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EVANGELISTA 2021 - Madeiras nativas e plantadas do Brasil-qualidade pesquisas e atualidades

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MADEIRAS NATIVAS
PLANTADAS DO BRASIL
Qualidade, Pesquisas e Atualidades
&
Wescley Viana Evangelista
Organizador
editora científica
MADEIRAS NATIVAS
PLANTADAS DO BRASIL
Qualidade, Pesquisas e Atualidades
&
Wescley Viana Evangelista
Organizador
2021 - GUARUJÁ - SP
1ª EDIÇÃO
editora científica
Copyright© 2021 por Editora Científica Digital 
Copyright da Edição © 2021 Editora Científica Digital
Copyright do Texto © 2021 Os Autores
EDITORA CIENTÍFICA DIGITAL LTDA
Guarujá - São Paulo - Brasil
www.editoracientifica.org - contato@editoracientifica.org
Todo o conteúdo deste livro está licenciado sob uma Licença de Atribuição Creative Commons. Atribuição 4.0 
Internacional (CC BY 4.0).
Parecer e Revisão Por Pares
Os textos que compõem esta obra foram submetidos para avaliação do Conselho Editorial da Editora Científica Digital, bem como revisados por 
pares, sendo indicados para a publicação.
O conteúdo dos capítulos e seus dados e sua forma, correção e confiabilidade são de responsabilidade exclusiva dos autores. É permitido 
o download e compartilhamento desta obra desde que no formato Acesso Livre (Open Access) com os créditos atribuídos aos respectivos 
autores, mas sem a possibilidade de alteração de nenhuma forma ou utilização para fins comerciais.
CORPO EDITORIAL
Direção Editorial
R e i n a l d o C a r d o s o
J o ã o B a t i s t a Q u i n t e l a
Editor Científico
P r o f . D r . R o b s o n J o s é d e O l i v e i r a
Assistentes Editoriais
E l i e l s o n R a m o s J r . 
E r i c k B r a g a F r e i r e
B i a n c a M o r e i r a
S a n d r a C a r d o s o
Bibliotecário
M a u r í c i o A m o r m i n o J ú n i o r - C R B 6 / 2 4 2 2
Jurídico
D r . A l a n d e l o n C a r d o s o L i m a - O A B / S P - 3 07 8 5 2
Robson José de Oliveira 
Universidade Federal do Piauí, Brasil
Eloisa Rosotti Navarro 
Universidade Federal de São Carlos, Brasil
Rogério de Melo Grillo 
Universidade Estadual de Campinas, Brasil
Carlos Alberto Martins Cordeiro
Universidade Federal do Pará, Brasil
Ernane Rosa Martins 
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás, Brasil
Rossano Sartori Dal Molin 
FSG Centro Universitário, Brasil
Edilson Coelho Sampaio 
Universidade da Amazônia, Brasil
Domingos Bombo Damião 
Universidade Agostinho Neto, Angola
Elson Ferreira Costa 
Universidade do Estado do Pará, Brasil
Carlos Alexandre Oelke 
Universidade Federal do Pampa, Brasil
Patrício Francisco da Silva 
Universidade CEUMA, Brasil
Reinaldo Eduardo da Silva Sales 
Instituto Federal do Pará, Brasil
Dalízia Amaral Cruz 
Universidade Federal do Pará, Brasil
Susana Jorge Ferreira 
Universidade de Évora, Portugal
Fabricio Gomes Gonçalves 
Universidade Federal do Espírito Santo, Brasil
Erival Gonçalves Prata 
Universidade Federal do Pará, Brasil
Gevair Campos 
Faculdade CNEC Unaí, Brasil
Flávio Aparecido De Almeida 
Faculdade Unida de Vitória, Brasil
Mauro Vinicius Dutra Girão 
Centro Universitário Inta, Brasil
Clóvis Luciano Giacomet 
Universidade Federal do Amapá, Brasil
Giovanna Moraes 
Universidade Federal de Uberlândia, Brasil
André Cutrim Carvalho 
Universidade Federal do Pará, Brasil
Silvani Verruck 
Universidade Federal de Santa Catarina, Brasil
Auristela Correa Castro 
Universidade Federal do Pará, Brasil
Osvaldo Contador Junior 
Faculdade de Tecnologia de Jahu, Brasil
Claudia Maria Rinhel-Silva 
Universidade Paulista, Brasil
Dennis Soares Leite 
Universidade de São Paulo, Brasil
Silvana Lima Vieira 
Universidade do Estado da Bahia, Brasil
Cristina Berger Fadel 
Universidade Estadual de Ponta Grossa, Brasil
Graciete Barros Silva 
Universidade Estadual de Roraima, Brasil
CONSELHO EDITORIAL
Mestres, Mestras, Doutores e Doutoras
CONSELHO EDITORIAL
Juliana Campos Pinheiro 
Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Brasil
Cristiano Marins 
Universidade Federal Fluminense, Brasil
Silvio Almeida Junior 
Universidade de Franca, Brasil
Raimundo Nonato Ferreira Do Nascimento 
Universidade Federal do Piaui, Brasil
Marcelo da Fonseca Ferreira da Silva 
Escola Superior de Ciências da Santa Casa de Misericórdia de Vitória, Brasil
Carlos Roberto de Lima 
Universidade Federal de Campina Grande, Brasil
Daniel Luciano Gevehr 
Faculdades Integradas de Taquara, Brasil
Maria Cristina Zago 
Centro Universitário UNIFAAT, Brasil
Wescley Viana Evangelista 
Universidade do Estado de Mato Grosso, Brasil
Samylla Maira Costa Siqueira 
Universidade Federal da Bahia, Brasil
Gloria Maria de Franca 
Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Brasil
Antônio Marcos Mota Miranda 
Instituto Evandro Chagas, Brasil
Carla da Silva Sousa 
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Baiano, Brasil
Dennys Ramon de Melo Fernandes Almeida 
Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Brasil
Francisco de Sousa Lima 
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Baiano, Brasil
Reginaldo da Silva Sales 
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará, Brasil
Mário Celso Neves De Andrade 
Universidade de São Paulo, Brasil
Maria do Carmo de Sousa
Universidade Federal de São Carlos, Brasil
Mauro Luiz Costa Campello 
Universidade Paulista, Brasil
Sayonara Cotrim Sabioni 
Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia Baiano, Brasil
Ricardo Pereira Sepini 
Universidade Federal de São João Del-Rei, Brasil
Flávio Campos de Morais 
Universidade Federal de Pernambuco, Brasil
Sonia Aparecida Cabral 
Secretaria da Educação do Estado de São Paulo, Brasil
Jonatas Brito de Alencar Neto 
Universidade Federal do Ceará, Brasil
Moisés de Souza Mendonça 
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará, Brasil
Pedro Afonso Cortez 
Universidade Metodista de São Paulo, Brasil
Iara Margolis Ribeiro 
Universidade do Minho, Brasil
Julianno Pizzano Ayoub 
Universidade Estadual do Centro-Oeste, Brasil
Vitor Afonso Hoeflich 
Universidade Federal do Paraná, Brasil
Bianca Anacleto Araújo de Sousa 
Universidade Federal Rural de Pernambuco, Brasil
Bianca Cerqueira Martins 
Universidade Federal do Acre, Brasil
Daniela Remião de Macedo 
Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa, Portugal
Dioniso de Souza Sampaio 
Universidade Federal do Pará, Brasil
Rosemary Laís Galati
Universidade Federal de Mato Grosso, Brasil
