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SUSTENTABILIDADE 20170624T170930Z 001

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SUSTENTABILIDADE/Aula 02 - Política Nacional sobre Mudanças do Clima.pdf
Aula 02
Noções de Sustentabilidade p/ TRE-PE (Todos os Cargos) - Com videoaulas
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AULA 02 ± Política Nacional de Mudanças no Clima (Lei 
12.187/2009) 
 
 
SUMÁRIO PÁGINA 
Política Nacional de Mudanças no Clima (Lei 
12.187/2009). 
2 
Lista de questões 15 
Questões comentadas 20 
Memorex 29 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Política Nacional sobre Mudança do Clima 
 
Lei 12.187/09 e Decreto 7.390/2010 
 
A preocupação com as mudanças climáticas tornou-se prioritária e 
extremamente importante para a sociedade internacional, tendo em vista 
que a mesma afeta o cotidiano de toda a população mundial. 
O Protocolo de Kyoto significou um primeiro passo de compromisso 
mundial para as reduções nas emissões de gases de efeito estufa. Embora 
a obrigação de redução de emissões tenha recaído, especialmente, sobre 
os países desenvolvidos, o Brasil assumiu compromisso nacional 
voluntário de redução na emissão de gases por meio da Lei nº 
12.187/2009. 
A Lei nº 12.187/2009 (PNMC) estabelece os princípios, objetivos, 
diretrizes e instrumentos que nortearão as políticas climáticas a serem 
adotadas no país, bem como adota uma meta voluntária de redução 
de emissões de GEEs entre 36,1% a 38,9% até 2020. Mesmo sendo 
um país componente do grupo sem obrigatoriedade de reduzir suas 
emissões (Não-Anexo I do Protocolo de Kyoto), o Brasil, de forma 
inovadora, comprometeu-se no plano interno. 
A PNMC dispõe que todos têm o dever de atuar, em benefício das 
presentes e futuras gerações, para a redução dos impactos decorrentes 
das interferências antrópicas sobre o sistema climático. As ações de 
âmbito nacional para o enfrentamento das alterações climáticas, atuais, 
presentes e futuras, devem considerar e integrar as ações promovidas no 
âmbito estadual e municipal por entidades públicas e privadas. 
 
Conceitos: 
I - adaptação: iniciativas e medidas para reduzir a vulnerabilidade dos 
sistemas naturais e humanos frente aos efeitos atuais e esperados da 
mudança do clima; 
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II - efeitos adversos da mudança do clima: mudanças no meio 
físico ou biota resultantes da mudança do clima que tenham efeitos 
deletérios significativos sobre a composição, resiliência ou 
produtividade de ecossistemas naturais e manejados, sobre o 
funcionamento de sistemas socioeconômicos ou sobre a saúde e o 
bem-estar humanos; 
III - emissões: liberação de gases de efeito estufa ou seus 
precursores na atmosfera numa área específica e num período 
determinado; 
IV - fonte: processo ou atividade que libere na atmosfera gás de efeito 
estufa, aerossol ou precursor de gás de efeito estufa; 
V - gases de efeito estufa: constituintes gasosos, naturais ou 
antrópicos, que, na atmosfera, absorvem e reemitem radiação 
infravermelha; 
VI - impacto: os efeitos da mudança do clima nos sistemas humanos 
e naturais; 
VII - mitigação: mudanças e substituições tecnológicas que reduzam 
o uso de recursos e as emissões por unidade de produção, bem como a 
implementação de medidas que reduzam as emissões de gases de 
efeito estufa e aumentem os sumidouros; 
VIII - mudança do clima: mudança de clima que possa ser direta ou 
indiretamente atribuída à atividade humana que altere a composição da 
atmosfera mundial e que se some àquela provocada pela variabilidade 
climática natural observada ao longo de períodos comparáveis; 
IX - sumidouro: processo, atividade ou mecanismo que remova da 
atmosfera gás de efeito estufa, aerossol ou precursor de gás de efeito 
estufa; e 
X - vulnerabilidade: grau de suscetibilidade e incapacidade de um 
sistema, em função de sua sensibilidade, capacidade de adaptação, e 
do caráter, magnitude e taxa de mudança e variação do clima a que 
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está exposto, de lidar com os efeitos adversos da mudança do clima, 
entre os quais a variabilidade climática e os eventos extremos. 
 
Os princípios, objetivos, diretrizes e instrumentos das políticas 
públicas e programas governamentais, assim como os programas e ações 
do Governo Federal que integram o Plano Plurianual deverão, sempre que 
for aplicável, compatibilizar-se com os princípios, objetivos, diretrizes e 
instrumentos desta Política Nacional sobre Mudança do Clima. 
 
A lei traz alguns princípios que devem ser observados: 
9 precaução, 
9 prevenção, 
9 participação cidadã, 
9 desenvolvimento sustentável e o 
9 responsabilidades comuns, porém diferenciadas (este 
último no âmbito internacional). 
Quanto às medidas a serem adotadas na execução da PNMC, será 
considerado o seguinte: 
I - todos têm o dever de atuar, em benefício das presentes e futuras 
gerações, para a redução dos impactos decorrentes das interferências 
antrópicas sobre o sistema climático; 
II - serão tomadas medidas para prever, evitar ou minimizar as 
causas identificadas da mudança climática com origem antrópica no 
território nacional, sobre as quais haja razoável consenso por parte dos 
meios científicos e técnicos ocupados no estudo dos fenômenos 
envolvidos; 
III - as medidas tomadas devem levar em consideração os diferentes 
contextos socioeconomicos de sua aplicação, distribuir os ônus e encargos 
decorrentes entre os setores econômicos e as populações e comunidades 
interessadas de modo equitativo e equilibrado e sopesar as 
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responsabilidades individuais quanto à origem das fontes emissoras e dos 
efeitos ocasionados sobre o clima; 
IV - o desenvolvimento sustentável é a condição para enfrentar as 
alterações climáticas e conciliar o atendimento às necessidades comuns e 
particulares das populações e comunidades que vivem no território 
nacional; 
V - as ações de âmbito nacional para o enfrentamento das alterações 
climáticas, atuais, presentes e futuras, devem considerar e integrar as 
ações promovidas no âmbito estadual e municipal por entidades públicas 
e privadas. 
 
Em seguida temos os objetivos da Política Nacional sobre Mudança 
do Clima, que deverão estar em consonância com o desenvolvimento 
sustentável a fim de buscar o crescimento econômico, a erradicação da 
pobreza e a redução das desigualdades sociais (Desenvolvimento
Sustentável). 
 
Objetivos da Política Nacional sobre Mudança do Clima - PNMC: 
I - compatibilização do desenvolvimento econômico-social com a 
proteção do sistema climático; 
II - redução das emissões antrópicas de gases de efeito estufa em 
relação às suas diferentes fontes; 
III ± (VETADO); 
IV - fortalecimento das remoções antrópicas por sumidouros de gases 
de efeito estufa no território nacional; 
V - implementação de medidas para promover a adaptação à mudança 
do clima pelas 3 (três) esferas da Federação, com a participação e a 
colaboração dos agentes econômicos e sociais interessados ou 
beneficiários, em particular aqueles especialmente vulneráveis aos seus 
efeitos adversos; 
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VI - preservação, conservação e recuperação dos recursos ambientais, 
com particular atenção aos grandes biomas naturais tidos como 
Patrimônio Nacional; 
VII - consolidação e expansão das áreas legalmente protegidas e ao 
incentivo aos reflorestamentos e à recomposição da cobertura vegetal 
em áreas degradadas; 
VIII - estímulo ao desenvolvimento do Mercado Brasileiro de Redução de 
Emissões - MBRE. 
 
Registre-se que o inciso III do art. 4º foi vetado, pois segundo as 
razões do veto, seria inadequada a fixação de um objetivo consistente no 
abandono do uso de combustíveis fósseis. Veja a redação do dispositivo 
vetado e as razões para tanto: 
Redação do inciso III, que foi vetado: ³ao estímulo ao 
desenvolvimento e ao uso de tecnologias limpas e ao paulatino abandono 
do uso de fontes energéticas que utilizem combustíveis fósseis;´ 
Razões do veto: 
 
"A atual política energética do País já tem priorizado a utilização de fontes 
de energia renováveis em sua matriz e obtido avanços amplamente 
reconhecidos no uso de tecnologias limpas. Uma das balizas dessa política 
é o aproveitamento racional dos vários recursos energéticos disponíveis, o 
que torna inadequada uma diretriz focada no abandono do uso de 
combustíveis fósseis. A estratégia para o setor deve atender aos 
princípios e objetivos estabelecidos pela Lei 9.478, de 6 de agosto de 
1997, que congrega a proteção ao meio ambiente a outros valores 
relevantes para a política e a segurança energéticas." 
 
