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Eco monetária

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1 – O receituário de política monetária para Keynes e para os velhos-keynesianos
(Síntese Neoclássica) difere radicalmente, conquanto tenham a mesma base teórica.
Explique o que faz com que esses autores pensem de forma distinta.
A síntese neoclássica não acredita que a política monetária seja potente para alterar variáveis reais da economia. Inicialmente foi apresentado este modelo pela teoria IS LM. Eles dizem que as reduções da taxa de juros não podem influenciar de forma considerável o aumento do investimento e consequentemente a redução do desemprego. Os velhos keynesianos usam a política fiscal como instrumento estabilizador da economia, sendo que eles acreditam que uma política fiscal é muito mais eficaz do que uma política monetária, pois “sentimos agora”.
Para os velhos keynesianos, a base teórica é a IS LM, para eles, a cursa IS é basicamente vertical, pois o parâmetro que mede a sensibilidade juros é muito baixa, sendo assim, a política monetária tem pouco eficácia.
O receituário proposto pelo velho keynesianismo advém da constatação empírica de que a função demanda por bens de capital possui uma baixa elasticidade-juros.
Para Keynes, a política monetária é um importante instrumento capaz de reduzir o desemprego, sendo assim, Keynes considera que a política monetária é capaz de alterar as variáveis reais da economia. A moeda não é neutra nem no curto, nem no longo prazo.
2 – Dos autores da chamada Síntese Neoclássica (velhos-keynesianos), relativo à
eficiência da política monetária, destoa James Tobin, baseado na teoria do chamado q
de Tobin. De que forma a política monetária seria potente para esse autor?
A fórmula do Q de Tobin é dada pelo valor de mercado das ações de uma firma dividida pelo custo contábil do seu capital. É utilizado para avaliar o retorno real de um novo investimento. Quando q>1 adquirir novos bens de capital é recompensador.
Quando q>1 o mercado reconhece que a firma é capaz de gerar um excedente de seu próprio valor, sendo assim, as empresas são estimuladas a investir, não apenas por expectativa de lucro, mas também porque a colocação de papéis para financiar investimentos junto ao público se torna mais barata.
Sendo assim, a expansão monetária leva ao aumento do preço das ações, que eleva o q de Tobin, aumentando o investimento e o produto.
3 – Explique o chamado “pessimismo das elasticidades”, o que levaria a economia a tal situação e suas implicações em termos de políticas macroeconômicas.
A versão especial se difere da primeira, sendo que esta considerava que a função ode demanda por bens de investimento tinham baixa elasticidade juros (b muito baixo). Agora surge função de demanda por moeda com elevadíssima elasticidade juros (h muito alto). Assim, a Is será vertical e a LM quase horizontal. Este é o pessimismo das elasticidades, que caracteriza a situação de armadilha de liquidez, no qual a política monetária não afetam a renda, isso porque o público transforma todo o aumento da oferta monetária em encaixes inativos e não em recursos ativos. Dessa forma, só um política fiscal expansionista pode afetar a renda.
10 – Explique o que seria o Novo consenso macroeconômico?
O NCM estabelece que um taxa de inflação baixa e estável é condição essencial para o crescimento de longo prazo e que não há trade off no longo prazo entre inflação e desemprego (não há curva de Phillips no longo prazo). Para o ncm, a condução de uma política monetário deve acomodar os choques de demanda e evitar a volatilidade excessiva do produto. Ele trabalha com a hipótese de expectativas racionais, da existência de uma taxa natural de desemprego e da neutralidade da moeda no longo prazo. Assume-se a existência de rigidez de preços e salários que fazer com que a demanda agregada tenha relevância na condução da atividade econômica de curto prazo. 
Neste modelo, a política monetária torna-se o principal instrumento de política econômica e as demais políticas tornam-se subordinadas aos objetivos de estabilização do produto e inflação, sendo que o principal objetivo é a estabilidade de preços e produto.
O NMC estabelece que o regime de metas de inflação é o melhor arranjo institucional para conduzir a política econômica.
A formalização da NCM supõe a existência de uma estrutura de competição monopolística e a presença de custos relacionados ao ajuste de preços, pode ser sintetizada em três equações básicas: uma função dinâmica IS forward looking, uma curva de phillips expectacional e uma função de reação da política monetária baseada na regra de taylor.
IS forward looking: canal de transmissão da política monetária sobre a demanda agregada se processa por meio da taxa de juros e expectativas de inflação futura.
Curva de Phillips expectacional: descreve relação direta entre a inflação e o hiato do produto, expectativas de inflação e choque de oferta.
Regra de Taylor: relaciona positivamente a taxa de juros nominal de curto prazo (instrumento da política monetária) com a taxa a taxa natural de juros real, hiato do produto, expectativas de inflação futura e inflação passada. Ela é usada como uma função de reação do Banco Central na determinação da taxa de juros de curto prazo. O BC relaciona a taxa de juros de curto prazo a taxa de inflação esperada em relação à inflação.
