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Unidade V Planejamento de Mídia em Publicidade e Propaganda

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Técnicas de Publicidade 
e Propaganda
Planejamento de Mídia em Publicidade e Propaganda
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Prof. Ms. Alexandre Giorgio 
Revisão Textual:
Profa. Ms. Selma Aparecida Cesarin 
5
•	Introdução
•	Defesa dos meios - Caracteríicas publicitárias
•	Definições
•	Variáveis (e conceitos) fundamentais
•	As mídias e suas características principais
•	Técnicas para programação de mídia
Para que os objetivos da Unidade sejam alcançados, é de fundamental importância que 
você leia cuidadosamente todo o material e realize com atenção as atividades propostas. 
Nesta Unidade, é importante que durante as leituras e os exercícios você consiga compreender 
os termos mídia, GRP, TARP, COM. OTS, BTL, OTL entre outros. 
Sugerimos que você: 
•	 Acesse o material teórico, lendo-o cuidadosamente;
•	 Depois, veja a Apresentação Narrada para melhor compreender os principais assuntos 
da unidade;
•	 Em seguida, realize a atividade de sistematização para verificar sua aprendizagem 
sobre o tema;
•	 Realize a atividade de aprofundamento, que associa os assuntos que estudamos à 
atividade profissional por meio de reflexão e produção de sua própria autoria no Fórum 
de Discussão;
•	 Leia atentamente os textos e assista aos vídeos indicados no material complementar.
Nesta Unidade, veremos o trabalho de um departamento de 
mídia dentro de uma agência de publicidade e propaganda. 
Você entrará em contato com os principais elementos de 
planejamento tático de mídia e entenderá a complexidade 
desse tipo de atividade. 
A publicidade é bem mais complexa do que parece em um 
primeiro momento e, para podermos lançar mão desta importante 
ferramenta do marketing, vamos entendê-la mais profundamente.
Planejamento de Mídia em Publicidade 
e Propaganda
6
Unidade: Planejamento de Mídia em Publicidade e Propaganda
Contextualização
Planejamento de mídia envolve muita informação. Além de conhecer o target, o mercado, 
os veículos etc., o profissional de mídia trabalha com inúmeras planilhas de custo e cálculos de 
alcance e produtividade.
As questões que surgem com mais força e precisam de respostas são: O que é mídia? Posso 
falar “o mídia” de uma agência? Quais os principais meios de comunicação de massa? O que é 
GRP? O que é TARP? Como se calcula o custo por mil pessoas “atingidas” por uma mensagem?
Para respondermos a essas e outras questões relevantes para o estudo desta intrigante 
Disciplina, será preciso fazer um viagem importante pelas diferentes mídias e como fazer cálculos 
básicos de programação e veiculação.
Esperamos que ao término desta Unidade, as questões propostas acima estejam devidamente 
respondidas e que estejamos prontos para as questões teóricas e técnicas da Disciplina.
7
Introdução
Olá, vamos começar a Unidade com a definição desta palavra estranha para leigos e (muitos) 
não leigos: MÍDIA. 
Entender a origem de algo sempre ajuda na compreensão de suas funções e usos.
Estamos acostumados com os meios de comunicação de massa e com as mídias em nosso 
dia a dia, mas o que é Mídia? O que difere mídia de meio de comunicação? Quais são as 
principais mídias que o publicitário tem à disposição? Qual a vantagem de cada uma delas? 
Como programar mídia?
Essas são questões que procuraremos responder no transcorrer deste texto e, ao final, 
juntamente com as atividades, você estará apto a respondê-las também.
Mídia
Esta é uma palavra estranha mesmo e existem para ela diversos significados e usos. Veremos 
aqui o termo mídia como função da publicidade e propaganda. 
A palavra mídia deriva da palavra meio. Segundo Benetti:
Hoje, utilizamos o termo em propaganda como a atividade da agência de publicidade 
responsável pelo planejamento, negociação e veiculação das peças publicitárias criadas para 
o cliente. 