Diretrizes da Política Nacional sobre Mudança do Clima: 
I - os compromissos assumidos pelo Brasil na Convenção-Quadro das 
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Nações Unidas sobre Mudança do Clima, no Protocolo de Quioto e nos 
demais documentos sobre mudança do clima dos quais vier a ser 
signatário; 
II - as ações de mitigação da mudança do clima em consonância com o 
desenvolvimento sustentável, que sejam, sempre que possível, 
mensuráveis para sua adequada quantificação e verificação a posteriori; 
III - as medidas de adaptação para reduzir os efeitos adversos da 
mudança do clima e a vulnerabilidade dos sistemas ambiental, social e 
econômico; 
IV - as estratégias integradas de mitigação e adaptação à mudança do 
clima nos âmbitos local, regional e nacional; 
V - o estímulo e o apoio à participação dos governos federal, estadual, 
distrital e municipal, assim como do setor produtivo, do meio acadêmico 
e da sociedade civil organizada, no desenvolvimento e na execução de 
políticas, planos, programas e ações relacionados à mudança do clima; 
VI - a promoção e o desenvolvimento de pesquisas científico-
tecnológicas, e a difusão de tecnologias, processos e práticas orientados 
a: 
a) mitigar a mudança do clima por meio da redução de emissões 
antrópicas por fontes e do fortalecimento das remoções antrópicas por 
sumidouros de gases de efeito estufa; 
b) reduzir as incertezas nas projeções nacionais e regionais futuras da 
mudança do clima; 
c) identificar vulnerabilidades e adotar medidas de adaptação adequadas; 
VII - a utilização de instrumentos financeiros e econômicos para 
promover ações de mitigação e adaptação à mudança do clima, 
observado o disposto no art. 6o; 
VIII - a identificação, e sua articulação com a Política prevista nesta Lei, 
de instrumentos de ação governamental já estabelecidos aptos a 
contribuir para proteger o sistema climático; 
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IX - o apoio e o fomento às atividades que efetivamente reduzam as 
emissões ou promovam as remoções por sumidouros de gases de efeito 
estufa; 
X - a promoção da cooperação internacional no âmbito bilateral, regional 
e multilateral para o financiamento, a capacitação, o desenvolvimento, a 
transferência e a difusão de tecnologias e processos para a 
implementação de ações de mitigação e adaptação, incluindo a pesquisa 
científica, a observação sistemática e o intercâmbio de informações; 
XI - o aperfeiçoamento da observação sistemática e precisa do clima e 
suas manifestações no território nacional e nas áreas oceânicas 
contíguas; 
XII - a promoção da disseminação de informações, a educação, a 
capacitação e a conscientização pública sobre mudança do clima; 
XIII - o estímulo e o apoio à manutenção e à promoção: 
a) de práticas, atividades e tecnologias de baixas emissões de gases de 
efeito estufa; 
b) de padrões sustentáveis de produção e consumo. 
 
Instrumentos da Política Nacional sobre Mudança do Clima: 
I - o Plano Nacional sobre Mudança do Clima; 
II - o Fundo Nacional sobre Mudança do Clima; 
III - os Planos de Ação para a Prevenção e Controle do Desmatamento 
nos biomas; 
IV - a Comunicação Nacional do Brasil à Convenção-Quadro das Nações 
Unidas sobre Mudança do Clima, de acordo com os critérios estabelecidos 
por essa Convenção e por suas Conferências das Partes; 
V - as resoluções da Comissão Interministerial de Mudança Global do 
Clima; 
VI - as medidas fiscais e tributárias destinadas a estimular a redução das 
emissões e remoção de gases de efeito estufa, incluindo alíquotas 
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diferenciadas, isenções, compensações e incentivos, a serem 
estabelecidos em lei específica; 
VII - as linhas de crédito e financiamento específicas de agentes 
financeiros públicos e privados; 
VIII - o desenvolvimento de linhas de pesquisa por agências de fomento; 
IX - as dotações específicas para ações em mudança do clima no 
orçamento da União; 
X - os mecanismos financeiros e econômicos referentes à mitigação da 
mudança do clima e à adaptação aos efeitos da mudança do clima que 
existam no âmbito da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre 
Mudança do Clima e do Protocolo de Quioto; 
XI - os mecanismos financeiros e econômicos, no âmbito nacional, 
referentes à mitigação e à adaptação à mudança do clima; 
XII - as medidas existentes, ou a serem criadas, que estimulem o 
desenvolvimento de processos e tecnologias, que contribuam para
a 
redução de emissões e remoções de gases de efeito estufa, bem como 
para a adaptação, dentre as quais o estabelecimento de critérios de 
preferência nas licitações e concorrências públicas, compreendidas aí as 
parcerias público-privadas e a autorização, permissão, outorga e 
concessão para exploração de serviços públicos e recursos naturais, para 
as propostas que propiciem maior economia de energia, água e outros 
recursos naturais e redução da emissão de gases de efeito estufa e de 
resíduos; 
XIII - os registros, inventários, estimativas, avaliações e quaisquer 
outros estudos de emissões de gases de efeito estufa e de suas fontes, 
elaborados com base em informações e dados fornecidos por entidades 
públicas e privadas; 
XIV - as medidas de divulgação, educação e conscientização; 
XV - o monitoramento climático nacional; 
XVI - os indicadores de sustentabilidade; 
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XVII - o estabelecimento de padrões ambientais e de metas, 
quantificáveis e verificáveis, para a redução de emissões antrópicas por 
fontes e para as remoções antrópicas por sumidouros de gases de efeito 
estufa; 
XVIII - a avaliação de impactos ambientais sobre o microclima e o 
macroclima. 
 
Os instrumentos institucionais para a atuação da Política Nacional de 
Mudança do Clima incluem: 
I - o Comitê Interministerial sobre Mudança do Clima; 
II - a Comissão Interministerial de Mudança Global do Clima; 
III - o Fórum Brasileiro de Mudança do Clima; 
IV - a Rede Brasileira de Pesquisas sobre Mudanças Climáticas Globais - 
Rede Clima; 
V - a Comissão de Coordenação das Atividades de Meteorologia, 
Climatologia e Hidrologia. 
 
As instituições financeiras oficiais disponibilizarão linhas de crédito e 
financiamento específicas para desenvolver ações e atividades que 
atendam aos objetivos da lei 12.187/09 e voltadas para induzir a conduta 
dos agentes privados à observância e execução da PNMC, no âmbito de 
suas ações e responsabilidades sociais. 
O Mercado Brasileiro de Redução de Emissões - MBRE será 
operacionalizado em bolsas de mercadorias e futuros, bolsas de valores e 
entidades de balcão organizado, autorizadas pela Comissão de Valores 
Mobiliários - CVM, onde se dará a negociação de títulos mobiliários 
representativos de emissões de gases de efeito estufa evitadas 
certificadas. 
 
Plano Nacional sobre Mudança do Clima 
 
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O Plano Nacional sobre Mudança do Clima será integrado pelos 
planos de ação para a prevenção e controle do desmatamento nos biomas e 
pelos planos setoriais de mitigação e de adaptação às mudanças climáticas. 
De acordo com o Art. 5o , § único do Decreto 6.263/07, o Plano 
Nacional sobre Mudança do Clima será estruturado em quatro eixos 
temáticos: 
I - mitigação; 
II - vulnerabilidade, impacto e adaptação; 
III - pesquisa e desenvolvimento; e 
IV - capacitação e divulgação. 
O Grupo Executivo sobre Mudança do Clima tem a finalidade de 
elaborar, implementar, monitorar e avaliar o Plano Nacional sobre 
Mudança do Clima, sob a orientação do Comitê Interministerial sobre 
Mudança do Clima ± CIM. Esse Grupo Executivo sobre Mudança do Clima 
é coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente. 
As revisões do Plano Nacional sobre Mudança do Clima ocorrerão 
previamente à elaboração dos Planos Plurianuais e as revisões dos planos 
setoriais e dos destinados à proteção dos biomas em períodos regulares 
não superiores a dois anos. 
As revisões do Plano Nacional sobre Mudança do Clima e a 
elaboração dos planos setoriais tomarão por base a Segunda 
Comunicação Nacional do Brasil à Convenção-Quadro das Nações Unidas 
sobre Mudança do Clima, com foco no Segundo Inventário Brasileiro de 
Emissões Antrópicas por Fontes e Remoções por Sumidouros de Gases de 
Efeito Estufa Não-controlados pelo Protocolo de Montreal ou a edição mais 
recente à época das revisões. 
Planos de ação para a prevenção e controle do desmatamento 
nos biomas e planos setoriais de mitigação e de adaptação às 
mudanças climáticas: 
I - Plano de Ação para a Prevenção e Controle do Desmatamento 
na Amazônia Legal - PPCDAm; 
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II - Plano de Ação para a Prevenção e Controle do 
Desmatamento e das Queimadas no Cerrado - PPCerrado; 
III - Plano Decenal de Expansão de Energia - PDE; 
IV - Plano para a Consolidação de uma Economia de Baixa 
Emissão de Carbono na Agricultura; e 
V - Plano de Redução de Emissões da Siderurgia. 
 
