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Proibidos de exercer empresa

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Proibidos de exercer empresa
De acordo com o art. 966 do Código Civil, que trata a respeito da caracterização e da inscrição do empresário “considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços”. 
Da interpretação do artigo podemos extrair algumas características essenciais do empresário, uma delas é o profissionalismo; que diz que o empresário deve exercer habitualmente e de forma pessoal o que a empresa faz e deter o conhecimento sobre aquilo. Essa empresa deve visar a produção ou a circulação de bens ou serviços e através deles obter o lucro. Outra característica é a organização, que se dá por meio de três fatores: capital, mão de obra, insumos(matéria prima) e o investimento em Tecnologia.
Entretanto, há uma ressalva no próprio artigo, em seu Parágrafo único “não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se constituir elemento de empresa. Além disso, existem os proibidos de exercer empresa, previstos o Art. 972 do CC “podem exercer a atividade de empresário os que estiverem em pleno gozo da capacidade civil e não forem legalmente impedidos”, como prevê o Art. 54, II, a da Constituição Federal “Os Deputados e Senadores não poderão... ser proprietários, controladores ou diretores de empresa que goze de favor decorrente de contrato com pessoa jurídica de direito público, ou nela exercer função remunerada”;
Arts. 147 § 1º e 159 § 2º da Lei n. 6,404 (Lei de Sociedades Anônimas)
-147 § 1º. São inelegíveis para os cargos de administração da companhia, as pessoas impedidas por lei especial, ou condenadas por crime falimentar, de prevaricação, peita ou suborno, concussão, peculato, contra a economia popular, a fé pública ou a propriedade ou a pena criminal que vede, ainda que temporariamente, o acesso a cargos públicos.
 -159. Compete à companhia, mediante prévia deliberação da assembleia geral, a ação de responsabilidade civil contra o administrador, pelos prejuízos causados ao seu patrimônio...
§ 2º. O administrador ou administradores contra os quais deve ser proposta a ação ficarão impedidos e deverão ser substituídos na mesma assembléia.
Há também o Art. 181 da Lei n. 11.101 de 9-2-2005, lei especial sobre Falências e a Lei n. 8.212/91 em seu Art. 95, § 2°, d que determina que os devedores do INSS também não poderão exercer atividade empresarial.
No campo da Doutrina
Rocha Filho em seu livro trata a respeito dos servidores públicos civis federais, (Lei n.º 8.112/90, art. 117, inciso X), estaduais e municipais
“É a necessidade de não se distrair dos deveres de seu cargo, a conveniência de manter o prestígio e a dignidade de certas autoridades – que uma declaração de falência, por exemplo, poderia comprometer seriamente – e os perigos do abuso e do monopólio que orientam, em suma, a incompatibilidade.”
“Art. 117. Ao servidor é proibido: X - participar de gerência ou administração de sociedade privada, personificada ou não personificada, exercer o comércio, exceto na qualidade de acionista, cotista ou comanditário; Parágrafo único. A vedação de que trata o inciso X do caput deste artigo não se aplica nos seguintes casos: I - participação nos conselhos de administração e fiscal de empresas ou entidades em que a União detenha, direta ou indiretamente, participação no capital social ou em sociedade cooperativa constituída para prestar serviços a seus membros; e II - gozo de licença para o trato de interesses particulares, na forma do art. 91 desta Lei, observada a legislação sobre conflito de interesses.” 
Fábio Ulhôa em seu livro “Manual de direito comercial” escreve a respeito do Falidos não reabilitados.
“De acordo com a Lei nº 11.101, de 9 de Fevereiro de 2005 regula a recuperação judicial, a extrajudicial e a falência do empresário e da sociedade empresária. Os falidos não reabilitados, pelo fato de não terem recuperação judicial ou extrajudicial, sendo a perda seus bens e até a administração deles, são considerados parte da massa falida. E por esse motivo, não poderão exercer a atividade empresarial até sua reabilitação que é decretada pelo juiz. Caso essa falência seja por condenação de fraude ou ainda respondendo por crime falimentar, como está disposto no art. 138 e no art. 197 dessa mesma Lei com o Decreto Lei nº 7.661, não bastará à declaração de extinção das obrigações para se tornar reabilitado, necessita após decurso do prazo legal a reabilitação penal (COELHO, 1959).”
 
“Art. 197. A reabilitação extingue a interdição do exercício do comercio, mas somente pode ser concedida após o decurso de três ou de cinco anos, contados do dia em que termine a execução, respectivamente, das penas de detenção ou de reclusão, desde que o condenado prove estarem extintas por sentença suas obrigações.”
 
