penetração tipo “concha”. 1,39 15,7 eV 0,015 0,14 24,6 eV 0,130 A R G Ô N IO H É L IO Densidade relativa Condutividade térmica1 Potencial ionização 1(cm³/0C/sec) Comparação Gases de Proteção Mário Bittencourt – 2016.1 34 Sua escolha depende: processo de soldagem material de base tipo de transferência desejado velocidade de solda Escolha dos Gases de Proteção Devem ser considerados os seguintes fatores: 1. Processo de solda 2. Material de base 3. Estabilidade do arco elétrico 4. Velocidade de solda 5. Espessura da chapa 6. Penetração 7. Geometria do cordão 8 .Acabamento Escolha dos Gases de Proteção Mário Bittencourt – 2016.1 35 Volume e composição dos fumos metálicos Influência do Gás de Proteção Processo TIG Processo ER Processo TIG Processo ER Processo TIG Geometria do cordão e o formato da penetração Velocidade de soldagem Custos de soldagem Influência do Gás de Proteção Mário Bittencourt – 2016.1 36 Aspecto do cordão de solda. Influência do Gás de Proteção Queima de elementos de liga e propriedades mecânicas. Influência do Gás de Proteção Mário Bittencourt – 2016.1 37 Eficácia do Gás de Proteção Depende de uma série de fatores, incluindo: - Peso específico do gás - Fluxo (vazão) - Tipo de junta - Diâmetro do bocal - Comprimento do arco - Superfície da peça Eficácia do Gás de Proteção Mário Bittencourt – 2016.1 38 A vazão de gás de proteção deve ser estabelecida em função de: deslocamento de ar, do tamanho do bocal e da dimensão da poça de fusão. Vazão do Gás de Proteção O slide a seguir mostra um exemplo de gráfico que é utilizado para determinar a vazão de gás de proteção necessária, em função da intensidade da corrente e do tipo de material que deverá ser protegido. Neste gráfico, o valor de vazão irá indicar o diâmetro do bocal que garantirá uma adequada velocidade para o gás de proteção. Vazão do Gás de Proteção Mário Bittencourt – 2016.1 39 Ø Bocal (mm) F o n te : D V S Corrente (A) Alumínio Aço Utilização de gráficos Modo prático: Vazão (l/min.) = Ø Bocal (mm) Vazão do Gás de Proteção Estas vazões são empíricas e devem ser adequadas em função de características próprias do tipo de junta, velocidade de soldagem, tamanho da poça de fusão, tipo de gás, posição de soldagem, etc. A utilização de uma vazão de gás excessiva, em um bocal com pequeno diâmetro, acarretará numa velocidade de saída tão alta que o fluxo gasoso deixa de ser laminar, e entra em regime turbilhonar, ocasionando o arraste de ar atmosférico para a poça de fusão. Vazão do Gás de Proteção Mário Bittencourt – 2016.1 40 Divergências podem apresentar-se em virtude dos seguintes itens: dimensão da poça de fusão zona afetada pelo calor velocidade de soldagem movimento da tocha tipo de junta Vazão do Gás de Proteção Proteção da Raiz Mário Bittencourt – 2016.1 41 Proteção da Raiz Tocha TIG Mário Bittencourt – 2016.1 42 Tocha TIG (manual) Tocha TIG (manual) Mário Bittencourt – 2016.1 43 Bocal Disponíveis em vários tamanhos e formatos para atender às mais variadas geometrias das juntas a serem soldadas. Normalmente são fabricados de material cerâmico, que é leve, isolante elétrico e suporta altas temperaturas. Porém o material é quebradiço principalmente quando aquecido. Mário Bittencourt – 2016.1 44 Bocal Bocal Bocal de vidro. Mário Bittencourt – 2016.1 45 Bocal Bocal metálico. Bocal O diâmetro do bocal