Dentro da agência, o departamento, a atividade e o profissional que atua nesta área são 
chamados de mídia. Portanto, se houver um profissional chamado Marcos dentro de uma 
agência e ele for o responsável pelo departamento de mídia, também o chamaremos de mídia: 
“Marcos é o mídia da agência Y” ou “Marcos trabalha na mídia da agência Y”. 
A palavra mídia, no contexto publicitário, pode ser masculina ou feminina: o mídia/a mídia. 
Para Tahara: 
Definições
Ela é o plural da palavra medium, que em latim significa meio. Os 
americanos, que inventaram quase tudo nesse negócio de Marketing 
e Comunicação, a adotaram, porém, pronunciada à inglesa e nós 
brasileiros adaptamos a grafia ao som e de Media obtivemos Mídia. 
(RIBEIRO et al., 1995, p. 185)
8
Unidade: Planejamento de Mídia em Publicidade e Propaganda
Estamos acostumados a chamar a televisão, o rádio, o jornal, a revista e outros veículos de 
mídia. Exemplo: “Saiu uma notícia na mídia”. Nesse caso, estamos considerando o termo como 
veículo de comunicação de massa. Portanto, mídia também pressupõe o conceito de “massa”, 
uma comunicação genérica e não focada em mercados específicos. 
Este conceito vem sofrendo fortes abalos por teóricos e profissionais de comunicação, pois 
os próprios veículos empenham-se (por meio de pesquisas) em determinar quem é exposto a 
seus veículos. 
É incorreto, portanto, dizer “mídia de massa”, pois o conceito já está implícito no termo. O 
correto é meio de comunicação de massa ou veículo de comunicação de massa.
A função básica
O mídia se ocupa de fazer com que a mensagem certa, definida pelo marketing do cliente, 
planejamento e criação da agência, chegue às pessoas certas, de forma correta e na hora exata.
Além disso, o mídia é responsável por determinar quantas vezes a pessoa será exposta à 
mensagem publicitária para que se obtenha o efeito desejado. 
Esta é uma tarefa muito complicada, pois mesmo com tudo programado corretamente, a 
mensagem criada disputa a atenção das pessoas com uma infinidade de outras coisas: outras 
mensagens publicitárias, o conteúdo dos veículos, outras pessoas em volta, enfim, com todo o 
resto do mundo que nos cerca. 
Outro efeito complicador é o diálogo interno que a mensagem publicitária gera em nossa 
mente. Não recebemos as mensagens como meros receptores de rádio ou televisão; ao contrário, 
a mensagem que chega dialoga com quem nós somos, que é uma somatória complexa de 
experiências passadas, momento de vida, experiências com o produto ou marca e seus 
concorrentes etc.
Por exemplo: por ocasião da Copa do Mundo no 
Brasil em 2014, o jogador da equipe alemã, Mesut 
Özil, foi flagrado fazendo um selfie entre amigos com 
um celular cuja capa ostentava a marca Nike. Para 
muitas pessoas, o fato pode ter passado despercebido, 
para muitas outras, pode ter parecido uma propaganda 
voluntária do jogador para seu patrocinador. O 
fato merece destaque para nós, pois o jogador é 
patrocinado pela marca Adidas e isso gerou várias 
notícias na mídia. É possível que o celular não seja do 
jogador, mas o caso serve para gerar uma reflexão sobre a complexidade do planejamento, 
controle e dos efeitos do trabalho do mídia.
No contexto atual, mídia pode indicar a atividade de veicular, o 
departamento ou profissional que planeja, negocia, executa e 
controla a veiculação de uma campanha ou ainda os meios ou 
veículos de comunicação (TAHARA, 1998, p.9).
Fo
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e:
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ok
9
O profissional de mídia precisa de informações básicas para poder iniciar seu trabalho. Estas 
informações precisam chegar até ele em formato de briefing e cinco itens são fundamentais:
1. O que se vai anunciar?;
2. A quem se vai anunciar?;
3. Por que se compra/contrata o produto/serviço?;
4. Quando se compra/contrata o produto/serviço?;
5. Onde se compra/contrata o produto/serviço?
De posse dessas informações, o profissional de mídia pode dar início ao planejamento. 