Compromisso Nacional Voluntário 
 
Para alcançar os objetivos da PNMC, o País adotará, como 
compromisso nacional voluntário, ações de mitigação das emissões 
de gases de efeito estufa, com vistas a reduzir entre 36,1% e 38,9% 
suas emissões projetadas até 2020. 
A projeção das emissões para 2020 assim como o detalhamento das 
ações para alcançar esse objetivo foram dispostos no Decreto 
7.390/2010, tendo por base o segundo Inventário Brasileiro de 
Emissões e Remoções Antrópicas de Gases de Efeito Estufa não 
Controlados pelo Protocolo de Montreal, concluído em 2010. 
A Lei da Política Nacional de Mudança do Clima remeteu para 
regulamento tanto a definição de quais serão as projeções de emissões de 
gases de efeito estufa em 2020, quanto o detalhamento das ações 
necessárias ao atingimento do compromisso nacional voluntário. 
 
Projeção de Emissões em 2020 de 3.236 Milhões Ton CO2eq 
 
Em atendimento à determinação retro citada da Lei nº 12.187/2009 
(definição de quais serão as projeções de emissões de gases de efeito 
estufa em 2020), foi editado o Decreto nº 7.390/2010, que projetou o 
total de emissões do Brasil em 2020 na ordem de 3.236 milhões 
tonCO2eq, composta pelas projeções para os seguintes setores: 
I - Mudança de Uso da Terra: 1.404 milhões de tonCO2eq; 
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II - Energia: 868 milhões de tonCO2eq; 
III - Agropecuária: 730 milhões de tonCO2eq; e 
IV - Processos Industriais e Tratamento de Resíduos: 234 
milhões de tonCO2eq. 
O Decreto nº 7.390/2010 trouxe a informação de que os 36,1% e 
os 38,9% correspondem, respectivamente, a uma redução de emissões 
de gases de efeito estufa da ordem de 1.168 milhões de tonCO2eq e 
1.259 milhões de tonCO2Qeq. 
E para o atingimento de tais metas, o referido Decreto estabeleceu 
as seguintes ações para os Planos previstos no seu art. 3º: 
I - redução de 80% dos índices anuais de desmatamento na 
Amazônia Legal em relação à média verificada entre os anos de 1996 a 
2005; 
II - redução de 40% dos índices anuais de desmatamento no 
Bioma Cerrado em relação à média verificada entre os anos de 1999 a 
2008; 
III - expansão da oferta hidroelétrica,
da oferta de fontes 
alternativas renováveis, notadamente centrais eólicas, pequenas 
centrais hidroelétricas e bioeletricidade, da oferta de biocombustíveis, e 
incremento da eficiência energética; 
IV - recuperação de 15 milhões de hectares de pastagens 
degradadas; 
V - ampliação do sistema de integração lavoura-pecuária-floresta 
em 4 milhões de hectares; 
VI - expansão da prática de plantio direto na palha em 8 milhões de 
hectares; 
VII - expansão da fixação biológica de nitrogênio em 5,5 milhões de 
hectares de áreas de cultivo, em substituição ao uso de fertilizantes 
nitrogenados; 
VIII - expansão do plantio de florestas em 3 milhões de hectares; 
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IX - ampliação do uso de tecnologias para tratamento de 4,4 
milhões de m3 de dejetos de animais; e 
X - incremento da utilização na siderurgia do carvão vegetal 
originário de florestas plantadas e melhoria na eficiência do 
processo de carbonização. 
As ações poderão ser implementadas inclusive por meio do 
Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) ou de outros 
mecanismos no âmbito da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre 
Mudança do Clima. 
Por fim, merece registro que as ações de mitigação relacionadas 
com o compromisso nacional voluntário, também, poderão ser definidas 
em outros planos e programas governamentais e não só os definidos na 
Lei da PNMC. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Lista de questões 
(O gabarito e as questões comentadas estão em seguida) 
 
1 - (CESPE / UnB - Tecnologista Pleno 1 ± Tema V: Projetos de 
Pesquisa Desenvolvimento e Inovação em Ciências Ambientais e 
da Vida - MCTI - 2012) 
É ampla a variedade de políticas e instrumentos disponíveis para 
que os governos criem incentivos para a adoção de medidas que 
objetivem evitar ou minimizar as causas da mudança do clima e 
mitigar seus efeitos negativos, sendo os setores de energia e de 
transportes os mais propícios à adoção de tais medidas. 
 
2 - (CESPE / UnB - Tecnologista Pleno 1 ± Tema V: Projetos de 
Pesquisa Desenvolvimento e Inovação em Ciências Ambientais e 
da Vida - MCTI - 2012) 
As competências do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação 
(MCTI) incluem a implementação, o monitoramento e a avaliação 
do Plano Nacional sobre Mudança do Clima (PNMC). 
 
3 - (CESPE / UnB - Tecnologista Pleno 1 ± Tema V: Projetos de 
Pesquisa Desenvolvimento e Inovação em Ciências Ambientais e 
da Vida - MCTI - 2012) 
As políticas ambientais têm evoluído no Brasil e no mundo, 
inclusive com a criação de normas e condutas, na busca por 
soluções para as questões ambientais. Hoje, tanto os cidadãos 
comuns quanto as organizações passaram a dar mais importância 
à proteção ao meio ambiente, preocupando-se, por exemplo, com 
as mudanças climáticas. Com relação a esse assunto, julgue os 
itens que se seguem. 
O Plano Nacional sobre Mudança do Clima, estabelecido a partir 
das diretrizes gerais da Política Nacional sobre Mudança do Clima, 
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está estruturado sobre três eixos: mitigação, desenvolvimento e 
divulgação. 
 
4 - (FCC - Procuradoria Geral do Estado ± RN ± 2014) 
São objetivos da Política Nacional sobre Mudança do Clima í�
PNMC: 
A. a redução das emissões de gases expelidos naturalmente em 
relação às suas diferentes fontes. 
B. o estímulo ao mercado de compensação de reserva legal e ao 
mercado de compensação de áreas de preservação permanente. 
C. a preservação, a conservação e a recuperação dos recursos 
ambientais, com particular atenção aos grandes biomas naturais 
tidos como Patrimônio Nacional. 
D. a união do mercado de carbono com o mercado de 
compensação de reserva legal. 
E. a interação do mercado de carbono com o mercado de 
compensação de áreas de preservação permanente. 
 
5 - (CESPE / UnB - Tecnologista Pleno 1 ± Tema V: Projetos de 
Pesquisa Desenvolvimento e Inovação em Ciências Ambientais e 
da Vida - MCTI - 2012) 
A preocupação com as mudanças climáticas tem sido tema 
recorrente na sociedade civil e nos meios acadêmico-científico, 
econômico (industrial e de produção agrícola) e político. São 
apontados como motivos dessas mudanças, entre outros, o uso 
inadequado do solo, a exploração não sustentável de recursos 
naturais e minerais, a poluição hídrica e atmosférica e os 
desmatamentos. 
 
6 - (Cesgranrio - Profissional do Meio Ambiente - Transpetro - 
3/2011) 
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Todos os países signatários da Convenção sobre Mudança do 
Clima assumiram o compromisso de elaborar e atualizar, 
periodicamente, inventários nacionais de emissões e remoções 
antrópicas de gases de efeito estufa (GEE), classificados por suas 
respectivas fontes. O Brasil apresentou, em outubro de 2010, o 
segundo Inventário Nacional de Emissões de Gases de Efeito 
Estufa. O novo inventário abarca o período que vai de 1990 a 
2005. Antes disso, em dezembro de 2009, foi publicada a Lei nº 
12.187, instituindo a Política Nacional sobre Mudança do Clima 
(PNMC), que teve alguns de seus artigos regulamentados pelo 
Decreto no 7.930, de 9 de dezembro de 2010. 
Para alcançar os objetivos da PNMC, o país adotará, como 
compromisso nacional voluntário, ações de mitigação das 
emissões de gases de efeito estufa, com vistas a garantir que as 
emissões projetadas até 2020 sofram um acréscimo limitado a 
5%. 
 