deve ser grande suficiente para dar proteção adequada à poça de fusão e às vezes a zona afetada pelo calor. Como regra geral, o diâmetro interno do bocal de gás deve ser maior 1,5 vezes a largura da poça de fusão. Mário Bittencourt – 2016.1 46 Bocal Para materiais de base mais sensíveis à contaminação atmosférica como o titânio, zircônio, inconel e outros, o bocal deve ser usado com uma proteção adicional de cerca de 75 mm de comprimento. Difusores de Gás O difusor de gás é uma peça cilíndrica de metal, responsável pela distribuição do gás de proteção e pode ser encontrado em dois tipos: convencional e gás lens. CONVENCIONAL O gás de proteção é distribuído através de quatro furos de pequeno diâmetro. Mário Bittencourt – 2016.1 47 GÁS LENS O gás de proteção é distribuído uniformemente através de uma espécie de filtro metálico, fabricado em aço inoxidável. Difusores de Gás GÁS LENS Reduz a turbulência do fluxo de gás e melhora a proteção gasosa para maiores distâncias entre o bocal e a peça de trabalho. Difusores de Gás Mário Bittencourt – 2016.1 48 GÁS LENS Difusores de Gás CONVENCIONAL Características Tocha TIG Mário Bittencourt – 2016.1 49 Tipos de Tocha TIG > diversos formatos Tipos de Tocha TIG > alimentação de arame Mário Bittencourt – 2016.1 50 Tipos de Tocha TIG > alimentação de arame Tipos de Tocha TIG > soldagem automatizada Mário Bittencourt – 2016.1 51 Tipos de Tocha TIG > soldagem automatizada Tipos de Tocha TIG > soldagem automatizada Mário Bittencourt – 2016.1 52 Cabos de Solda Cabos de solda e conexões devem ser dimensionados para a corrente máxima do equipamento e o correspondente Fator de Trabalho e a distância máxima de operação. Fixação Cabo Terra Cabos de Solda Mário Bittencourt – 2016.1 53 Fixação Cabo Terra Cabos de Solda Cabos de solda em relação a corrente de soldagem e o comprimento dos cabos. Fixação Cabo Terra Cabos de Solda F o n te : w w w .e u te c ti c .c o m .b r Mário Bittencourt – 2016.1 54 Utilizar o grampo o mais próximo possível do local de soldagem. Utilizar o cabo-obra diretamente no local de soldagem, e nunca em tubulação, pontes rolantes ou em barras longas. A ligação deve ser feita em superfícies de contato limpas. Fixação Cabo Terra Garra de Aterramento Fixação Cabo Terra Garra de Aterramento Mário Bittencourt – 2016.1 55 Garra de Aterramento 4.6.1 Não é permitido a utilização de garras de aterramento fabricadas de ligas de cobre. Também, não deve haver contato de qualquer tipo entre peças de cobre (ou suas ligas) e as áreas aquecidas ou fundidas pela soldagem e tratamento térmico, excetuando-se as barras de cobre para proteção lateral da soldagem eletrogás e cobre-juntas de cobre não consumíveis em qualquer processo. Garra de Aterramento - Norma N-133 Mário Bittencourt – 2016.1 56 Garra de Aterramento Eletrodo de Tungstênio Mário Bittencourt– 2016.1 57 Eletrodo de Tungstênio É um eletrodo NÃO CONSUMÍVEL, servindo somente para estabelecer um arco elétrico, não fornecendo metal de adição para a poça de fusão. Eletrodo de Tungstênio Os eletrodos utilizados no processo TIG são de Tungstênio devido ao seu mais alto ponto de fusão dos metais (3410ºC), sendo, portanto, o material ideal para eletrodos NÃO consumíveis. São classificados pela norma AWS A-5.12. Mário Bittencourt – 2016.1 58 Eletrodo de Tungstênio Podem ser de: Tungstênio