O modelo NCM implica que a política monetária é conduzida para estabeleces uma meta para a taxa básica de juros sem qualquer consideração sobre a taxa de crescimento da moeda.
13 – O que são os instrumentos não convencionais de política monetária? Como tais instrumentos atuam? O que os diferem dos instrumentos convencionais?
*Nesse exercício eu estou em dúvida se o Recolhimento, redesconto e Open Market são realmente convencionais, mas pelo o que eu entendi no livro e no Google, esses 3 que são os instrumentos clássicos de uma política monetária.
INSTRUMENTOS CONVENCIONAIS
Recolhimento compulsórios: são depósitos sob forma de reservas bancárias que casa banco é obrigado a manter no BC, sendo calculado como um percentual sobre os depósitos à vista, a prazo e de poupança realizados pelo público. Pode ser depositado em espécie ou título. Embora seja visto como instrumento para controle de agregados monetários pelo BC (via multiplicador), tal função esta sendo posta em segundo plano, considerando o fato de que a política monetária em quase todos os países tem objetivado o controle da taxa de juros no mercado monetário e não o controle de agregados monetários.
Funções do recolhimento: fornecer liquidez ao sistema bancário, controle de crédito, estabilização da demanda por reservas bancárias.
Cálculo do recolhimento: baseia-se em valor sujeito a recolhimento, alíquota, deduções e isenções.
Formas de recolhimento: (i) o banco deve encerrar o movimento bancário com saldo positivo nas reservas, caso isso não ocorra, ele estará sujeito a penalidades pecuniárias e administrativas. (ii) o banco tem que cumprir o recolhimento compulsório pela médias das posições diárias de depósito, sendo definido um valor mínimo.
No Brasil: tem-se visto a redução da importância dos recolhimentos compulsórios, como anunciado pela redução das alíquotas e pela redução da incidência em algumas modalidades de depósito.
Redesconto ou assistência financeira de liquidez: são empréstimo, nas forma de crédito em reservas bancárias concedidos pelo BC aos bancos, voltado para atender necessidades de reservas por parte das instituições bancárias.
Empréstimo com garantias: BC concede crédito rotativo contra garantias até o limite de saque do tomador calculado com base no passivo exigível do banco e fixado para um determinado período.
Redesconto: BC desconta títulos elegíveis à taxa de juros previamente definida para essas operações, sendo a escolha dos títulos elegíveis como garantias nas operações de assistência de liquidez.
A taxa de juros nos casos de assistência financeira de liquidez podem ser fixas ou variáveis (ancoradas na taxa de juros fixa a ela).
No Brasil: O modelo atual do redesconto tem um caráter limitado e desencorajadorem função das taxas de juros cobradas, o que requer um papel mais ativo das operações de mercado aberto no gerenciamento de liquidez. Em outras palavras, as operações de redesconto atuam como forma de auxiliar no gerenciamento de reservas feito pelo BC, colocando a disposição dos bancos um sistema que ajude a solucionar problemas do bancos.
Operações de mercado aberto (open market): As operações de mercado aberto é o instrumento mais eficaz para realização do gerenciamento de liquidez de que dispõe o Banco Central, já que opera sobre as reservas bancárias. A tendência internacional revela o uso cada vez mais intenso desse instrumento como forma de evitar a volatilidade na taxa de juros de curto prazo, sendo comuns os casos em que o BC intervém diariamente no mercado por meio de operações de curta maturidade. Para tanto, realiza-se leilões informais (go-around) diários, envolvendo compra ou venda de títulos públicos, com a finalidade de amortecer as pressões sobre a taxa de juros.
O Open Market nada mais é do que a compra e venda de títulos públicos pelo BC, afetando o volume das reservas da seguinte forma:
Se a venda de títulos é maior que o resgate num determinado dias, as reservas e contraem;
Se o resgate de título é superior à venda num determinado dia, as reservas se expandem.
Essas operações são realizadas por meio de leilões de títulos e dinheiro. O BC pode operar com títulos públicos e privados. Este instrumento é recomentado para realização da gerência de liquidez, como para sinalização da taxa de juros básica.
INSTRUMENTOS NÃO CONVENCIONAIS
Controle diretos sobre o crédito, através do controle do volume dos prazos e da destinação do crédito bancário, ou sobre a taxa de juros estabelecendo, por exemplo, um teto para o juros. Esses instrumentos determinam diretamente as variáveis que o BC tenta influenciar indiretamente pela manipulação das metas operacionais. As críticas são feitas pois tais instrumentos podem gerar distorções no funcionamento do mercado de crédito, desestimulando a atividade de intermediação financeira.
16 – Conceitue e defina:
16.1 – Operações compromissadas
Essas operações consistem na compra e venda de títulos em que o vendedor se compromete a recomprar o título a um preço acordado e em data especificada, do comprador. O preço do título pode variar de acordo com as condições vigentes no mercado e a taxa de juros estabelecida na operação não guarda relação com a taxa de juros embutida no título.