CONSELHO EDITORIAL
Maria Fernanda Soares Queiroz 
Universidade Federal de Mato Grosso, Brasil
Letícia Cunha da Hungria 
Universidade Federal Rural da Amazônia, Brasil
Leonardo Augusto Couto Finelli 
Universidade Estadual de Montes Claros, Brasil
Thais Ranielle Souza de Oliveira 
Centro Universitário Euroamericano, Brasil
Alessandra de Souza Martins 
Universidade Estadual de Ponta Grossa, Brasil
Claudiomir da Silva Santos 
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas, Brasil
Fabrício dos Santos Ritá 
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas, Brasil
Danielly de Sousa Nóbrega 
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Acre, Brasil
Livia Fernandes dos Santos 
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Acre, Brasil
Liege Coutinho Goulart Dornellas 
Universidade Presidente Antônio Carlos, Brasil
Ticiano Azevedo Bastos 
Universidade Federal de Ouro Preto, Brasil
Walmir Fernandes Pereira 
Miami University of Science and Technology, Estados Unidos da América
Jónata Ferreira De Moura 
Universidade Federal do Maranhão, Brasil
Camila de Moura Vogt 
Universidade Federal do Pará, Brasil
José Martins Juliano Eustaquio 
Universidade de Uberaba, Brasil
Adriana Leite de Andrade 
Universidade Católica de Petrópolis, Brasil
Francisco Carlos Alberto Fonteles Holanda 
Universidade Federal do Pará, Brasil
Bruna Almeida da Silva 
Universidade do Estado do Pará, Brasil
Clecia Simone Gonçalves Rosa Pacheco 
Instituto Federal do Sertão Pernambucano, Brasil
Ronei Aparecido Barbosa 
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas, Brasil
Julio Onésio Ferreira Melo 
Universidade Federal de São João Del Rei, Brasil
Juliano JoséCorbi 
Universidade de São Paulo, Brasil
Thadeu Borges Souza Santos 
Universidade do Estado da Bahia, Brasil
Francisco Sérgio Lopes Vasconcelos Filho 
Universidade Federal do Cariri, Brasil
Francine Náthalie Ferraresi Rodriguess Queluz 
Universidade São Francisco, Brasil
Maria Luzete Costa Cavalcante 
Universidade Federal do Ceará, Brasil
Luciane Martins de Oliveira Matos 
Faculdade do Ensino Superior de Linhares, Brasil
Rosenery Pimentel Nascimento 
Universidade Federal do Espírito Santo, Brasil
Irlane Maia de Oliveira 
Universidade Federal do Amazonas, Brasil
Lívia Silveira Duarte Aquino 
Universidade Federal do Cariri, Brasil
Xaene Maria Fernandes Mendonça 
Universidade Federal do Pará, Brasil
Thaís de Oliveira Carvalho Granado Santos 
Universidade Federal do Pará, Brasil
Fábio Ferreira de Carvalho Junior 
Fundação Getúlio Vargas, Brasil
Anderson Nunes Lopes 
Universidade Luterana do Brasil, Brasil
CONSELHO EDITORIAL
Carlos Alberto da Silva 
Universidade Federal do Ceara, Brasil
Keila de Souza Silva 
Universidade Estadual de Maringá, Brasil
Francisco das Chagas Alves do Nascimento 
Universidade Federal do Pará, Brasil
Réia Sílvia Lemos da Costa e Silva Gomes 
Universidade Federal do Pará, Brasil
Arinaldo Pereira Silva 
Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará, Brasil
Laís Conceição Tavares 
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará, Brasil
Ana Maria Aguiar Frias 
Universidade de Évora, Brasil
Willian Douglas Guilherme 
Universidade Federal do Tocatins, Brasil
Evaldo Martins da Silva 
Universidade Federal do Pará, Brasil
Biano Alves de Melo Neto 
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Baiano, Brasil
António Bernardo Mendes de Seiça da Providência Santarém 
Universidade do Minho, Portugal
Valdemir Pereira de Sousa 
Universidade Federal do Espírito Santo, Brasil
Sheylla Susan Moreira da Silva de Almeida 
Universidade Federal do Amapá, Brasil
Miriam Aparecida Rosa 
Instituto Federal do Sul de Minas, Brasil
Rayme Tiago Rodrigues Costa 
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará, Brasil
Priscyla Lima de Andrade 
Centro Universitário UniFBV, Brasil
Andre Muniz Afonso 
Universidade Federal do Paraná, Brasil
Marcel Ricardo Nogueira de Oliveira 
Universidade Estadual do Centro Oeste, Brasil
Gabriel Jesus Alves de Melo 
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia, Brasil
Deise Keller Cavalcante
Secretaria de Estado de Educação do Rio de Janeiro
Larissa Carvalho de Sousa
Instituto Politécnico de Coimbra, Portugal
Susimeire Vivien Rosotti de Andrade
Universidade Estadual do Oeste do Paraná
Daniel dos Reis Pedrosa
Instituto Federal de Minas Gerais
Wiaslan Figueiredo Martins
Instituto Federal Goiano
Lênio José Guerreiro de Faria
Universidade Federal do Pará
Tamara Rocha dos Santos
Universidade Federal de Goiás
Marcos Vinicius Winckler Caldeira
Universidade Federal do Espírito Santo
Gustavo Soares de Souza
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Espírito Santo
Adriana Cristina Bordignon
Universidade Federal do Maranhão
Norma Suely Evangelista-Barreto
Universidade Federal do Recôncavo da Bahia
Larry Oscar Chañi Paucar 
Universidad Nacional Amazónica de Madre de Dios, Peru
Pedro Andrés Chira Oliva
Universidade Federal do Pará
APRESENTAÇÃO
E s t a o b r a c o n s t i t u i - s e d e u m a c o l e t â n e a d e t r a b a l h o s c i e n t í f i c o s d e s e n v o l v i d o s p o r p e s q u i s a d o r e s d e 
U n i v e r s i d a d e s , I n s t i t u t o s e C e n t r o s d e Pe s q u i s a , c o m a t e m á t i c a s o b r e m a d e i r a s d e f l o r e s t a s n a t i v a s o u 
d e p l a n t i o s f l o re s t a i s d o B ra s i l , d e f o r m a a a p re s e n t a r o re s u l t a d o d e p e s q u i s a s s o b re s u a s p ro p r i e d a d e s 
t e c n o l ó g i c a s , a v a l i a ç ã o d a q u a l i d a d e v i s a n d o a d e q u a ç ã o a u s o s i n d u s t r i a i s e a t u a l i d a d e s s o b r e e s s a 
impor tante matér ia -pr ima de o r igem f lo res ta l . A made i ra é um mater ia l ve rsát i l , he terogêneo , an iso t róp ico , 
h i g r o s c ó p i c o , c o m b u s t í v e l , r e n o v á v e l , q u e t e m b e l e z a e s t é t i c a e q u e p o d e s e r o b t i d a c o m e r c i a l m e n t e d e 
p l a n t i o s c o m e r c i a i s , c o n s ó r c i o s a g r o s s i v i l c u l t u r a i s e f l o r e s t a s n a t u r a i s , d o q u a l s e p o d e o b t e r p r o d u t o s 
d i v e r s o s . A m a d e i r a p o d e s e r u s a d a d i r e t a m e n t e n a s u a f o r m a s ó l i d a , r o l i ç a o u s e r r a d a , o u s e r v i r c o m o 
m a t é r i a - p r i m a p a r a f a b r i c a ç ã o d e n o v o s p r o d u t o s . 