7 - (Cesgranrio - Engenheiro de Meio Ambiente Júnior ± Petrobras 
± 2014) 
A Lei Federal nº 12.187, de 29/12/2009, institui a Política 
Nacional sobre Mudança do Clima (PNMC) e dá outras 
providências. Para alcançar os objetivos da PNMC, o País adotará, 
como compromisso nacional voluntário, ações de mitigação das 
emissões de gases de efeito estufa, com vistas a reduzir suas 
emissões projetadas até 2020 em um percentual dentro de uma 
faixa meta. O Brasil cumpriria esse objetivo de forma mais 
eficiente economicamente se o percentual de redução obtido fosse 
de 
A. 4% 
B. 15% 
C. 26% 
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D. 37% 
E. 48% 
 
8 - (CESPE/UnB - ESPECIALISTA EM MEIO AMBIENTE E RECURSOS 
HÍDRICOS ± SAEB/SEMA ± 2012) 
Constituem diretrizes da Política Nacional acerca da Mudança do 
Clima (PNMC) os compromissos assumidos pelo Brasil na 
Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre mudança do clima, 
no protocolo de Kyoto e nos demais documentos sobre mudança 
do clima
de que o país seja signatário. 
 
9 - (CESPE/UnB - Especialista em Regulação de Serviços de 
Transportes Terrestres - Área Engenharia Ambiental/Florestal - 
Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) ± 2013) 
A PNMC estabelece que o país assumirá compromisso voluntário 
de reduzir a emissão de gases de efeito estufa projetada para 
2020 entre 36 a 39%. 
 
10 - (CESPE/UnB - ESPECIALISTA EM MEIO AMBIENTE E 
RECURSOS HÍDRICOS ± SAEB/SEMA ± 2012) 
São instrumentos da política nacional no que se refere a mudança 
do clima a comunicação nacional do Brasil à Convenção-Quadro 
das Nações Unidas sobre mudança do clima, de acordo com os 
critérios estabelecidos por essa convenção e por suas 
Conferências das Partes, e as resoluções da comissão 
interministerial de mudança global do clima. 
 
11 - (CESPE/UnB - ESPECIALISTA EM MEIO AMBIENTE E 
RECURSOS HÍDRICOS ± SAEB/SEMA ± 2012) 
Constituem diretrizes da Política Nacional acerca da Mudança do 
Clima (PNMC) as estratégias integradas de mitigação e adaptação 
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Prof. Rosenval Júnior ± Aula 02 
 
 
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à mudança do clima, a serem adotadas apenas em âmbito local e 
nacional. 
 
12 - (FCC - Procuradoria Geral do Estado ± RN ± 2014) 
6mR� REMHWLYRV� GD� 3ROtWLFD� 1DFLRQDO� VREUH� 0XGDQoD� GR� &OLPD� í�
PNMC: 
A. a redução das emissões de gases expelidos naturalmente em 
relação às suas diferentes fontes. 
B. o estímulo ao mercado de compensação de reserva legal e ao 
mercado de compensação de áreas de preservação permanente. 
C. a preservação, a conservação e a recuperação dos recursos 
ambientais, com particular atenção aos grandes biomas naturais 
tidos como Patrimônio Nacional. 
D. a união do mercado de carbono com o mercado de 
compensação de reserva legal. 
E. a interação do mercado de carbono com o mercado de 
compensação de áreas de preservação permanente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Gabarito: 
1C - 2E - 3E - 4C - 5C - 6E - 7D - 8C - 9C ± 10C ± 11E 
 
 
Questões comentadas 
 
1 - (CESPE / UnB - Tecnologista Pleno 1 ± Tema V: Projetos de 
Pesquisa Desenvolvimento e Inovação em Ciências Ambientais e 
da Vida - MCTI - 2012) 
É ampla a variedade de políticas e instrumentos disponíveis para 
que os governos criem incentivos para a adoção de medidas que 
objetivem evitar ou minimizar as causas da mudança do clima e 
mitigar seus efeitos negativos, sendo os setores de energia e de 
transportes os mais propícios à adoção de tais medidas. 
 
Certo. Exatamente. Essas medidas podem ser adotadas em diferentes 
setores como: energia, indústria, transportes, setor florestal e 
agropecuário, entre outros. 
 
2 - (CESPE / UnB - Tecnologista Pleno 1 ± Tema V: Projetos de 
Pesquisa Desenvolvimento e Inovação em Ciências Ambientais e 
da Vida - MCTI - 2012) 
As competências do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação 
(MCTI) incluem a implementação, o monitoramento e a avaliação 
do Plano Nacional sobre Mudança do Clima (PNMC). 
 
Errado. O Grupo Executivo sobre Mudança do Clima tem a finalidade de 
elaborar, implementar, monitorar e avaliar o Plano Nacional sobre 
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Mudança do Clima, sob a orientação do Comitê Interministerial sobre 
Mudança do Clima ± CIM. 
Esse Grupo Executivo sobre Mudança do Clima é coordenado pelo 
Ministério do Meio Ambiente. 
 
3 - (CESPE / UnB - Tecnologista Pleno 1 ± Tema V: Projetos de 
Pesquisa Desenvolvimento e Inovação em Ciências Ambientais e 
da Vida - MCTI - 2012) 
As políticas ambientais têm evoluído no Brasil e no mundo, 
inclusive com a criação de normas e condutas, na busca por 
soluções para as questões ambientais. Hoje, tanto os cidadãos 
comuns quanto as organizações passaram a dar mais importância 
à proteção ao meio ambiente, preocupando-se, por exemplo, com 
as mudanças climáticas. Com relação a esse assunto, julgue os 
itens que se seguem. 
O Plano Nacional sobre Mudança do Clima, estabelecido a partir 
das diretrizes gerais da Política Nacional sobre Mudança do Clima, 
está estruturado sobre três eixos: mitigação, desenvolvimento e 
divulgação. 
 
Errado. O Plano estrutura-se em quatro eixos: 
9 oportunidades de mitigação; 
9 impactos, vulnerabilidades e adaptação; 
9 pesquisa e desenvolvimento; e 
9 educação, capacitação e comunicação. 
 
4 - (FCC - Procuradoria Geral do Estado ± RN ± 2014) 
6mR� REMHWLYRV� GD� 3ROtWLFD� 1DFLRQDO� VREUH� 0XGDQoD� GR� &OLPD� í�
PNMC: 
A. a redução das emissões de gases expelidos naturalmente em 
relação às suas diferentes fontes. 
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B. o estímulo ao mercado de compensação de reserva legal e ao 
mercado de compensação de áreas de preservação permanente. 
C. a preservação, a conservação e a recuperação dos recursos 
ambientais, com particular atenção aos grandes biomas naturais 
tidos como Patrimônio Nacional. 
D. a união do mercado de carbono com o mercado de 
compensação de reserva legal. 
E. a interação do mercado de carbono com o mercado de 
compensação de áreas de preservação permanente. 
 
Gabarito: letra C. 
 
Objetivos da Política Nacional sobre Mudança do Clima - PNMC: 
I - compatibilização do desenvolvimento econômico-social com a 
proteção do sistema climático; 
II - redução das emissões antrópicas de gases de efeito estufa 
em relação às suas diferentes fontes; 
III ± (VETADO); 
IV - fortalecimento das remoções antrópicas por sumidouros de gases 
de efeito estufa no território nacional; 
V - implementação de medidas para promover a adaptação à mudança 
do clima pelas 3 (três) esferas da Federação, com a participação e a 
colaboração dos agentes econômicos e sociais interessados ou 
beneficiários, em particular aqueles especialmente vulneráveis aos seus 
efeitos adversos; 
VI - preservação, conservação e recuperação dos recursos 
ambientais, com particular atenção aos grandes biomas naturais 
tidos como Patrimônio Nacional; 
VII - consolidação e expansão das áreas legalmente protegidas e ao 
incentivo aos reflorestamentos e à recomposição da cobertura vegetal 
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em áreas degradadas; 
VIII - estímulo ao desenvolvimento do Mercado Brasileiro de 
Redução de Emissões - MBRE. 
 
