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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS INTRODUÇÃO À FILOSOFIA DO DIREITO LARA MARIA DE ALMEIDA PAZ Trabalho referente ao complemento da nota da primeira avaliação São Luís 2018 Quais são as diferenças e semelhanças na noção de justiça entre Sofistas, Sócrates, Platão e Aristóteles? O movimento sofistico surgiu concomitante à estabilização da democracia grega, quando houve a importância da oratória para o exercício da cidadania na pólis. A partir desse momento, os sofistas acreditavam que a noção de justiça era igual à lei. Logo, se está na lei é justo e fora dela é injusto, princípio presente também na filosofia positivista atual. De acordo com essa linha de raciocínio, a lei é produto dos homens e não tem caráter natural, visto que em sociedades diferentes há um conjunto legislativo diferente, portanto é mutável, relativo. Sócrates criticava os sofistas pela sua postura mercadológica do saber, vendendo seus conhecimentos a quem pagasse mais. Segundo ele, lei seria um apanhado de sentenças que deveriam ser obedecidas independente de serem justas ou não, pois, “o direito aparece como instrumento humano de coesão social, que visa a realização do bem comum” (Bittar e Almeida, curso de filosofia do direito, página 104). Por esse motivo, Sócrates aceitou resignado a pena de morte que lhe foi instituída, mostrando a relatividade das leis da justiça ateniense. Platão foi discípulo de Sócrates e, em função de presenciar a pena de morte sentenciada por um julgamento injusto ao seu Mestre, discorreu sobre a justiça de forma diferente. A justiça platônica se divide em duas: a justiça humana, imperfeita, relativa e ineficaz e a justiça divina, absoluta e perfeita para além da realidade terrena. Assim, “a justiça não pode ser tratada unicamente do ponto de vista humanos terreno e transitório; a justiça é questão metafísica, e possui raízes no Hades, onde a doutrina da paga vige como forma de Justiça Universal” (Bittar e Almeida, curso de filosofia do direito, página 120). Aristóteles traz sua noção de justiça como sendo aquilo que esta de acordo com a lei e esta, por sua vez, como uma prescrição de caráter genérico e que a todos engloba, com o fim destinado ao bem da comunidade, ou seja, o bem comum. Segundo ele, a aplicação da equidade também faz se necessária porque, mesmo que as leis sejam destinadas ao bem comum, estas aplicam-se a conteúdos genéricos, sem descrever as particularidades de cada caso, aplicando, dessa maneira, injustiça na própria justiça legal (conjunto de disposições vigentes quebrem existência definida pelo próprio legislador). Diante do exposto, a principal semelhança entre as noções de justiça aqui apresentadas é a afirmação de que o fenômeno jurídico é humano, independentemente da sua eficácia. Mesmo que com suas particularidades, todos os filósofos tratados concordam que existe uma justiça humana e esta rege a sociedade em busca do Bem Comum.
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