Do ponto de v i s ta econômico e de p rodução , a made i ra é o p r inc ipa l p roduto f l o res ta l ex t ra ído das f l o res tas 
n a t u r a i s e p l a n t i o s f l o r e s t a i s . D e a c o r d o c o m d a d o s d o I n s t i t u t o B r a s i l e i r o d e G e o g r a f i a e E s t a t í s t i c a 
( I B G E ) ( h t t p s : / / b i b l i o t e c a . i b g e . g o v. b r / v i s u a l i z a c a o / p e r i o d i c o s / 74 / p e v s _ 2 0 1 9 _ v 3 4 _ i n f o r m a t i v o . p d f ) , 
n o a n o d e 2 0 1 9 , o B r a s i l r e g i s t r o u u m a p r o d u ç ã o f l o r e s t a l d e R $ 2 0 , 0 b i l h õ e s , s e n d o q u e 9 0 % d e s t e 
v a l o r c o r r e s p o n d i a a p r o d u t o s m a d e i r e i r o s . E m b o r a o Pa í s t e n h a u m a g r a n d e á r e a d e f l o r e s t a s n a t i v a s , 
a s e g u n d a m a i o r d o m u n d o , c o m 4 8 8 m i l h õ e s d e h e c t a r e s r e g i s t r a d o s n o a n o d e 2 0 1 8 ( c e r c a d e 5 7 % 
d o t e r r i t ó r i o n a c i o n a l n e s s e p e r í o d o ) , o s e t o r d e p l a n t i o s f l o r e s t a i s é o q u e s e o b t é m a m a i o r ge r a ç ã o 
d e r e n d a e p r o d u ç ã o v o l u m é t r i c a d e m a d e i r a . D e s d e o a n o d e 2 0 0 0 q u e e s s e c e n á r i o é o b s e r v a d o n o 
B r a s i l p a r a a p r o d u ç ã o m a d e i r e i r a , m e s m o o Pa í s t e n d o u m a á r e a m u i t o p e q u e n a d e p l a n t i o s d e á r v o r e s 
e m r e l a ç ã o à á r e a d o t e r r i t ó r i o n a c i o n a l . E m 2 0 1 8 , o I B G E r e g i s t r o u u m a á r e a d e p l a n t i o s f l o r e s t a i s 
p r ó x i m o a 1 0 m i l h õ e s d e h e c t a r e s , q u e c o r r e s p o n d e a p o u c o m a i s d e 1 % d o t e r r i t ó r i o b r a s i l e i r o . E s s e s 
p l a n t i o s e r a m f o r m a d o s p r i n c i p a l m e n t e p o r E u c a l y p t u s s p p . e P i n u s s p p . , e m b o r a s e t e n h a o r e g i s t r o d e 
p l a n t i o s d e o u t r a s e s p é c i e s , c o m o t e c a ( Te c t o n a g r a n d i s L . ) , a c á c i a ( A c a c i a s p p . ) , p a r i c á ( S c h i z o l o b i u m 
a m a z o n i c u m H u b e r ex D u c k e ) , d e n t r e o u t r a s . 
C o n t u d o , o p l a n t i o d e e s p é c i e s f l o r e s t a i s n a t i v a s d e v e s e r i n c e n t i v a d o , d e f o r m a a a m p l i a r a s o p ç õ e s d e 
e s p é c i e s p r o d u t o r a s d e m a d e i r a s n o m e r c a d o n a c i o n a l . O u s o d e m a d e i r a s o r i u n d a s d e f l o r e s t a s n a t i v a s 
t a m b é m p o d e s e r f e i t o , m a s s e m p re q u a n d o o r i u n d o d e p l a n o s d e m a n e j o f l o re s t a l s u s te n t áv e l d e v id a m e n t e 
APRESENTAÇÃO
a p r o v a d o s , e x t r a í d a s d e á r v o r e s p e r m i t i d a s e d e v i d a m e n t e p l a n e j a d a s p a r a c o r t ee e m a t e n d i m e n t o a s 
l e i s a m b i e n t a i s v i ge n t e s . T u d o i s s o f a z c o m q u e o m e r c a d o m a d e i r e i r o d o B r a s i l s e j a d i v e r s i f i c a d o e m 
o f e r t a d e m a d e i r a s , s e n d o q u e p a r a m u i t a s e s p é c i e s e s t a o f e r t a e n c o n t r a - s e m a i s r e g i o n a l i z a d a e m 
d e t e r m i n a d a s r e g i õ e s ge o g r á f i c a s d o Pa í s .