 
5 - (CESPE / UnB - Tecnologista Pleno 1 ± Tema V: Projetos de 
Pesquisa Desenvolvimento e Inovação em Ciências Ambientais e 
da Vida - MCTI - 2012) 
A preocupação com as mudanças climáticas tem
sido tema 
recorrente na sociedade civil e nos meios acadêmico-científico, 
econômico (industrial e de produção agrícola) e político. São 
apontados como motivos dessas mudanças, entre outros, o uso 
inadequado do solo, a exploração não sustentável de recursos 
naturais e minerais, a poluição hídrica e atmosférica e os 
desmatamentos. 
 
Certo. Perfeito. O item cita as principais causas que são apontadas como 
motivadoras das mudanças climáticas. 
 
6 - (Cesgranrio - Profissional do Meio Ambiente - Transpetro - 
3/2011) 
Todos os países signatários da Convenção sobre Mudança do 
Clima assumiram o compromisso de elaborar e atualizar, 
periodicamente, inventários nacionais de emissões e remoções 
antrópicas de gases de efeito estufa (GEE), classificados por suas 
respectivas fontes. O Brasil apresentou, em outubro de 2010, o 
segundo Inventário Nacional de Emissões de Gases de Efeito 
Estufa. O novo inventário abarca o período que vai de 1990 a 
2005. Antes disso, em dezembro de 2009, foi publicada a Lei nº 
12.187, instituindo a Política Nacional sobre Mudança do Clima 
(PNMC), que teve alguns de seus artigos regulamentados pelo 
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Decreto no 7.930, de 9 de dezembro de 2010. 
Para alcançar os objetivos da PNMC, o país adotará, como 
compromisso nacional voluntário, ações de mitigação das 
emissões de gases de efeito estufa, com vistas a garantir que as 
emissões projetadas até 2020 sofram um acréscimo limitado a 
5%. 
 
Errado. 
De acordo com o art. 12 da Lei nº 12.187/09, para alcançar os 
objetivos da PNMC, o País adotará, como compromisso nacional 
voluntário, ações de mitigação das emissões de gases de efeito estufa, 
com vistas em reduzir entre 36,1% e 38,9% suas emissões 
projetadas até 2020. 
 
7 - (Cesgranrio - Engenheiro de Meio Ambiente Júnior ± Petrobras 
± 2014) 
A Lei Federal nº 12.187, de 29/12/2009, institui a Política 
Nacional sobre Mudança do Clima (PNMC) e dá outras 
providências. Para alcançar os objetivos da PNMC, o País adotará, 
como compromisso nacional voluntário, ações de mitigação das 
emissões de gases de efeito estufa, com vistas a reduzir suas 
emissões projetadas até 2020 em um percentual dentro de uma 
faixa meta. O Brasil cumpriria esse objetivo de forma mais 
eficiente economicamente se o percentual de redução obtido fosse 
de 
A. 4% 
B. 15% 
C. 26% 
D. 37% 
E. 48% 
 
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Gabarito: Letra D. De acordo com o art. 12 da Lei nº 12.187/09, para 
alcançar os objetivos da PNMC, o País adotará, como compromisso 
nacional voluntário, ações de mitigação das emissões de gases de efeito 
estufa, com vistas em reduzir entre 36,1% e 38,9% suas emissões 
projetadas até 2020. 
2EVHUYHP� TXH� DV� DOWHUQDWLYDV� ³D´�� ³E´�� ³F´� HVWmR� DEDL[R� GR� PtQLPR� GH�
������ H� D� OHWUD� ³H´� traz um valor que está acima do percentual 
estabelecido como compromisso. 
 
8 - (CESPE/UnB - ESPECIALISTA EM MEIO AMBIENTE E RECURSOS 
HÍDRICOS ± SAEB/SEMA ± 2012) 
Constituem diretrizes da Política Nacional acerca da Mudança do 
Clima (PNMC) os compromissos assumidos pelo Brasil na 
Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre mudança do clima, 
no protocolo de Kyoto e nos demais documentos sobre mudança 
do clima de que o país seja signatário. 
 
Certo. Conforme dispõe o art. 5º, I, da PNMC, são diretrizes da Política 
Nacional sobre Mudança do Clima os compromissos assumidos pelo Brasil 
na Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, no 
Protocolo de Quioto e nos demais documentos sobre mudança do clima 
dos quais vier a ser signatário. 
 
9 - (CESPE/UnB - Especialista em Regulação de Serviços de 
Transportes Terrestres - Área Engenharia Ambiental/Florestal - 
Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) ± 2013) 
A PNMC estabelece que o país assumirá compromisso voluntário 
de reduzir a emissão de gases de efeito estufa projetada para 
2020 entre 36 a 39%. 
 
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Certo. De acordo com o art. 12 da Lei nº 12.187/09, para alcançar os 
objetivos da PNMC, o País adotará, como compromisso nacional 
voluntário, ações de mitigação das emissões de gases de efeito estufa, 
com vistas em reduzir entre 36,1% e 38,9% suas emissões 
projetadas até 2020. 
Questão um pouco capciosa, pois o Examinador não traz os percentuais 
exatos. No entanto, observa-se que o item está correto, pois de fato a 
meta fica entre 36 a 39%. 
 
10 - (CESPE/UnB - ESPECIALISTA EM MEIO AMBIENTE E 
RECURSOS HÍDRICOS ± SAEB/SEMA ± 2012) 
São instrumentos da política nacional no que se refere a mudança 
do clima a comunicação nacional do Brasil à Convenção-Quadro 
das Nações Unidas sobre mudança do clima, de acordo com os 
critérios estabelecidos por essa convenção e por suas 
Conferências das Partes, e as resoluções da comissão 
interministerial de mudança global do clima. 
 
Certo. Item de acordo com o art. 6º, VI, e VII, da Política Nacional sobre 
Mudança do Clima (PNMC). 
Art. 6o São instrumentos da Política Nacional sobre Mudança do 
Clima: 
I - o Plano Nacional sobre Mudança do Clima; 
II - o Fundo Nacional sobre Mudança do Clima; 
III - os Planos de Ação para a Prevenção e Controle do 
Desmatamento nos biomas; 
IV - a Comunicação Nacional do Brasil à Convenção-Quadro 
das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, de acordo com os 
critérios estabelecidos por essa Convenção e por suas 
Conferências das Partes; 
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V - as resoluções da Comissão Interministerial de Mudança 
Global do Clima; 
VI - as medidas fiscais e tributárias destinadas a estimular a redução 
das emissões e remoção de gases de efeito estufa, incluindo alíquotas 
diferenciadas, isenções, compensações e incentivos, a serem 
estabelecidos em lei específica; 
VII - as linhas de crédito e financiamento específicas de agentes 
financeiros públicos e privados; 
VIII - o desenvolvimento de linhas de pesquisa por agências de 
fomento; 
IX - as dotações específicas para ações em mudança do clima no 
orçamento da União; 
X - os mecanismos financeiros e econômicos referentes à mitigação 
da mudança do clima e à adaptação aos efeitos da mudança do clima que 
existam no âmbito da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre 
Mudança do Clima e do Protocolo de Quioto; 
XI - os mecanismos financeiros e econômicos, no âmbito nacional, 
referentes à mitigação e à adaptação à mudança do clima; 
XII - as medidas existentes, ou a serem criadas, que estimulem o 
desenvolvimento de processos e tecnologias, que contribuam para a 
redução de emissões e remoções de gases de efeito estufa, bem como 
para a adaptação, dentre as
quais o estabelecimento de critérios de 
preferência nas licitações e concorrências públicas, compreendidas aí as 
parcerias público-privadas e a autorização, permissão, outorga e 
concessão para exploração de serviços públicos e recursos naturais, para 
as propostas que propiciem maior economia de energia, água e outros 
recursos naturais e redução da emissão de gases de efeito estufa e de 
resíduos; 
XIII - os registros, inventários, estimativas, avaliações e quaisquer 
outros estudos de emissões de gases de efeito estufa e de suas fontes, 
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elaborados com base em informações e dados fornecidos por entidades 
públicas e privadas; 
XIV - as medidas de divulgação, educação e conscientização; 
XV - o monitoramento climático nacional; 
XVI - os indicadores de sustentabilidade; 
XVII - o estabelecimento de padrões ambientais e de metas, 
quantificáveis e verificáveis, para a redução de emissões antrópicas por 
fontes e para as remoções antrópicas por sumidouros de gases de efeito 
estufa; 
XVIII - a avaliação de impactos ambientais sobre o microclima e o 
macroclima. 
 
