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�PAGE \* MERGEFORMAT�21� � PROJETO EM ESTRUTURA DE MADEIRA Recife Novembro/2016 � PROJETO EM ESTRUTURA DE MADEIRA Rita de Cássia de Oliveira Ordonho Guilherme Cavalcanti Nunes Bruna Laís Nascimento Lima Hélvio Ney de Souza Trabalho acadêmico apresentado como 2o Exercício Escolar da disciplina Construção em Aço e Madeira, Turma SG, ministrada pelo professor Cláudio Mota. Recife Novembro/2016� SUMÁRIO Página 1. Introdução.............................................................................................. 4 2. Objetivos................................................................................................ 5 2.1 Objetivo Geral............................................................................. 5 6 2.2 Objetivos Específicos................................................................. 5 3. Revisão bibliográfica............................................................................. 6 3.1 Descrição................................................................................... 6 7 3.2 Características gerais................................................................ 7 7 3.3 Durabilidade e tratamento......................................................... 8 7 3.4 Características de processamento........................................... 8 7 3.5 Propriedades físicas.................................................................. 9 7 3.6 Propriedades mecânicas........................................................... 9 7 3.7 Usos e aplicações...................................................................... 11 7 4. Dados e Especificações........................................................................ 13 4.1 Planta Baixa e Corte.................................................................. 13 7 4.2 Especificações para dimensionamento de estrutura em madeira 14 7 5. Memória de Cálculo............................................................................... 14 5.1 Cálculo das Tensões Admissíveis para dimensionamento...... 14 5.2 Cálculo das cargas .................................................................... 15 5.3 Cálculo dos Esforços nas Vigas................................................ 16 5.4 Dimensionamento das Vigas e Verificação ao Cisalhamento.. 18 5.5 Dimensionamento dos Pilares.................................................... 24 6. Referências............................................................................................ 26 � Introdução O anteprojeto de uma edificação com estrutura de madeira deve conter as especificações e características da espécie a ser empregada, considerando fatores como a localização do empreendimento e os agentes biológicos atuantes a que a construção está submetida. Este procedimento é imprescindível para evitar futuras deteriorações ocasionadas pela ação do intemperismo e o ataque de fungos e insetos. Dessa forma, é possível determinar o tipo de construção, os detalhes dos sistemas de proteção e os construtivos que irão assegurar a vida útil da edificação. A definição da espécie botânica depende de uma série de fatores que interagem entre si, como a linguagem do projeto arquitetônico, a finalidade específica na obra, o desempenho desejado, a agressividade do entorno, as propriedades das madeiras e os recursos disponíveis (orçamento, equipamentos e ferramentas). Dentre as fontes de matéria-prima mais usadas, há madeiras provenientes de florestas plantadas - que se destinam a produzir madeira para as indústrias de madeira serrada, cuja exploração apenas pode ser realizada por meio de projetos aprovados pelo Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) - e as de florestas nativas - exploradas para atender o mercado com o manejo florestal ou da exploração extrativista. Na construção civil essas madeiras podem ser