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Anatomia do Aparelho Locomotor Segundo Semestre Professores: Carolina e Marcelo Feito por: Beatriz Ming Karam Hissa Sumario 1 Crânio 10 Coluna Vertebral, Costelas e Externo 18 Ossos dos Membros Superiores e Inferiores 30 Músculos da Face, Mastigação e Pescoço 69 Músculos do Dorso, Tórax e Abdome 81 Músculos do Membro Superior 91 Articulação do Ombro 102 Articulação do Cotovelo e do Punho 115 Músculos do Membro Inferiores 131 Articulação do Quadril e Cíngulo do Membro Inferior 136 Articulações Joelho e do Tornozelo Crânio Neurocrânio e Viscerocrânio Frontal Parietais Temporais Occipital Esfenóide Etmóide Neurocrânio Nasais Etmóide Vômer Conchas nasais inferiores Lacrimais Maxila Palatinos Zigomáticos Mandíbula Viscerocrânio Arquitetura Da Parede Do Crânio 1 Lâminas externa e interna de substância óssea compacta Díploe (substância esponjosa) A lâmina externa de substância óssea compacta ela é mais resistente do que a lâmina interna de substância óssea compacta Normas Frontal(F) Occipital(O) Lateral (L) Vertical(V) Basilar externa(BE) Basilar interna (BI) Normas Frontal (F) Lateral (L) Occipital (O) Vertical (V) Basilar interna(BI)Basilar externa (BE) Frontal 2 Toda parte lisa do crânio ela se-chama: Escama Essa perninha se-chama: Processo zigomático do osso frontal Processo: primeiro fala pra onde está indo e depois de quem é. Parte Orbital Vista anterior do crânio Por esses buraquinhos passam as veias emissárias Parietal Tem crânios que contém 1 buraquinho e outros que não tem nenhum Forames parentais Essas veias se conectam com os seios venosos intracranianos e com as veias extracranianas.Vista superior do crânio 3 Occipital Forame magno (bulbo, meninge, aa. vertebrais, NCXI) Base do crânio (Vista externa) Parte Basilar Parte Lateral Parece dois sapatinhos de cada lado se- chama: Côndilo occipital ele vai articular com a primeira vertebra cervical a Atlas Esse buraquinho ele se-chama: Canal do nervo hipoglosso (NCXII) Forame jugular (veia jugular interna, NCIX, NCX e NCXI) Parte Basilar Forame magno Parte Lateral Occipital escama (parte da nuca) Protuberância occipital externa Crista occipital externa (lig. nucal) Linha nucal superior Linha nucal inferior Parte escamosa Temporal Poro: Abertura Meato Acústico externo: onde fica passando o cotonete Processo zigomático (arco zigomático) Tubérculo articular 4 Fossa mandibular Processo mastóide Processo mastóide (inserção m. esternocleidomastóideo) Incisura mastóidea (origem m.digástrico) Processo estilóide(origem mm.estiloglosso, estilofaríngeo e estilo-hióideo) Incisura mastóidea Parece um chifre pequeno: Processo estilóide Processo estilóide parece com um estilete Processo mastóide esse buraquinho se-chama: Forame estilomastóideo Forame estilomastóideo (n. facial e a. estilomastóidea) Esse buraco maior se-chama: canal carótico Canal carótico (a. carótida interna) 5 Poro/Meato acústico interno (a. auditiva, NCVII, NCVIII) Etmóide Lâmina cribriforme (NCI) Essa lâmina bem fininha é a Lâmina perpendicular Esfenóide Vista Anterior Vista Posterior Esse osso ele parece com um morcego 6 Sela turca(lembra uma sela de cavalo) Fossa hipofisal (glândula hipófise) ( seria a onde voce senta o bumbum na sela) Asa menor Asa maior Canal óptico Fissura orbital superior Forame redondo Forame oval Forame espinhoso Forame redondo (NCV2 - maxilar) Forame oval (NCV3 - mandibular) Forame espinhoso (a. meníngea média) Asa maior Canal óptico (NCII e a. oftálmica) Fissura orbital superior (veia oftálmica, NCIII, NCIV, NCVI e NCV1) Asa menor Processo pterigóide: 7 Lâmina lateral (origem m. pterigóideo lateral) Lâmina medial (lig. pterigomandibular) Fossa pterigóidea(origem m.pterigóideo medial) Lâmina medial Lâmina lateral Fossa pterigóidea Vista anterior do crânio Ossos Nasais Ossos lacrimais Concha nasal inferior Vômer Corte sagital mediano (septo nasal) Ele ajuda a formar a parte óssea do septo nasal 8 Zigomático Ele tem um formato de estrela Maça do rosto Corpo zigomático Processo maxilar do osso zigomático Processo frontal do osso zigomático Processo temporal do osso zigomático (arco zigomático) Palatino Lâmina horizontal Lâmina perpendicular Maxila Processo frontal da maxila Processo zigomático da maxila Processo alveolar da maxila Processo palatino da maxila Margem infra-orbita: margem do olho Corpo da maxila Fóvea pterigóidea Tuberosidade pterigóidea Fissura orbital inferior (feixe vásculo-nervoso infra-orbital e n. zigomático) 9 Mandíbula Processo coronóide (inserção m. temporal) Processo condilar Fóvea pterigóidea (inserção m. pterigóideo lateral) Tuberosidade massetérica (inserção m. masseter) Tuberosidade pterigóidea (inserção m. pterigóideo medial) Ramo Corpo Ramo Ângulo Processo coronóide Processo condilar Tuberosidade massetérica(região rugoso) Espinhas genianas superior e inferior (m. genioglosso e gênio-hióideo) Fossa digástrica (origem m. digástrico) Linha milo-hióidea (origem m. milo-hióideo) Parte alveolar Corpo Espinhas genianas Fossa digástrica Linha milo-hióidea Parte alveolar Cavidade orbital ou órbita Abertura piriforme Cóano Linha temporal superior (inserção fáscia m. temporal) Linha temporal inferior (origem m. temporal) 10 Coluna Vertebral, Costelas e Esterno A Coluna Vertebra. Constitui e mantém o eixo longitudinal do corpo Seus movimentos ocorrem por movimentos combinados das vértebras 33 ossos constituem a coluna vertebral As funções da coluna vertebral uporte estrutural: cabeça, o tórax + músculos do dorso ➢ Conexão com o cíngulo do membro inferior ➢ Alojamento e proteção da medula espinal ➢ Flexibilidade para o corpo A coluna vertebral esuas regiões Superposição longitudinal de vértebras, separadas pelos discos intervertebrais (tecido fibrocartilagíneo) Flexibilidade e Estabilidade 11 Cabeça Pelve Vértebras maiores até o sacro e menores em seguida + peso Comprimento da coluna vertebral 2/5 da altura do corpo Mobilidade decrescente: Lombar Cervical torácica Livros de Cinesiologia: 1ª Região Cervical 12 Curvaturas da coluna vertebral Curvaturas primárias -Torácica - Sacrococígea Curvaturas da coluna vertebral Curvaturas primárias CIFOSE (convexa posteriormente) Torácica Sacrococígea Curvaturas secundárias LORDOSE (convexa anteriormente) Cervical (3º e 4º mês) Lombar *acentuam-se no 12º mês cifose lordose 13 Partes de uma vértebra (irregular) Arco vertebral Partes de uma vértebra Articulação das vértebras Articulação das vértebras entre si As vértebras de cada região 14 Região cervical Forame transversário = passagem à A. vertebral (exceto CVII), Vv. Vertebrais e plexo simpático 1ª vértebra cervical = Atlas (CI) – “SIM” Lig. Longitudinal anterior Dente do axis Lig. nucal 1º n. cervical Vv. Jugulares internas N. acessório Não apresentam corpo e processo espinhoso Arco anterior curto Arco posterior longo 2ª vértebra cervical = Axis (CII) – “NÃO” O áxis é caracterizado pelo dente do áxis que se projeta em direção superior a partir do corpo Arco ant. do atlas 15 3ª à 7ª vértebras cervicais (CIII – CVII) Processo espinhoso proeminente Vértebra proeminente. Processo transverso é grande Tubérculo anterior está ausente forame transversário é pequeno As vértebras torácicas As vértebras torácicas suportam as costelas e são normalmente em número de doze Vértebras torácicas com características especiais: TI, TIX à TXII Copo vertebral e fóvea costal superior = tamanho intermediário Processo espinhoso = longo e delgado Processo transverso = longo e volumoso 16 Vamos, então, conhecer a Caixa Torácica 12 vértebras torácicas Esterno 12 costelas 1ª a 7ª costelas – esterno - verdadeiras 8ª a 10ª costelas – cartilagem - falsas 11ª e 12ª costelas – extremidades livres - flutuantesAs vértebras lombares São vértebras grandes Forame vertebral = triangular Processo transverso = longo e finos (processo costiforme) **LV = maior vértebra SACRO (Fusão-16/18a 25a) Faces: pélvica, dorsal e laterais 17 Finos na região torácica e mais espessos na região lombar Cíngulo do Membro Superior e Membro Superior As estruturas do cíngulo do membro superior e membro superior são adaptáveis para dar liberdade de movimentos e extensa fixação de músculos. Duas escápulas e duas clavículas formam o cíngulo do membro superior. Não é um cíngulo completo, tendo apenas uma fixação anterior ao esqueleto axial no esterno através da articulação esternoclavicular. Como osso axial, o esterno já foi descrito no capítulo 6. Faltando a fixação posterior ao esqueleto axial, o cíngulo do membro superior tem uma amplitude maior de movimentos. Como não suporta peso, é estruturalmente mais delicado que o cíngulo do membro inferior. A função principal do cíngulo do membro superior é propiciar áreas de inserção para os numerosos músculos que movem as articulações do ombro e do cotovelo. Clavícula A delgada clavícula com a forma da letra S conecta o membro superior com o esqueleto axial e mantém a articulação do ombro distante do tronco para permitir ampla liberdade de movimentos. A articulação medial da extremidade esternal da clavícula com o manúbrio do esterno é chamada de articulação esternoclavicular. A lateral extremidade acromial da clavícula articula-se com o acrômio da escápula. Esta articulação é chamada articulação acromioclavicular. Um tubérculo conóide está presente na extremidade acromial da clavícula, e uma impressão do ligamento costoclavicular está presente na superfície inferior da extremidade esternal. Ambos os processos servem como fixação para ligamentos. Ossos dos Membros Superiores e Inferiores – 18 A clavícula longo e delicada é o osso do corpo normalmente mais sofre fratura. Quando uma pessoa recebe um golpe no ombro, ou tenta amortecer uma queda com a mão estendida, a força é transmitida para a clavícula e possivelmente provoca a fratura. A parte mais vulnerável deste osso é o seu centro, imediatamente proximal ao tubérculo conóide. Como a clavícula está diretamente embaixo da pele e não coberta com músculos uma