A partir daí, ele precisaencontrar respostas a questões de fundamental importância para um 
bom planejamento de mídia, e precisa responder, com base em pesquisas e conhecimento de 
mercado, a questões1 como:
•	 A que mídia o consumidor está mais exposto?;
•	 Em que horário isso acontece?;
•	 Onde isso acontece?;
•	 Qual o melhor timing para atingi-lo?;
•	 Qual a frequência de exposição necessária para conscientização da mensagem?;
•	 Qual a duração mínima necessária da campanha? 
Tahara conclui:
1 TAHARA, 1998, p. 14.
 
 Explore
http://exame.abril.com.br/marketing/noticias/nike-em-celular-de-ozil-chama-atencao-
de-internautas.
Resumindo, mídia é quem planeja, executa e controla onde 
(seleção de meios), quanto (determinação de intensidade), quando 
(determinação de “timing” propício), como (tática de meios) e em 
que mercado (determinação das prioridades, visando a objetivos 
de “share”) a verba da campanha deverá ser aplicada (TAHARA, 
1998, p. 15).
Conheça um pouco mais sobre o profissional de mídia em pesquisa feita para o 
jornal meio&mensagem em:
•	 http://www.meioemensagem.com.br/home/comunicacao/noticias/2012/06/18/
O-profissional-de-midia-como-ele-e.html
10
Unidade: Planejamento de Mídia em Publicidade e Propaganda
Como vimos, o profissional de mídia trabalha para levar a mensagem ao consumidor por 
meio de canais de comunicação. Vamos agora analisar as principais características dos principais 
canais, ou mídias. 
Didaticamente (e muitos profissionais de mercado também utilizam essa polêmica divisão), 
dividiremos as mídias em online e offline.
As mídias offline são todas as tradicionais que conhecemos há anos e que não estão 
desconectadas da Internet em seu formato original. Exemplo: televisão, revistas impressas, 
jornais impressos, rádio tradicional (hoje as principais rádios já estão também na Internet e 
existem rádios que atuam somente pela Internet), outdoor etc.
As mídias online são todas aquelas que utilizam a conexão com a Internet como suporte. 
Exemplo: Mídias Sociais2 (Facebook, Tweeter, Plus Google, Youtube etc.), sites, hotsites, blogs etc.
Um planejamento de mídia precisa prever esses dois tipos de meios em sua programação e, 
sempre que possível, provocar a interação ente eles. 
Outro par de termos comum em propaganda, e não menos polêmico, é Below The Line (BTL) 
e Above The Line (ATL). Nesta divisão, as características de conexão ou não com a Internet não 
influenciam. O que conta é a definição de mídia.
•	 Above The Line – São atividades promocionais que utilizam mídia como televisão, rádio, 
mídias impressas (revistas, jornais etc.), outdoor, cinema e Internet;
•	 Below The Line – São as ações publicitárias fora da mídia como relacionamento, 
merchandising, promoções, relações públicas, licenciamento, marketing direto etc
MOOH e MDOOH
MOOH é a sigla do termo em inglês de Mídia Out Of Home, ou seja, qualquer mídia que nos 
impacte assim que saímos de casa. O conhecido outdoor, que foi proibido na cidade de São Paulo 
pela Lei Cidade Limpa, é a mais conhecida dessas mídias. A ele juntaram-se os espaços em 
mobiliário urbano: relógios de rua, pontos de ônibus, corrimãos e vagões de metrô adesivados etc.
2 Existe muita controvérsia no meio publicitário quanto à definição do que é mídia social ou rede social. Redes sociais como Facebook, Orkut, 
MySpace entre outras, são consideradas mídias? Deixaremos esta questão de fora de nossa Disciplina. Para quem desejar explorar mais os termos e 
definições, sugiro iniciar por aqui: http://www.midiatismo.com.br/comunicacao-digital/qual-a-diferenca-entre-redes-sociais-e-midias-sociais
As mídias e suas características principais
Fonte: oohmidia.com.br
Figura 2 Ação de OOH em abrigo de ônibus.