A m a d e i r a p o s s u i p r o p r i e d a d e s t e c n o l ó g i c a s ú n i c a s , q u a n d o c o m p a r a d a s a o u t r o s m a t e r i a i s , e t a m b é m 
v a r i á v e i s e n t r e e s p é c i e s , e n t r e i n d i v í d u o s d e u m a m e s m a e s p é c i e , d e n t r o d o t r o n c o d e u m a á r v o r e e a t é 
d e n t r o d e u m a m e s m a p e ç a d e m a d e i r a . I s s o f a z c o m q u e a s m a d e i r a s s e j a m c o n t i n u a m e n t e e s t u d a d a s , 
d e f o r m a q u e s u a s p r o p r i e d a d e s s e j a m c o n h e c i d a s e q u e a s m e l h o r e s m a t r i z e s p o s s a m s e r u s a d a s e m 
p r o g r a m a s d e m e l h o r a m e n t o ge n é t i c o f l o r e s t a l p a r a p r o d u ç ã o d e p l a n t i o s p r o d u t o r e s d e m a d e i r a d e a l t a 
q u a l i d a d e , p a ra a s m a i s d i v e r s a s f i n a l i d a d e s . N e s s e c e n á r i o t e m - s e c o m o ex e m p l o d e s u c e s s o a p ro d u ç ã o 
d e c e l u l o s e k ra f t d e E u c a l y p t u s s p p . , q u e p o s s u i a l t a q u a l i d a d e t e c n o l ó g i c a , s e n d o u m d o s p ro d u t o s m a i s 
e x p o r t a d o s p e l o B r a s i l n o a n o d e 2 0 2 0 , a l é m d e s e r o p r o d u t o q u e m a i s c o n s o m e m a d e i r a p l a n t a d a n o 
Pa í s . A l é m d a p r o d u ç ã o d e c e l u l o s e , a m a d e i r a é t a m b é m u s a d a c o m o m a t é r i a - p r i m a p a r a m u i t o s o u t r o s 
u s o s i m p o r t a n t e s , c o m o n a p r o d u ç ã o d e c a r v ã o v e g e t a l , p a i n é i s r e c o n s t i t u í d o s , l e n h a , c o n s t r u ç õ e s , 
m ó v e i s , p r o d u t o s d e m a d e i r a t r a t a d a e t c .
A s p e s q u i s a s c i e n t í f i c a s , a l é m d e a v a l i a r a s p r o p r i e d a d e s t e c n o l ó g i c a s d a s m a d e i r a s e s u a q u a l i d a d e 
v i s a n d o a d e q u a ç ã o a u s o s , s ã o t a m b é m d i r e c i o n a d a s p a r a m u i t a s o u t r a s l i n h a s d e p e s q u i s a s , c o m o 
n a d e t e r m i n a ç ã o d a s s u a s p r o p r i e d a d e s a t r a v é s d e t é c n i c a s n ã o d e s t r u t i v a s ; p r o j e t o s c o n s t r u t i v o s e 
e s t r u t u r a i s ; q u í m i c a d a m a d e i r a ; u s o d a m a d e i r a c o m o m a t é r i a - p r i m a n a p r o d u ç ã o d e b i o p r o d u t o s e 
n a n o c o m p ó s i t o s ; t e c n o l o g i a d e p ro d u ç ã o d e c e l u l o s e , p a p e l , p ro d u t o s e n e rgé t i c o s , p a i n é i s re c o n s t i t u í d o s , 
m ó v e i s , a d e s i v o s p a r a m a d e i r a s e t c . ; a p r o v e i t a m e n t o d e r e s í d u o s m a d e i r e i r o s ; d e n t r e o u t r a s .
Essa obra reúne t raba lhos desenvo lv idos por Pesqu isadores de d i versas Un ivers idades , I ns t i tu tos e Cent ros 
d e Pe s q u i s a s o b r e m a d e i r a s n a t i v a s e p l a n t a d a s d o B r a s i l , d e f o r m a a c o n t r i b u i r c o m a l i t e r a t u r a e c o m 
o s e t o r f l o r e s t a l c o m i n f o r m a ç õ e s m a i s a t u a i s s o b r e e s s a i m p o r t a n t e m a t é r i a - p r i m a , o q u a l c o n t r i b u i d e 
f o r m a s i g n i f i c a t i v a c o m a e c o n o m i a d o Pa í s , ge r a n d o r e n d a e e m p r e go s .
A g r a d e ç o a t o d o s o s A u t o r e s q u e c o n t r i b u í r a m p a r a q u e e s s a o b r a p u d e s s e s e r c o n c r e t i z a d a . D e s e j o q u e 
o s t r a b a l h o s a q u i p u b l i c a d o s s e t o r n e m f o n t e d e d a d o s , i n f o r m a ç õ e s e d e c o n h e c i m e n t o p a r a e s t u d a n t e s , 
p ro f e s s o re s , p ro f i s s i o n a i s e d e m a i s i n t e re s s a d o s n o a s s u n t o , b e m c o m o m a t e r i a l d e s u p o r t e e re f e re n c i a l 
b i b l i o g rá f i c o p a ra p e s q u i s a s c i e n t í f i c a s f u t u ra s . A t o d o s o s A u t o re s , m e u s s i n c e ro s a g ra d e c i m e n t o s , v o t o s 
APRESENTAÇÃO
d e m u i t a s c o n q u i s t a s p r o f i s s i o n a i s e q u e c o n t i n u e m p u b l i c a n d o a i n d a m a i s t r a b a l h o s c i e n t í f i c o s s o b r e 
m a d e i r a s n a t i v a s e p l a n t a d a s d o B r a s i l .
A t o d o s o s l e i t o r e s , d e s e j o u m a ó t i m a l e i t u r a ! 
