Buscar

trabalho de civil

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO
TEORIAS EXPLICATIVAS SOBRE A RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO
 A Constituição Federal nos traz que, a pessoa jurídica de direito público e de direto privado prestador de serviço responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurando o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa. Portanto, a responsabilidade civil do Estado é objetiva. 
         Essa afirmação também encontra base no Código Civil, em seu art. 43 que registra que as pessoas jurídicas de direito publico como responsáveis civilmente por atos de seus agentes, nessa qualidade, que causem danos a terceiros.
         Segundo Celso Antônio Bandeira de Mello, essa responsabilidade é a obrigação que incumbe o Estado de reparar economicamente os danos lesivos à esfera juridicamente garantida de outrem, e que lhe sejam imputáveis em decorrência de comportamentos unilaterais, lícitos ou ilícitos, comissivos ou omissivos, materiais ou jurídicos.
         É bom salientar que a expressão Responsabilidade Civil do Estado é empregada na acepção não-penal. As pessoas jurídicas podem ter imputabilidade criminal, estando sujeitas à responsabilidade penal. Todavia, a responsabilidade civil estatal não está somente disciplinada pelo Direito Civil, mas, principalmente, pelo Direito Público, ou seja, Direito Constitucional, Direito Administrativo e o Direito Internacional Público.
É importante fazer uma diferenciação entre os casos em que o direito permite ao Estado a utilização de um poder jurídico diretamente preordenado ao sacrifício do direito de outrem, caso este que está excluído do campo da responsabilidade civil, e os casos em que uma atividade lícita da Administração orientada para certo fim, não necessariamente conflitante com o direito de outrem, vem, no entanto, a provocar uma situação em que se fere tal direito, como conseqüência mediata do comportamento lícito da Administração Pública. É nesta segunda espécie de casos que podemos observar a caracterização da aplicação da responsabilidade civil dos entes da Administração Pública.
Teoria da Irresponsabilidade
 
 Na época do Absolutismo, considerava-se que qualquer idéia de responsabilidade do Estado importaria uma violação da soberania estatal. Portanto, nesse período consagra-se a irresponsabilidade do Estado em relação aos danos cometidos aos particulares.
 É dessa época (Absolutismo) a idéia de que “o rei não pode errar” (“the king can do no wrong”, na expressão inglesa). Logo, se o Rei não podia errar, não havia como indenizar eventuais danos causados aos particulares.
 A doutrina afirma que no Brasil jamais foi aceita a tese da irresponsabilidade do Estado. No Brasil a positivação expressa sobre responsabilidade estatal ocorreu na forma culposa com o Código Civil de 1016. Mesmo em legislações mais remotas, não se tem notícia sobre a teoria da irresponsabilidade abraçada neste país.
Teorias Subjetivistas
 
                  Por essa teoria, o fundamento da responsabilização se refere à culpa do funcionário para a atribuição da responsabilidade ao Estado, exigindo-se, portanto, a presença do elemento anímico para sua caracterização.
         Cinco teorias procuram explicar tal fenômeno: 
 
1 – Teoria da culpa civilística
 
A primeira teoria subjetivista, calcada na idéia dos agentes do estado ostentarem a condição de prepostos.
         Dessa forma, incidindo o estado em culpa in vigilando ou in eligendo, deveria ser obrigado a reparar os danos causados por seus representantes.
Tal teoria se extinguia por abarcar inúmeras situações de irressarcibilidade, pela evidente dificuldade do particular em comprovar a existência do elemento anímico pelo estado, sendo esse, talvez, o maior motivo do afastamento paulatino dessa tese.
 
2 – Teoria da culpa administrativa
 
         Uma segunda teoria, conhecida como da culpa administrativa ou do acidente administrativo, apresenta-se como uma fase intermediária no processo de transição entre a responsabilidade civil com culpa, e a objetivação da responsabilidade.
         Em vez de parir da visão do agente público como um pressuposto ou representante do Estado, encara-o como parte da própria estrutura estatal, pelo que se gerar dano, faz-se em nome da própria administração, uma vez que é dela apenas um instrumento.
 
3 – Teoria da culpa anônima
 
         Outras teorias não se mostraram muito satisfatórias, uma vez que não era possível proceder-se à identificação individual do causador do dano.
         Mesmo sabendo que o prejuízo decorre da atividade estatal, nem sempre é fácil descobrir quem foi o agente que praticou a conduta lesiva.
         Para situações como tais, propugna-se pela teoria da culpa anônima, exigindo-se para a responsabilização do estado tão somente a prova de que a lesão foi decorrente da atividade pública, sem necessidade de saber, de forma específica, qual foi o funcionário que a produziu.
 