fratura embaixo da pele e não coberta com músculos, uma fratura pode ser palpada facilmente, e frequentemente é visível 19 Escápula A escápula, um osso plano, grande, triangular situado no lado posterior da caixa torácica, se superpõe da segunda à sétima costela. A espinha da escápula é uma crista óssea diagonal proeminente vista na face posterior. A espinha fortalece a escápula e a torna mais resistente aos arqueamentos. Acima da espinha está a fossa supra-espinal, e abaixo da espinha está a fossa infra-espinal. A espinha alarga-se na direção do ombro para formar o acrômio. Este processo serve para inserção de vários músculos, como também para a articulação com a clavícula. Inferior ao acrômio está uma depressão rasa, a cavidade glenoidal, na qual a cabeça do úmero se encaixa. O processo coracóide é uma projeção espessa, voltada para cima e situada superior e anteriormente à cavidade glenoidal. Na superfície anterior da escápula está uma área ligeiramente côncava conhecida como fossa subescapular. A escápula tem três margens delimitadas por três ângulos. A margem superior, em cima, a margem medial, mais próxima à coluna vertebral, e a margem lateral, próxima ao braço. O ângulo superior está localizado entre as margens superior e medial; o ângulo inferior, na junção das margens medial e lateral; e o ângulo lateral, na junção das margens superior e lateral. É no ângulo lateral que a escápula se articula com a cabeça do úmero. Ao longo da margem superior, uma nítida depressão chamada incisura da escápula dá passagem ao nervo supra-escapular. A escápula apresenta numerosos acidentes ossos em sua superfície porque 15 músculos se inserem nela. Clinicamente,o cíngulo do membro superior é importante porque a clavícula acrômio da escápula fratura com frequência quando se tenta amortecer uma queda.O acrômio é usado como um ponto de reparo para identificar o local para uma injeção no braço. Este local é escolhido porque a musculatura do ombro é bastante espessa e contém poucos nervos. Braço O braço estende-se do ombro até o cotovelo. De acordo com o conceito estritamente anatômico, braço se refere apenas a esta porção do membro superior, e contém somente um osso – o úmero Úmero O úmero, o osso mais longo do membro superior, consiste em uma cabeça proximal, que se articula com a cavidade glenoidal da escápula; um corpo (diáfise); e uma extremidade distal, que se adapta para se articular com os dois ossos do antebraço. Contornando a margem da cabeça, existe um sulco ligeiramente deprimido indicando o colo anatômico. O colo cirúrgico, um estreitamento imediatamente abaixo da cabeça, é um local freqüente de fraturas. O tubérculo maior é uma protuberância grande na parte proximal lateral do úmero. O tubérculo menor é ligeiramente anterior ao tubérculo maior e está separado do tubérculo maior pelo sulco intertubercular. O tendão da cabeça longa do músculo bíceps braquial passa por esse sulco. Ao longo da porção médio-lateral do corpo do úmero encontra-se uma área rugosa, a tuberosidade para o músculo deltóide, local de inserção desse músculo. Pequenas aberturas no corpo são chamadas de forames nutrícios. O côndilo do úmero na extremidade distal tem duas superfícies articulares. O capítulo do úmero é a parte lateral arredondada que se articula com o rádio. A tróclea é a parte medial em forma de polia que se articula com a ulna. Em ambos os lados acima do côndilo estão os epicôndilos lateral e medial. O epicôndilo medial, maior, protege o nervo ulnar que passa posteriormente pelo sulco do nervo ulnar. É popularmente conhecido como o “osso engraçado” porque golpeando o cotovelo na margem de uma mesa, por exemplo, estimula-se o nervo ulnar que produz uma sensação de formigamento. A fossa coronóidea é uma depressão na face anterior, acima da tróclea. A fossa do olécrano é uma depressão na parte distal da face posterior. Ambas as fossas estão adaptadas para se articular com a ulna durante os movimentos do antebraço O termo médico para cotovelo do tenista ou epicondilite lateral que significa inflamação dos tecidos que envolvem o epicôndilo lateral do úmero. Pelo menos seis músculos que controlam os movimentos de extensão do punho e articulações dos dedos originam-se no epicôndilo lateral. Contrações forçadas repetidas destes músculos, como golpes com uma raquete de tênis, podem puxar o periósteo e as inserções musculares, podendo causar inchaço, sensibilidade e dor em torno do epicôndilo. A imobilização geralmente alivia a dor, mas somente o repouso pode eliminar o fator causador e posterior recuperação. 20 Antebraço As estruturas que formam o esqueleto do antebraço são a ulna no lado medial e o rádio no lado lateral. A ulna está mais firmemente conectada ao úmero do que o rádio. O rádio, contudo, contribui mais significativamente para a articulação do punho do que a ulna. 21 Ulna A extremidade proximal da ulna articula-se com o úmero e com o rádio. Uma depressão nítida, a incisura troclear, articulase com a tróclea do úmero. O processo coronóide forma o lábio anterior da incisura troclear, e o olécrano forma a parte posterior. Lateral e inferiormente ao processo coronóide encontra-se a incisura radial, que se articula com a cabeça do rádio. Na extremidade distal mais fina da ulna encontra-se uma protuberância, a cabeça da ulna, com uma projeção, o processo estilóide. A ulna articula-se em ambas as extremidades com o rádio. Rádio O rádio consiste em um corpo com uma extremidade proximal pequena e uma extremidade distal grande. A cabeça proximal em forma de disco articula-se com o capítulo do úmero e com a incisura radial da ulna. A proeminente tuberosidade do rádio, para inserção do músculo bíceps braquial, está localizada no lado medial da diáfise,imediatamente abaixo da cabeça. Na extremidade distal do rádio encontra-se uma superfície duplamente facetada para articulação com os ossos proximais do carpo. A extremidade distal do rádio também tem um processo estilóide na ponta lateral e uma incisura ulnar no lado medial que recebe a extremidade distal da ulna. Os processos estilóides da ulna e do rádio proporcionam estabilidade lateral e medial para a articulação do punho. Quando uma pessoa cai, a tendência natural é estender a mão para amortecer a queda. Este movimento reflexo frequentemente resulta na fratura de ossos. Fraturas comuns do rádio incluem a fratura da cabeça, quando e violentamente dirigida contra o capitulo; uma fratura do colo; ou uma fratura da extremidade distal (fratura de Colles) causada ao pousar a mão estendida contra o solo. Durante a queda, é menos traumático para o corpo afastar os membros, dobrar os joelhos e deixar o corpo inteiro bater na superfície. Os atletas aprendem que este é o modo seguro para cair. Mão A mão contém 27 ossos, reunidos no carpo, no metacarpo e nas falanges. Carpo O carpo, ou punho, contém oito ossos carpais dispostos em duas filas transversais de quatro ossos cada. A fila proximal, nomeando do lado lateral para o medial, consiste nos ossos: escafóide, semilunar, piramidal e pisiforme. O pisiforme na sua relação com um tendão comporta-se como um osso sesamóide. A fila distal, do lado lateral para o medial, consiste nos ossos: trapézio, trapezóide, capitato e hamato. O escafóide e o semilunar da fila proximal articulam-se com a extremidade distal do rádio. 22 Metacarpo O metacarpo, ou palma da mão, contém cinco ossos metacarpais, cada um consistindo em uma base proximal, um corpo e uma cabeça distal que é arredondada para a articulação com a base de cada falange proximal. As cabeças dos ossos metacarpais estão localizadas distalmente e formam os nós das juntas de um punho fechado. Falanges As 14 falanges constituem os ossos dos dedos. Damos o nome de falange para cada osso de um dedo. As falanges dos dedos estão dispostas em uma fila proximal, uma fila média e uma fila distal. Ao dedo polegar, falta a falange média. Os dedos são numerados seqüencialmente de I a V começando pelo dedo polegar – o lado lateral, em relação à posição anatômica A mão é uma maravilha de complexidade estrutural que pode resistir consideravelmente aos maus tratos. Diferente das entorses ligamentares dos dedos e das luxações das articulações, a lesão óssea mais comum e a fratura do escafóide - um osso do carpo que responde por aproximadamente 70% das fraturas carpais. Quando imobilizar a articulação do punho, este deve ser colocado em posição funcional de relaxamento. Esta é a posição na qual a mão está pronta para pegar um objeto entre os dedos polegar e indicador. Ossos do Cíngulo do Membro Superior e dos Membros Superiores 23 Cíngulo do Membro Inferior e Membro Inferior A estrutura do cíngulo do membro inferior e dos membros inferiores é adaptável para suporte e locomoção. Processos extensos e acidentes ósseos de superfície em certos ossos do cíngulo do membro inferior e dos membros inferiores alojam músculos volumosos usados no movimento do corpo e na manutenção da postura. O cíngulo do membro inferior é formado pelos dois ossos do quadril, unidos anteriormente pela sínfise púbica, e ligados posteriormente ao sacro da coluna vertebral. O sacro, um osso do esqueleto axial, foi descrito no capítulo 6. A estrutura profunda, em forma de bacia, constituída pelos ossos do quadril juntamente com o sacro e cóccix, é chamada de pelve. O cíngulo do membro inferior e seus ligamentos associados suportam o peso do corpo através da coluna vertebral. O cíngulo do membro inferior também suporta e protege as vísceras inferiores, inclusive a bexiga urinária, os órgãos genitais internos e, na mulher grávida, o feto em desenvolvimento. A pelve é dividida em uma pelve maior (falsa) e uma pelve menor (verdadeira). Estes dois componentes são separados pela linha terminal, uma margem óssea encurvada que vai do promontório até a margem superior da sínfise púbica. A pelve maior é a porção expandida da pelve, acima da linha terminal. A linha terminal não só divide as duas porções mas também