11
MDOOH é a sigla do termo em inglês de Mídia Digital Out Of Home, ou seja, qualquer mídia 
DIGITAL que nos impacte assim que saímos de casa como Elemídia, quiosques com telas 
digitais, as TVs em metrôs e ônibus etc.
Cada mídia tem características próprias, que o planejador precisa aproveitar ao máximo 
para conseguir alcançar os objetivos de marketing e comunicação. É preciso conhecer essas 
características a fundo para criar um bom mix de mídia.
Meios Pontos Fortes Pontos Fracos
Televisão
- Cobertura/visibilidade
- Dinamismo;
- Baixo custo relativo;
- Qualificação por meio da programação.
- Necessidade de frequência;
- Alto custo de produção;
- Alto custo absoluto;
- Inflexibilidade com prazos.
TV Paga
- Qualificação de público;
- Dinamismo.
- Baixa cobertura;
- Não favorece a regionalização.
Rádio
- Segmentação de público e mercado;
- Imediatismo;
- Baixo custo relativo;
- Gerador de frequência;
- Baixo custo de produção.
- Cobertura lenta;
- Necessidade de programação 
de múltiplas emissoras.
Revista
- Segmentação de público;
- Formador de opinião;
- Credibilidade;
- Alta durabilidade;
- Adequação editorial.
- Inflexibilidade com prazos;
- Baixa cobertura;
- Alto custo relativo.
Figura 3 Ação de MDOOH feita pela agência Leo 
Burnett de Kuala Lumpur para o McDonald’s. 
Fonte: abmooh.com.br
 
 Explore
Veja como foi a ação em: http://www.abmooh.com.br/nt-mercado/outdoor-do-
mcdonalds-interage-com-smartphone-do-consumidor/.
Defesa dos meios - Caracteríicas publicitárias
12
Unidade: Planejamento de Mídia em Publicidade e Propaganda
Jornal
- Formador de opinião;
- Imediatismo;
- Cunho noticioso;
- Flexibilidade.
- Baixa durabilidade;
- Alto custo de produção;
- Limitação de período.
Outdoor
- Grande visibilidade;
- Flexibilidade de formatos;
- Possibilita regionalização;
- Alta cobertura.
- Baixa durabilidade;
- Alto custo de produção;
- Limitação de período.
Mídia exterior
- Grande visibilidade;
- Flexibilidade de formatos;
- Possibilita regionalização;
- Alta cobertura.
- Baixa durabilidade;
- Alto custo de produção;
- Limitação de período.
Internet
- Segmentação de público;
- Imediatismo;
- Baixo custo relativo.
- Baixa cobertura.
Os mídias utilizam informações de empresas conceituadas para fazer seus planos. As 
principais são:
Ipsos3 – A Ipsos é uma empresa especializada em estudos do consumo de mídia e inteligência 
de mercado. É muito utilizada por planejadores e mídia e traz informações relevantes para a 
área, pois disponibiliza um software chamado SISEM Suíte, que permite consulta e tabulação 
dos dados da empresa e compara tendências de mídia entre outras informações importantes. 
Acesse: www.ipsos.com.br;
IPC Maps – Índice de potencial de consumo: Fornece dados sobre potencial de consumo 
e informações demográficas de todos os municípios brasileiros baseados em informações do 
IBGE. Acesse: http://www.ipcbr.com/12/;
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística: Indicadores estatísticos oficiais como 
SENSO, PNAD etc. Acesse: http://www.ibge.gov.br/home/;
IBOPE – Instituto Brasileiro de Opinião e Estatística: Instituto privado de pesquisas. O grupo 
é dividido em unidades de negócios como IBOPE Media, IBOPE Inteligência, IBOPE Ambiental 
e IBOPE e-commerce. Acesse: http://www.ibope.com/pt-br/Paginas/home.aspx;
Datamonitor – Mais abrangente e detalhada fonte de informações dos últimos lançamentos 
de bens de consumo em massa no mercado global. Acesse: http://www.datamonitor.com/;
3 Ipsos é a terceira maior empresa de pesquisa e de inteligência de mercado do mundo. Fundada na França, em 1975, a Ipsos conta 
hoje com 16.000 funcionários e está presente em 85 países. Fonte: www.ipsos.com.br.