4 – Teoria da culpa presumida (falsa teoria objetiva).
 
         Trata-se de uma variante da teoria da culpa administrativa, sua diferença é que na teoria da culpa presumida, há presunção da culpa do Estado, com a adoção do critério de inversão do ônus da prova.
 
5 – Teoria da falta administrativa
 
         Essa teoria toma como espeque a visão de que a falta do serviço estatal caracteriza a culpa da administração, não havendo necessidade de investigar o elemento subjetivo do elemento estatal, mas sim, somente a falta do serviço em si mesmo.
         Para Maria Sylvia Zanella Di Pietro, a culpa do Estado ocorre com o não-funcionamento do serviço público com o seu funcionamento atrasado ou , ainda, quando funciona mal.
         Nesses casos, ocorrerá a culpa do serviço, independentemente de qualquer inquirição a respeito da falta do funcionário.
 
Teorias objetivistas
 
 Após as tendências de teorias subjetivas, passou-se a adotar as teorias objetivas para a responsabilização das pessoas jurídicas de direito público.
Muitas vezes, os tribunais denominam teoria objetiva o que é simples inversão do ônus da prova, como no caso da teoria da culpa presumida, o fato é que afastar esse elemento subjetivo é uma medida que prestigia a reparação integral de danos e os direitos de cidadania opostos ao Estado.
 
1 – Teoria do risco administrativo
 
A idéia de risco administrativo, como nos ensina Pablo, avança no sentido da publicação da responsabilidade e coletivização dos prejuízos, fazendo surgir a obrigação de indenizar o dano em razão da simples ocorrência do fato lesivo, sem perquirir a falta do serviço ou da culpa do agente.
 
2 – Teoria do risco integral
 
         Essa teoria leva a ideia de responsabilização ao mais alto grau atingido.
         De fato, a sua aplicação levaria a reconhecer a responsabilidade civil em qualquer situação, desde que presentes os três elementos essenciais.
         Trata-se de uma situação extrema, que não deve ser aceita, em regra, pela imensa possibilidade de ocorrência de desvios e abusos.
 