11 - (CESPE/UnB - ESPECIALISTA EM MEIO AMBIENTE E 
RECURSOS HÍDRICOS ± SAEB/SEMA ± 2012) 
Constituem diretrizes da Política Nacional acerca da Mudança do 
Clima (PNMC) as estratégias integradas de mitigação e adaptação 
à mudança do clima, a serem adotadas apenas em âmbito local e 
nacional. 
 
Errado. Não apenas em âmbito local e nacional. De acordo com o art. 5º, 
IV, da PNMC, as estratégias integradas de mitigação e adaptação à 
mudança do clima deverão ser desenvolvidas nos âmbitos local, regional 
e nacional! 
 
 
 
 
 
 
³7HQKD�FRUDJHP�GH�VHJXLU�R�VHX�FRUDomR�H�D�VXD�LQWXLomR�´� 
Steve Jobs 
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MEMOREX 
 
A Lei nº 12.187/2009 (PNMC) estabelece os princípios, objetivos, 
diretrizes e instrumentos que nortearão as políticas climáticas a serem 
adotadas no país, bem como adota uma meta voluntária de 
redução de emissões de GEEs entre 36,1% a 
38,9% até 2020. Mesmo sendo um país componente do grupo 
sem obrigatoriedade de reduzir suas emissões (Não-Anexo I do Protocolo 
de Kyoto), o Brasil, de forma inovadora, comprometeu-se no plano 
interno. 
 
Conceitos: 
I - adaptação: iniciativas e medidas para reduzir a vulnerabilidade dos 
sistemas naturais e humanos frente aos efeitos atuais e esperados da 
mudança do clima; 
II - efeitos adversos da mudança do clima: mudanças no meio 
físico ou biota resultantes da mudança do clima que tenham efeitos 
deletérios significativos sobre a composição, resiliência ou 
produtividade de ecossistemas naturais e manejados, sobre o 
funcionamento de sistemas socioeconômicos ou sobre a saúde e o 
bem-estar humanos; 
III - emissões: liberação de gases de efeito estufa ou seus 
precursores na atmosfera numa área específica e num período 
determinado; 
IV - fonte: processo ou atividade que libere na atmosfera gás de efeito 
estufa, aerossol ou precursor de gás de efeito estufa; 
V - gases de efeito estufa: constituintes gasosos, naturais ou 
antrópicos, que, na atmosfera, absorvem e reemitem radiação 
infravermelha; 
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VI - impacto: os efeitos da mudança do clima nos sistemas humanos 
e naturais; 
VII - mitigação: mudanças e substituições tecnológicas que reduzam 
o uso de recursos e as emissões por unidade de produção, bem como a 
implementação de medidas que reduzam as emissões de gases de 
efeito estufa e aumentem os sumidouros; 
VIII - mudança do clima: mudança de clima que possa ser direta ou 
indiretamente atribuída à atividade humana que altere a composição da 
atmosfera mundial e que se some àquela provocada pela variabilidade 
climática natural observada ao longo de períodos comparáveis; 
IX - sumidouro: processo, atividade ou mecanismo que remova da 
atmosfera gás de efeito estufa, aerossol ou precursor de gás de efeito 
estufa; e 
X - vulnerabilidade: grau de suscetibilidade e incapacidade de um 
sistema, em função de sua sensibilidade, capacidade de adaptação, e 
do caráter, magnitude e taxa de mudança e variação do clima a que 
está exposto, de lidar com os efeitos adversos da mudança do clima, 
entre os quais a variabilidade climática e os eventos extremos. 
 
 
Princípios que devem ser observados: 
9 precaução, 
9 prevenção, 
9 participação cidadã, 
9 desenvolvimento sustentável e o 
9 responsabilidades comuns, porém diferenciadas 
(este último no âmbito internacional). 
 
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Noções de Sustentabilidade p/ TRE-PE (Todos os Cargos) - Com videoaulas
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AULA 03 
Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei nº 12.305/2010). 
 
SUMÁRIO PÁGINA 
Lei nº 12.305/2010 e Decreto nº 7.404/2010 (Política 
Nacional de Resíduos Sólidos). 
2 
Lista de questões 38 
Gabarito 47 
Questões comentadas 48 
Memorex 70 
 
Prezados, 
 Estou adiantando a aula 03 para vocês! 
Para esta aula, os tópicos mais abordados em provas são: 
9 Conceitos; 
9 Princípios; 
9 Objetivos; 
9 Instrumentos; 
9 Logística reversa; e 
9 Proibições. 
 
Vamos gabaritar! 
Bons estudos! 
Prof. Rosenval Jr. 
Dicas no Instagram de Sustentabilidade: @profrosenval 
Fanpage: rosenvaljr 
 
 
 
 
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Lei nº 12.305/10: Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) 
 
Introdução 
 
A lei nº 12.305, de 2 de agosto de 2010 institui a Política 
Nacional de Resíduos Sólidos, reúne o conjunto de princípios, 
objetivos, instrumentos, diretrizes, metas e ações adotados pelo Governo 
Federal, isoladamente ou em regime de cooperação com Estados, Distrito 
Federal, Municípios ou particulares, com vistas à gestão integrada e ao 
gerenciamento ambientalmente adequado dos resíduos sólidos. 
A Política Nacional de Resíduos Sólidos integra a Política Nacional do 
Meio Ambiente e articula-se com a Política Nacional de Educação 
Ambiental, com a Política Federal de Saneamento Básico. 
Devem observar o disposto nesta lei as pessoas físicas ou 
jurídicas, de direito público ou privado, responsáveis, direta ou 
indiretamente, pela geração de resíduos sólidos e as que desenvolvam 
ações relacionadas à gestão integrada ou ao gerenciamento de resíduos 
sólidos. 
O art. 5o, do Decreto 7.404/2010, que regulamenta a Lei 12.305/10,
dispõe que os fabricantes, importadores, distribuidores, comerciantes, 
consumidores e titulares dos serviços públicos de limpeza urbana e de 
manejo de resíduos sólidos são responsáveis pelo ciclo de vida dos 
produtos. Além disso, reza que responsabilidade compartilhada será 
implementada de forma individualizada e encadeada. 
Os consumidores são obrigados, sempre que estabelecido sistema de 
coleta seletiva pelo plano municipal de gestão integrada de resíduos 
sólidos ou quando instituídos sistemas de logística reversa, a acondicionar 
adequadamente e de forma diferenciada os resíduos sólidos gerados e a 
disponibilizar adequadamente os resíduos sólidos reutilizáveis e 
recicláveis para coleta ou devolução. 
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O Poder Público, o setor empresarial e a coletividade são 
responsáveis pela efetividade das ações voltadas para assegurar a 
observância da Política Nacional de Resíduos Sólidos e das diretrizes e 
determinações estabelecidas na Lei nº 12.305, de 2010, e no Decreto 
7.404/2010. 
Consoante art. 32, da Lei nº 12.305/10, as embalagens devem ser 
fabricadas com materiais que propiciem a reutilização ou a reciclagem. O 
art. 8º do Decreto 7.404/2010 nos diz que o disposto no artigo 32 da Lei 
nº 12.305/10 não se aplica às embalagens de produtos destinados à 
exportação, devendo o fabricante atender às exigências do país 
importador. 
ATENÇÃO!!! Importante frisar que a lei da Política Nacional de 
Resíduos Sólidos NÃO se aplica aos rejeitos radioativos, que são 
regulados por legislação específica. Vocês vão ver que esse detalhe já foi 
cobrado em prova! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Definições 
 