utilizadas de diferentes formas, tanto para usos temporários, como fôrmas para concreto, andaimes e escoramentos, quanto para usos definitivos, como nas estruturas de cobertura, esquadrias (portas e janelas), forros e pisos. Atualmente, a preocupação com o desenvolvimento sustentável tem feito com que as madeireiras procurem recursos mais viáveis como a utilização de madeiras provenientes de reflorestamento que sejam certificadas, tão eficientes quanto as nativas, acrescentando o fato de que a extração é controlada e não agride o meio ambiente. Objetivos Objetivo Geral Noções básicas de dimensionamento de projetos em estruturas de madeira. Objetivos Específicos Projetar uma estrutura em madeira Maçaranduba para construção de uma ponte, utilizando as seguintes dimensões : Seções Comerciais Seção 3”x3”, 3”x5”, 3”x6”, 3”x8”, 3”x10”, 3”x12”, 4”x4”, 4”x6”, 4”x8”, 4”x12”; 6”x6”,”6x8”, 6”x10”,6”x12”. Espessura das chapas: Seção 3”x16”, 1”x8”, 1”x4”, 5”x16”, 3”x8”; Diâmetro dos Parafusos: Seção 1”x8”, 5”x16”, 3”x8”; Revisão bibliográfica Descrição A Madeira Maçaranduba pertence ao grupo de espécies do gênero Manikara que produzem madeiras pesadas, duras, de coloração castanho-avermelhada, com seus vasos obstruídos por aparaiú (substância de cor castanho-avermelhada). Dentre essas espécies, pode-se mencionar Tabebuia ochraceae (Cham.) Bureau, Tabebuia impetiginosa (Mart. ex DC.) Standl., Tabebuia longifolia (Bureau) Standl. e Tabebuia serratifolia (Vahl.) Nichols. Como essas madeiras são semelhantes nas suas características e no comércio têm o praticamente o mesmo valor, são tratadas em conjunto, sendo mencionada a espécie, quando pertinente. Outros nomes populares: balata-verdadeira, maçaranduba-de-leite, maçaranduba-verdadeira, maçarandubinha, maparajuba, marapajuba-da-várzea, paraju,, balata, bullet wood, maçaranduba, sapodilla. Ocorrência: Brasil: Amazônia, Mata Atlântica, Acre, Amapá, Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraná, Rio Grande do Sul, Rondônia, São Paulo. Outros países: América Central, Argentina, Bolívia, Colômbia, Guiana, Guiana Francesa, Paraguai, Peru, Suriname. 3.2 Características gerais Características sensoriais: cerne e alburno distintos pela cor, cerne pardo ou castanho com reflexos amarelados ou esverdeados, alburno branco-amarelado; superfície sem brilho; cheiro e gosto imperceptíveis; densidade alta; dura ao corte; grã irregular a revessa; textura fina. Descrição anatômica macroscópica: Parênquima axial: visível apenas sob lente, paratraqueal vasicêntrico a aliforme, confluente, formando pequenos arranjos oblíquos e ainda marginal muito fino. Raios: visíveis apenas sob lente no topo, na face tangencial é visível a sua estratificação (4 a 5 por mm); poucos. Vasos: visíveis apenas sob lente; pequenos; muito numerosos; porosidade difusa; solitários e múltiplos; obstruídos por substância avermelhada. Camadas de crescimento: pouco distintas, individualizadas por zonas fibrosas tangenciais mais escuras e por finas linhas de parênquima marginal. Fonte: (IPT,1983; IPT,1989a) Observação: Informações para a espécie Tabebuia ochraceae (Cham.) Rizz. 3.3 Durabilidade e tratamento Durabilidade natural: a Madeira Maçaranduba, em ensaios de laboratório, demonstrou ser de alta resistência ao ataque de organismos xilófagos (fungos e cupins) (Berni et al.,1979; Brazolin & Tomazello,1999) Em experimento realizado em ambiente marinho foi moderadamente atacada por organismos perfuradores (Lopez,1982) Em ensaio de campo, com estacas em contato com o solo apresentou vida média de 8 a 9 anos (Lopez,1982) Em observações práticas, é considerada muito resistente ao apodrecimento (IPT,1989a).Tratabilidade: em tratamento sob pressão demonstrou ser impermeável às soluções preservantes (IPT,1989a). 