 
 Importante
Dados e informações sobre mídia e consumo são essenciais para o planejamento de mídia. 
13
Euromonitor – GMID – Global Market Information Database: Acervo de informações e 
estatísticas por país que inclui variáveis demográficas, econômicas e indicadores de estilo de 
vida para205 países. Acesse: http://www.euromonitor.com/;
IVC – Instituto de Verificação de Circulação: É o órgão responsável pela auditoria de 
circulação de jornais, revistas, controladas (publicações técnicas) e websites. Acesse: http://www.
ivcbrasil.org.br/.
Segundo Benetti (RIBEIRO et al., 1995, p. 218), o raciocínio básico de mídia pode ser sempre 
reduzido a quatro variáveis fundamentais:
•	 Cobertura – Percentual de pessoas expostas pelo menos uma vez a determinada mensagem;
•	 Frequência – número de vezes que determinada pessoa pode vir a receber a mensagem;
•	 Formato – tamanho/secundagem da peça publicitária;
•	 Continuidade – extensão de tempo de determinada campanha. 
É função do profissional de mídia determinar estes quatro elementos em função da necessidade 
da campanha e da verba disponível. Quanto maior a cobertura e a frequência, maior será o 
custo de mídia. 
Os custos devem ser bem distribuídos de forma a potencializar a verba do cliente, ou seja, 
dimensionar corretamente estas quatro variáveis de forma que a campanha seja mais efetiva, 
com o menor custo possível.
O ideal é preparar um mídia mix, ou seja, utilizar várias mídias diferentes em uma mesma 
campanha de forma a fazer com que o máximo de pessoas entre em contato com a mensagem 
(Opportunities To See ou OTS), em diferentes meios, com o menor custo possível. 
O OTS é um bom indicador de frequência. Quanto maior for o OTS, maiores as oportunidades 
de que o consumidor entre em contato com a mensagem. 
Para compreender como o estudo é dirigido, veja o material da Ipsos em: 
•	 http:/ /www.espm.br/Unidades/RioDeJaneiro/Bibl ioteca/Documents/
Treinamento%20Estudos%20Marplan.pdf
Variáveis (e conceitos) fundamentais
14
Unidade: Planejamento de Mídia em Publicidade e Propaganda
No planejamento de mídia, o profissional lança mão de técnicas específicas para simular 
custos, intensidade de campanha, somatória de audiência de comerciais etc.
Vamos ver quais sãos as principais.
CPM - Custo Por Mil
Técnica antiga de medição, mas em uso até hoje. Consiste em Calcular o menor custo possível 
para alcançar 1.000 pessoas através de uma fórmula matemática simples.
Segundo Tahara4, essa técnica é primária, pois não considera outros fatores que cercam a 
programação como:
•	 Audiência total por inserção;
•	 Adequação da programação ao produto;
•	 Função que a programação deverá ter na campanha etc.
Contudo, essa técnica pode ser muito útil quando utilizada após (quando possível) a 
verificação destes itens. 
Onde obter as informações? 
Os veículos disponibilizam informações de circulação, perfil do target (público alvo), custos 
etc. em um documento chamado Mídia Kit. 
São informações importantes geradas pelo próprio veículo, mas que devem ser consideradas 
com cuidado pelo planejador de mídia, afinal é o próprio veículo vendendo a si próprio. Veja 
alguns mídia kits:
•	 Revista Carta Capital – http://www.cartacapital.com.br/anuncie/media-kit/copy9_of_
MIDIAKITCARTACAPITAL2014.pdf;
•	 UOL – http://publicidade.uol.com.br/midia-kit/;
•	 Revista Caras –http://caras.uol.com.br/anuncie/revista/missao.html;
•	 Rede Globo – http://comercial2.redeglobo.com.br/midiakit/Pages/Home.aspx
4 TAHARA, 1998, p. 45.
Técnicas para programação de mídia
Figura 4. Cálculo de CPM - Custo por mil.