puro (99,5%), Tungstênio ligado com Tório (Th), Zircônio (Zr), Cério (Ce) ou Lantânio (La). Estas ligas melhoram a emissividade de elétrons, facilitando por exemplo, a manutenção e estabilidade do arco elétrico, conferindo características específicas para as diversas aplicações. Eletrodo de Tungstênio Composição química AWS 5.12. Mário Bittencourt – 2016.1 59 Óxido de Cério Fórmula: CeO2 Massa molar: 172,115 g/mol Densidade: 7,65 g/cm³ Ponto de ebulição: 3.500 °C Ponto de fusão: 2.400 °C Óxido de Lantânio Fórmula: La2O3 Massa molar: 325,81 g/mol Densidade: 6,51 g/cm³ Ponto de ebulição: 4.200 °C Ponto de fusão: 2.315 °C Óxido de Thório Fórmula: ThO2 Massa molar: 264,04 g/mol Densidade: 10 g/cm³ Ponto de ebulição: 4.400 °C Ponto de fusão: 3.390 °C Óxido de Zircônio Fórmula: ZrO2 Massa molar: 123,218 g/mol Densidade: 5,68 g/cm³ Ponto de ebulição: 4.300 °C Ponto de fusão: 2.715 °C Eletrodo de Tungstênio Eletrodo de Tungstênio Identificação AWS 5.12. Mário Bittencourt – 2016.1 60 Eletrodo de Tungstênio Normalmente, os diâmetros destes eletrodos variam de 1,0 a 6,4 mm e são escolhidos de acordo com a corrente que será utilizada. Eletrodo de Tungstênio TUNGSTÊNIO PURO ‐ PONTA VERDE Permite que a ponta fique limpa e arredondada que favorece a boa estabilidade em CA. Pode ser usada em CC, mas tem desgaste superior ao com Tório. É mais suscetível a contaminação da solda do que os demais eletrodos. É usado na solda de alumínio, magnésio e ligas. Disponível em: http://www.tecbrasalloys.com.br/pdf/eletrodo- tungstenio.pdf. Acesso em 10 jul.2016. Mário Bittencourt – 2016.1 61 Eletrodo de Tungstênio TUNGSTÊNIO COM TÓRIO ‐ PONTA VERMELHA É o mais usado. Tem excelente resistência à contaminação da solda. Fácil ignição e arco elétrico estável quando utilizado com CC. Usado em aço carbono, inox, cobre, bronze, níquel e titânio. Disponível em: http://www.tecbrasalloys.com.br/pdf/eletrodo- tungstenio.pdf. Acesso em 10 jul.2016. Eletrodo de Tungstênio TUNGSTÊNIO COM ZIRCÔNIO ‐ MARROM OU BRANCA Usado primordialmente em CA, oferece alta resistência a contaminação da poça. Ótima utilização em alumínio. Disponível em: http://www.tecbrasalloys.com.br/pdf/eletrodo- tungstenio.pdf. Acesso em 10 jul.2016. Mário Bittencourt – 2016.1 62 Eletrodo de Tungstênio TUNGSTÊNIO COM CÉRIO ‐ PONTA CINZA Dura um pouco mais que o tório e pode ser usado tanto em CC ou CA. Muito usado em soldas orbitais em tubos e em aplicações delicadas ou em baixa amperagem. Ele oferece um arco estável tanto em CA como em CC. Disponível em: http://www.tecbrasalloys.com.br/pdf/eletrodo- tungstenio.pdf. Acesso em 10 jul.2016. Eletrodo de Tungstênio TUNGSTÊNIO COM LANTÂNIO – PONTA AZUL Este tipo de eletrodo é muito similar ao Cério. Tem boa resistência ao desgaste. Excelente performance tanto em CC como CA e em correntes elevadas, portanto é a melhor escolha para evitar vários tipos de eletrodos. Disponível em: http://www.tecbrasalloys.com.br/pdf/eletrodo- tungstenio.pdf. Acesso em 10 jul.2016. Mário Bittencourt – 2016.1 63 Eletrodo de Tungstênio Diâmetro X corrente de soldagem. Diâmetro do Eletrodo de Tungstênio Fonte: ESAB Diâmetro do eletrodo X corrente de soldagem. Mário Bittencourt – 2016.1 64 Ângulo da Ponta do Eletrodo de Tungstênio Um fator importante por analisar é o ângulo da ponta do eletrodo, que tem grande influência