Prof. Dr. Wescley Viana Evangelista
Universidade do Estado de Mato Grosso Carlos Alberto Reyes Maldonado (UNEMAT)
SUMÁRIO
CAPÍTULO 01
CARACTERIZAÇÃO FÍSICA, MECÂNICA E DE TRABALHABILIDADE DE MADEIRAS DE SEIS ESPÉCIES DA MATA ATLÂNTICA
Carlos Eduardo Silveira da Silva; Bianca Cerqueira Martins; Paulo Cesar Leal de Carvalho; Claudia de Azevedo Reis; Norma da Silva 
Rocha Maciel; Marcos Gervasio Pereira; Fernando José Borges Gomes; Samir Gonçalves Rolim; Daniel Piotto; João Vicente de Figueiredo 
Latorraca; Alexandre Monteiro de Carvalho
 ' 10.37885/210303812 ..................................................................................................................................................................................19
CAPÍTULO 02
PROPRIEDADES TECNOLÓGICAS DA MADEIRA DE CERNE E ALBURNO DE PAU-BRASIL (PAUBRASILIA ECHINATA)
Celi Cristina Ramos da Silva; Carlos Eduardo Silveira da Silva; Fernando José Borges Gomes; Larisse Aparecida Ribas Batalha; Bianca 
Cerqueira Martins; Paulo César Leal de Carvalho; Osmar de Freitas Neves Junior; Junilha Lopes Trigueiro; Alexandre Monteiro de Carvalho
 ' 10.37885/210303813 ..................................................................................................................................................................................42
CAPÍTULO 03
PROPRIEDADES FÍSICO-MECÂNICAS DE MADEIRAS AMAZÔNICAS ESTIMADAS POR REDES NEURAIS ARTIFICIAIS, A 
PARTIR DA DENSIDADE BÁSICA
Washington Duarte Silva da Silva; Pamella Carolline Marques dos Reis Reis; Leonardo Pequeno Reis; Adriane dos Santos Santos; 
Milton Garcia Costa
 ' 10.37885/210404384 ................................................................................................................................................................................. 62
CAPÍTULO 04
CARACTERIZAÇÃO FÍSICO-MECÂNICA E INDICAÇÕES DE USO DA MADEIRA DE MACLURA TINCTORIA
Danilo Leão de Freitas; UFSM; Douglas Edson Carvalho; Clóvis Roberto Haselein; Cristiane Pedrazzi; André Missio; Rodrigo Coldebella; 
Henrique Weber Dalla Costa; Ana Paula Marques Martins; Marina Gentil; Pedro Jorge Goes Lopes
 ' 10.37885/210504764 ..................................................................................................................................................................................81
CAPÍTULO 05
CASTELO WOOD SPECIES: PHYSICAL AND MECHANICAL PROPERTIES
André Luis Christoforo; Felipe Nascimento Arroyo; Francisco Antonio Rocco Lahr
 ' 10.37885/210303605 ................................................................................................................................................................................. 99
SUMÁRIO
CAPÍTULO 06
MADEIRAS NATIVAS NO SUL DO BRASIL: UM LEVANTAMENTO BIBLIOGRÁFICO DAS PROPRIEDADES FÍSICAS EMECÂNICAS
Luana Candaten; Tauana de Souza Mangini; Laura da Silva Zanchetta; Nillar Elvira Pereira Azevedo; Eduarda Bandera; Yuri Cezar 
Tessaro Santos; Samara Lazarotto; Rômulo Trevisan; Elder Eloy
 ' 10.37885/210504654 .................................................................................................................................................................................111
CAPÍTULO 07
PROPRIEDADES FÍSICO-ANATÔMICAS DE MADEIRAS DE CEDRO AMAZONENSE E TAMARINDO E SUAS CORRELAÇÕES
Jaciele Pereira Silva; Wescley Viana Evangelista
 ' 10.37885/210604938 ............................................................................................................................................................................... 146
CAPÍTULO 08
INFLUÊNCIA DO CONGELAMENTO NAS PROPRIEDADES FÍSICAS E MECÂNICAS DA MADEIRA DE EUCALYPTUS SALIGNA 
SMITH
Marcela Ferreira Gomes; Angélica de Cássia Oliveira Carneiro; Fabiana Paiva de Freitas; Ana Márcia Macedo Ladeira Carvalho; Marcos 
Oliveira de Paula
 ' 10.37885/210504817 ................................................................................................................................................................................ 162
CAPÍTULO 09
CARACTERIZAÇÃO FÍSICO-MECÂNICA DA MADEIRA DE PINUS GLABRA WALT.
Karina Soares Modes; Ana Paula Caetano; Magnos Alan Vivian; Mario Dobner Junior; Marcelo Bonazza
 ' 10.37885/210504560 ................................................................................................................................................................................ 177
CAPÍTULO 10
CARACTERIZAÇÃO MECÂNICA E BIOLÓGICA DA MADEIRA DE PINUS PATULA SCHLTDL & CHAM PARA INDICAÇÕES 
DE USO
Karina Soares Modes; Tarcísio Francisco de Camargo; Magnos Alan Vivian; Micheli Sehn dos Santos; Adriana Terumi Itako; 
Djalma Eugênio Schmitt
 ' 10.37885/210504463 ............................................................................................................................................................................... 192
SUMÁRIO
CAPÍTULO 11
INFLUÊNCIA DO ESPAÇAMENTO DE PLANTIO NAS PROPRIEDADES FÍSICAS E MECÂNICAS DA MADEIRA DE ANGICO-
VERMELHO
Emilly Soares Gomes da Silva; Fabricio Gomes Gonçalves; Paulo André Trazzi; Paula de Souza Marvila; Alice Soares Brito; Izabella 
Luzia Silva Chaves
 ' 10.37885/210604905 ...............................................................................................................................................................................205
CAPÍTULO 12
PERMEABILIDADE DA MADEIRA DE EUCALYPTUS SPP.