3.4 Características de processamento Trabalhabilidade: a Madeira Maçaranduba é moderadamente difícil de trabalhar, principalmente com ferramentas manuais que perdem rapidamente a afiação. Recebe bom acabamento. São relatados problemas de colagem (Jankowsky,1990). O aplainamento é regular, é fácil de lixar e excelente para pregar e parafusar (IBAMA,1997a). Secagem: a secagem ao ar é de média a rápida e apresenta pequenos problemas de rachaduras e empenamentos. A secagem artificial (em estufa) pode agravar a incidência de defeitos (Jankowsky,1990). Programa de secagem pode ser obtido em (Jankowsky,1990). 3.5 Propriedades físicas Densidade de massa (): Aparente a 15% de umidade (ap, 15): 1010 kg/m³ Básica (básica): 840 kg/m³ Contração: Radial: 4,0 % Tangencial: 5,9 % Volumétrica: 10,9 % Resultados foram obtidos de acordo com a Norma ABNT MB26/53 (NBR 6230/85). Observação: Informações para a espécie Tabebuia ochraceae (Cham.) Rizz. Fonte: (IPT,1989a) 3.6 Propriedades mecânicas Flexão: Resistência (fM): Madeira vermelha: 148,5 MPa Madeira a 15% de umidade: 160,5 MPa Limite de proporcionalidade - Madeira vermelha: 60,3 MPa Módulo de elasticidade - Madeira vermelha: 15298 Mpa Resultados foram obtidos de acordo com a Norma ABNT MB26/53 (NBR 6230/85). Observação: Informações para a espécie Tabebuia ochraceae (Cham.) Rizz. Fonte: (IPT,1989a). Compressão paralela às fibras: Resistência (fc0): Madeira vermelha: 73,4 MPa Madeira a 15% de umidade: 82,9 MPa Coeficiente de influência de umidade: 1,6 % Limite de proporcionalidade - Madeira vermelha: 50,4 MPa Módulo de elasticidade - Madeira vermelha: 18054 Mpa Resultados foram obtidos de acordo com a Norma ABNT MB26/53 (NBR 6230/85). Observação: Informações para a espécie Tabebuia ochraceae (Cham.) Rizz. Fonte: (IPT,1989a). Outras propriedades: Resistência ao impacto na flexão - Madeira a 15% (choque): Trabalho absorvido: 42,5 MPa Cisalhamento - Madeira vermelha: 15,4 MPa Dureza janka paralela - Madeira vermelha: 10807 N Tração normal às fibras - Madeira vermelha: 11,1 MPa Fendilhamento - Madeira vermelha: 1,2 Mpa Resultados foram obtidos de acordo com a Norma ABNT MB26/53 (NBR 6230/85). Observação: Informações para a espécie Tabebuia ochraceae (Cham.) Rizz. Fonte: (IPT,1989a) 3.7 Usos e aplicações Construção civil: Pesada externa: pontes dormentes ferroviários cruzetas defensas Pesada interna: vigas caibros Leve em esquadrias: portas janelas batentes Leve interna, decorativa: guarnições rodapés forros lambris Assoalhos: tábuas tacos parquetes degraus de escada Mobiliário: Alta qualidade: partes decorativas de móveis Outros usos: artigos de esporte e brinquedos cabos de ferramentas implementos agrícolas peças torneadas transporte instrumentos musicais ou parte deles Dados e especificações Planta Baixa e Corte Corte Vista Lateral Especificações para dimensionamento de estrutura em madeira Tipo de madeira: Maçaranduba Tensões de Ensaio: Tensão à Tração ( ) = 1.605,00 kg/cm2 Tensão à Compressão ( ) = 829,00 kg/cm² Tensão ao Cisalhamento ( ) = 154,00 kg/cm² Memória de cálculo Cálculo das Tensões Admissíveis para dimensionamento Com base nas tensões de ensaio, calculamos as tensões admissíveis da espécie da madeira Maçaranduba: Tração → adm = 0,15 x 1.605,00 → adm = 240,75 Kg/cm² Compressão → adm = 0,20 x 829,00 → adm = 165,80 Kg/cm² Cisalhamento → adm = 0,10 x 154,00 → adm = 15,40 Kg/ cm² Cálculo das cargas Peso Próprio da Estrutura...................................................100,00 kg/m² Sobre Carga da Passarela (S.C.) .......................................300,00 kg/m² Peso Próprio das Telhas.....................................................100,00 kg/m² Carga Total .......................................................................................500,00 kg/m² Cálculo dos Esforços nas Vigas Viga V4 = V5 q = 380,00 kg/m2 x 4,50 m q = 1.710,00 kg/m RA = RB = (1.710,00 kg/m x 4,50 m) / 2 RA = RB = 3.847,50 kg Viga V3 = V6 q = 380,00 kg/m² x (4,50 / 2) m q = 855,00 kg/m RA = RB = (855,00 kg/m x 4,50 m) / 2 RA = RB = 1.923,75 kg Viga V1 = V2 q = 120,00 kg/m² x (4,50 / 2) m q = 270,00 kg/m RA = RB = [(3.847,50 kg x 2) + (270,00 kg/m x 4,50 m)] / 2 RA = RB = 4.455,00 kg Viga V7 = V8 = V9 = V10 q = 120,00 kg/m² x (4,50 / 2) m q = 270,00 kg/m RA = RB = (270,00 kg/m x 4,50 m) / 2 RA = RB = 607,50 kg Dimensionamento das Vigas e Verificação ao Cisalhamento Viga V4 = V5 Momento Fletor: M = 4.328,44 kgm Esforço Cortante: Q = 3.847,50 kg Dimensionamento da Viga: → Adotando a = 6” → a = 15,0 cm → b = 26,82 cm Adotando b = 30 cm → b = 12” V4 e V5 terão 15 cm x 30 cm ou seja, 6” x 12” Verificação ao Cisalhamento: = 12,825 Kg/cm² < adm = 15,40 Kg/ cm² (Ok) Viga V3 = V6 Momento Fletor: M = 2.164,22 kgm Esforço Cortante: Q = 1.923,75 kg Dimensionamento da Viga: → Adotando a = 4” → a = 10,0 cm → b = 23,22 cm Adotando b = 25 cm → b = 10” V3 e V6 terão 10 cm x 25 cm ou seja, 4” x 10” Verificação ao Cisalhamento: = 11,54 Kg/ cm² < adm = 15,40 Kg/ cm² (Ok) Viga V1 = V2 Momento Fletor: M = 2.847,65 kgm Esforço Cortante: Q = 2.531,25 kg Dimensionamento da Viga: → Adotando a = 4” → a = 10,0 cm → b = 26,64 cm Adotando b = 25 cm → b = 10” V1 e V2 terão 10 cm x 25 cm ou seja, 4” x 10” Verificação ao Cisalhamento: = 15,19 Kg/ cm² < adm = 15,40 Kg/ cm² (Ok) Viga V7 = V8 = V9 = V10 Momento Fletor: M = 683,44 kgm Esforço Cortante: Q = 607,50 kg Dimensionamento da Viga: → Adotando a = 3” → a = 7,5 cm → b = 15,07 cm Adotando b = 15 cm → b = 6” V1 e V2 terão 7,5 cm x 15 cm ou seja, 3” x 6” Verificação ao Cisalhamento: = 8,10 Kg/ cm² < adm = 15,40 Kg/ cm² (Ok) Dimensionamento dos Pilares = 829,00 kg/cm² Ec = 180.540 kg/cm² Se λ > λo → Pilar P1= P2 = P3 = P4 P1 = R1V1 + R2V3 + 0,5R2V4 + 0,5R2V5 + R1V7 + R2V10 P1 = 4.455,00 + 1.923,75 + 3.847,50 + 607,50 + 607,50 P1 = 11.441,25 Kg → Pilar 1 – 6” x 6” P2 = R2V1 + R1V6 + 0,5R2V4 + 0,5R2V5 + R2V7 + R1V10 P2 = 4.455,00 + 1.923,75 + 3.847,50 + 607,50 + 607,50 P2 = 11.441,25 Kg → Pilar 2 – 6” x 6” P3 = R1V3 + R1V2 + 0,5R1V4 + 0,5R1V5 + R1V9 + R1V8 P3 = 4.455,00 + 1.923,75 + 3.847,50 + 607,50 + 607,50 P3 = 11.441,25 Kg → Pilar 3 – 6” x 6” P4 = R2V2 + R2V6 + 0,5R1V4 + 0,5R1V5 + R2V8 + R2V10 P4 = 4.455,00 + 1.923,75 + 3.847,50 + 607,50 + 607,50 P4 = 11.441,25 Kg → Pilar 4 – 6” x 6” 6. Referências MOTA, Cláudio. Construção de estruturas de Aço e Madeira. Recife: EDUPE, 2008; ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DENORMAS TÉCNICAS (1997). NBR 7190 – Projeto de estruturas de madeira. Rio de Janeiro. PFEIL, Walter. PFEIL, Michèle. Estruturas de Madeira. 6ª edição. São Paulo: LTC, 2003. INSTITUTO DE PESQUISAS TECNOLÓGICAS Disponível em < http://www.ipt.br/informacoes_madeiras/38.htm > Acesso em 27/10/2016 . 4,50 m 4,50 m 3.847,50 kg 3.847,50 kg 2,25 m 2,25 m 2,25 m 2,25 m � EMBED Equation.3 ��� � EMBED Equation.3 ��� � EMBED Equation.3 ��� � EMBED Equation.3 ��� _1461941963.unknown _1461942028.unknown _1461947030.unknown _1461947096.unknown _1461949128.unknown _1461956984.unknown _1461957164.unknown _1461957891.unknown _1461957720.unknown _1461957058.unknown _1461956937.unknown _1461948759.unknown _1461948828.unknown _1461948980.unknown _1461948726.unknown _1461947082.unknown _1461947089.unknown _1461947050.unknown _1461947060.unknown _1461942961.unknown _1461945566.unknown _1461946675.unknown _1461944328.unknown _1461944468.unknown _1461944540.unknown _1461945493.unknown _1461944477.unknown _1461944402.unknown _1461944274.unknown _1461942826.unknown _1461942876.unknown _1461942669.unknown _1461941922.unknown _1461941630.unknown _1461941757.unknown _1461941649.unknown _1461940362.unknown _1461941194.unknown _1461941202.unknown _1461941017.unknown _1461941094.unknown _1461940414.unknown _1461928666.unknown _1461939875.unknown _1461928424.unknown _1395487139.bin
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