no formato do cordão de solda, afetando a sua largura e penetração. Ângulo da Ponta do Eletrodo de Tungstênio Mário Bittencourt – 2016.1 65 AFIAÇÃO DA PONTA DO ELETRODO O eletrodo é afiado, geralmente, por meio de esmerilhamento. Em casos especiais, os riscos do esmerilhamento são retirados mediante polimento. Ângulo da Ponta do Eletrodo de Tungstênio Ângulo da Ponta do Eletrodo de Tungstênio AFIAÇÃO DA PONTA DO ELETRODO Mário Bittencourt – 2016.1 66 Ângulo da Ponta do Eletrodo de Tungstênio AFIAÇÃO DA PONTA DO ELETRODO Na soldagem com CORRENTE CONTÍNUA e POLARIDADE NEGATIVA (eletrodo no pólo negativo), recomenda-se a afiação abaixo. Ângulo da Ponta do Eletrodo de Tungstênio Mário Bittencourt – 2016.1 67 Na soldagem com CORRENTE ALTERNADA, em diâmetros iguais ou superiores a 1,6 mm, recomenda-se a afiação abaixo. Durante a soldagem, forma-se uma esfera (calota) na extremidade do eletrodo. Ângulo da Ponta do Eletrodo de Tungstênio Ângulo da Ponta do Eletrodo de Tungstênio Sugestão de corrente de soldagem X ângulo ponta do eletrodo. Fonte: ESAB Mário Bittencourt – 2016.1 68 Vazão insuficiente do gás de proteção; Soldagem realizada em CCPI; Diâmetro do eletrodo inadequado para a corrente requerida; Contaminação do eletrodo; Oxidação do eletrodo durante o resfriamento; Utilização de gás contaminado com oxigênio ou CO2; Consumo Excessivo do Eletrodo de Tungstênio Metal de Adição Mário Bittencourt – 2016.1 69 Metal de Adição Em alguns casos pode NÃO ser necessário, dependendo de alguns fatores, como espessura da chapa, necessidade de reforço no cordão, etc. Quando utilizado, pode ser aplicado, manualmente, por meio de uma vareta, ou alimentado continuamente (arame), aumentando com isto a deposição do metal, que é baixa neste processo. Uma variedade muito grande de metais e ligas é empregada na soldagem TIG. O metal de adição é, normalmente, similar ao metal de base, acrescido de desoxidantes. Os arames e varetas para a soldagem TIG são classificados pela AWS de acordo com o tipo de metal de base e o processo de soldagem utilizado. Metal de Adição Mário Bittencourt – 2016.1 70 E R 70 S - 3 Eletrodo Vareta Composição Química do Arame Eletrodo ou Vareta Arame ou Vareta Sólido Limite de Resistência à Tração do Metal de Solda (múltiplo de 1000 psi) Vareta para soldagem TIG dos aços carbono comum (AWS A5.18) Metal de Adição Mário Bittencourt – 2016.1 71 Especificação ASME: A American Society of Mechanical Engineers (ASME) utiliza na íntegra as especificações de eletrodos da AWS adicionando as letras SF antes do número da especificação. Então, a especificação AWS A5.18 transforma- se na especificação ASME SFA5.18 Tanto a classificação quanto os requisitos são os mesmos. Metal de Adição Marca comercial Classificação AWS e ASME Metal de Adição Mário Bittencourt – 2016.1 72 Marca comercial Norma classificação Classificação AWS Metal de Adição Metal de Base Mário Bittencourt – 2016.1 73 É indicado para a soldagem de alumínio e suas ligas, ligas de titânio, zircônio, magnésio e dos aços inoxidáveis.Aplicabilidade do Processo Soldagem de Alumínio Antes da soldagem do alumínio, retirar a camada de óxido mediante o esmerilhamento ou escovamento. Esse procedimento é indispensável, porque a camada de óxido tem um ponto de fusão muito alto. Aplicabilidade do Processo Mário Bittencourt – 2016.1 74 Não é indicado para a soldagem de metais de baixo ponto de fusão, tais como ligas de zinco, chumbo e estanho. Aplicabilidade do Processo Fonte: http://www.if.ufrgs.br/cref/amees/tabela.html Aplicabilidade do Processo O alto ponto de fusão do tungstênio permite alta temperatura e concentração de calor, produzindo zona fundida e zona termicamente afetada estreitas. 