delimita a abertura superior da pelve da pelve menor. A circunferência inferior da pelve menor delimita a abertura inferior da pelve. Cada osso do quadril consiste, na realidade, na junção de três ossos separados: o ílio, o ísquio e o púbis, que estão fundidos no adulto. Na face lateral do osso do quadril, onde os três ossos se ossificam, existe uma depressão circular grande, o acetábulo, que recebe a cabeça do fêmur. Embora cada osso do quadril seja um único osso no adulto, os três componentes de cada osso do quadril são considerados separadamente para fins descritivos. Ílio O ílio, o mais superior e maior dos três ossos pélvicos, tem uma crista e quatro ângulos, ou espinhas – importantes pontos de reparo em anatomia de superfície que servem para inserções musculares. A crista ilíaca forma a proeminência do quadril e termina anteriormente como espinha ilíaca ântero-superior. Imediatamente abaixo desta espinha está a espinha ilíaca ânteroinferior. A terminação posterior da crista ilíaca é a espinha ilíaca póstero-superior, e imediatamente abaixo está a espinha ilíaca póstero-inferior. Abaixo da espinha ilíaca póstero-inferior está a incisura isquiática maior pela qual passa o nervo isquiático. Na face medial do ílio está a face auricular rugosa que se articula com o sacro. A fossa ilíaca é a superfície lisa, côncava na porção anterior do ílio. O músculo ilíaco origina-se dessa fossa. A tuberosidade ilíaca, para a fixação do ligamento sacroilíaco, está posicionada posteriormente à fossa ilíaca. Três cristas rugosas estão presentes na face glútea na parte posterior do ílio. Estas cristas que servem para fixar os músculos glúteos são as linhas glúteas inferior, anterior e posterior. Ísquio O ísquio, o osso póstero-inferior do osso do quadril, tem várias características distintas. A espinha isquiática é a projeção imediatamente posterior e inferior à incisura isquiática maior do ílio. Inferior a esta espinha encontra-se a incisura isquiática menor do ísquio. O túber isquiático é a projeção óssea que suporta o peso do corpo na posição sentada. Uma incisura do acetábulo profunda está presente na porção inferior do acetábulo. O grande forame obturado é formado pelo ramo do ísquio, junto com o do púbis e está coberto pela membrana obturatória na qual se fixam vários músculos Púbis O púbis, o osso anterior do osso do quadril, consiste em um ramo superior e um ramo inferior que sustentam o corpo do púbis. O corpo contribui para a formação da sínfise púbica – a articulação entre os dois ossos do quadril. Na extremidade lateral da margem anterior do corpo está o tubérculo púbico, um ponto de fixação para o ligamento inguinal. A estrutura da pelve humana, em sua fixação a coluna vertebral, permite uma postura vertical e locomoção em dois membros (locomoção bipedal). Contudo, a postura vertical pode causar problemas. A articulação sacroilíaca pode enfraquecer com a idade, causando dores na região lombar. O peso das vísceras pode enfraquecer as paredes da região abdominal inferior e causar hérnias. Alguns dos problemas do parto estão relacionados com a estrutura da pelve da mãe. Finalmente, a articulação do quadril tende a se deteriora a idade, de forma que muitas pessoas idosas sofrem de artrite degenerativa (osteoartrose). 24 Diferenças na Pelve Relacionadas com o Sexo Diferenças estruturais entre a pelve masculina adulta e a pelve feminina adulta refletem o papel da mulher na gravidez e no parto. No parto vaginal, o feto tem que atravessar a pelve menor de sua mãe. Pelvimetria é a medida das dimensões da pelve – especialmente da pelve adulta feminina – para determinar se uma cesárea pode se tornar necessária. Os diâmetros podem ser determinados através do toque vaginal ou através de imagens sonográficas 25 Comparação entre asPelves Masculina e Feminina Tipos de pelve A pelve pode ser classificada de acordo com o formato de sua abertura superior. Existem quatros tipos, ginecóide, andróide, antropóide, platipelóide. Na primeira encontramos uma abertura superior arredondada, no qual, 50% das pelves femininas são deste tipo. Na segunda a abertura é em forma de copas de baralho. Na terceira apresenta uma abertura de forma oval longo e estreito. Já na quarta observamos uma abertura ovóide, com um eixo transversal maior. Coxa O fêmur é o único osso da coxa. Na análise que segue, contudo, a patela também deve ser analisada. Fêmur O fêmur é o osso mais longo, mais pesado e mais forte do corpo. A cabeça do fêmur, proximal, arredondada articula-se com o acetábulo do osso do quadril. Uma escavação rasa rugosa, a fóvea da cabeça do fêmur, está presente abaixo do centro da cabeça do fêmur, e proporciona o ponto de fixação para o ligamento da cabeça do fêmur, que ajuda a manter a cabeça do fêmur no acetábulo. Também fornece o local para entrada de uma artéria na cabeça do fêmur. A região mais estreita que sustenta a cabeça é chamada colo e é um local comum de fraturas no idoso. O corpo do fêmur apresenta uma curva ligeiramente medial para trazer a articulação do joelho em linha com o plano de gravidade do corpo. O grau de curvatura é maior na mulher por causa da pelve mais larga. O corpo do fêmur tem vários acidentes característicos para fixação de músculos. Na parte proximal lateral do corpo está o trocanter maior, e no lado medial, o trocanter menor. No lado anterior, entre os trocanteres, está a linha intertrocantérica. No lado posterior, entre os trocanteres, está a crista intertrocantérica. A linha áspera é uma crista vertical rugosa na face posterior do corpo do fêmur. A extremidade distal do fêmur é alargada para articulação com a tíbia. Os côndilos medial e lateral são os processos articulares para esta articulação. A depressão rasa entre os côndilos na face posterior é chamada de fossa intercondilar. A face patelar está localizada entre os côndilos na face anterior. Sobre os côndios e nos lados lateral e medial estão os epicôndilos que servem para a fixação de tendões e de ligamentos. Patela A patela, um osso sesamóide grande, triangular e posicionado na face anterior do fêmur distal, desenvolve-se em resposta à tensão no tendão do músculo quadríceps femoral. Tem base larga e um ápice inferior em ponta. Facetas articulares na face articular da patela articulam-se com os côndilos medial e lateral do fêmur. As funções da patela são: proteger a articulação do joelho e fortalecer o tendão do quadríceps; e também aumentar a força de alavanca do músculo quadríceps femoral quando estende (retifica) a articulação do joelho 26 A patela pode ser fraturada por um golpe direto. Contudo, em geral não se fragmenta, porque está confinada dentro do tendão. Luxações da patela podem resultar de lesões ou de subdesenvolvimento do côndilo lateral do fêmur. Joelho Valgo x Varo x Neutro Você já deve ter percebido que algumas pessoas apresentam diferentes alinhamentos do joelho. Estes diferentes alinhamentos são denominados joelho valgo, quando o joelho aponta para dentro e a perna para fora, formando um “X”; joelho varo, quando o joelho aponta para fora e a perna para dentro, formando um arco; ou alinhamento neutro 27 Perna Tecnicamente falando, perna refere-se apenas à porção do membro inferior entre o joelho e o pé. A tíbia e a fíbula são os ossos da perna. A tíbia é o maior e mais medial dos dois. Tíbia A tíbia articula-se proximalmente com o fêmur na articulação do joelho e distalmente com o tálus no tornozelo, e também proximalmente e distalmente com a fíbula. Duas superfícies ligeiramente côncavas na extremidade proximal da tíbia, os côndilos medial e lateral, articulam-se com os côndilos do fêmur. Os côndilos estão separados por uma ligeira projeção superior chamada eminência intercondilar, que proporciona fixação aos ligamentos cruzados do joelho. A tuberosidade da tíbia, para inserção do ligamento da patela, está localizada na parte proximal e anterior do corpo da tíbia. A margem anterior é uma crista aguçada ao longo da superfície anterior do corpo. O maléolo medial é uma proeminente saliência medial óssea localizada na extremidade distal e medial da tíbia. Uma incisura fibular, para a articulação com a fíbula, está localizada na extremidade distal e lateral. Como a tíbia é o osso da perna que suporta o peso, é muito maior que a fíbula. Fíbula A fíbula é um osso longo e delgado, que é mais importante para inserção de músculos do que para suporte. A cabeça da fíbula articula-se com a extremidade proximal lateral da tíbia. A extremidade distal apresenta uma proeminente saliência chamada maléolo lateral. Os maléolos lateral e medial estão posicionados em ambos os lados do tálus e ajudam a estabilizar a articulação do tornozelo. Ambos os processos podem ser vistos como pontos de reparo proeminentes de superfície e podem ser palpados facilmente. Fraturas da fíbula acima do maléolo lateral são comuns em esquiadores. Clinicamente chamada fratura de Pott, é causada por uma força em cisalha que atua em um local vulnerável da perna. Pé O pé contém 26 ossos, dispostos no tarso, metatarso e falanges. Embora semelhantes aos ossos da mão, os ossos do pé têm diferenças estruturais distintas a fim de suportar o peso do corpo, proporcionar força de alavanca e mobilidade durante a marcha. Tarso Há sete ossos tarsais. O mais superior em posição é o tálus, que se articula com a tíbia e a fíbula para formar a articulação do tornozelo. O calcâneo, o maior dos ossos tarsais, proporciona o suporte esquelético para o calcanhar, e tem um grande prolongamento posterior, chamado tuberosidade do calcâneo, para a fixação dos músculos da panturrilha. Por diante do tálus encontra-se o osso navicular em forma de chapéu. Os demais quatro ossos tarsais formam a série distal que se articula com os ossos metatarsais, e são, do lado medial para o lado lateral, cuneiforme medial, cuneiforme intermédio, cuneiforme lateral e o osso cubóide. Metatarso Os ossos metatarsais e falanges são similares em nome e número aos metacarpais e falanges da