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NEMATELMINTOS Equinos (Equus caballus) Asininos: Equus asininus Asininos jumento, jegue e asno diferentes nomes depende da região Muares: mula e o burro, híbridos estéreis, originados do cruzamento entre o jumento e a égua (mula é a fêmea, burro é o macho) ou Bardoto, é resultante do cruzamento da jumenta com o cavalo Animais de grande importância rural, devido sua resistência e docilidade. Se parecem com os cavalos, só que as orelhas são mais compridas INTRODUÇÃO IMPORTÂNCIA- propósito de criação Parasitoses gastrointestinais Gastos com medicamentos, perdas econômicas Cavalos de salto, corrida, reprodução e trabalho (transporte) Lesões de pele: Habronemose Aneurisma e cólica: Strongylus vulgaris Helmintos mais comuns de equinos • Strongyloidea- pequenos estrongilos e grandes estrongilos • Ascarida- Parascaris equorum • Oxyurida- Oxiurideos • Trichostrongyloidea- Trichostrongylus axei, T. westeri • Spirurida- Habronema sp, Draschia, Thelazia • Vermes Pulmonares Helmintos de equinos INTRODUÇÃO Manifestações clínicas variam de acordo com: Número de parasitas Idade Potencial patogênico da espécie infectante Imunidade Estado nutricional e condições de higiene Estrongilídeos Grandes estrôngilos Strongylus vulgaris, Strongylus edentatus Strongylus equinus Pequenos estrôngilos (ciatostomíneos) Cyathostomum spp- mais de 40 espécies Strongyloidea Strongylus Intestino grosso Conhecidos como grandes estrôngilos Femeas 3-4 cm, machos 2- 2,8 cm Hospedeiros – eqüinos e asininos Localização: ceco e cólon Espécies- diferenciação tamanho, presença ou ausencia e forma dos dentes Strongylus vulgaris Strongylus edentatus Strongylus equinus Strongylus vulgaris Estrongilídeo mais patogênico ciclo evolutivo direto – L3 infectante L4 e L5: migração por artérias (inflamação e espessamento (aneurisma e trombos) da artéria mesentérica cranial)- necrose Período pré patente: 7-8 meses Intestino grosso Strongylus vulgaris Intestino grosso Strongylus vulgaris Manifestações clínicas Arterite, trombose, embolia e aneurisma (larvas) Redução do fluxo sangüíneo – ceco e cólon Cólica (↓ fluxo sg + presença de adultos – hemorragia) Anemia (parasitas adultos, danos a mucosa, não são hematófagos!) Intestino grosso Strongylus edentatus Migração larval pelo parênquima hepático Atingem peritônio e ligamentos hepáticos Penetração no IG – formam nódulos se rompem e liberam adultos Manifestações clínicas Necrose, hemorragia e fibrose hepática Hemorragia peritoneal Intestino grosso Strongylus equinus Incidência menor e menor patogenicidade em comparação aos outros grandes estrongilídeos Migração larval em fígado e pâncreas Cistos na parede do IG – liberação de adultos Manifestações clínicas Diarreia, anorexia, perda de peso, edema Intestino grosso Larvas– causam formação de nódulos onde migram Adultos– causam úlceras intestinais por causa dos seus dentes Cyathostomum spp “pequenos estrôngilos” 5- 12 mm Ciclo evolutivo direto L3 (infectante) – invadem a mucosa do IG Hipobiose prolongada (L4) Súbito início de diarréia, periódicas, Rápida perda de peso, cólicas recorrentes moderadas, edema periférico Intestino grosso Cyathostomum spp Manifestações clínicas Hiperplasia da mucosa do IG Hemorragia devido a hematofagia Diarréia, anorexia, edema e anemia Primavera – maior número de L4 saindo da hipobiose Enterite catarro-hemorrágica / linfonodos aumentados L4 com coloração vermelha na luz intestinal Intestino grosso Diagnóstico Presença de ovos nas fezes (flutuação) Presença de larvas nas fezes (Baermann) Cyathostomum spp Parasitas de estômago dos equinos Trichostrongylus axei Habronema muscae Draschia megastoma Estômago Trichostrongylus axei Localização: estômago Hospedeiro: eqüinos e ruminantes Acomete eqüinos que pastejam áreas comuns com ruminantes Ciclo evolutivo direto L3 e ovos embrionados Alta capacidade de sobrevivência em condições adversas Existe evidência de hipobiose estômago Trichostrongylus axei PATOGENIA Mucosa gástrica espessada e hiperplásica Irritação nas vilosidades intestinais Danos aos capilares no lúmen intestinal estômago Trichostrongylus axei Manifestações clínicas Anorexia, perda de peso e pelos arrepiados Diarréia escura (ruptura de capilares – sangue) odor desagradável Perda de peso, inapetência Redução no crescimento estômago Trichostrongylus axei Presença das larvas nas glândulas gástricas, gastrite catarral com úlceras Estômago Habronema muscae e Draschia megastoma "ferida de verão" INTRODUÇÃO Habronemose gástrica e cutânea são morfologicamente semelhantes Hospedeiros definitivos: equinos e asininos Hospedeiros intermediários: Muscídeos (Muscae domestica e Stomox calcitrans, mosca dos estábulos) Distribuição mundial Estômago/ cutâneo Habronema muscae e Draschia megastoma "ferida de verão" Identificação morfológica: Brancos, delgados com 1 a 2,5 cm de comprimento Adultos eliminam ovos larvados ou larvas (L1) nas fezes Período pré patente 2 meses Estômago/ cutâneo Habronema Ciclo evolutivo indireto - forma cutânea - granulomas HI: mosca Deposição de larvas - só chega forma adulta se ingerida (estômago)- Estômago/ cutâneo Habronema muscae e Draschia megastoma "ferida de verão" Fêmeas adultas no estômago - postura de ovos > fezes. Nas fezes há também larvas de muscideos (HI). Larvas das moscas nas fezes ingerem os ovos de Draschia e da Habronema. Dentro das larvas da mosca - ovos eclodem - desenvolvimento das larvas da mosca e do parasito. A larva da mosca passa a adulta e a larva de Habronema/Draschia é L3. Ingestão HI pelo equino - digestão da mosca e a L3 é liberada no estômago - penetra nas glândulas estomacais sofrendo a muda para L4 e depois voltam à luz, onde fazem a muda para L5 e atingem a maturidade, ocasionando a habronemose gástrica Habronema muscae e Draschia megastoma "ferida de verão“ CICLO Ciclo errático - moscas ao pousarem em feridas abertas na pele do equino depositam as larvas e temos a Habronemose cutânea. As lesões aparecem nos olhos, escroto e patas. Essas larvas ficam na ferida se alimentando, provocando uma resposta inflamatória local e uma reação granulomatosa, na tentativa de englobar as larvas, formando uma lesão granulomatosa intensa e a ferida não cicatriza normalmente (o que chama atenção do proprietário), levando ao aparecimento dos sinais clínicos. Habronema muscae e Draschia megastoma "ferida de verão" Manifestações clínicas: • Conjuntivite granulomatosa • Dermatite com tecido de granulação (L3): ferida de verão - ferida que não cicatriza. • Adultos: estômago – gastrite catarral crônica • Draschia: gastrite nodular (resposta inflamatória) – obstrução Carcinoma espinocelular gástrico e abscessos Estômago/ cutâneo Habronema muscae e Draschia megastoma "ferida de verão" Estômago/ cutâneo Estômago/ cutâneo Estomago/ cutâneo Habronema ou Draschia megastoma "ferida de verão" Diagnóstico clínico: Habronemose cutânea- ferida que não cicatriza apesar dos tratamentos, ferida de verão, cresce em extensão, granuloma exuberante, conjuntivite persistente Habronemose gástrica - gastrite catarral, cargas intensas podem levar a ulceração gástrica Estomago/ cutâneo Diagnóstico Coproparasitológico (forma gástrica): ovos alongados e com parede fina; Histológico: presença dalarva na ferida cutânea, Histórico: verão Tratamento e medidas preventivas Higiene (afastar moscas), vermifugação regular (impede eliminação dos ovos de Habronema) Tratamento oral ou injetável e tópico Estomago/ cutâneo Habronema ou