Ramon Ubirajara Teixeira; Angélica de Cássia Oliveira Carneiro; Paula Gabriella Surdi de Castro; Ana Márcia Macedo Ladeira Carvalho; 
Benedito Rocha Vital; Vinicius Resende de Castro; Renato Vinicius Oliveira Castro; Adriana de Fátima Gomes Gouvêa
 ' 10.37885/210504634 ............................................................................................................................................................................... 219
CAPÍTULO 13
ANATOMIA MACROSCÓPICA DE MADEIRAS COMERCIALIZADAS NO MUNICÍPIO DE SÃO JOÃO EVANGELISTA, ESTADO 
DE MINAS GERAIS, BRASIL
Camila Cordeiro Jácome ; Paulo Junio Duarte; Marina Rates Pires; Fábio Akira Mori; Bruno Oliveira Lafetá; Caroline Junqueira Sartori
 ' 10.37885/210504704 ...............................................................................................................................................................................230
CAPÍTULO 14
CARACTERIZAÇÃO MACROSCÓPICA DA MADEIRA DE DUAS ESPÉCIES COMERCIALIZADAS NO MUNICÍPIO DE 
ITACOATIARA-AM
Erika Freire de Sousa; Ana Clara de Castro Ferreira; Millene Sampaio Menezes; Everton Pereira Simões
 ' 10.37885/210504751 ................................................................................................................................................................................244
CAPÍTULO 15
MADEIRA DE PEQUIÁ CASCUDO (ASPIDOSPERMA CF. MULTIFLORUM) DO BIOMA CAATINGA: MACROSCOPIA, 
COLORIMETRIA E USOS
Camila Costa de Seabra; Elisa Palhares de Souza; Joaquim Carlos Gonçalez; Alexandre Bahia Gontijo; Juliana Sabino Rodrigues; 
Marcella Hermida de Paula; Robert Rossi Silva de Mesquita; Bárbara Guedes Costa Silva
 ' 10.37885/210504588 ...............................................................................................................................................................................255
SUMÁRIO
CAPÍTULO 16
APLICAÇÃO DE ONDAS ULTRASSÔNICAS EM MADEIRAS AMAZÔNICAS TRATADAS E NÃO TRATADAS EM CAMPO
Matheus Couto Crisóstomo; Alexandre Florian da Costa; Ricardo Faustino Teles
 ' 10.37885/210303444 ............................................................................................................................................................................... 267
CAPÍTULO 17
NUMERICAL METHODOLOGY FOR MODULUS OF ELASTICITY CALCULATING OF ROUND WOODEN BEAMS: PINUS ELLIOTTII
André Luis Christoforo; Felipe Nascimento Arroyo; Roberto Vasconcelos Pinheiro; Eduardo Chahud; Luiz Antonio Melgaço Nunes 
Branco; Francisco Antonio Rocco Lahr
 ' 10.37885/210203170 ................................................................................................................................................................................286
CAPÍTULO 18
CARACTERIZAÇÃO EXPERIMENTAL E ANALÍTICA DE VIGAS DE MADEIRA LAMELADA COLADA EM PINUS, QUANTO SUA 
RIGIDEZ À FLEXÃO
Jéssica Maria Bresolin; Zacarias Martin Chamberlain Pravia
 ' 10.37885/210504803 ............................................................................................................................................................................... 301
CAPÍTULO 19
QUALIDADE DA MADEIRA DE EUCALIPTO ANTES E APÓS O TRATAMENTO PRESERVATIVO PARA USO COMO MOURÕES 
DE CERCA
Pedro Augusto Fonseca Lima; Bruno Lourenço Siqueira; Carlos Roberto Sette Júnior
 ' 10.37885/210203299 ............................................................................................................................................................................... 319
CAPÍTULO 20
RESISTÊNCIA DE MOIRÕES DE SCHIZOLOBIUM PARAHYBA VAR. AMAZONICUM TRATADOS PELO MÉTODO DE 
SUBSTITUIÇÃO DE SEIVA AO ATAQUE DE CUPINS
Miriam de Souza Campião; Juliana Garlet; Wescley Viana Evangelista
 ' 10.37885/210404133................................................................................................................................................................................340
CAPÍTULO 21
COMPOSTOS NATURAIS EXTRAÍDOS DE PLANTAS NA PRESERVAÇÃO DE MADEIRAS: UMA REVISÃO NARRATIVA
Leonardo Vieira Militão; Amanda Yukari Sasaya; Fabrício Waith Barros de Carvalho; Pamela Porfirio Gonçalves; Juliana Garlet
 ' 10.37885/210504694 ...............................................................................................................................................................................355
SUMÁRIO
CAPÍTULO 22
DETERMINAÇÃO DE EXTRATIVOS E DA DENSIDADE BÁSICA DA MADEIRA DE BROSIMUM LACTESCENS (S. MOORE) C.C. 
BERG PARA FINS PRODUTIVOS
Patrícia Leonidia dos Santos; Emannuelly Aparecida Amaral dos Santos; Maria Rita RamosMagalhães; Vaniele Bento dos Santos; Edy 
Eime Pereira Baraúna
 ' 10.37885/210404236 ............................................................................................................................................................................... 372
CAPÍTULO 23
SECAGEM DE MADEIRA DE EUCALIPTO POR APLICAÇÃO DE HERBICIDA NO TRONCO DAS ÁRVORES
Benedito Rocha Vital; Gilson Ricardo Tressmann; Angélica de Cassia Oliveira Carneiro; Francisco Claudio Lopes de Freitas; Vinicius 
Resende de Castro; Ana Marcia Macedo Ladeira Carvalho
 ' 10.37885/210504767 ................................................................................................................................................................................382
CAPÍTULO 24
QUALIDADE E PROCESSAMENTO DA MADEIRA SERRADA NOBRASIL: ESTADO DA ARTE
Daniela Minini; Bruna de Araújo Braga; Daiane de Moura Borges Maria; Franciele Gmach; Theonizi Angélica Silva Albuês; Wesley 
Santos de Jesus; Thiago Campos Monteiro
 ' 10.37885/210604911 ................................................................................................................................................................................ 401
CAPÍTULO 25
SECAGEM DA MADEIRA EM TORA DE EUCALYPTUS SPP. PARA FINS ENERGÉTICOS
Ramon Ubirajara Teixeira; Angélica de Cássia Oliveira Carneiro; Danilo Barros Donato; Artur Queiroz Lana; Rafael Tassinari Resende
 ' 10.37885/210504636 ...............................................................................................................................................................................420
CAPÍTULO 26
EUCALIPTOS NÃO TRADICIONAIS: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA SOBRE EUCALYPTUS CAMALDULENSIS, CORYMBIA 
CITRIODORA E CORYMBIA MACULATA
Allana Katiussya Silva Pereira; Naiara Rios Ribeiro; Gabriela Fontes Mayrinck Cupertino; Brunela Pollastrelli Rodrigues
 ' 10.37885/210604948 ...............................................................................................................................................................................436
CAPÍTULO 27
ANÁLISE DO USO DA MADEIRA EM AMBIENTES HOSPITALARES: UMA REVISÃO DE LITERATURA
Camila Rodrigues Silva; Victor José dos Santos Baldan; Karime Zeferino de Souza; Eduvaldo Paulo Sichieri; Bruno Luís Damineli; Akemi Ino
 ' 10.37885/210504814 ................................................................................................................................................................................451
SUMÁRIO
CAPÍTULO 28
ANÁLISE FÍSICA DE CARVÃO VEGETAL PRODUZIDO E SUBMETIDO À DIFERENTES TAXAS DE RESFRIAMENTO PARA USO 
NA SIDERURGIA
Ivanildo da S. dos Santos; Arthur Freitas Gomes; Marcio Arêdes Martins; Emanuele G. Pereira; Angélica de Cássia Oliveira Carneiro