mão. Contudo eles diferem na forma, por causa do papel de suportar peso. Os ossos metatarsais são numerados de I a V, começando pelo lado medial (hálux) do pé. O primeiro osso metatarsal é maior que os outros por causa de seu importante papel no suporte do peso do corpo. Cada osso metatarsal possui base, corpo e cabeça. As bases proximais do primeiro, segundo e terceiro metatarsais articulam-se proximalmente com os ossos cuneiformes. As cabeças dos metatarsais articulam-se distalmente com as falanges proximais. As articulações proximais são chamadas articulações tarsometatarsais e as articulações distais são chamadas articulações metatarsofalângicas. A “bola” do pé é formada pelas cabeças dos primeiros dois ossos metatarsais. Falanges As 14 falanges constituem os elementos dos esqueletos dos dedos do pé. Como os dedos da mão, as falanges estão dispostas em uma fila proximal, uma fila média e uma fila distal. O hálux tem apenas falanges proximal e distal. Arcos do pé O pé tem dois arcos, que são formados pela estrutura e disposição dos ossos e são mantidos por ligamentos e tendões (fig. 7.20). Os arcos não são rígidos, “formam-se” quando o peso é colocado sobre o pé e recuam quando o peso é levantado. O arco longitudinal é dividido em partes medial e lateral, a medial sendo a mais elevada das duas. O tálus é o ponto alto da parte medial que se origina no calcâneo, eleva-se no tálus, e desce aos primeiros três ossos metatarsais. A parte mais baixa lateral consiste no calcâneo, cubóide e quarto e quinto ossos metatarsais. O cubóide é o ponto alto ósseo deste arco. O arco transversal estende-se ao longo da largura do pé e é formado pelos ossos calcâneo, navicular e cubóide posteriormente e pelas bases de todos os cinco ossos metatarsais anteriormente. Um enfraquecimento dos ligamentose dos tendões do pé pode achatar os arcos – uma condição conhecida como pé plano, ou, mais comumente, “pé chato” 28 29 Ossos do membro inferior e do Cíngulo do membro inferior 30 Músculos da face, mastigação e pescoço Músculos do couro cabeludo Occipitofrontal: apresenta dois ventres frontais e dois ventres occipitais unidos por uma aponeurose intermediária, a aponeurose epicrânica Origem: na aponeurose epicrânica. Inserção: na pele do nariz e ao longo do supercílio e nos músculos adjacentes. Ação: eleva os supercílios como na expressão de surpresa. Quando eleva os supercílios, aparecem pregas transversais na pele da fronte, expressando atenção. É possível a contração unilateral do músculo frontal, nesse caso as pregas transversais aparecem na metade da fronte, expressando atenção interrogante. Ventre frontal Origem: na linha nucal superior e na linha nucal suprema. Inserção: na aponeurose epicrânica. Ação: tracionando a aponeurose epicrânica, fornece um suporte para o ventre frontal. Uma ação alternada do ventre occipital e do frontal move o couro cabeludo anterior e posteriormente. Ventre occipital Origem: no osso nasal. Inserção: na pele da glabela. Ação: deprime a extremidade medial do supercílio, resultando em pregas transversais, que cruzam a raiz do nariz. Auxilia na redução do ofuscamento do brilho da luz solar excessiva. Exprime aspecto ameaçador. Origem: na extremidade medial do arco superciliar do osso frontal. Inserção: na pele do supercílio, entrelaçando-se com fibras do músculo frontal. Ação: traciona o supercílio inferior e medialmente, produzindo pregas verticais entre os supercílios. Auxilia na proteção do olho quando exposto à luz solar brilhante. Sofrimento, fome, raiva, esforço físico e mental estimulam sua ação. Origem: nos ligamentos palpebral medial e lateral. Inserção: na pele das pálpebras superior e inferior. Origem: na margem medial da órbita, no osso frontal, no processo frontal da maxila, na crista lacrimal anterior e no ligamento palpebral medial. Inserção: na pele ao redor da órbita. Músculos ao redor dos olhos Prócero: Corrugador do supercílio: Orbicular do olho: circunda a abertura das pálpebras. Parte palpebral Parte orbital Ação: é responsável pelo fechamento das pálpebras. Comprime as pálpebras levando as lágrimas para o ângulo medial do olho, talvez, dilatando o saco lacrimal para auxiliar na drenagem das lágrimas. Protege o olho da luz intensa e de lesões. A parte palpebral une as pálpebras levemente como no pestanejar e no sono, para evitar que a córnea se resseque. A parte orbital é responsável pelo fechamento forçado das pálpebras para proteger o olho da luz excessiva e da poeira. Sua ação determina o aparecimento de pregas na pele, que se irradiam a partir do ângulo lateral do olho, o que se torna permanente em pessoas idosas e é conhecido como “pés de galinha”. A paralisia deste músculo resulta na queda da pálpebra inferior (ectrópio) e derramamento de lágrimas (epífora),como ocorre na paralisia facial. Apresenta-se ativo na reflexão, na meditação e concentração. 31 Origem: na maxila, superior e lateralmente à fossa incisiva. Inserção: transversalmente, na parte inferior do dorso do nariz, continuando-se com o do lado oposto. Ação: abaixa o ápice do nariz e comprimi as narinas. Origem: no processo alveolar da maxila. Inserção: na cartilagem da asa do nariz. Ação: dilata as narinas, ação que é importante quando a respiração se torna difícil. Origem: na maxila, superiormente ao dente incisivo central. Inserção: na parte móvel do septo nasal. Ação: auxilia a parte alar do músculo nasal a dilatar as narinas, durante a inspiração profunda. Origem: no processo frontal da maxila. Inserção: na pele e cartilagem da asa do nariz e na pele do lábio superior. Ação: dilata as narinas, eleva e everte o lábio superior, determinando expressões como as de aborrecimento e descontentamento. Origem: na maxila, superiormente ao forame infra-orbital, estendendo-se até o processo zigomático da maxila. Inserção: na pele do lábio superior. Ação: eleva e everte o lábio superior, acentuando o sulco nasolabial. Na contração enérgica, descobre os dentes incisivos e caninos, exprimindo aspecto insultante e de briga. Atua nas expressões de auto-suficiência, menosprezo, repugnância e choro, bem como no riso franco. Músculos situados ao redor da boca e do nariz Nasal: Parte Transversa (compressor da narina) Parte alar (dilatador da narina) Abaixador do septo nasal: Levantador do lábio superior e da asa do nariz: Levantador do lábio superior: Origem: no osso zigomático, medialmente ao zigomático maior. Inserção: na pele do lábio superior. Ação: traciona superior e lateralmente o lábio superior, protraindo-o e acentuando o sulco nasolabial. Atua na expressão facial de desprezo ou desdém. Está ausente em 20% dos indivíduos. Origem: no processo temporal do osso zigomático e no osso zigomático. Inserção: na pele do ângulo da boca ou no modíolo do ângulo da boca. Ação: traciona o ângulo da boca superior e lateralmente, como no sorriso. É considerado o músculo do riso e da alegria, seu espasmo no tétano é responsável pela expressão facial conhecida como “riso sardônico”. Origem: na fossa canina, inferiormente ao forame infra-orbital. Inserção: na pele do ângulo da boca e no modíolo do ângulo da boca. Ação: eleva o ângulo da boca, acentuando o sulco nasolabial. Origem e Inserção: não possui inserção direta no esqueleto, insere-se na pele dos lábios superior e inferior e, lateralmente, no modíolo do ângulo da boca. Ação: fecha os lábios, podendo estreitá-los, comprimi-los contra os dentes, enrugá- los ou protraí-los como nos atos de soprar, beijar e assobiar. Auxilia na apreensão de alimentos e na articulação das palavras. Juntamente com a língua e o músculo bucinador mantém o alimento entre as faces oclusais dos dentes durante a mastigação. Origem: na fáscia massetérica. Inserção: na pele do ângulo da boca. Ação: traciona o ângulo da boca lateralmente, produzindo o sorriso com a boca fechada. Zigomático menor: Zigomático maior: Levantador do ângulo da boca: Orbicular da boca: conhecido como músculo do beijo ou esfíncter bucal, ocupa toda a largura dos lábios. Risório: 32 Origem: nos processos alveolares da maxila (desde o primeiro molar superior até o processo piramidal) e da mandíbula (desde o primeiro molar inferior até a fossa retromolar) e no ligamento pterigomandibular. Inserção: no músculo orbicular da boca e na pele dos lábios superior e inferior. Ação: mantém constante a forma da bochecha, evitando seu dobramento e conseqüente lesão. A contração do músculo bucinador, com a boca fechada, comprime o conteúdo sólido ou líquido da cavidade oral e facilita sua transferência para a faringe. Se as bochechas estiverem distendidas pela quantidade de ar na cavidade oral, ele produzirá o ato de assobiar ou soprar. Também empurra para os arcos dentais o alimento retido nos fórnices superior e inferior, permitindo a continuidade do ato mastigatório. Bucinador: forma a parte móvel da bochecha. Se a boca estiver vazia e o músculo orbicular da boca relaxado, a contração dos bucinadores tracionará lateralmente os ângulos da boca, dando origem a pregas cutâneas arqueadas na bochecha, presentes nas expressões de ironia e do riso franco. É o primeiro músculo ativo, de controle voluntário no indivíduo, devido ao ato de sucção. A paralisia do músculo bucinador por lesão do nervo facial leva, invariavelmente, à lacerações repetidas e graves da mucosa da bochecha durante a mastigação. Abaixador do ângulo da boca: Origem: na base da mandíbula. Inserção: na pele do ângulo da boca. Ação: traciona o ângulo da boca inferior e lateralmente, como na expressão de tristeza. Em certas ocasiões demonstra um ato de vontade e de domínio, pois o contraímos quando nos esforçamos para deter o grito ou o choro. Também atua nos atos de repugnância, angústia e soberba. Origem: na base da mandíbula, superiormente ao abaixador do ângulo da boca. Inserção: na peledo lábio inferior. Ação: traciona inferior e lateralmente o lábio inferior, protraindo-o. Atua nas expressões de aborrecimento, malestar, tédio, ironia e melancolia. Origem: na