Draschia megastoma "ferida de verão" Parascaris equorum (ascarídeo de equinos) Hospedeiros: equinos e asininos Localização: Intestino delgado Espécies: Parascaris equorum Distribuição: mundial Mais frequente em equinos com menos de 18 meses, animais lactentes e desmamados são mais sensíveis. Adultos são mais resistentes Intestino delgado Parascaris equorum Identificação morfológica: – helminto grande e branco, 40cm de comprimento (é o único parasita de equinos com este tamanho) – ovos esféricos acastanhados com casca espessa com escavações Intestino delgado Parascaris equorum Ciclo evolutivo direto: ingestão de ovos larvados (L2) 10 a 14 dias > liberação de L2 no ID que penetra a mucosa e vai para o fígado, pulmão, traquéia e ID Intestino delgado Período pré patente 10 semanas Parascaris equorum Patogenia e manifestações clínicas: • Hemorragias nos pulmões e fígado durante migração larval– tosse e dispnéia • Febre, anorexia, pelagem seca e sem brilho, retardo no crescimento de potros • Enterite (diarréia fétida e constipação alternadas), cólica, obstrução dos ductos biliares e intestino; perfurações intestinais (peritonite e morte). Intestino delgado Parascaris equorum Diagnóstico: Ovos esféricos acastanhados, casca grossa com escavações (fêmeas são muito fecundas); ovos extremamente resistentes no ambiente Histopatológico Intestino delgado Oxyuris equi Hospedeiros: equinos e asininos Localização: ceco, cólon e reto Espécies: Oxyuris equi Distribuição: mundial Características morfológicas: • fêmea branca e grande, 10 cm de comprimento; • macho cerca de 1 cm de comprimento. • Ovos são ovais, amarelos e levemente achatados, com um tampão em uma das extremidades. Intestino grosso Oxyuris equi Adultos localizados na luz do cólon, após fertilização fêmea migra para o ânus e coloca os ovos no períneo Ovos - larvados L3 (4 dias) Período pré patente 5 meses. Associado à falta de higiene – água, solo e alimentos Intestino grosso Ciclo de vida: Oxyuris equi Manifestações clínicas: • Inquietação e falta de apetite • Migração de fêmeas adultas para a região perianal - prurido e hiperemia da região perianal - escarificação da pele, infecções bacterianas 2ªárias “Cauda de rato”, perda de pelos • Inflamação do IG Intestino grosso Oxyuris equi Diagnóstico: • Larvas podem provocar erosão da mucosa do IG • Ovos são ovais, amarelos e levemente achatados, com um tampão em uma das extremidades Intestino grosso Strongyloides westeri • Acomete animais jovens – lactentes e desmamados • Parasitas finos como fios de caelo, 6-9 mm de comprimento • Único nematóide capaz de realizar ciclos reprodutivos parasitários e de vida livre • Ingestão da L3 no leite/colostro • Adultos (fêmeas) no ID Intestino delgado Strongyloides westeri • PPP: 7-10 dias, • Fêmea pode ovipor em vida livre. • Migração pela traquéia e pulmões. • Penetração via cutânea ou via oral Intestino delgado Strongyloides westeri Manifestações clínicas: • Infecções moderadas são apatogênicas • Infecções graves podem levar a morte de potros • Pleurite hemorrágica – dispneia (migração larval) • Enterite catarral – diminuição da absorção • Diarreia leitosa/amarelada, anorexia e perda de peso Intestino delgado Diagnóstico clínico: • Anamnese detalhada da propriedade • Dados climáticos e tipo de controle das doenças • Cólica intestinal, subdesenvolvimento de animais jovens, falta de apetite, emagrecimento e diarréia • Desidratação e anemia • Lesões de pele e alterações respiratórias Intestino delgado Strongyloides westeri Diagnóstico: • Exames coproparasitológicos – ovos larvados nas fezes • Cultura de larvas em fezes • Necropsia: Método mais preciso. • Eutanaziar o animal mais debilitado a fim de diagnóstico. Intestino delgado Strongyloides westeri