 ' 10.37885/210504780 ...............................................................................................................................................................................468
CAPÍTULO 29
DENSIDADE BÁSICA DA MADEIRA E PROPRIEDADES DO CARVÃO VEGETAL DO HÍBRIDO EUCALYPTUS GRANDIS X 
EUCALYPTUS UROPHYLLA SOB INFLUÊNCIA DOS ESPAÇAMENTOS DE PLANTIO 
Angélica Lorena dos Santos Oliveira; Wagner Patrício de Sousa Júnior; Emilly Soares Gomes da Silva; Rian Guilherme Correa Montalvão
 ' 10.37885/210604952 ...............................................................................................................................................................................482
CAPÍTULO 30
ANÁLISE COMPARATIVA DE DESEMPENHO ENTRE OS SISTEMAS CONSTRUTIVOS EM CONCRETO ARMADO, ALVENARIA 
ESTRUTURAL E LIGHT WOOD FRAME
Camila Zanoto; Lucas Cardoso Simão; Heloisa Fuganti Campos
 ' 10.37885/210304056 ...............................................................................................................................................................................494
CAPÍTULO 31
PROJETO ARQUITETÔNICO MODULAR DE UM COCHO PARA GADO COM UTILIZAÇÃO DE ENERGIA SOLAR
Beatriz Pallone Santos; Decio Gonçalves
 ' 10.37885/210304051 ...............................................................................................................................................................................508
CAPÍTULO 32
QUANTIFICAÇÃO DE RESÍDUOS GERADOS EM UMA MARCENARIA PARA PRODUTOS DENSIFICADOS
Keiti Roseani Mendes Pereira; Ana Tenile Nascimento Maciel; Carolina Nogueira Xavier; Gilmara Pires de Moura Palermo; Gisely de 
Lima Oliveira; Bruno Couto da Silva
 ' 10.37885/210604941 ................................................................................................................................................................................518
CAPÍTULO 33
A IMPORTÂNCIA DA XILOTECA NO ENSINO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICO DA MADEIRA
Keila Lima Sanches; Ricardo Faustino Teles
 ' 10.37885/210504697 ................................................................................................................................................................................531
SUMÁRIO
CAPÍTULO 34
CUMPRIMENTO DOS REQUISITOS DA CERTIFICAÇÃO FSC/COC POR INDÚSTRIAS MOVELEIRAS DO RIO DE JANEIRO
Natália Dias de Souza; Talles de Assis Leão; Ananias Francisco Dias Júnior; Alexandre Monteiro de Carvalho; Eduardo Vinicius da 
Silva; Hanna Lisa Leffever Siebeneichler; Ana Cristina Almeida dos Santos
 ' 10.37885/210504792 ................................................................................................................................................................................541
CAPÍTULO 35
DIAGNÓSTICO QUALI-QUANTITATIVO DA ARBORIZAÇÃO URBANA DA CIDADE DE MONTE ALEGRE, ESTADO DO PARÁ, 
BRASIL.
Washington Jonathan Lima Bacelar; Maurício Möller Parry; Raírys Cravo Herrera; Isadora Fernandes de França; Stérphane Matos Parry
 ' 10.37885/210504571 ................................................................................................................................................................................ 555
CAPÍTULO 36
DISTRIBUIÇÃO DIAMÉTRICA, ESPACIAL E VOLUMÉTRICA DA ESPÉCIE MANILKARA HUBERI (DUCKE) CHEVALIER EM 
UMA FLORESTA DE TERRA FIRME NO ESTADO DO AMAPÁ, BRASIL
Samuel Nahon da Costa; Jean Franco Rodrigues dos Santos; Mayson Viana de Freitas; Fernando Galvão Rabelo; Adélia Alexandra 
da Silva Gonçalves
 ' 10.37885/210504774 .................................................................................................................................................................................571
CAPÍTULO 37
FUNÇÃO ALOMÉTRICA DE BIOMASSA COM IMAGENS DE SATÉLITE DE ALTA RESOLUÇÃO ESPACIAL
Fabrício Lopes de Macedo; Adélia Maria Oliveira de Sousa; Ana Cristina Gonçalves; Hélio Ricardo Silva; Ricardo Antonio Ferreira Rodrigues
 ' 10.37885/210404197 ................................................................................................................................................................................584
SOBRE O ORGANIZADOR ................................................................................................................................... 600
ÍNDICE REMISSIVO .............................................................................................................................................601
01
Caracterização física, mecânica e de 
trabalhabilidade de madeiras de seis 
espécies da Mata Atlântica
Carlos Eduardo Silveira da Silva
UFRRJ
Bianca Cerqueira Martins
UFAC
Paulo Cesar Leal de Carvalho
UFRRJ
Claudia de Azevedo Reis
UFRRJ
Norma da Silva Rocha Maciel
UFRRJ
Marcos Gervasio Pereira
UFRRJ
Fernando José Borges Gomes
UFRRJ
Samir Gonçalves Rolim
Daniel Piotto
UFSB
João Vicente de Figueiredo Latorraca
UFRRJ
Alexandre Monteiro de Carvalho
UFRRJ
10.37885/210303812
https://dx.doi.org/10.37885/210303812
Madeiras Nativas e Plantadas do Brasil: qualidade, pesquisas e atualidades
20
Palavras-chave: Análises Destrutivas, Propriedades Físico-Mecânicas, Madeira Nativa, 
Floresta Plantada.
RESUMO
Objetivo: O objetivo deste estudo foi realizar a caracterização tecnológica (física e me-
cânica) e da trabalhabilidade da madeira de seis espécies da Mata Atlântica, por meio 
de análises destrutivas. Metodologia: As espécies estudadas foram oriundas de plantio 
experimental, voltado para a silvicultura, implantado na área de pesquisa da Reserva 
Natural Vale, localizada no município de Linhares, estado do Espírito Santo. As espécies 
foram selecionadas segundo critérios de densidade básica, sendo de diferentes clas-
ses embasadas na literatura e posteriormente identificadas em campo. Para isto, foram 
avaliadas 6 espécies florestais, Astronium concinnum Schott ex Spreng., Copaifera lu-
cens Dwyer, Handroanthus serratifolius (Vahl) S. O. Grose, Joannesia princeps Vellozo, 
Libidibia ferrea (Mart. ex Tul.) L. P. Queiroz e Spondias venulosa (Engl.) Engl.,sendo 
derrubadas três árvores por espécie. O estudo consistiu na avaliação das propriedades 
físicas das espécies (densidade básica, densidade aparente a 12% e coeficiente de aniso-
tropia), das propriedades mecânicas da madeira (resistência mecânica à flexão estática, 
compressão paralela às fibras, cisalhamento e dureza Janka) e da trabalhabilidade das 
madeiras. Resultados: Os maiores valores de densidade foram apresentados por Libidibia 
ferrea e Handroanthus serratifolius, mas Astronium concinnum foi considerada a madeira 
mais estável. Maiores valores de resistência mecânica foram verificados para Libidibia 
ferrea e Handroanthus serratifolius. A análise da trabalhabilidade da madeira mostrou 
que, dependendo do teste, a madeira de cada espécie pode ser melhor aproveitada para 
uma atividade específica. Conclusão: Foram comprovadas distinções significativas entre 
as madeiras das espécies nas propriedades tecnológicas analisadas. As espécies com 
maiores valores de densidade apresentaram maior resistência mecânica, porém não 
necessariamente foram consideradas as de melhor estabilidade dimensional. Através da 
análise dos resultados dos testes de trabalhabilidade, foi possível afirmar que dentre as 
espécies e características analisadas, as espécies Handroanthus serratifolius e Astronium 
concinnum apresentaram os resultados mais satisfatórios, podendo ser potenciais espé-
cies a serem utilizadas em segmentos madeireiros.