fossa mentual. Inserção: na pele do mento. Algumas de suas fibras atingem o lábio inferior, entrelaçando-se com fibras do músculo orbicular da boca. Ação: eleva a pele do mento, provocando a eversão do lábio inferior, como no beber, no falar e também nas expressões de desdém e de dúvida. Interfere no tratamento odontológico, pois torna plano o vestíbulo da boca. Origem e inserção: o músculo incisivo inferior origina-se na fossa mentual e o superior na fossa incisiva. Esses feixes passam lateralmente e entrelaçam-se com os músculos do ângulo da boca. Devido às suas proximidades com o músculo orbicular da boca, eles são, algumas vezes, citados com seus feixes acessórios. Ação: tornam plano o vestíbulo da boca. Abaixador do lábio inferior: Mentual: Incisivos superior e inferior: 33 São pouco definidos e somente poucas pessoas podem contrair estes músculos voluntariamente. São os músculos: auricular anterior e superior, que se originam na aponeurose epicrânica, e auricular posterior, que se origina no processo mastóide do osso temporal. Estes três músculos inserem-se na face crânica ou medial da orelha. Músculos da orelha 34 35 36 Origem: na margem inferior do arco zigomático e no osso zigomático, podendo atingir o processo zigomático da maxila, não ultrapassando, posteriormente, a sutura temporozigomática. Inserção: no ângulo da mandíbula, nas tuberosidades massetéricas, estendendo-se até a região do primeiro molar inferior, no corpo da mandíbula. Origem: em todo o comprimento da face medial do arco zigomático, abrangendo a extremidade anterior do tubérculo articular. Logo adiante da articulação temporomandibular, a parte profunda não é coberta pela superficial, sendo reconhecida como uma área muscular triangular, cujas fibras dirigem-se verticalmente para baixo, formando um ângulo com as fibras da parte superficial que se dirigem inferior e posteriormente. Inserção: no ângulo da mandíbula, superiormente à inserção da parte superficial. Ação: é um potente elevador da mandíbula. A parte profunda tem também um componente de retrusão que é importante durante o movimento de fechamento da boca. A parte superficial do masseter possui também um pequeno efeito no movimento de protrusão. Inervação: nervo massetérico. Origem: em uma extensa área da face lateral do crânio, circundada pela linha temporal inferior, denominada fossa temporal e na face profunda da fáscia temporal. Inserção: no processo coronóide, atingindo, inferiormente, o ramo da mandíbula. O tendão profundo insere-se na crista temporal da mandíbula, é mais robusto e mais longo que o superficial, atingindo, inferiormente, a região do terceiro molar (trígono retromolar). O tendão superficial insere-se no processo coronóide e em sua margem anterior. Ação: Fibras anteriores ou verticais - elevação da mandíbula. Fibras médias ou oblíquas - elevação e retrusão da mandíbula. Fibras posteriores ou horizontais - retrusão da mandíbula. O músculo temporal eleva a mandíbula. Sua ação está mais relacionada com a velocidade do que com a potência. Músculos da Mastigação Os músculos da mastigação tem relação com os movimentos da mastigação, ou seja, com os movimentos da mandíbula, portanto todos tem inserção na mandíbula. Os músculos da mastigação são em número de quatro de cada lado: músculo masseter, músculo temporal, músculo pterigóideo medial e músculo pterigóideo lateral. Estes apresentam, isolados ou conjuntamente, as funções de abaixar, elevar, protruir e retruir a mandíbula, bem como realizar movimentos de lateralidade da mesma. Devemos nos lembrar, entretanto, que músculos como o digástrico, milo-hióideo e gênio-hióideo, classificados como supra-hióideos, também têm importante função no processo mastigatório. Todos os músculos da mastigação originam-se do primeiro arco branquial ou faríngeo e são inervados por ramos do nervo mandibular, terceira divisão do nervo trigêmeo. Músculo masseter: Parte superficial Parte profunda Músculo temporal: Origem: na fossa pterigóidea, sendo que suas fibras anteriores provêm da face lateral e inferior do processo piramidal do osso palatino e de partes adjacentes do túber da maxila. Inserção: na face medial do ângulo da mandíbula, nas tuberosidades pterigóideas. Ação: atua como sinergista ao músculo masseter, elevando a mandíbula e juntamente com o músculo pterigóideo lateral protrui a mandíbula. Os músculos pterigóideos medial e lateral de um lado tracionam a cabeça da mandíbula ipsilateral anterior e inferiormente e esta gira sobre um eixo vertical situado posteriormente à cabeça oposta, promovendo, desta forma, um movimento de lateralidade para o lado oposto ao dos músculos pterigóideos lateral e medial contraídos. A contração alternada dos músculos pterigóideos medial e lateral de cada um dos antímeros, nos movimentos látero-laterais, é usada para triturar alimentos. Inervação: nervo pterigóideo medial. Origem: a cabeça inferior, maior ou pterigóidea, origina-se na face lateral da lâmina lateral do processo pterigóide do osso esfenóide, enquanto a cabeça superior, menor ou esfenoidal, origina-se na face infratemporal da asa maior do osso esfenóide. Inserção: as duas cabeças fundem-se anteriormente à articulação temporomandibular, sendo que a maioria das fibras inserem-se na fóvea pterigóidea do colo da mandíbula, enquanto algumas fibras inserem-se na cápsula e no disco articular da articulação temporomandibular. Ação: quando ocorre uma contração muscular bilateral simultânea, traciona a cabeça da mandíbula e o disco articular anteriormente, promovendo, juntamente com o pterigóideo medial, a protrusão da mandíbula. Agindo com o pterigóideo medial ipsilateral, o pterigóideo lateral traciona a cabeça da mandíbula anterior e inferiormente e esta gira sobre um eixo vertical situado posteriormente à cabeça oposta, promovendo, desta forma, um movimento de lateralidade para o lado oposto ao dos músculos pterigóideos lateral e medial contraídos. O músculo pterigóideo lateral auxilia também na abertura da boca pela protrusão da cabeça da mandíbula e do disco articular. Inervação: nervo pterigóideo lateral. Músculo pterigóideo medial: Músculo pterigóideo lateral: 37 38 39 Origem: este músculo possui duas cabeças de origem: uma arredondada, tendínea e esternal, com origem na face anterior do manúbrio do esterno, lateralmente à incisura jugular; e outra achatada, clavicular, que se origina na face superior do terço medial da clavícula. Inserção: na face lateral do processo mastóide e na metade lateral da linha nucal superior, no osso occipital. Ação: atuando somente de um lado, o músculo esternocleidomastóideo inclina a cabeça para seu próprio lado e gira a face superiormente e para o lado oposto. Atuando em conjunto, os músculos esternocleidomastóideos inclinam a cabeça anteriormente contra uma resistência. Estes músculos são os principais flexores do pescoço, e suas ações são mais bem observadas quando a pessoa está deitada em decúbito dorsal e eleva a cabeça. Embora os esternocleidomastóideos tracionem a parte cervical da coluna vertebral anteriormente em flexão, suas fibras posteriores provavelmente estendem as articulações atlanto-occipitais. Eventualmente, eles podem agir como músculos acessórios da respiração. O espasmo do músculo esternocleidomastóideo, determinado por várias causas, leva a um estado de rigidez do pescoço, conhecido como torcicolo. Inervação: raiz espinal do nervo acessório e ramos anteriores do segundo e terceiro nervos cervicais. Origem: no terço medial da linha nucal superior, na protuberância occipital externa, no ligamento nucal, nos processos espinhosos das últimas vértebras cervicais e de todas as vértebras torácicas e no ligamento supraespinal. Inserção: as fibras provenientes do osso occipital e do ligamento nucal inserem-se na margem posterior e superior do terço lateralda clavícula. As demais fibras inserem- se no acrômio e na espinha da escápula Ação: Atua na elevação e depressão do ombro, assim como na retração da escápula, deslocando o ombro posteriormente. As fibras superiores elevam a escápula, as inferiores a deprimem e as fibras médias tracionam a escápula em direção à coluna vertebral, retraindo-a. As fibras superiores produzem a rotação lateral da escápula de modo que o ângulo inferior se move lateralmente e a cavidade glenoidal volta-se superiormente, permitindo assim a abdução e elevação do braço acima da horizontal. As fibras que se estendem do occipital giram a cabeça para o lado oposto. As fibras inferiores giram o ângulo inferior da escápula em direção medial e a porção clavicular eleva a clavícula (durante a inspiração). Músculos superficiais do pescoço Músculo esternocleidomastóideo - estende-se obliquamente no pescoço, desde a articulação esternoclavicular até o processo mastóide. É considerado o músculo chave do pescoço, pois divide a área quadrilátera lateral do pescoço nos trígonos anterior e posterior. Músculo trapézio – é grande, triangular e situa-se superficialmente no dorso do pescoço e do tórax. É responsável pela margem inclinada do pescoço. Juntos, os músculos trapézios formam um losango. 