15
GRP – Gross Rating Points
Pontos por audiência bruta é um indicador do tamanho de esforço de comunicação. 
Quanto maior o número GRP, maior o esforço de comunicação. O índice é obtido pela 
somatória de audiência. 
Para Tahara: “O GRP é uma medida de intensidade de campanha e é obtido através da 
somatória de audiência esperada dos programas (comerciais) ou anúncios, em se tratando de 
mídia impressa, que compõem a programação” (TAHARA, 1998, p. 46).
Por exemplo: se você programa duas inserções de um comercial padrão de 30 segundos nos 
intervalos comerciais de uma novela que tem 50 pontos de audiência esperados, o GRP será de 100. 
A partir do GRP, você será calcular o Custo Por Ponto (CPP), que é o custo de alcançar o 
número de pessoas que representam um ponto de audiência. 
Exemplo seguindo o exemplo anterior: Duas inserções em um programa com 50 pontos de 
audiência a um custo total de R$ 100,00 o CPP será de R$ 2,00. 
O ponto de audiência
Recentemente5, o Ibope divulgou um reajuste do ponto de audiência para a pesquisa de TV 
Aberta. Em 2014, cada ponto passou a corresponder, por Grande São Paulo, 65.2014 domicílios 
e 193.281 indivíduos; Grande Rio de Janeiro: 39.600 domicílios e 109.982 indivíduos; Painel 
Nacional de Televisão (PNT): 217.460 domicílios e 641.286 indivíduos.
Com a necessidade cada vez maior de otimizar os custos com Publicidade atingindo a 
segmentação do público que realmente interessa para a empresa, o conceito de GRP tem seu 
valor questionado, pois é um índice de audiência bruta e não focada. 
Dessa necessidade, foi desenvolvido o TARP (Target Audience Rating Point) que leva em 
consideração a segmentação por público de interesse.
TARP – Target Audience Rating Point: Expressa a relação entre a parcela do target, alcançada 
pela determinada programação e o total do universo de target existente na praça. É também 
um método de mensuração de intensidade de uma programação, porém, considera o público 
de interesse. 
O TARP é calculado multiplicando-se o número de inserções no intervalo comercial de 
determinado programa multiplicado pela audiência individual do programa. 
5 Notícia no site da revista Exame da Abril. (Exame Abril, 2014).
Acesse a explicação no manual básico de mídia da Rede Globo em:
http://comercial.redeglobo.com.br/informacoes_comerciais_manual_basico_de_
midia/manual_basico_grp.php.
Figura 5. Cálculo de TARP - Target.
16
Unidade: Planejamento de Mídia em Publicidade e Propaganda
A partir do GRP e do TARP, conseguimos calcular a somatória das audiências das inserções 
de uma programação:
Isso representa a intensidade de alocação de esforço por período, mercado, produto, público 
alvo etc.
Cobertura eficiente
O profissional de mídia considera eficiente uma cobertura que assegure a conscientização da 
mensagem pelos consumidores potenciais, ou seja, o target. 
Ainda hoje, utiliza-se o three hit, teoria de Herbert Krugman, para um número máximo de 
frequência de exposições à mensagem. 
Tahara6 descreve as razões de Krugman de maneira bem simples:
•	 Na primeira exposição, a audiência tenta entender a natureza dos estímulos, despertando 
a pergunta: O que é isto?;
•	 Na segunda exposição, evoca-se uma resposta de reconhecimento e uma avaliação da 
mensagem, despertando a pergunta: para que serve?;
•	 Na terceira exposição, responde-se às perguntas anteriores, constituindo-se numa lembrança, 
caso uma decisão de compra baseada em avaliação ainda não tiver sido efetivada;
•	 Para a exposição máxima, o ideal é o feeling. Estima-se que acima de sete exposições 
semanais, a mensagem se torna desgastante. 