3 – Teoria do risco social
 
         Por fim, vale destacar a denominada teoria do risco social, também conhecida como responsabilidade sem risco.
         Segundo Saulo José Casali, se o estado tem o dever de cuidar da harmonia e da estabilidade social, e o dano provém justamente da quebra dessa harmonia e estabilidade, seria dever do estado repará-lo.
         Com tal teoria, prescinde-se inclusive, da conduta humana atribuída ao Estado, através de seus agentes, para lhe responsabilizar.
Teoria adotada no ordenamento jurídico brasileiro
Posição adotada pelo ordenamento brasileiro, sobre responsabilidade civil extracontratual do Estado.
 Extracontratual ou aquilina é a que nasce das várias atividades estatais que não por meio de contrato celebrado pela Administração. Na prática, tanto a responsabilidade contratual como a extracontratual dão ensejo à mesma consequência jurídica: a obrigação de reparar o dano. Desta forma, aquele que, medianteconduta voluntária, transgredir um dever jurídico, existindo ou não negócio jurídico, causando dano a outrem, deverá repará-lo.
O direito brasileiro, através do art. 37, §6°, da Constituição Federal, adotou como regra, a teoria da responsabilidade objetiva do Estado (independe de culpa) e a teoria da responsabilidade subjetiva do agente público (depende de culpa ou dolo) para as ações comissivas. Como mencionado suso, também foi prevista a teoria do risco integral em seu art. 21, XXIII, “d”. Nas condutas omissivas, embora haja divergências nos tribunais, prevalece a teoria da responsabilidade subjetiva. 
De acordo com a Constituição Federal:
“Art. 37, § 6º - As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa”.
Portanto, para haver responsabilidade objetiva do Estado é preciso ato danoso lícito ou ilícito praticado por agente de pessoa jurídica de direito público ou de pessoa jurídica de direito privado prestadora de serviço público. 
“No que diz respeito ao fato gerador da responsabilidade, não está ele atrelado ao aspecto da licitude ou ilicitude. Como regra, é verdade, o fato ilícito é que acarreta a responsabilidade, mas, em ocasiões especiais, o ordenamento jurídico faz nascer a responsabilidade até mesmo de fatos lícitos. Nesse ponto, a caracterização do fato como gerador da responsabilidade obedece ao que a lei estabelecer a respeito.”(CARVALHO FILHO, 2010, p. 591)
 Carvalho Filho afirma que estão inclusas nesta categoria as pessoas privadas da Administração Indireta (empresa pública, sociedade de economia mista e fundações públicas) quando da prestação de serviço público, os concessionários e os permissionários de serviço público. Por não prestarem serviço público, estão excluídas da responsabilidade objetiva as entidades da Administração indireta que realizem atividades econômicas de natureza privada.
Pressupostos da responsabilidade civil do Estado
Dentre os pressupostos da responsabilidade do Estado , analisar-seá primeiramente os sujeitos e a conduta humana por ele causado seja ela ação ou omissão é o ato da pessoa que causa dano ou prejuízo a outrem, gerando obrigação de reparação. O sujeito ativo da relação jurídica é o cidadão, qualquer pessoa, física ou jurídica, que sofra um dano indenizável sendo de conduta positiva ou negativa. Já o sujeito passivo, é o causador do dano, ou seja, o Estado que por meio de seus agentes lesionam outrem. Vê-se que a expressão agente abarca todos aqueles que de alguma forma exerçam atividade pública inerente ao Estado.
Dispõe o artigo 37, § 6º da CF/88, que “As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.”
Art. 43. CC- “ As pessoas jurídicas de direito público interno são civilmente responsáveis por atos dos seus agentes que nessa qualidade causem danos a terceiros, ressalvado direito regressivo contra os causadores do dano, se houver, por parte destes, culpa ou dolo”.
Já o nexo de causalidade pode ser definido como “o vínculo, o elo de ligação entre a atividade estatal e o dano produzido a terceiro. não basta apenas que a vitima sofra dano, é preciso que esta lesão passe a existir a partir do ato do agressor para que haja o dever de compensação. Ele surge da obrigação extracontratual entre o sujeito estatal e o particular.
Para ser indenizável, o dano deve corresponder a uma lesão a bem
protegido pelo direito, e que o lesado não está obrigado a suportar o ônus sem ser reparado. No entanto, para que tais danos sejam indenizáveis pelo Estado, é preciso que concorram os pressupostos mencionados: os sujeitos ativo e passivo, ato ou fato antijurídico, e, o nexo de causalidade, já que o nexo de imputação está inerente à regra da responsabilidade objetiva
Responsabilidade Civil do estado por atos omissivos e comissivos
Segundo o verbo “causarem” que está expresso no art. 37,§6º,da CF/88 .A responsabilidade objetiva atinge tanto os atos omissivos como os comissivos . O art. 37,§6º da CF/88 expressa o seguinte;
§ 6º - As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.
Segundo os defensores da teoria subjetiva, nas condutas omissivas o Estado responderá subjetivamente com fundamento na teoria da culpa do serviço, ou faute du servisse, como denominada pelos franceses. A culpa do serviço, falta do serviço ou, simplesmente, culpa anônima da administração estará caracterizada em três situações, a saber: a ausência do serviço, o serviço defeituoso ou o serviço demorado.
Celso Antônio Bandeira de Mello destaca uma precisa lição: 
Quando o dano foi possível em decorrência de uma omissão do Estado ( o serviço não funcionou, funcionou tardia ou ineficientemente) é de aplicar-se a teoria da responsabilidade subjetiva. Com efeito, se o Estado não agiu, não pode, logicamente, ser o autor do dano. Isto é: só faz sentido responsabiliza-lo se descumpriu dever legal que lhe impunha obstar o evento lesivo. 
