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CRISES CONVULSIVAS CRISE CONVULSIVA X EPILEPSIA Não são sinônimos Uma convulsão ocorre quando há uma atividade elétrica anormal do cérebro (desorganizada e súbita) A convulsão pode ser um evento único ou acontecer repetidas vezes. Crises recorrentes caracterizam o diagnóstico de epilepsia COMO IDENTIFICAR A CRISE CONVULSIVA? A CRISE CONVULSIVA é facilmente identificada pelos seguintes sintomas: - espasmos musculares em todo o corpo - olhar perdido ou olhos virados e - aumento da salivação - pode ter perda de urina ou fezes CAUSAS: Meningite Tumor cerebral Abuso de drogas (cocaína e ecstasy) Choque elétrico Febre Doença cardíaca Envenenamento Hipoglicemia ... Quando não se conhece a causa → idiopática Pode afetar um ou os dois lados do cérebro → sintomas → segundos a muitos minutos por episódio. Algumas sensações ocorrem como sinais de alerta para uma convulsão: Sentimentos súbitos de medo ou ansiedade Desconforto no estômago Tontura Alterações na visão CRISE CONVULSIVA Na crise: Perder a consciência, seguida por confusão Ter espasmos musculares, cair Salivação; Morder a língua Ter movimentos oculares rápidos e súbitos Perder o controle da função da bexiga ou intestino Como agir: mantenha a calma; chame atendimento especializado Se possível, evite que a vítima caia no chão. Deite-a no chão, de lado, para evitar que se engasgue com saliva, vômito ou secreções Afaste objetos ao redor para evitar que a vítima se machuque Afrouxe um pouco as roupas da vítima para que ela respire melhor Jamais coloque a mão dentro da boca da vítima para puxar a língua e não coloque nenhum objeto Não tente segurar a vítima na tentativa de conter os movimentos Como agir: mantenha a calma; chame atendimento especializado Preste muita atenção ao que a pessoa está fazendo para que você possa descrever a convulsão para o resgate ou médico: • Que tipo de movimento do corpo ocorreu? • Quanto tempo durou a convulsão? • Como a pessoa agiu imediatamente após o ataque? • Existem lesões? Como agir: mantenha a calma; chame atendimento especializado • Após uma convulsão: Verifique se a pessoa sofreu lesões Se a pessoa está tendo dificuldade para respirar Forneça uma área segura, onde a pessoa possa descansar Não dê nada para ela comer ou beber até que a pessoa esteja totalmente acordada e alerta Como agir: mantenha a calma; chame atendimento especializado • Após uma convulsão (continuação): Fique com a pessoa até que ela esteja acordada e familiarizada com o ambiente. A maioria das pessoas vai ficar sonolenta ou confusa após uma convulsão Uma pessoa que teve uma convulsão não deve dirigir, nadar, subir escadas, ou operar máquinas até que realizado atendimento médico DESMAIOS DESMAIO (SÍNCOPE) • perda abrupta e transitória da consciência e do tônus postural (da capacidade de ficar em pé), seguida de recuperação rápida e completa • Os desmaios ocorrem por causa da diminuição do fluxo sanguíneo no cérebro • Trata-se de um evento clínico comum, que atinge mais as pessoas idosas, os portadores de cardiopatias e as mulheres jovens • O problema é que, na queda associada ao desmaio, com frequência as pessoas podem sofrer traumatismos e fraturas ósseas CAUSAS Doenças cardiovasculares: arritmias, distúrbios hemodinâmicos, paradas cardiorrespiratórias, porque comprometem o fluxo normal do sangue para os tecidos, em especial para o cérebro Distúrbios metabólicos: hipoglicemia; anemia intensa, hemorragias, desidratação e desequilíbrio na composição dos sais minerais da corrente sanguínea. Uso de medicações: diversos medicamentos, entre eles os diuréticos, podem provocar desmaios, quando usados em doses mais altas. CAUSAS Hipotensão ortostática: a queda brusca da pressão arterial provocada pela mudança repentina de posição. Outras causas: cansaço extremo, emoções súbitas, nervosismo intenso, dores fortes e permanência prolongada em lugares fechados e quentes. DIAGNÓSTICO (não é doença, mas pode ser resultante de outras doenças) É fundamental identificar a causa do desmaio para instituir o tratamento Levantamento da história e da avaliação clínica do paciente, exames específicos de sangue, neurológicos e de imagem SINTOMAS Existem alguns sintomas que prenunciam a perda da consciência e do tônus postural. • palidez, • fraqueza, • suor frio, • náusea e ânsia de vômito, • pulso fraco, • tontura, visão turva, • pressão arterial baixa • respiração lenta. COMO AGIR: (1ª situação) 1. Se a pessoa começou a desfalecer, tente apoiá-la antes que caia. 2. Ajude-a a sentar-se numa cadeira ou poltrona e a colocar a cabeça entre os joelhos. 3. Peça que inspire e expire profundamente até que o mal estar passe. Não permita que se levante sozinha. 1. Se ocorreu o desmaio, deite a pessoa o mais confortavelmente possível, com a cabeça e ombros em posição mais baixa que o restante do corpo. 