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Músculos da cabeça (mandibulares e específicos) - veterinária

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MÚSCULOS MANDIBULARES 
Compreendem os músculos da mastigação e os músculos superficiais do espaço mandibular. Eles são inervados pelo nervo mandibular que é o terceiro ramo do primeiro nervo braquial, o nervo trigêmeo (nervo craniano V). Esse grupo é responsável pelos movimentos da mandíbula necessários para a mastigação e também cobre o espaço mandibular e o aparelho hioide ventralmente. 
Eles são:
- Músculos da Mastigação:
Costumam ser fortes e apresentar variações específicas conforme a espécie devido à diferente anatomia do aparelho mastigatório completo. 
Masseter: É um músculo multipenado largo com intersecções tendíneas múltiplas. Se origina da margem ventral do arco zigomático e da crista facial e se insere na face lateral da mandíbula e região intermandibular. Tem como função elevar e conduzir lateralmente a mandíbula. Flexão da articulação têmporomandibular.
Carnívoros: Neles o músculo é separado em 3 camadas (superficial, média e profunda) por lâminas tendíneas. A parte superficial é a mais resistente e se origina da metade rostral do arco zigomático, passa caudoventralmente sobre o ramo da mandíbula e se insere parcialmente na face ventrolateral da mandíbula. O restante do músculo contorna a margem ventral da mandíbula e o processo angular até se inserir no lado ventromedial, onde cobre o músculo digástrico. A camada média é a parte mais fraca do músculo, se origina da margem ventral do arco zigomático, medial à camada superficial e se insere na face lateral da mandíbula. Não é possível isolar a origem rostral da camada profunda, já que ela se funde ao músculo temporal; caudalmente ela se origina da face medial do arco zigomático. 
Suíno: As 3 camadas estão firmemente combinadas e é difícil isolá-las.
Bovino: As intersecções tendíneas são pronunciadas, formando 5 partes distintas. A alteração na direção das fibras entre cada parte aumenta a força mastigatória desse músculo. A parte superficial se prolonga desde a tuberosidade facial até a margem caudal da mandíbula. A camada profunda se origina da crista facial e do arco zigomático, corre caudoventralmente e se insere na face lateral do ramo mandibular.
Equino: Apresenta até 15 fascículos tendinosos intermusculares, os quais se orientam sagitalmente e dividem o músculo em camadas múltiplas. As camadas superficiais emergem da crista facial, correm caudoventralmente e se inserem nas margens ventral e caudal da mandíbula. As camadas mais profundas se originam no arco zigomático, correm sobre o ramo da mandíbula. Caso os músculos masseter dos dois lados atuem em conjunto, eles forçam a união da mandíbula superior com a inferior; caso atuem independentemente, eles movem a mandíbula para o lado do músculo contraído, o que é essencial para o processo de trituração dos herbívoros. 
Pterigóideos: Passam dos ossos palatino, pterigoideo e esfenoide para o aspecto medial da mandíbula.
Pterigóideo lateral: é o menor os dois. Se origina desde o processo pterigoide do osso esfenoide, corre caudoventralmente e se insere na face medial da mandíbula e processo condilar. Tem a função de elevar, empurrar e conduzir a mandíbula para a frente. 
Pterigóideo Medial: é muito maior. Se origina desde o processo pterigoide dos ossos esfenoide e pterigoide e da lamina perpendicular e se insere na face medial da mandíbula. Tem a função de elevar a mandíbula. 
Carnívoros: As duas partes são combinadas na origem. Elas se originam juntas desde a face lateral dos ossos pterigoide, esfenoide e palatino. Suas fibras se inserem na face medial da mandíbula, ventral ao forame mandibular e em uma rafe fibrosa que passa entre a inserção desse músculo e o masseter. 