20000 K 300 K 2000 K 10000 K 5000 K 19727ºC 9727ºC 4727ºC 1727ºC 27ºC Mário Bittencourt – 2016.1 75 O Processo de Soldagem TIG é utilizado normalmente para a soldagem de pequenas espessuras e para passes de raiz em juntas que serão completadas por outros processos. Pode ser utilizado em todas as posições de soldagem. Aplicabilidade do Processo Pode-se manipular correntes baixas (diferentemente de outros processos a arco) que permitem soldagens de chapas finas na faixa de décimos de milímetros. Aplicabilidade do Processo Mário Bittencourt – 2016.1 76 Ideal para casos onde é necessário controle do calor cedido a peça Ideal para reparar pequenas cavidades Aplicabilidade do Processo Instalação TIG Gás de Proteção Eficácia Gás de Proteção Fonte de Energia Tocha Eletrodo de Tungstênio Cabos Metal de Adição Metal de Base Mário Bittencourt – 2016.1 77 Automatização do Processo Tocha rígida Alimentação contínua de arame Integração dos comandos no painel de controle Acesso a diâmetros pequenos no interior das peças Automatização do Processo Mário Bittencourt – 2016.1 78 Automatização do Processo Automatização do Processo Mário Bittencourt – 2016.1 79 Automatização do Processo Automatização do Processo Mário Bittencourt – 2016.1 80 Automatização do Processo Automatização do Processo Mário Bittencourt – 2016.1 81 Automatização do Processo Revestimento interno e externo Automatização do Processo Revestimento interno e externo Mário Bittencourt – 2016.1 82 Os cabeçotes orbitais são destinados à automatização da soldagem de tubos em situações onde o mesmo não permite ser rotacionado e/ou em locais onde o espaço é restrito. TIG Orbital TIG Orbital Mário Bittencourt – 2016.1 83 TIG Orbital TIG Orbital Mário Bittencourt – 2016.1 84 TIG Orbital http://www.fronius.com/cps/rde/xchg/SID-F46EB9FE-2E3EBC47/fronius_brasil/hs.xsl/40_3159.htm TIG Orbital Mário Bittencourt – 2016.1 85 Vantagens e Limitações do Processo Vantagens do Processo Versatilidade, solda praticamente todos os metais com ou sem metal de adição. Fácil automatização Zona Termicamente Afetada – ZTA reduzida devido a área da zona em fusão ser pequena Mário Bittencourt – 2016.1 86 Excelente qualidade do cordão de solda Não há formação de escória Vantagens do Processo Perfeita visibilidade da poça de fusão Baixa emissão de fumos e ausência de escória Fácil estocagem e manuseio dos consumíveis Vantagens do Processo Mário Bittencourt – 2016.1 87 Limitações do Processo Equipamento mais complexo Aplicações ao ar livre mais limitadas Baixa produtividade Possibilidade de inclusões duras e frágeis de tungstênio. Exposição do metal de adição aquecido ao ar atmosférico pode contaminar a poça de fusão. Necessário maior habilidade do soldador. Materiais de consumo caros (gases, eletrodos, peças, etc). Massa de material depositado por unidade de tempo. Sempre maior na posição plana. Aumenta com a corrente de soldagem. TIG 0,2 a 1,3 kg/h Eletrodo Revestido 1 a 3 kg/h MIG-MAG 2 a 6 