Acordo setorial: ato de natureza contratual firmado entre o poder 
público e fabricantes, importadores, distribuidores ou comerciantes, 
tendo em vista a implantação da responsabilidade compartilhada pelo 
ciclo de vida do produto; 
Área contaminada: local onde há contaminação causada pela 
disposição, regular ou irregular, de quaisquer substâncias ou 
resíduos; 
Área órfã contaminada: área contaminada cujos responsáveis 
pela disposição não sejam identificáveis ou individualizáveis; 
Ciclo de vida do produto: série de etapas que envolvem o 
desenvolvimento do produto, a obtenção de matérias-primas e insumos, 
o processo produtivo, o consumo e a disposição final; 
Coleta seletiva: coleta de resíduos sólidos previamente segregados 
conforme sua constituição ou composição; 
Controle social: conjunto de mecanismos e procedimentos que 
garantam à sociedade informações e participação nos processos de 
formulação, implementação e avaliação das políticas públicas 
relacionadas aos resíduos sólidos; 
Destinação final ambientalmente adequada: destinação de resíduos 
que inclui a reutilização, a reciclagem, a compostagem, a recuperação e 
o aproveitamento energético ou outras destinações admitidas pelos 
órgãos competentes do Sisnama, do SNVS e do Suasa, entre elas a 
disposição final, observando normas operacionais específicas de modo a 
evitar danos ou riscos à saúde pública e à segurança e a minimizar os 
impactos ambientais adversos; 
Disposição final ambientalmente adequada: distribuição ordenada 
de rejeitos em aterros, observando normas operacionais específicas de 
modo a evitar danos ou riscos à saúde pública e à segurança e a 
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minimizar os impactos ambientais adversos; 
Geradores de resíduos sólidos: pessoas físicas ou jurídicas, de 
direito público ou privado, que geram resíduos sólidos por meio de 
suas atividades, nelas incluído o consumo; 
Gerenciamento de resíduos sólidos: conjunto de ações exercidas, 
direta ou indiretamente, nas etapas de coleta, transporte, transbordo, 
tratamento e destinação final ambientalmente adequada dos resíduos 
sólidos e disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos, de 
acordo com plano municipal de gestão integrada de resíduos sólidos ou 
com plano de gerenciamento de resíduos sólidos, exigidos na forma 
desta Lei; 
Gestão integrada de resíduos sólidos: conjunto de ações voltadas 
para a busca de soluções para os resíduos sólidos, de forma a 
considerar as dimensões política, econômica, ambiental, cultural e 
social, com controle social e sob a premissa do desenvolvimento 
sustentável; 
Logística reversa: instrumento de desenvolvimento econômico e social 
caracterizado por um conjunto de ações, procedimentos e meios 
destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao 
setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros 
ciclos produtivos, ou outra destinação final ambientalmente adequada; 
Padrões sustentáveis de produção e consumo: produção e consumo 
de bens e serviços de forma a atender as necessidades das atuais 
gerações e permitir melhores condições de vida, sem comprometer a 
qualidade ambiental e o atendimento das necessidades das gerações 
futuras; 
Reciclagem: processo de transformação dos resíduos sólidos que 
envolve a alteração de suas propriedades físicas, físico-químicas ou 
biológicas, com vistas à transformação em insumos ou novos produtos, 
observadas as condições e os padrões estabelecidos pelos órgãos 
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competentes do Sisnama e, se couber, do SNVS e do Suasa; 
Rejeitos: resíduos sólidos que, depois de esgotadas todas as 
possibilidades de tratamento e recuperação por processos 
tecnológicos disponíveis e economicamente viáveis, não apresentem 
outra possibilidade que não a disposição final ambientalmente 
adequada; 
Resíduos sólidos: material, substância, objeto ou bem 
descartado resultante de atividades humanas em sociedade, a 
cuja destinação final se procede, se propõe proceder ou se está obrigado 
a proceder, nos estados sólido ou semissólido, bem como gases 
contidos em recipientes e líquidos cujas particularidades tornem 
inviável o seu lançamento na rede pública de esgotos ou em 
FRUSRV� G¶iJXD�� RX� H[LMDP� SDUD� LVVR� VROXo}HV� WpFQLFD� RX�
economicamente inviáveis em face da melhor tecnologia 
disponível; 
Responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos: 
conjunto de atribuições individualizadas e encadeadas dos fabricantes, 
importadores, distribuidores e comerciantes, dos consumidores e dos 
titulares dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo dos 
resíduos sólidos, para minimizar o volume de resíduos sólidos e rejeitos 
gerados, bem como para reduzir os impactos causados à saúde humana 
e à qualidade ambiental decorrentes do ciclo de vida dos produtos, nos 
termos desta Lei; 
Reutilização: processo de aproveitamento dos resíduos sólidos
sem sua transformação biológica, física ou físico-química, observadas 
as condições e os padrões estabelecidos pelos órgãos competentes do 
Sisnama e, se couber, do SNVS e do Suasa; 
Serviço público de limpeza urbana e de manejo de resíduos 
sólidos: conjunto de atividades previstas no art. 7º da Lei nº 11.445, 
de 2007. De acordo com a Lei 11.445, de 2007, serviço público de 
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limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos urbanos é composto 
pelas seguintes atividades: I - de coleta, transbordo e transporte dos 
resíduos;II - de triagem para fins de reúso ou reciclagem, de 
tratamento, inclusive por compostagem, e de disposição final dos 
resíduos; III - de varrição, capina e poda de árvores em vias e 
logradouros públicos e outros eventuais serviços pertinentes à limpeza 
pública urbana. 
 
Princípios e Objetivos 
 
São princípios da Política Nacional de Resíduos Sólidos: 
I - a prevenção e a precaução; 
II - o poluidor-pagador e o protetor-recebedor; 
III - a visão sistêmica, na gestão dos resíduos sólidos, que 
considere as variáveis ambiental, social, cultural, econômica, tecnológica 
e de saúde pública; 
IV - o desenvolvimento sustentável; 
V - a ecoeficiência, mediante a compatibilização entre o 
fornecimento, a preços competitivos, de bens e serviços qualificados que 
satisfaçam as necessidades humanas e tragam qualidade de vida e a 
redução do impacto ambiental e do consumo de recursos naturais a um 
nível, no mínimo, equivalente à capacidade de sustentação estimada do 
planeta; 
VI - a cooperação entre as diferentes esferas do poder 
público, o setor empresarial e demais segmentos da sociedade; 
VII - a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos 
produtos; 
VIII - o reconhecimento do resíduo sólido reutilizável e 
reciclável como um bem econômico e de valor social, gerador de 
trabalho e renda e promotor de cidadania; 
IX - o respeito às diversidades locais e regionais; 
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X - o direito da sociedade à informação e ao controle social; 
XI - a razoabilidade e a proporcionalidade. 
 
Pessoal, de todos os princípios, eu vou destacar abaixo os que são 
bem frequentes em provas e que vocês precisam saber distinguir. Irei, 
em poucas palavras, apresentar as suas principais características. 
 Primeiro o princípio do Desenvolvimento Sustentável, que para o 
Relatório Brundtland "Nosso Futuro Comum", de 1987, elaborado 
pela Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, é 
definido como aquele que atende as necessidades das gerações 
presentes sem comprometer a capacidade das gerações futuras na 
satisfação de suas próprias necessidades. 
 No Brasil o conceito já estava presente antes da CF/88 e da Rio/92. 
Em 1981, a Lei 6.938, que institui a Política Nacional do Meio Ambiente, 
já prescrevia como um de seus objetivos a compatibilização do 
desenvolvimento econômico e social com a preservação da 
qualidade do meio ambiente e do equilíbrio ecológico. 
 O Princípio 04 da Declaração do Rio de 1992 dispõe que para 
se alcançar o desenvolvimento sustentável, a proteção do meio 
ambiente deve constituir parte integrante do processo de 
desenvolvimento e não pode ser considerado separadamente. Ademais, 
a tarefa de erradicar a pobreza constitui requisito indispensável 
para o desenvolvimento sustentável. 
 O princípio do desenvolvimento sustentável tem previsão 
constitucional, devendo a ordem econômica observar, conforme os 
ditames da justiça social, entre outros, os princípios da função social 
da propriedade e a defesa do meio ambiente, inclusive mediante 
tratamento diferenciado conforme o impacto ambiental dos produtos e 
serviços e de seus processos de elaboração e prestação. 
 Basicamente podemos resumir o princípio do desenvolvimento 
sustentável por meio da figura abaixo: 
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 Outros dois princípios que eu quero pontuar são: precaução e 
prevenção. 
Alguns autores consideram esses princípios como sendo sinônimos. 
Entretanto, a doutrina majoritária e a Jurisprudência vêm adotando 
entendimento de que são princípios distintos e, portanto, com 
características próprias. 
 O princípio da prevenção apoia-se na certeza científica do 
impacto ambiental. Assim, adotam-se todas as medidas para mitigar ou 
eliminar os impactos conhecidos sobre o ambiente. É com base nesse 
princípio que nós temos o licenciamento e o monitoramento ambiental, 
que buscam evitar ou minimizar possíveis danos ao ambiente. 
 O Princípio da Prevenção parte da premissa de que os danos ao 
ambiente são, em regra, de difícil ou impossível reparação. Uma vez 
consumada uma degradação ao meio ambiente, a sua reparação é 
sempre incerta, excessivamente onerosa e demorada. Sendo 
praticamente impossível recuperarmos as condições originais. Daí a 
necessidade de atuação preventiva para evitar danos e prejuízos ao meio. 
Desenvolvimento 
Sustentável
Equidade 
Social
Preservação 
Ambiental
Crescimento 
Econômico
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 Já o Princípio da Precaução é uma garantia contra os riscos 
potenciais, incertos, que de acordo com o estágio atual do 
conhecimento não podem ser ainda identificados. Apoia-se na ausência 
de certeza científica, ou seja, quando a informação científica é 
insuficiente, incerta ou inconclusiva. 
 No âmbito das Convenções Internacionais, o princípio da precaução 
encontra-se disposto, entre outros, no artigo 15 da Declaração do Rio de 
Janeiro, elaborada pela Conferência das Nações Unidas para o Meio 
Ambiente e Desenvolvimento, realizada no Rio de Janeiro em 1992. 
 Princípio 15��³'H�PRGR�D�SURWHJHU�R�PHLR�DPELHQWH��R�princípio 
da precaução deve ser amplamente observado pelos Estados, de acordo 
com suas capacidades. Quando houver ameaça de danos sérios ou 
irreversíveis, a ausência de absoluta certeza científica não deve 
ser utilizada como razão para postergar medidas eficazes e 
economicamente viáveis para prevenir a degradação ambiental´�� 
 Importante observar, ainda, que ambos os princípios estão 
expressamente previstos na legislação brasileira, como na Política 
Nacional de Resíduos Sólidos (Lei 12.305/10), que agora estamos 
estudando, e na Política Nacional sobre Mudança do Clima (Lei 
12.187/09). 
 Outro aspecto importante da precaução é a inversão do ônus da 
prova. Cabe ao interessado (suposto poluidor) o ônus de provar, 
com anterioridade, que as intervenções pretendidas não são 
perigosas e/ou poluentes. Esse é o entendimento do STJ, conforme 
transcrito abaixo. 
 