Equino: O pterigoideo medial é coberto pelo lateral. O nervo mandibular atravessa a face lateral do pterigoideo medial e, desse modo, separa os dois músculos pterigoideos. O medial mais forte se origina da parte vertical dos ossos pterigoide, esfenoide e palatino e se espalha em leque para formar uma inserção extensa na face medial do ramo da mandíbula. 
Os músculos pterigoideos complementam o masseter em sua atividade. No caso de contração bilateral, eles elevam a mandíbula, caso atuem unilateralmente, eles retratem a mandíbula para o lado do músculo que se contrái. A parte lateral também tem capacidade de mover a mandíbula rostralmente, especialmente quando a boca está aberta. 
Temporal: Ocupa a fossa temporal, sendo que seu tamanho varia conforme a espécie, dependendo do tamanho da fossa. Se origina das margens da fossa temporal, da linha temporal, da crista sagital externa, da crista nucal e da crista pterigóidea e da face da fossa temporal, a qual ele ocupa totalmente. Desse ponto ele se pronuncia para baixo, coberto pelos músculos auriculares. Se insere no processo coronoide da mandíbula. Sua função é elevar a mandíbula para o fechamento da boca. Flexão da articulação Têmporomandibular.
Nos carnívoros trata-se do músculo mais forte da cabeça
Em cães dolicocéfalos: o músculo temporal encontra o músculo correspondente do lado oposto na linha média e forma um sulco mediano. 
Em cães braquicéfalos: os dois músculos não se encontram e, portanto, não há um sulco visível, exceto por uma pequena depressão entre os ossos interparietais em algumas raças de cães. 
Em ruminantes é indistinto
Em equinos é visível sob a pele, no entanto, o músculo temporal não é bem desenvolvido em comparação aos outros músculos mastigatórios. 
-Músculos superficiais do espaço mandibular:
Auxiliam os músculos da mastigação e cobrem o lado ventral dos músculos da língua no espaço mandibular.
Digástricos: Sua origem vem do processo paracondilar e sua inserção é medial no corpo da mandíbula. Possui a função de baixar a mandíbula e abrir a boca, realiza extensão da articulação têmporomandibular. Músculo de ventre único em animais domésticos, exceto no equino em que ele apresenta um ventre caudal e um rostral. Nos outros mamíferos domésticos, sua estrutura bipartida evolucionária é indicada por uma interseção fibrosa. 
A parte rostral é inervada pelo nervo milo-hióideo, o qual é um ramo do nervo mandibular. 
A parte caudal é inervada pelo ramo digástrico do nervo facial.
Carnívoros: é um forte músculo de ventre único, com delicados fascículos tendinosos que determinam a divisão entre a parte rostral e a parte caudal. Se inserindo na face medial da margem ventral da mandíbula na altura do dente canino.
Ruminantes: A intersecção tendínea entre os dois ventres é indistinta. Ele se origina do processo paracondilar do occipício e se insere na face medial da mandíbula. Uma faixa muscular transversa se estende entre os dois músculos correspondentes de cada lado. 
Equino: O ventre caudal se ramifica para formar uma parte lateral que se insere no ângulo da mandíbula. O restante do ventre caudal corre ventral e rostralmente na face medial do músculo pterigoideo medial. Ele prossegue como um tendão arredondado intermediário, o qual perfura o tendão de inserção do músculo estilo-hióideo. Após passar sob o osso basi-hioide, ele forma o ventre rostral, o qual se fixa à face medial da margem ventral do corpo da mandíbula. 
Milo-hióideo: forma uma face de suporte entre a face interna do corpo da mandíbula. Com base em sua inervação pelo nervo-hióideo, um ramo do nervo mandibular é destacado para o grupo mandibular. De acordo com sua função, também pode ser encarado como um músculo da língua. Suas fibras se originam da linha milo-hióidea na face medial do corpo mandibular, formando uma rafe fibrosa mediana. Ele sustenta a língua e a eleva em direção ao palato. 