kg/h Arco Submerso 5 a 12 kg/h Twin-arc 10 a 25 kg/h Tandem-arc 12 a 30 kg/h Taxa de Deposição Mário Bittencourt – 2016.1 88 FILME Taxa de Deposição Taxa de Deposição Mário Bittencourt – 2016.1 89 Hot Wire O arame eletrodo é pré-aquecido por resistência por uma fonte de energia em separado e funde no arco TIG. Uma vez que se pode regular a corrente para o arco TIG separadamente da corrente para o aquecimento do arame eletrodo, a taxa de deposição e a diluição são influenciáveis. Hot Wire Mário Bittencourt – 2016.1 90 Hot Wire Processo GTAW pulsado, com arame quente (hot wire), automático h tt p s :/ /w w w .l in k e d in .c o m /p u ls e /o v e rl a y -e m - % C 3 % A 1 re a -d e -v e d a % C 3 % A 7 % C 3 % A 3 o - a n n e lis e -z e e m a n n ? tr k = m p -r e a d e r- c a rd Hot Wire Mário Bittencourt – 2016.1 91 Hot Wire FILME Descontinuidades Ligadas ao Processo Mário Bittencourt – 2016.1 92 Descontinuidade é a interrupção das estruturas típicas de uma peça, no que se refere à homogeneidade de características físicas, mecânicas ou metalúrgicas. Não é necessariamente um defeito. A descontinuidade só deve ser considerada defeito, quando, por sua natureza, dimensões ou efeito acumulado tornar a peça inaceitável por não satisfazer os requisitos mínimos da norma técnica aplicável. [PETROBRAS, “Descontinuidades em Juntas Soldadas, Fundidos, Forjados e Laminados”. N-1738 Revisão C, Brasil, 2009. Descontinuidades Descontinuidades - POROS Vazio formado pelo aprisionamento de gás durante a solidificação. Pode ser esférico ou cilíndrico (alongado). Mário Bittencourt – 2016.1 93 Descontinuidades - POROS Vazão insuficiente do gás de proteção. Descontinuidades - POROS Vazão excessiva do gás de proteção, provocando turbilhonamento do gás Mário Bittencourt – 2016.1 94 Vazão excessiva do gás de proteção, provocando turbilhonamento do gás Descontinuidades - POROS Deslocamento da atmosfera protetora causada pela penetração do ar atmosférico com velocidade acima de 1m/s Descontinuidades - POROS Mário Bittencourt – 2016.1 95 Bocal da pistola muito pequeno Recomenda-se utilizar bocal da pistola, aproximadamente, 1,5 vezes a largura da poça de fusão. Descontinuidades - POROS Absorção do ar pela inclinação excessiva da tocha. Descontinuidades - POROS Afastamento demasiado entre a pistola e a peça Mário Bittencourt – 2016.1 96 Penetração da água nos condutores do gás de proteção devido a não vedação do sistema de refrigeração da pistola. Descontinuidades - POROS Impurezas, graxa, óleo, camadas de proteção do metal de base (tintas) ou umidade na região do cordão de solda. Descontinuidades - POROS Mário Bittencourt – 2016.1 97 Turbilhonamento do gás de proteção e absorção do ar pela utilização do bocal da pistola danificado. Descontinuidades - POROS Vazamento em tubulações e acessórios - verificar sempre mangueiras, reguladores de pressão e conexões para evitar aspiração de ar através de vazamentos. Vazamento nas tochas - qualquer saída de gases, é também umaentrada de impurezas. Descontinuidades - POROS Mário Bittencourt – 2016.1 98 Inclusões de tungstênio agem como entalhes no cordão de solda. Na superfície, podem produzir corrosão. - Contato do eletrodo de tungstênio quente com a poça de fusão. - Contato do eletrodo de tungstênio quente com a vareta. Descontinuidades – Inclusão Metálica - Sobrecarga no eletrodo de tungstênio com corrente contínua (pólo positivo ligado ao eletrodo). - Sobrecarga no eletrodo de tungstênio com corrente alternada. Descontinuidades – Inclusão Metálica Mário Bittencourt – 2016.1 99 - Faces do chanfro oxidadas; vareta oxidada; limpeza inadequada entre passes. Descontinuidades – Inclusão de Óxidos - Retirada da vareta de solda aquecida da zona protegida pelo gás de proteção, durante o movimento de alimentação da vareta. - Preparação inadequada da junta, com altura da face da raiz (nariz do chanfro) muito grande, pode favorecer a inclusão de óxidos próximo da raiz do cordão. - Recomendação: quebrar as arestas inferiores da face da raiz (alumínio). Descontinuidades – Inclusão de Óxidos Mário Bittencourt – 2016.1 100 - Oxidação na raiz, especialmente em aços de baixa liga, inoxidáveis, titânio etc. - Falta de gás de purga (proteção da raiz) Descontinuidades – Inclusão de Óxidos Falhas no Equipamento de Soldagem Arco elétrico instável causado por falhas no poli cabo da tocha e no cabo-obra devido a ruptura das linhas com curvas acentuadas. Mário Bittencourt – 2016.1 101 Falhas no Equipamento de Soldagem Falhas de contato elétrico devido a fixação do cabo- obra frouxo ou oxidado, provocando alta resistência elétrica no ponto de mau contato, acarretando dificuldades na abertura do arco elétrico e a sua manutenção estável. Falhas no Equipamento de Soldagem Falhas nas mangueiras do gás de proteção e do líquido de refrigeração da tocha, devido a pontos estrangulados sob rodas, peças pesadas ou pisadas, como também com dobras acidentais causando porosidade na junta soldada. Mário Bittencourt – 2016.1 102 Falhas no Equipamento de Soldagem Falha na ventilação forçada da fonte de energia, superaquecendo os dispositivos elétricos e eletrônicos, acarretando em mau funcionamento do equipamento. Falhas no Equipamento de Soldagem Falhas devido aos entupimentos dos canais de refrigeração da tocha, em função da má qualidade do fluido de refrigeração (incrustações ou partículas desagregadas da borracha das mangueiras). Mário Bittencourt – 2016.1 103 Falhas no Equipamento de Soldagem Falhas no sistema de pré-fluxo do gás de proteção devido a regulagem incorreta ou válvulas defeituosas, provocando inadequada proteção ao eletrodo de W e da poça de fusão contra a contaminação atmosférica. Cuidados Importantes Treinamento dos soldadores, Escolha do gás de proteção mais adequado ao metal de base, Apontamento correto do eletrodo de tungstênio, Limpeza das juntas, Manipulação da tocha, Manutenção preditiva e corretiva dos equipamentos e acessórios. Mário Bittencourt – 2016.1 104 Bibliografia SILVA, F. J. G., Tecnologia da soldadura, 1 ed., Porto, PRT, Editora Publindústria, 2014. SENAI-SP, Soldagem, 1 ed., São Paulo, SP, Editora SENAI-SP, 2013. WAINER, E.; BRANDI, S.; MELLO, F., Soldagem: processos e metalurgia, São Paulo, SP, Editora Blucher, 2013. MARQUES, P. V.; MODENESI, P. J.; BRACARENSE, A. Q., Soldagem fundamentos e tecnologia, 3 ed., Belo Horizonte, MG, Editora UFMG, 2009. AMERICAN WELDING SOCIETY, “Gas Tungsten Arc Welding”. In: Welding Handbook, 9 ed., v.2, chapter 3, Miami, USA, 2004. MACHADO, I. G., Soldagem e Técnicas Conexas - Processos, 1 ed., Porto Alegre, RS, Editado pelo autor, 1996.
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