O Art. 972 do Código Civil especifica que para exercer atividade empresarial, deve-se estar em pleno gozo da capacidade civil, o que descarta a possibilidade de um jovem menor de dezoito anos e não emancipado constituir empresa. Além disso, também existem os ébrios habituais, os viciados em tóxicos, deficientes mentais, pessoas excepcionais, que são os sem desenvolvimento completo, os Pródigos que no Direito Civil são pessoas que gastam sem moderação, comprometendo seu patrimônio, e por fim, os Índios, na medida em que são assistidos, na prática de determinados atos, pela FUNAI.
Microempresa e Empresa de pequeno porte
A Lei complementar n. 123, de 14 de dezembro 2006, que trata sobre o Estatuto da Microempresa e Empresa de Pequeno porte dispõe seu Art. 3° da definição de microempresa e de empresa de pequeno porte. 
“Para os efeitos desta Lei Complementar, consideram-se microempresas ou empresas de pequeno porte a sociedade empresária, a sociedade simples, a empresa individual de responsabilidade limitada e o empresário a que se refere o Art. 966 da Lei n. 10,406, de 10 de Janeiro de 2002 (Código Civil), devidamente registrados no Registro de Empresas Mercantis ou no Registro Civil de Pessoas Jurídicas, conforme o caso, desde que:
I - no caso da microempresa, aufira, em cada ano-calendário, receita bruta igual ou inferior a R$ 360.000,00 (trezentos sessenta mil reais); e 
II – no caso de empresa de pequeno porte, aufira, em cada ano-calendário, receita bruta superior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais) e igual ou inferior a R$ 4.800.000,00 (quatro milhões e oitocentos mil reais).
Além disso esses tipos de empresas tem tratamento diferenciado, graças ao Art. 170 da CF “A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados os seguintes princípios: [...]
IX - tratamento favorecido para as empresas de pequeno porte constituídas sob as leis brasileiras e que tenham sua sede e administração no País.
Art. 179. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios dispensarão às microempresas e às empresas de pequeno porte, assim definidas em lei, tratamento jurídico diferenciado, visando a incentivá-las pela simplificação de suas obrigações administrativas, tributárias, previdenciárias e creditícias, ou pela eliminação ou redução destas por meio de lei.
	
A Lei complementar n. 123 serviu para regulamentar um princípio já existente na Constituição que garante o tratamento diferenciado referente à apuração e ao recolhimento de impostos destas empresas, o que impulsionou o crescimento e o desenvolvimento das mesmas na economia brasileira.
Para Ana Paula Rocha Bonfim:
“A lei geral das microempresas, também conhecida como Super Simples, passa efetivamente a contribuir para a construção de um ambiente sustentável para o desenvolvimento e crescimento dos pequenos negócios com a garantia efetiva de um tratamento jurídico diferenciado, simplificado e favorecido, através da regulamentação do texto constitucional”.Além desses benefícios, essas empresas também podem usufruir de algumas facilidades no processo de abertura, registro e baixa, que estão descritas e regulamentadas no Art. 4°, § 1°, I e § 3º do Estatuto da Microempresa “O processo de abertura, registro, alteração e baixa da microempresa e empresa de pequeno porte, bem como qualquer exigência para o início de seu funcionamento, deverão ter trâmite especial e simplificado, preferencialmente eletrônico, opcional para o empreendedor, observando o seguinte:
I – poderão ser dispensados o uso da firma, com a respectiva assinatura autógrafa, o capital, requerimentos, demais assinaturas, informações relativas ao estado civil e regime de bens, bem como remessa de documentos, na forma estabelecida pelo CHSIM; 
§3°. Ressalvando o disposto nesta Lei Complementar, ficam reduzidos a 0 (zero) todos os custos, inclusive prévios, relativos à abertura, á inscrição, ao registro, ao funcionamento, ao alvará, á licença, ao cadastro, às alterações e procedimentos de baixa e encerramento e aos demais itens relativos ao Microempreendedor Individual, incluindo os valores referentes a taxas, a emolumentos e a demais contribuições relativas aos órgãos de responsabilidade técnica, de vistoria e de fiscalização do exercício de profissões regulamentadas.
Todas essas facilidades estabelecidas pela Constituição Federal são intencionalmente para que o desenvolvimento dessas empresas promova o desenvolvimento nacional, por meio de seu crescimento econômico, geração de empregos, circulação de bens e serviços e etc.
Referências Bibliográficas
Proibidos de exercer empresa:
https://luizuchoas2010.jusbrasil.com.br/artigos/254538913/impedimentos-de-ser-empresario
ROCHA FILHO, José Maria. Curso de direito comercial. 3º edição – Belo Horizonte: Del Rey, 2004.
COELHO, Fábio Ulhôa, 1959. Manual de direito comercial. 12º edição – São Paulo: Saraiva, 2000.
Microempresa e Empresa de pequeno porte:
https://menezeseguimaraesadvocacia.jusbrasil.com.br/artigos/116490691/o-tratamento-diferenciado-das-micro-e-pequenas-empresas-me-e-empresas-de-pequeno-porte-epp-no-certame-licitatorio
BOMFIN, Ana Paula Rocha do. Comentários ao Estatuto Nacional das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte – LC 123/2006. 1. Ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2007, p.2.

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