Classificação de público-alvo
Para a classificação do público alvo no Brasil, utiliza-se (mais comumente) o Critério Brasil 
que é definido pela ABEP (Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa) e é continuamente 
atualizado pela instituição. 
Atualmente, está em vigor o Critério de Classificação Econômica publicado em 20117 válido 
desde 01/01/2013; a versão (prévia) do próximo CCEB passará a valer a partir de 01/01/2015. 
O Critério Brasil é um critério de classificação socioeconômica e não de classe social, como 
muitos ainda acreditam. 
O Critério leva em consideração níveis de renda e a posse de bens nos domicílios e utiliza um 
sistema de pontos. No final, faz-se a relação entre os pontos obtidos pelo pesquisador e a classe 
socioeconômica. 
6 TAHARA, 1998, p. 53.
7 Você pode obter o PDF atual e o a versão preliminar do próximo, cliqueaqui: http://www.abep.org/new/criterioBrasil.aspx
Figura 6. Audiência.
17
O Critério atual classifica em:
•	 A1 de 42 a 46 pontos;
•	 A2 de 35 a 41 pontos;
•	 B1 de 29 a 34 pontos;
•	 B2 de 23 a 28 pontos;
•	 C1 de 18 a 22 pontos;
•	 C2 de 14 a 17 pontos;
•	 D de 08 a 13 pontos;
•	 E de 00 a 07 pontos.
O documento faz uma relação entre a classificação da classe econômica com a renda média 
bruta familiar no mês (em que for feita a pesquisa) e leva em consideração as informações 
referentes ao LSE (Levantamento da Situação Escolar) 2011 9 RMs (Regiões Metropolitanas) 
do IBOPE Mídia. Assim, fica mais fácil fazer uma relação entre classe socioeconômica e a 
renda domiciliar. 
É importante reparar que essa classificação elimina a divisão entre as classes A1 e A2, colocando-
as em uma mesma classe A e que as classes D e E também foram consideradas conjuntamente.
Classes Pontos Renda média bruta familiar no mês
A de 35 a 46 pontos R$ 9.263,00
B1 de 29 a 34 pontos R$ 5.241,00
B2 de 23 a 28 pontos R$ 2.654,00
C1 de 18 a 22 pontos R$ 1.685,00
C2 de 14 a 17 pontos R$ 1.147,00
D, E de 00 a 13 pontos R$ 776,00
Dessa forma, mesclando números e conseguindo informações com os mais variados institutos 
e veículos, o planejador é capaz de fazer um plano de mídia bem feito. 
18
Unidade: Planejamento de Mídia em Publicidade e Propaganda
Material Complementar
Para aprofundamento, leia o material indicado a seguir.
 
 
Explore
Bom manual prático de Criação Publicitária de Flávio Waitman:
•	 http://www.flaviowaiteman.com.br/Manual_criacao_publicitaria_op.pdf;
Aspectos da criação publicitária, de Karen Cristina Kraemer Abreu:
•	 http://www.bocc.ubi.pt/pag/bocc-kraemer-criacao.pdf;
Ótima reportagem com o criativo Eugênio Mohallem:
•	 http://www.programareclame.com.br/tag/eugenio-mohallem/;
Processo de criação e produção gráfica – Uniseb Interativo: 
•	 https://www.youtube.com/watch?v=ks4cKTPNh0c.
19
Referências
Exame Abril. (2014). Ibope reajusta valor do ponto de audiência. Acesso em 15 de 7 de 
2014, disponível em Exame Abril: http://exame.abril.com.br/tecnologia/noticias/ibope-reajusta-
valor-do-ponto-de-audiencia.
Ribeiro, J. et al. (1995). Tudo o que você queria saber sobre propaganda e ninguém teve 
paciência para explicar. 3.ed. São Paulo: Atlas.
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Unidade: Planejamento de Mídia em Publicidade e Propaganda
Anotações
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