O que está sendo negociado são reservas onde o tomador entrega títulos em garantia, o detentor original (exemplo: BC) em momento algum perde o direito de obter os juros pagos pelo mesmo.
Essas operações são executadas através de leilões de compromissadas, nessas operações, o BC oferta recursos diretamente para as instituições demandantes, sem qualquer tipo de intermediação. A taxa negociada vai ser determinada pelos sinais que o BC deseja emitir a respeito da evolução da taxa básica de juros.
A frequência que se faz essa operação depende da existência das exigibilidades compulsórias que acomodam necessidades de reservas. Onde não existe recolhimento compulsório, o BC realiza operações compromissadas quase todos os dias.
	Duas instituições que trocam posições de reservas por caução de títulos também são rotuladas como operações compromissadas. As operações compromissadas também podem ser conduzidas para assistência de liquidez ou redesconto, isso ocorre quando a iniciativa parte das instituições financeiras.
Leilões informais
Esses leilões podem ser feitos em dinheiro ou títulos.
Dinheiro: BC exige garantia de títulos
Títulos: são as operações denominadas definitivas. BC vende às instituições títulos já emitidos que estão em sua carteira. O título se incorpora à carteira da instituição compradora, não há, nesse caso, operação compromissada.
Nos leilões informais o BC opera somente com dealers, nessa forma, o BC não emite edital para divulgar o leilão, acionando diretamente os participantes que irão propor preço (juros) e quantidade de títulos a serem vendidos ou comprados.
16.2 – Leilões primários e formais
São fortemente utilizados pelo BC para promover o controle da liquidez, só que a um espaço temporal maior. Esses leilões são anunciados com mais antecedência.
São utilizados títulos de emissão do Tesouro que afetam a liquidez do mercado monetário. Títulos emitidos pelo CB também são utilizados. Utilizam-se papéis prefixados na execução da política monetária.
O anúncio do leilão formal é precedido de um anúncio transmitido eletronicamente para todas as instituições habilitadas a participar do mesmo. Neste anúncio constam os tipos de título e em que quantidade serão ofertados.
Os leilões primários podem ser de 2 tipos:
Leilões discriminatórios ou de preços múltiplos: cada participante pode apresentar mais de um proposta. A apuração é feita em ordem decrescente, onde a proposta com maior preço tem toda a sua demanda atendida em quantidade. Se a demanda não cobrir toda a oferta, uma nova proposta é considerada.
Leilões de preço uniforme: Todos os participantes pagam preço uniforme, igual ao preço da última proposta vencedora na apuração. Aquelas que ofertarem um preço mais elevado tem suas demandas atendidas.
O impacto desses leilões vai depender da capacidade do mercado em absorver títulos.
19 – (VALOR – 06/03/2017) – “Os analistas do mercado financeiro não mudaram suas
estimativas para inflação, juros e câmbio, de acordo com o último boletim Focus do
Banco Central (BC). Havia uma expectativa em torno das novas projeções após a
divulgação da ata do Comitê de Política Monetária (Copom), na semana passada, que
reforçou a ideia de que o BC poderia acelerar a queda do juro básico, dependendo de
variáveis como a expectativa de inflação.
No Focus apresentado nesta segunda-feira, foi mantida a projeção de alta de 4,36% no
Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2017 e de 4,50% em 2018.
Os analistas fizeram uma ligeira revisão para baixo na expectativa para o resultado do
IPCA de fevereiro, que será divulgado nesta semana, de 0,44% para 0,43% de
aumento.
Para a Selic, as previsões de taxa a 9,25% ao fim deste ano e a 9% no encerramento de
2018 também seguiram as mesmas. A taxa está, atualmente, em 12,25%.
Ficaram inalteradas ainda as projeções para o câmbio, de dólar a R$ 3,30 no término
deste calendário e a R$ 3,40 no fim do próximo ano.
Os analistas Top 5 - que mais acertam as previsões - mantiveram as estimativas de
médio prazo para o IPCA em 4,05% e 4,24% de aumento neste ano e no próximo, mas
reduziram suas expectativas para a Selic, de 9,50% para 9% em 2017 e de 9,25% para
8,75% em 2018.”
Observamos no trecho acima que os analistas projetam as variáveis: juros, inflação e câmbio de forma conjunta. Qual a relação existe entre tais variáveis. Justifique o fato da análise acima tratar tais variáveis interligadas.
A manutenção de taxa de juros elevadas por parte do BC é um atrator de capitais estrangeiros, dessa forma, a valorização do real é dada como instrumento de barateamento das importações. Esse efeito, no caso brasileiro, era também reforçado pela sobrevivência de regras de indexação de contratos, que tornavam o preço de vários serviços públicos sensíveis a variações do dólar e dos mercados internacionais. Dessa forma, o câmbio, a taxa de juros e a inflação se interligam.

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