MÚSCULOS ESPECÍFICOS DA CABEÇA 
Representam a continuação funcional dos músculos do pescoço até a cabeça e, desse modo, eles pertencem, restritamente, aos músculos do tronco. Como sua função principal é a coordenação dos movimentos da cabeça, especialmente das articulações atlanto-occipital e atlantoaxial, são descritos como um grupo separado. Eles são responsáveis por sacudir, inclinar, flexionar e girar a cabeça. Dependendo de sua localização, eles são inervados pelosramos dorsal e ventral do primeiro e segundo nervos cervicais, com exceção do músculo longo da cabeça, o qual é inervado pelos seis primeiros nervos cervicais.
Especialmente bem desenvolvido nos suínos, permitindo que eles cavem e revolva a terra em busca de alimento e em ruminante, que usam seus cornos para desferir golpes.
Músculo reto dorsal maior: Se prolonga entre a espinha do áxis e a parte escamosa do occipício. Pode ser dividido em uma parte profunda e outra superficial em todos os mamíferos domésticos.
Em carnívoros e suínos, os músculos dos dois lados se encontram na linha média
Em ruminantes e equinos eles se posicionam lateralmente ao ligamento nucal.
Em carnívoros ele é coberto pelo músculo semiespinal da cabeça desde o atlas até a crista nucal.
Músculo reto dorsal menor: Se posiciona diretamente sobre a membrana atlanto-occipital dorsal, em uma posição profunda em relação ao músculo longo da cabeça, e se prolonga entre occipício e o atlas. 
Em carnívoros e no equino, ele se fixa ao arco dorsal do atlas caudalmente e ao occipício dorsalmente sobre o forame magno. 
Ambos os músculos dorsais da cabeça atuam como extensores da articulação atlanto-occipital e, desse modo, elevam a cabeça. 
Músculo reto lateral: Pequena faixa muscular que ocupa a fossa alar do atlas e se estende desde o arco ventral até o processo paracondilar do occipício. Ele flexiona a articulação atlanto-occipital e inclina a cabeça.
Músculo reto ventral: Corre entre o arco ventral do atlas e o osso basioccipital, ao qual ele se insere entre o tubérculo muscular e a bula timpânica. Ele flexiona a articulação atlanto-occipital. 
Músculo oblíquo cranial: É um músculo curto que se estende obliquamente no sentido craniolateral sobre a articulação atlanto-occipital, coberto pelo esplênio e partes do músculo braquiocefálico.
Carnívoros: se divide. A parte principal se origina das partes lateral e ventral da asa do atlas e se insere no processo mastoide do osso temporal e na crista nucal. Ele amplia a articulação atlanto-occipital e, quando é contraído unilateralmente, flexiona a cabeça para o lado que contrai. 
Músculo oblíquo caudal: Cobre o atlas e o áxis dorsalmente. Ele se origina do processo espinhoso do áxis, atravessa obliquamente no sentido craniolateral até sua inserção na asa do atlas. 
No caso de contração unilateral ele gira o atlas e, também a cabeça no dente do áxis.
No caso de contração bilateral faz com que eles atuem como fixadores da cabeça. 
Músculo longo: Representa a continuação cranial do músculo do longo do pescoço. Ele flexiona a articulação atlanto-occipital e movimenta a cabeça lateralmente e o pescoço para baixo. É um músculo forte, que se situa nos lados lateral e ventral da segunda à sexta vértebras cervicais. Se origina dos ramos caudais dos processos transversos e se insere no tubérculo muscular do osso basioccipital. Ele é irrigado pelas ramificações ventrais do primeiro ao quarto nervo cervical no equino, do primeiro ao sexto nervo cervical nas outras espécies domésticas. 
Equino: mais curto do que em carnívoros e se origina da segunda à quarta vértebra cervical. Antes de sua inserção, ele se une ao músculo correspondente do lado oposto na linha média entre as bolsas guturais.

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