40 Origem e inserção: o ventre posterior tem origem na incisura mastóidea do osso temporal; por sua vez, o ventre anterior, mais curto que o posterior, tem origem na fossa digástrica da mandíbula. Os dois ventres estão unidos pelo tendão intermediário que se insere no corpo e corno maior do osso hióide. Ação: a contração do ventre anterior, com ponto fixo no osso hióide, traciona o mento em direção posterior e inferior durante a abertura da boca; com ponto fixo na fossa digástrica, é elevador do osso hióide. A contração do ventre posterior, com ponto fixo na incisura mastóidea, traciona o osso hióide posterior e superiormente. A contração simultânea de todo o músculo determina a elevação do osso hióide. Inervação: o ventre posterior é inervado pelo nervo facial e o ventre anterior pelo nervo milo-hióideo, ramo do nervo alveolar inferior. Origem: no processo estilóide do osso temporal. Inserção: no corpo do osso hióide. Ação: eleva e retrai o osso hióide, alongando o assoalho da cavidade oral Juntamente com outros músculos hióideos, fixa o osso hióide. Inervação: nervo facial. Origem: na linha milo-hióidea da mandíbula. Inserção: suas fibras posteriores inserem-se no corpo do osso hióide, entretanto a maioria de suas fibras unem-se com as do lado oposto, formando a rafe milo-hióidea. Ação: eleva o osso hióide, juntamente com a laringe, fechando-a com a cartilagem epiglote, impedindo, assim, que o alimento penetre nas vias respiratórias. A contração deste músculo eleva o assoalho da cavidade oral e com ele a língua. Ao elevar a língua, quando os dentes são mantidos em oclusão, produz um aumento de pressão, forçando-a em direção posterior, como ocorre durante a deglutição. Se o ponto de apoio for o osso hióide abaixa a mandíbula e contribui para a ação de abertura de boca. Inervação: nervo milo-hióideo. como podem juntamente com o músculo estílo- hióideo, fixar o osso hióide. Inervados pelos primeiro, segundo e terceiro pares de nervos cervicais, o músculo tíreo-hióideo é o único que apresenta sua inervação proveniente de um ramo do nervo hipoglosso. Músculos supra e infra-hióides Músculos supra-hióideos Situam-se entre o crânio, a mandíbula e o osso hióide. A ação dos mesmos é elevar o osso hióide e com ele a laringe ou abaixar a mandíbula. Se a mandíbula está fixada, em sua posição, pela ação dos músculos da mastigação, os músculos supra-hióideos elevarão o osso hióide e a laringe. Por outro lado, se os músculo infrahióideos e o músculo estilo-hióideo estiverem contraídos, o osso hióide ficará imobilizado e os músculos suprahióideos, que se dirigem para a mandíbula, exercerão a ação de abaixá- la. Músculo digástrico - apresenta dois ventres musculares, anterior e posterior, unidos por meio de um tendão intermediário. Músculo estilo-hióideo Músculo milo-hióideo - constitui o assoalho muscular da cavidade oral. 41 Origem: na espinha geniana inferior da mandíbula. Inserção: na face anterior do corpo do osso hióide. Ação: dependendo da fixação do osso hióide pelos outros músculos, ou traciona-o superior e anteriormente ou traciona a mandíbula inferior e posteriormente, auxiliando no seu abaixamento. Ao tracionar súpero-anteriormente o osso hióide, encurta e eleva o assoalho da cavidade oral durante a deglutição, alargando a faringe. Inervação: ramo do nervo hipoglosso, constituído por fibras do primeiro e segundo nervos cervicais. Situam-se entre o osso hióide e os ossos: esterno, clavícula e escápula. Os mais superficiais são os músculos esterno-hióideo e omo-hióideo. Os mais profundos são os músculos esternotireóideo e tíreo-hióideo. Os músculos infra-hióideos apresentam dupla ação: tanto podem abaixar o osso hióide e com ele a laringe, Músculo gênio-hióideo Músculos infra-hióideos Origem: na face interna do manúbrio do esterno e na extremidade esternal da clavícula. Os músculos direito e esquerdo, bastante separados em sua origem, convergem em seu trajeto ascendente, permanecendo separados por uma fáscia de largura variável, a linha branca do pescoço. Inserção: na margem inferior do corpo do osso hióide. Ação: abaixa o osso hióide após ele ter sido elevado durante a deglutição e fala. Fixa o osso hióide, permitindo a ação dos músculos supra-hióideos. Origem e inserção: origina-se na margem superior da escápula, medialmente à incisura da escápula. Seu ventre inferior dirige-se superiormente, profundamente ao músculo esternocleidomastóideo, terminando em um tendão intermediário, através do qual se continua o ventre superior. Este se insere na margem inferior do corpo do osso hióide, lateralmente ao músculo esterno-hióideo. Seu tendão intermediário apresenta-se fixado na clavícula. Ação: traciona póstero-inferiormente o osso hióide, promovendo seu abaixamento, retração e estabilização. Ao se contrair facilita a circulação venosa na cabeça e no pescoço através da extensão da lâmina pré-traqueal da fáscia cervical. Durante o processo de fonação, o ventre inferior deste músculo pode ser observado ao se contrair. Origem: na face interna do manúbrio do esterno sendo que, algumas vezes, as origens dos músculos direito e esquerdo cruzam-se na linha mediana. Inserção: na linha oblíqua da cartilagem tireóidea. Ação: abaixa o hióide e a laringe após ter sido elevada durante a deglutição ou fala. Músculo esterno-hióideo Músculo omo-hióideo - apresenta dois ventres musculares, inferior e superior, unidos por um tendão intermédiário. Músculo esternotireoídeo Origem: na linha oblíqua da cartilagem tireóidea. Inserção: na margem inferior do corno maior e corpo do osso hióide. Ação: eleva a laringe, com prévia fixação do osso hióide. Quando isto não ocorre, é abaixador do osso hióide. Músculo tíreo-hióideo Origem: nos processos transversos das terceira, quarta, quinta e sexta vértebras cervicais Inserção: na face inferior da parte basilar do osso occipital. Origem e inserção: o fascículo vertical estende-se dos corpos da vértebras torácicas superiores e cervicais inferiores aos corpos da vértebras cervicais superiores. Os fascículos oblíquos inferiores estendem-se dos corpos das vértebras torácicas superiores aos processos transversos das vértebras cervicais inferiores. Os fascículos oblíquos superiores estendem-se do processo transverso das vértebras cervicais superiores ao arco anterior do atlas. Ação: o músculo longo do pescoço flexiona a parte cervical da coluna vertebral, e é ativo durante o falar, tossir e engolir, os outros músculos pré-vertebrais flexionam a cabeça. Juntamente com o esternocleidomastóideo, os músculos pré-vertebrais atuam como antagonistas dos músculos superiores profundos do dorso. Inervação: todos são inervados por ramos dos ramos anteriores dos nervos cervicais. Músculos pré-vertebrais ou vertebraisanteriores Músculo longo da cabeça Músculo longo do pescoço, a cada lado, consiste de fásciculos vertical e oblíquo. Músculo reto anterior da cabeça estende-se do processo transverso e da massa lateral do atlas à parte basilar do osso occipital. Músculo reto lateral da cabeça estende-se do processo transverso do atlas ao processo jugular do osso occipital. 42 Músculos paravertebrais ou vertebrais laterais Os músculos paravertebrais ou vertebrais laterais situam-se lateralmente à coluna vertebral e incluem os músculos escalenos anterior, médio, posterior e mínimo. Origem: nos tubérculos anteriores dos processos transversos das terceira, quarta, quinta e sexta vértebras cervicais. Inserção: no tubérculo escaleno da margem interna da primeira costela e na parte adjacente de sua face superior. Músculo escaleno anterior *A artéria subclávia passa posteriormente ao escaleno anterior, enquanto o nervo frênico se localiza sobre o músculo. 43 Origem: nos tubérculos posteriores dos processos transversos das vértebras cervicais. Inserção: na face superior da primeira costela, posteriormente ao sulco para a artéria subclávia. Origem: nos tubérculos posteriores dos processos transversos das quarta, quinta e sexta vértebras cervicais. Inserção: na margem externa da segunda costela. Ação: estes músculos inclinam a parte cervical da coluna vertebral lateralmente e atuam como músculos inspiratórios em pessoas normais, mesmo durante uma respiração quieta. Podem agir elevando a primeira e segunda costelas numa inspiração forçada. Os músculos escalenos são considerados acessórios no movimento de flexão do pescoço, pois, com ponto de apoio fixo nas duas primeiras costelas, promovem a flexão do pescoço em casos de contração bilateral. Inervação: ramos dos ramos anteriores dos nervos cervicais. Músculo escaleno médio * O plexo braquial emerge entre o escaleno anterior e o médio. Músculo escaleno posterior – está freqüentemente ausente ou fundido com o médio. * Músculo escaleno mínimo, quando presente, estende-se do processo transverso da sétima vértebra cervical à margem interna da primeira costela e à cúpula da pleura. ** PB - Plexo braquial – formado pela união dos ramos anteriores dos quatro nervos cervicais inferiores (C5 - C8) e pela maior parte do ramo anterior do primeiro nervo torácico (T1), é o responsável pela inervação, sensitiva e motora, do membro superior. Os ramos anteriores de C5 a T1 emergem, no pescoço, entre os mm. escalenos anterior e médio, unindo-se para formar o plexo braquial que, a seguir, transita pela parte inferior do trígono posterior do pescoço, situando-se superiormente à clavícula, látero- posteriormente ao m. esternocleidomastóideo e súpero-posteriormente à 3ª parte da a. subclávia, onde é cruzado pelo ventre inferior do m. omo-hióideo. A partir desta região, o plexo braquial passa posteriormente à concavidade dos dois terços mediais da clavícula e acompanha a 1ª parte da a. axilar profundamente ao m. peitoral maior. Seus fascículos estão dispostos em torno da 2ª parte deste vaso, posteriormente ao m. peitoral menor. Na margem lateral e inferior do m. peitoral menor, anteriormente ao m. subescapular, o plexo braquial emite seus ramos terminais. No indivíduo vivo, pode ser palpado, tanto superior quanto inferiormente ao m. omo-hióideo, no ângulo entre a clavícula e o m. esternocleidomastóideo. Nesta região, pode ser bloqueado pela injeção de um anestésico local entre a primeira costela e a pele acima da clavícula, sendo este bloqueio útil cirurgicamente porque mantêm insensível todas as estruturas do membro superior. 44 ** NF - Nervo frênico – formado principalmente pelo quarto nervo cervical, com contribuições do terceiro e quinto nervos cervicais, inerva o diafragma e as membranas serosas do tórax e abdome. Localizado sobre o músculo escaleno anterior, forma-se na parte superior da margem lateral deste músculo, ao nível da margem superior da cartilagem tireóidea. Cruza o referido músculo, de superior para inferior e de posterior para anterior, apresentando trajeto oblíquo, em direção inferior. Neste trajeto, através da face anterior do músculo escaleno anterior, apresenta-se recoberto pela veia jugular interna e pelo músculo esternocleidomastóideo. A seguir, em seu trajeto em direção ao tórax, passa entre a artéria e veia subclávias e cruza a artéria torácica interna. 