2. Vire a cabeça de lado para evitar que aspire secreções que possam sufocá-la. 3. Nunca a faça aspirar álcool nem jogue água em seu rosto para reanimá-la. 4. Quando recobrar a consciência, não permita que se levante sozinha. Faça-a ficar alguns minutos sentada para readaptar-se à posição vertical. COMO AGIR: 2ª situação COMO AGIR: Toda a pessoa que sofreu um desmaio, por mais rápido e aparentemente inofensivo que seja, deve ser levada a um serviço de saúde para avaliação o mais depressa possível. A única coisa que se pode fazer, depois que ela recuperar a consciência e se estiver bem, é dar-lhe água, suco, chá ou água com açúcar. Sob nenhum pretexto, deve ser oferecido qualquer tipo de bebida que contenha álcool. Primeiros Socorros em Queimaduras Universidade Federal do Espírito Santo Departamento de Educação Integrada a Saúde Curso de Fisioterapia CONCEITO Lesões teciduais decorrentes da transferência de energia de uma fonte calórica para o corpo Podem ser ocasionadas por agentes: térmicos; elétricos; radioativos; químicos Tamanho das lesões: pequenas a catastróficas (extensas áreas) Nas vítimas de incêndio: a lesão por inalação + complicações pulmonares → morbi-mortalidade Consequências (dependem do tamanho da área lesada) : sofrimento físico, sequelas/incapacidades, terapias prolongadas, trauma psicológico, óbito EPIDEMIOLOGIA 4ª causa de óbito no mundo Faixa etária entre 1 a 40 anos Lesão térmica por escaldadura é a principal forma de queimaduras em crianças (3 – 4 anos) 20% de todas as vítimas de queimaduras são crianças Em adultos → lesão por chamas Adolescentes → queimaduras por eletricidade No Brasil, 30% do total de vítimas queimadas necessitam de hospitalização FISIOPATOLOGIA Lesão térmica → resposta inflamatória (vasodilatação dos vasos intactos) → ruborização local → ↑ permeabilidade vascular → edema → fibroblastos e fibras de colágeno → regeneração Nos casos mais graves: (> 25% da área total lesada) → perda de líquido → ↓ volume intravascular → choque (se não fizer a ressuscitação hídrica) → ↓ DC → perfusão tecidual inadequada → vasoconstrição → RVP → insuficiência renal → choque irreversível Outras consequências: perda de peso, isquemia gástrica, maior risco de infecções CLASSIFICAÇÃO (profundidade) Dor intensa e vermelhidão local, mas com palidez quando se toca a pele. Lesão seca e não produz bolhas. Geralmente melhoram após 3 a 6 dias, podendo descamar e não deixa sequelas. (queimadura solar) Profunda, destruição total de nervos, folículos pilosos, glândulas sudoríparas e capilares sanguíneos, podendo atingir músculos e estruturas ósseas. Lesões esbranquiçadas/acinzentadas,secas, indolores e deformantes que não curam sem apoio cirúrgico, necessitando de enxertos (chamas, elétrica) Superficial: sintomas anteriores + aparecimento de bolhas e aparência úmida (líquidos quentes). 3 semanas para cura, não deixa cicatriz, área mais clara. Profunda: semelhante a de 3º grau, melhora > 3 semanas, deixa cicatrizes. (sólidos quentes,) CLASSIFICAÇÃO (extensão da lesão) – regra dos 9 Qual o percentual de área queimada de um homem de 35 anos, com queimadura de segundo grau que teve lesões na face anterior do tronco e dos membros superiores e no abdômen? ABORDAGEM INICIAL Como agir: - Interrompa o processo que está originando a queimadura. Se for fogo na vestimenta, não deixe a pessoa correr. Deite-a no chão e comece a abafar as chamas pela cabeça, usando um cobertor, um tapete, um casaco grosso ou faça-a rolar no chão - Não retire roupas coladas na pele, apenas recorte as partes soltas, sobre as áreas queimadas - Cubra a área queimada com gaze esterilizada ou panos limpos, para evitar infecção - Não aplique qualquer creme ou pomada na queimadura, a não ser que haja prescrição médica - Jamais rompa as bolhas formadas na queimadura - Em queimaduras de 1º e 2º grau resfrie o ferimento com água corrente. Não aplique gelo no local - Em queimaduras químicas, limpe e remova a substância da pele e das roupas. Em seguida, lave o ferimento com bastante água corrente - Em caso de queimadura de origem elétrica, não socorra a vítima antes de desligar a corrente - Além da queimadura, a corrente elétrica pode gerar parada cardiorrespiratória, devendo neste caso ser aplicada a reanimação. Após prestar o primeiro atendimento, chame socorro ou conduza a pessoa ao hospital ATENÇÃO! Em hipótese alguma nos casos de queimaduras deve-se: Retirar qualquer pedaço de roupa ou tecido que porventura ficarem agarrados à pele da vítima; Estourar as bolhas que se formaram, nem retirar a pele das que já estouraram; Aplicar gelo sobre as queimaduras, pois ele também causa queimaduras; Aplicar receitas caseiras como: manteiga, creme dental, entre outros.
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