 
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 Segundo o STJ, "aquele que cria ou assume o risco de danos 
ambientais tem o dever de reparar os danos causados e, em tal 
contexto, transfere-se a ele todo o encargo de provar que sua conduta 
não foi lesiva. Cabível na hipótese, a inversão do ônus da prova que, 
em verdade, se dá em prol da sociedade, que detém o direito de ver 
reparada ou compensada a eventual prática lesiva ao meio ambiente." 
(REsp 1049822/RS, Rel. Min. Francisco Falcão, Primeira Turma, DJe 
18/05/2009) 
 
 Resumindo: 
 O princípio da prevenção aplica-se quando são conhecidos os 
danos causados ao ambiente com a prática de determinada atividade 
perigosa. Quando há certeza quanto a esses danos. Exemplo: mineração. 
 Já o princípio da precaução é aplicado quando não há certeza 
quanto aos possíveis efeitos negativos de determinada atividade ou 
empreendimento. Nesse caso impõem-se restrições ou impede-se a 
intervenção pretendida. Exemplos: OGM (Organismos geneticamente 
modificados); radiofrequência de antenas de telefonia celular. 
 
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Agora, vamos deixar um ponto bem esclarecido sobre o princípio 
do poluidor-pagador. 
 Também conhecido como princípio da responsabilidade, exige do 
poluidor suportar as despesas de prevenção, reparação e 
repressão dos danos ambientais por ele causados. 
 Busca internalizar os custos sociais do processo de produção, 
ou seja, os custos resultantes da poluição devem ser internalizados 
nos custos de produção e assumidos pelos empreendedores de 
atividades potencialmente poluidoras. Visa evitar a privatização dos 
lucros e socialização das perdas. 
 Em outras palavras, os agentes econômicos devem contabilizar o 
custo social da poluição por eles gerada, e este deve ser assumido, ou 
internalizado. Isso acontece porque, junto com o processo produtivo, 
também são produzidas externalidades negativas. Dá-se esse nome pelo 
fato de que os resíduos da produção são recebidos por toda a sociedade, 
enquanto o lucro é recebido somente pelo produtor. 
PREVENÇÃO
Certeza 
científica 
acerca do 
dano 
Risco certo, 
concreto, 
conhecido 
Mineração
PRECAUÇÃO
Ausência de 
certeza 
científica. 
Dúvida
Risco incerto, 
potencial, 
desconhecido
OGM
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 Não se deve confundir o Princípio do poluidor-pagado com licença 
ou autorização para poluir. Não é pagador-poluidor, pois ninguém pode 
comprar o direito de poluir. A intenção é criar a consciência de que o meio 
ambiente deve ser preservado, inclusive no processo de produção e 
desenvolvimento. 
 O Princípio 16 da Declaração do Rio/92 enuncia o Princípio do 
Poluidor-pagador: "Tendo em vista que o poluidor deve, em princípio, 
arcar com o custo decorrente da poluição, as autoridades nacionais 
devem procurar promover a internalização dos custos e o uso de 
instrumentos econômicos, levando na devida conta o interesse público, 
sem distorcer o comércio e os investimentos internacionais." 
 A Constituição Federal coloca em prática o princípio do poluidor-
pagador quando obriga o explorador de recursos minerais a recuperar o 
meio ambiente degradado (Art. 225, parágrafo 3°); e quando estabelece 
sanções penais e administrativas aos infratores, independentemente da 
obrigação de reparar os danos causados (Art. 225, parágrafo 3°). 
 Antes, porém, a Lei 6.938/81 já trazia o princípio em seu artigo 14, 
parágrafo 1°, "é o poluidor obrigado, independentemente da existência 
de culpa, a indenizar ou reparar os danos causados ao meio 
ambiente e a terceiros, afetados por sua atividade." 
 Além disso, a Política Nacional de Meio Ambiente tem como um dos 
objetivos a imposição, ao poluidor e ao predador, da obrigação de 
recuperar e/ou indenizar os danos causados ao meio ambiente e a 
terceiros, afetados por sua atividade, independentemente da 
existência de culpa (Responsabilidade Civil Objetiva). 
 Por fim, vamos analisar o princípio da Responsabilidade 
Compartilhada . 
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A lei da Política Nacional dos Resíduos Sólidos instituiu a 
responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos, a 
ser implementada de forma individualizada e encadeada, abrangendo os 
fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes, os consumidores 
e os titulares dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo de 
resíduos sólidos. 
As embalagens devem ser fabricadas com materiais que propiciem a 
reutilização ou a reciclagem. Cabendo aos respectivos responsáveis 
assegurar que as embalagens sejam: 
I - restritas em volume e peso às dimensões requeridas à proteção 
do conteúdo e à comercialização do produto; 
II - projetadas de forma a serem reutilizadas de maneira 
tecnicamente viável e compatível com as exigências aplicáveis ao produto 
que contêm; 
III - recicladas, se a reutilização não for possível. 
Sendo responsável aquele que: 
I - manufatura embalagens ou fornece materiais para a fabricação 
de embalagens; 
II - coloca em circulação embalagens, materiais para a fabricação de 
embalagens ou produtos embalados, em qualquer fase da cadeia de 
comércio. 
 
Objetivos 
 
Agora, vamos analisar os objetivos da Política Nacional de Resíduos 
Sólidos, quais sejam: 
I - proteção da saúde pública e da qualidade ambiental; 
II - não geração, redução, reutilização, reciclagem e tratamento dos 
resíduos sólidos, bem como disposição final ambientalmente adequada 
dos rejeitos; 
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III - estímulo à adoção de padrões sustentáveis de produção e 
consumo de bens e serviços; 
IV - adoção, desenvolvimento e aprimoramento de tecnologias 
limpas como forma de minimizar impactos ambientais; 
V - redução do volume e da periculosidade dos resíduos perigosos; 
VI - incentivo à indústria da reciclagem, tendo em vista fomentar o 
uso de matérias-primas e insumos derivados de materiais recicláveis e 
reciclados; 
VII - gestão integrada de resíduos sólidos; 
VIII - articulação entre as diferentes esferas do poder público, e 
destas com o setor empresarial, com vistas à cooperação técnica e 
financeira para a gestão integrada de resíduos sólidos; 
IX - capacitação técnica continuada na área de resíduos sólidos; 
X - regularidade, continuidade, funcionalidade e universalização da 
prestação dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo de 
resíduos sólidos, com adoção de mecanismos gerenciais e econômicos 
que assegurem a recuperação dos custos dos serviços prestados, como 
forma de garantir sua sustentabilidade operacional e financeira, 
observada a Lei nº 11.445, de 2007; 
XI - prioridade, nas aquisições e contratações governamentais,

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