Deveras , caso o poder publico não estivesse obrigado a impedir o acontecimento danoso, faltaria razão para impor-lhe o encargo de suportar patrimonialmente as consequências da lesão. Logo a responsabilidade estatal por ato omissivo é sempre responsabilidade por comportamento ilícito. E sendo responsabilidade por ilícito é necessariamente responsabilidade subjetiva, pois não há conduta ilícita do Estado que não seja proveniente de negligencia, imprudência ou imperícia (culpa) ou, então deliberando proposito de violar a norma que a constituída em dada obrigação (dolo). Culpa e dolo são justamente modalidade de responsabilidade subjetiva.
Noutro polo, parte da doutrina afirma que a responsabilidade do Estado será sempre objetiva, ainda no que tange os atos omissivos, sob o palio da isonomia e da busca de igualdade de todos frente ao ônus do Estado. Hely Lopes Meirelles entre outros, diz que a constituição federal não fez qualquer ressalva ao artigo 37,§6º, quanto a utilização do verbo “causarem” pelo que é indissociável das condutas omissivas. Assim afirmam que a conduta omissiva é também d ponto de vista jurídico a causa do dano e não apenas sua condição. 
Falta a Parte da Fernanda
ATIVIDADE REGULAR CAUSADORA DE DANO
Segundo a Constituição, “as pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa”. Isso significa dizer que não se exige comportamento culposo do funcionário, bastando que haja dano, causado por agente do serviço público, para, para que decorra o dever do Estado de indenizar.
Em alguns casos, esse referido dano é consequência de uma atividade regular do Estado, ou seja, algo que está dentro das normas e de suas funções normais. No entanto, mesmo sendo uma atividade regular, quando esta causa um dano legitima a ação de ressarcimento contra o Estado.
Um exemplo de jurisprudência nesse sentido é uma vítima, terceira em relação a um tiroteio, que tenha sido atingida por um projétil, não havendo caso fortuito e culpa da própria vítima. O dano causado se deu por disparo de arma de fogo durante uma perseguição a criminosos, ou seja, uma atividade regular do Estado. Mesmo assim, ainda que ocorrente o estado de necessidade, há responsabilidade da Fazenda do Estado.
RESPONSABILIDADE DO ESTADO POR ATOS JUDICIAIS
Segundo Cretella Júnior, "as atividades judiciais são todas as atividades do Poder Judiciário,específicas ou anespecíficas, sem indagação de sua natureza, contenciosa ou graciosa". Cretella ainda acrescenta que "o serviço judiciário é, antes de tudo, serviço público. Ora, serviço público danoso, em qualquer de suas modalidades é serviço danoso do Estado." Sendo assim, não se poderia excluir a espécie de serviço público judiciário do gênero de serviço público geral.
Sendo danoso o serviço judiciário, seja por falha individual do magistrado ou culpa anônima do serviço, seja por ato ilícito ou por ato lícito, ou mesmo sem culpa, o Estado responderá diretamente pelos prejuízos causados, sendo que este poderá acionar, regressivamente, o magistrado, nos casos delimitados no art. 133 do Código de Processo Civil, que diz que “responderá por perdas e danos o juiz, quando:
I – no exercício de suas funções, proceder com dolo ou fraude;
II – recusar, omitir ou retardar, sem justo motivo, providência que deva ordenar de ofício, ou a requerimento da parte”.
É importante salientar que danos graves e de difícil reparação podem resultar para as partes devido a negligência do juiz no cumprimento do seu dever como prolongamento abusivo de prisões preventivas e retardamento injustificado de decisões, por exemplo. Sendo assim, percebe-se que o andamento do Judiciário está estruturado sobre o princípio da organização e do funcionamento do serviço público. Justifica-se, assim, o posicionamento da atual doutrina brasileira, que atribui responsabilidade ao Estado, não podendo, este, escusar-se de responder pelos danos decorrentes da negligência judiciária ou do mau funcionamento da justiça.
RESPONSABILIDADE DO ESTADO POR ATOS LEGISLATIVOS
A responsabilidade civil do Estado Legislador está relacionada à obrigação estatal de compensar os danos causados ao patrimônio dos indivíduos pela atividade legislativa. A doutrina divergiu por muito tempo sobre tal responsabilidade; os doutrinadores mais antigos defendiam a irresponsabilidade do estado por atos legislativos, alegando ser a lei expressão máxima da soberania estatal, entre outras argumentações. Mas atualmente há uma acentuada tendência favorável à aceitação do estado legislador responsável, intensificando, desta forma, os princípios da justiça e da equidade.
Apesar da falta de generalidade quanto ao reconhecimento absoluto da responsabilidade estatal por atos legislativos, cogita-se, majoritariamente, do estabelecimento de uma relação objetiva, livre da culpa e da ilicitude do ato, enfocando-se no dano e na pessoa do administrado que suportou as lesões, sem, contudo, qualquer obrigação jurídica. Neste sentido, ainda impõem-se, para a efetiva responsabilidade do Estado, a exigência de que o dano proveniente da lei tenha caráter especial e anormal. Exige-se que o interesse afetado seja juridicamente mais relevante que o interesse contido na norma lesiva. Exclui-se da garantia da reparação dos danos as atividades ilícitas, amorais, contra os bons costumes e lesivas à saúde pública.
FACULDADE MATER DEI
CURSO DE BACHARELADO EM DIREITO
Responsabilidade civil do Estado
Ana Fernanda Babinski
Julia de Bortoli
Josiana Rezzardi
Renata Pessi
Tairini sozo
PATO BRANCO-PR 
2013
Responsabilidade civil do Estado
Trabalho apresentado como parte da avaliação do 1º bimestre, disciplina de Direito Civil 4 do Curso de Bacharelado em Direito, com a orientação da Professora Ludmila Defaci. 
PATO BRANCO-PR

Outros materiais