45 46 47 Músculo da face, mastigação e pescoço A importância dos músculos da cabeça, pescoço e mastigação na rotina profissional como fisioterapeutas, são extremamente importantes, pois podemos ter pacientes todos os dias com acometimentos e disfunções. Uma das áreas de atuação do fisioterapeuta é nas disfunções tempero-mandibulares (articulação ATM, articulação da mandíbula com o crânio). Quando a pessoa tem uma disfunção da ATM, vamos precisar atuar nessa articulação e também na musculatura que vai promover a função da articulação. Precisamos conhecer a parte anatômica dessa região facial. Tratamento não é uma receita de bolo, vamos ter a disfunção e aplicar diversas técnicas fisioterapêuticas. Além dos músculos da mastigação, do pescoço e da face e sim o restante do corpo, precisamos entender a musculatura porque vamos trabalhar todos os dias com ela e entender a Fisionomia do paciente durante o tratamento. A musculatura da face (também chamado de Cuticulares, que são da fisionomia e/ou expressão facial) tem como uma das principais características a FISIONOMIA. Um paciente com problema na função verbal, você consegue através da fisionomia dele (dos músculos) entender se ele está com dor, se está apreensivo, receoso. A musculatura da face é fundamental o tempo inteiro, diariamente. Além do relato verbal do paciente, podemos ver em sua face o que também está acontecendo. Pacientes para tratamento com traumatismo na região facial e que provavelmente possa vira ter uma lesão nessa musculatura, mas além disso, temos lesões não especificamente nos músculos, mas que acometem os músculos. Várias patologias a nível de SN acometem a musculatura, seja um AVC, paralisia facial. Paciente com paralisia facial, lesão no nervo facial e que ele tenha musculatura comprometida, o nervo facial inerva todos os músculos da face, mas é dividido em ramos, dependendo da parte da face ou do músculo que está acometido você sabe qual parte do nervo facial que foi lesionado, um ramo mais superior é um, ramo mais inferior, é outro, no AVC é a mesma coisa. Paciente com paralisia facial seguido de tratamento fisioterapêutico, vamos ver que o recurso de eletroterapia e manuais fazemos seguindo a direção das fibras musculares desses músculos. Se eu não entender a disposição das fibras, não vou conseguir tratar o paciente. Temos a cabeça como um todo, então temos os músculos da parte superior do crânio, vamos ter os músculos da face, depois os músculos da mastigação e ai sim vamos para o pescoço. Tegumento Comum do Crânio e da Face Parte Superior, Anterior e Posterior do Crânio. Couro Cabeludo Periósteo Osso Dura-Máter Aracnóide Pia-Máter Córtex Cerebral Camada mais externa: pele; Depois temos um tecido conjuntivo denso; Abaixo do tecido conjuntivo, vamos ter uma parte que é como se fosse formada pela fáscia de alguns músculos, que é chamada de aponeurose epicrânica E abaixo da aponeurose temos tecido conjuntivo frouxo, bem maleável. A cabeça, a parte superior do crânio, é revestida por uma estrutura que conhecemos como couro cabeludo (escalpo). Só que o couro cabeludo é uma estrutura que é um pouco mais complexa, na verdade são várias camadas. 48 Temos uma movimentação no couro cabeludo e isso favorece nos traumatismos, o amortecimento. Toda a parte branca demonstrada na próxima imagem de músculos da face é a aponuerose epicrânica Podemos reparar que a aponeurose epicrânica está mais na parte central . Se repararmos mais anteriormente e posteriormente, vamos ver que temos fibras musculares. Se somarmos a parte anterior de fibras musculares, parte central de aponeurose e a parte posteriorde fibras musculares, formamos um músculo = M. occipitofrontal (pag31 netter). Por que? Porque ele tem uma parte de fibras musculares presas atrás no osso occipital, e na parte da frente, presas no osso frontal. Então, o M. Occipitofrontal tem o ventre forntal e tem o ventre occipital. No ventre occipital, o músculo vai se prender no osso occipital, na protuberância occipital externa, linha nucal superior e vem sobre a parte central que temos a aponeurose, e anteriormente não vai se prender no osso, vai se prender na pele da fronte. Quando esse músculo contrai como um todo, a parte occipital e parte frontal, ele traciona a pele superiormente e posteriormente, fazemos isso quando enrugamos a testa (músculo da tensão). Obs: tanto os músculos do crânio e os da face, são chamados de músculos cuticulares. Não são todos, mas a maioria deles uma extremidade está fixada em algum osso do crânio só que a outra extremidade não está fixada em osso e sim fixada na pele da face. Por isso, que quando o músculo contrai, ele traciona a pele e ai surgem as expressões faciais. Alguns não tem o tendão na pele diretamente, mas tem em outro músculo da própria face, então nesse caso, o músculo tracionado traciona ele e + 1 músculo. Se formos analisar os músculos estriados esqueléticos são todos esses músculos que estão fixados aos ossos, permitem os movimentos. Mas se pararmos para pensar, os músculos das outras regiões (MMII, MMSS) eles fixam as suas duas extremidades aos ossos. Uma extremidade fixada em um osso e a outra extremidade em outro osso, para poder ter a movimentação. Músculo Occipitofrontal Aponeurose Epicânica 49 Auricular anterior; Auricular superior; Auricular posterior. Os músculos são dispostos em camadas, e isso quer dizer que as vezes eu tenho um músculo e posso ter outro em cima dele, são camadas musculares sobrepostas. Os músculos superficiais são os que dão mais a fisionomia, os músculos que estão mais profundos atuam em outros mecanismos, como os da mastigação, e alguns músculos que vão fazer uma guarnição, ou seja, uma proteção das cavidades, principalmente da orbita, das narinas e da cavidade oral. Toda a musculatura da face e motricidade é inervada pelo nervo facial, que é o 7º par de nervo craniano. Os músculos da mastigação já é outro nervo, ramo do nervo trigêmeo. A inervação sensitiva da pele da face são outros nervos, também é o nervo trigêmeo. Então a motricidade é dada pelo nervo facial e a parte sensitiva nervo trigêmeo. Região lateral Podemos perceber vários músculos (4), parecendo em forma de leque ao redor da orelha são chamados de músculos auriculares (do latim auris, que significa orelha). Esses músculos podem não ter aparentemente uma função muito grande de forma geral nas pessoas, mas algumas pessoas tem a capacidade de mexer a orelha, são realizados por movimentos desses músculos auriculares. 50 2 imagens que na verdade são as mesmas, a esquerda uma imagem ilustrativa de livros, artigos e no da direita VERDADEIRO, como realmente é. No cadáver tudo é perfeito, mas muito diferente do que vemos em atlas e em aplicativos, porque temos variações anatômicas, todas as pessoas não são iguais. O atlas é o Instagram , cadáver é a vida real. Precisamos analisar a distribuição das fibras musculares de cada músculo. Temos músculos que se dispõem paralelamente, verticalmente, transversalmente, circulares, oblíquos. Como fisioterapeutas temos que ter o olhar clínico e reparar na disposição das fibras musculares de cada um abaixo da pele, porque quando formos usar recursos fisioterapêuticos, vamos realiza-los obedecendo a ordem das fibras musculares. Se eu conheço a direção da fibra muscular, eu consigo entender a função que esse músculo vai ter e exercer. sempre que for olhar um músculo já avaliar a disposição das fibras musculares porque conseguimos entender a função que ele vai realizar. Imagem retirada de atlas, e o que eles fazem? Dividem a face em duas. Uma metade eles deixam com músculos mais superficiais e na outra metade eles tiram o mais superficial, mostrando o mais profundo. Os músculos da fisionomia (cuticulares) é mais difícil dizer a origem e inserção, porque a origem de um deles é em um osso, mas a inserção é na pele, não tem como falar exatamente por ser a pele, algo muito grande. 51 Ventre frontal do M. occipitofrontal: são fibras dispostas verticalmente que tracionam a pele posteriormente e é o músculo da atenção. M. prócero: juntamente com o M. (mais profundo) corrugador do supercílio. O prócero vai enrugar a pele da região da raiz do nariz e o corrugador do supercílio vai elevar o supercílio. M. nasal: circula a região nasal, importante para fazer a dilatação das narinas, principalmente quando precisamos de uma respiração mais intensa. Quando esse músculo contrai, as narinas dilatam. M. zigomático maior, zigomático menor e risório: as disposições dos 3 é +/- as mesmas. Risório traciona a pele na região próxima dos lábios posteriormente, mas o sorriso não depende só do risório, o risório traciona lateralmente, mas um sorriso também abre superiormente. Então o conjunto dos 3 vai tracionar a pele durante o movimento de abertura da boca e sorriso, vão tracionar posteriormente, obliquamente e superiormente. M. orbicular do olho e orbicular da boca: situados mais profundamente, estão circundando em volta da órbita e da cavidade oral. O M. orbicular da boca, além de ele fornecer uma proteção porque ele circula a cavidade oral, a maior parte da espessura dos lábios é formado pelo orbicular da boca. Os lábios tem a camada externa que é pele, a camada interna que é uma mucosa, mas a maior espessura dele que é uma camada média são músculos e o principal músculo que forma a consistência dos lábios é o orbicular da boca. Abertura e fechamento da boca, os principais músculos que fecham e tracionam a mandíbula são os músculos da mastigação, mas os músculos orbicular da boca, levantador do lábio, abaixador do lábio eles movimentam um pouco mais o lábio e a bochecha, o orbicular da boca, mentual e bucinador são responsáveis por cerrar fortemente os lábios (apertar os lábios, um contra o outro). Já o orbicular do olho é responsável por proteger e circular a região das órbitas e também ajudar no movimento das pálpebras, que são importantes para o reflexo de proteção, e no movimento da contração do orbicular junto com o M. palpebral vai comprimir a glândula lacrimal para lubrificar o olho. Se em uma paralisia facial a pessoa perde a capacidade de piscar, temos que fazer esses movimentos de forma artificialmente ou pingar colírio se não vai ressecar toda a córnea. O mesmo vale para o orbicular da boca, as pessoa vão ter dificuldades quando forem ingerir os líquidos, vai sugar e escorrer tudo pelos cantos dos lábios, porque ela não consegue fechar os lábios. Na parte inferior temos alguns músculos: M. abaixador ou depressor do ângulo da boca, abaixador ou depressor do lábio inferior e mentual. Músculos superficiais (superior p/ inferior): 52 53 54 Mudanças da mímica e sua interpretação durante a contração dos músculos a) A contração do M. orbicular do olho na região do ângulo lateral das pálpebras expressa preocupação; b) A contração do M. corrugador do supercílio em resposta à luz intensa: “fronte do pensador”; c) A contração do M. nasal diminui a narina e provoca uma expressão facial alegre e libidinosa; d) A contração mais intensa do M. levantador do lábio superior e da asa do nariz expressa descontentamento; e) A contração do M. orbicular da boca expressa determinação; f) A contração do M. bucinador sinaliza satisfação; g) A contração do M. zigomático maior durante o sorriso; h) A contração do M. risório indica a expressão facial de ação; i) A contração do M. levantador do ângulo da boca sinaliza autoconfiança; j) A contração do M. abaixador do ângulo da boca sinaliza tristeza; k) A contração do M. abaixador do lábio inferior abaixa o lábio inferior e exprime estabilidade; l) A contração do M. mentual expressa indecisão. 55 Não focar muito na funçãoprincipal dos músculos, pois eles tem uma função mais especifica, mas muitas vezes atuam em outros movimentos. A expressão facial nada mais é do que uma somatória de vários músculos atuando. 56 57 M. temporal: maior deles, no fechamento da mandíbula o temporal é o que contribui com a maior potência 50% da potência da mordida é do temporal; M. masseter: 2º músculo mais potente; M. pterigoideo medial: mais inferiormente; M. pterigoideo lateral: fica mais superiormente. Músculos da Mastigação São 4 músculos que vão trabalhar na parte de movimentar a mandíbula. Esses músculos atuam na articulação temporomandibular (ATM). Uma área de atuação muito interessante da fisioterapia e muito escassa de profissionais. São eles: Os pterigoideos estão mais internamente, então eu tenho que abrir a mandíbula, ambos tem origem no processo pterigoideo do osso esfenoide, movimentam a mandíbula de um lado para o outro, além de auxiliar no fechamento da mesma: 58 Existe um nervo do SNA – divisão parassimpática que é chamado de N. TRIGÊMEO, recebe esse nome porque tem 3 raízes: 1. Oftálmico; 2. Maxilar; 3. Mandibular. Todos os músculos da mastigação são inervados pelo N. mandibular que é ramo do N. trigêmeo. Os músculos da mastigação, ao contrário do que muitos pensam, eles atuam principalmente no fechamento da boca, porque a abertura da boca vai ser realiza por outros músculos que são chamados de supra-hóideos e pela própria ação da gravidade do relaxamento desses músculos. Abertura da boca é muito mais passiva do que ativa. Atuam também no movimento de triturar os alimentos, movimento lateral, alguns mais outros menos, principalmente os pterigoideos por conta de sua localização ser interna. 59 60 A função dos músculos da mastigação é fechar a mandíbula e os pterigoideos fazem a lateralização. O único músculo que atua de forma mais ativa na abertura da mandíbula é o pterigoideo lateral, mas só no início. • Quando você vai começar a abrir a boca: M. pterigoideo lateral; • Ai ele para a partir de um ponto e vem outros M. auxiliando e a própria gravidade. Pontos de fixação muscular – Origem Pontos de fixação muscular – Inserção 61 Pescoço Para nós movimentarmos a nossa cabeça, esses músculos que movimentam a cabeça tem uma extremidade fixada nos ossos da cabeça e a outra extremidade fixada nos ossos da coluna cervical, no esterno, na clavícula ou nas costelas. Eles saem dos ossos citados anteriormente e vão se inserir nos ossos do crânio e ai quando contraem temos o movimento da cabeça. Músculos que cruzam o pescoço para movimentar a cabeça. Limites e Regiões do Pescoço O limite superior do pescoço: é a margem inferior da mandíbula, processo mastoide do osso temporal até a protuberância occipital externa. O limite inferior do pescoço: é a margem superior da clavícula, da incisura jugular do esterno e até o processo espinhoso da 7ª vértebra cervical. Só que o pescoço vai ser dividido em dois compartimentos: 1) Trígono cervical anterior; 2) Trígono cervical lateral. Quem faz essa divisão de dois compartimentos é o M. ESTERNOCLEIDOMASTOIDEO, ele corta um quadrilátero que forma o pescoço em duas metades. Abaixo da pele do pescoço, entre as estruturas, vísceras e músculos, nós temos várias lâminas que formam a Fáscia Cervical. Essa fáscia cervical é formada por várias lâminas, tenho: • Lâmina superficial: reveste M. trapézio, M. esternocleidomastoideo; • Lâmina pré-traqueal: reveste os MM. infra-hioides; • Lâmina pré-vertebral: são os mais profundos, em contato com a coluna vertebral; • Lâmina visceral: reveste a traqueia, esôfago; • Bainha carótida: reveste as artérias e vasos, artéria carótida. Isso quer dizer que as estruturas que estão na região do pescoço são envolvidas por uma camada (membrana), só que não é a mesma membrana que recobre todos. Por exemplo, alguns músculos superficiais são revestidos pela lâmina superficial, outros pela lâmina prétraqueal, outros pela lâmina pré-vertebral e isso serve para separar o pescoço em compartimentos. 62 63 Músculos do Pescoço Podemos dividir os músculos do pescoço em grupos. 1º - MM. mais superficiais do pescoço: • M. platisma: m. do pescoço, como se fosse correspondente de um m. da face por ser parecido com os MM. cuticulares, como se fosse uma cortina, se prende na margem inferior da mandíbula e desce na tela subcutânea para se inserir na parte superior do tórax, na clavícula, esterno. Tem a função de tracionar a pele do pescoço pra frente e para cima. É inervado pelo n. facial; • M. esternocleidomastoideo: uma das cabeças de origem no osso esterno, no manúbrio do externo, outra na extremidade esternal da clavícula e sobe em direção ao processo mastoideo do osso temporal. Ele que vai dividir o pescoço em uma porção anterior e lateral. Quando os dois mm. contraem ao mesmo tempo ele faz flexão do pescoço, quando só houver contração de um lado, ele vai fazer a inclinação para o mesmo lado e a rotação para o lado oposto. Ele é o principal m. relacionado com o torcicolo, torcicolo é uma alteração no espasmo do m. esternocleidomastoideo. É inervado pelo 11º n. acessório; • M. trapézio, embora seja um M. do dorso, uma parte dele está na região posterior do pescoço. 64 Supra-hióideos: acima do osso hioide, 4 superiores. Infra-Hióideos: abaixo do osso hioide, 4 inferiores. 2º - MM. da região anterior do pescoço: • Podem ser divididos em dois grupos, sendo 8 no total: Osso hioide que fica na região anterior do pescoço, entre a mandíbula e cartilagem tireóidea, bem no plano mediano. Esse osso não se conecta com nenhum outro osso, não se articula, ele está simplesmente suspenso e fixo por músculos que são chamados de dois tipos apresentados abaixo. 3º - MM. pré-vertebrais, que estão situados mais profundamente no pescoço: • M. longo da cabeça; • M. longo do pescoço; • M. reto anterior da cabeça; • M. reto lateral da cabeça. 4º - MM. da região lateral: • M. escaleno anterior; • M. escaleno médio; • M. escaleno posterior. 5º - MM. da nuca: • M. semiespinal da cabeça; • M. semiespinal do pescoço; • M. esplênio da cabeça; • M. esplênio do pescoço; • M. longuíssimo da cabeça; • M. iliocostal do pescoço; • MM. suboccipitais. 65 4 músculos que estão superiores ao osso hioide: • M. digástrico; • M. gênio-hióideo; • M. milo-hióideo; • M. estilo-hióideo. 4 músculos que estão inferiores ao osso hioide: • M. esterno-hióideo; • M. esternotireóideo; • M. tíreo-hióideo; • M. omo-hióideo. O osso hioide está no plano mediano do pescoço. Todos os 4 infra-hióides mantém o osso hioide fixo, dão estabilidade para o osso, para os 4 músculos supra-hióides poderem atuar na deglutição e na abertura da boca, só que se o osso não estiver fixo, eles não vão conseguir fazerem isso, por isso os infra dão estabilidade para o osso. Escaleno anterior: se insere na 1ª costela; Escaleno médio: se insere na 1ª costela; Escaleno posterior: se insere na 2ª costela. Músculos Laterais do Pescoço São os músculos escalenos, 3 músculos que estão na região lateral do pescoço. Todos esses músculos tem origem nos processos transversos das vértebras cervicais. E vão se inserir nas costelas: Pela posição lateral eles tem a função de inclinação lateral do pescoço. Eles são músculos auxiliares na mecânica respiratória, quando pegamos pacientes que tem disfunções respiratórias graves (DPOC, enfisema pulmonar..) vamos ver que a musculatura do pescoço deles é muito hipertrofiado do que o de uma pessoa normal. Por que? Porque ele precisa ter uma compensação e esses músculos como se inserem nas costelas, eles também atuam no movimento de inspiração, assim como o m. esternocleidomastoideo. Em condições normais quem atua é o diafragma e o intercostal 66 M. longo da cabeça; M. longo do pescoço; M. reto anterior da cabeça; M. reto lateral da cabeça. Músculos Pré-Vertebrais São mais profundos, estão antes das vértebras: Em conjunto, esses MM. vão fazer a flexão da cabeça, porque eles estão anterior as vértebras, então flexiona a cabeça anteriormente. E os que fazem parte do dorso,
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