Madeiras Nativas e Plantadas do Brasil: qualidade, pesquisas e atualidades
20 21
INTRODUÇÃO
O Brasil é um país reconhecido internacionalmente por sua elevada biodiversidade no 
tocante a fauna e flora, sendo a flora destacada quanto a diversidade de espécies nativas. 
Historicamente, as florestas primárias do território brasileiro, mais especificamente as do 
bioma Amazônia e Mata Atlântica, têm sido exploradas, por um longo período de forma legal 
e por vezes ilegalmente.
Porém, esse rico patrimônio se limita aos poucos estudos científicos que caracterizam 
tecnologiamente a maioria dessas madeiras. Grande parte desses estudos é destinada a 
espécies exóticas dos gêneros Eucalyptus e Pinus. As espécies exóticas possuem amplo uso 
e diversas aplicações, desde o uso em barreiras físicas (por exemplo, cercas) até aplicações 
químicas, desde a geração de celulose e papel, uso em móveis, construção civil, entre outros.
Ressalta-se que, se os dados sobre madeira nativa pudessem ser inferidos em sua 
aplicabilidade e importância para os mercados nacional e internacional, poderiam oportunizar 
uma nova fonte para a geração de lucros, desde que explorados de forma racional e visando 
a sustentabilidade dessas espécies.
Existem diversos métodos de avaliação das aplicações dessas madeiras, desde aqueles 
não destrutivos, que podem ser realizados no campo para qualificar seu status fitossanitário 
sem causar danos subsequentes à árvore, ou em pedaços de madeira após o seu corte. 
Entre os métodos mais tradicionais de avaliação estão as análises de propriedades físicas, 
como densidade e coeficiente de anisotropia; propriedades mecânicas que caracterizam a 
madeira quanto ao seu comportamento quando submetida a diversos tipos de solicitação 
mecânica; testes de trabalhabilidade que verificam qualitativamente a madeira após o pro-
cessamento da madeira.
A madeira é um material heterogêneo e orgânico, e por este motivo pode estar sujeita 
a fatores externos e internos que podem ocasionar diferenças quanto a sua constituição e 
consequentemente, a sua resistência.
Um dos fatores a qual essa resistência está intrinsecamente ligada é a quantidade 
de água presente na parede celular das fibras. Uma maior quantidade de água ocasiona 
a redução das ligações químicas por pontes de hidrogênio, promovendo a diminuição de 
propriedades como flexão estática, flexão dinâmica, compressão paralela às fibras, cisalha-
mento, tração e dureza (MARKWARDT; WILSON, 1935; WIANDY; ROWELL, 1984; BODIG; 
JAYNE, 1992; LONGSDON; CALIL JÚNIOR, 2002).
O Brasil possui uma grande demanda por madeira para variadas finalidades, como 
produção de carvão, papel e celulose, setor moveleiro, e construção civil. Destaca-se que 
dentro desta demanda uma parte correspondente a madeiras nativas, assim atividades de 
Madeiras Nativas e Plantadas do Brasil: qualidade, pesquisas e atualidades
22
restauração florestal são ferramentas para geração e comercialização de madeiras oriundas 
de florestas tropicais (SILVA, 2013).
Concorda-se com à afirmação dos autores ALMEIDA et al. (2010) que destacam que 
tem sido realizado um grande esforço para se analisar e caracterizar espécies desconheci-
das do mercado ou de baixo valor comercial, objetivando encontrar substitutas às de maior 
valor comercial. A partir do exposto, esta pesquisa tem grande importância pois visa gerar 
informações sobre caracterização tecnológica de espécies nativas brasileiras do bioma Mata 
Atlântica, e consequentemente sua aplicação em diferentes segmentos.
De acordo com as publicações de ROLIM; PIOTTO (2018, 2019) é póssível inferir in-
formações sobre as espécies pertencentes a Reserva Natural Vale. As espécies Astronium 
concinnum (Anarcardiaceae), vulgarmente conhedida como gonçalo-alves, e Handroanthus 
serratifolius (Bignoniaceae), também conhecida como ipê-amarelo ou ipê ovo-de-macuco, 
apresentam fustes longos, bem formados e retilíneos ou levemente tortuosos, geralmente 
superiores a 8 metros, porém com lento crescimento em diâmetro (< 0,75 cm/ano). A espécie 
Joannesia princeps (Euphorbiaceae), vulgarmente chamada de boleira, também apresenta 
o mesmo tipo de fuste citado anteriormente, porém apresenta alta taxa de crescimento em 
diâmetro (> 0,75 cm/ano). A espécie Copaifera lucens, Libidibia ferrea e Spondias venulosa 
apresentam fustes curtos, em geral menores que 7 metros e geralmente bifurcados. As es-
pécies Copaifera lucens (Fabaceae), conhecida como copaiba-vermelha, e Libidibia ferrea 
(Fabaceae), conhecida como pau-ferro, apresentam crescimento lento em diâmetro (< 0,75 
cm/ano), enquanto a espécie Spondias venulosa (Anacardiaceae), também chamda de cajá, 
apresenta elevada taxa de crescimento (> 0,75 cm/ano).
O presente estudo buscou caracterizar fisicamente, mecanicamente e a trabalhabilidade 
da madeira de seis espécies da Mata Atlântica por meio de análises destrutivas.
MÉTODO
Área de estudo
A área de estudo localiza-se na Reserva Natural Vale (Figura 1), em uma área de plantio 
experimental, voltada para a silvicultura, com alguns experimentos implantados nos anos 
80 e outros nos anos 90. A área está situada entre os municípios de Linhares e Jaguaré, 
localizados no estado do Espírito Santo (ES) e a vegetação predominante na Reserva é a 
Floresta Estacional Perenifólia. Está situada entre as coordenadas geográficas 19° 06’ e 
19° 18’ de latitude sul e 39° 45’ a 40° 19’ de longitude oeste e a altitude oscila entre 28 e 65 
metros (ROLIM et al., 2016).
Madeiras Nativas e Plantadas do Brasil: qualidade, pesquisas e atualidades
22 23
Figura 1. Localização da Reserva Natural Vale, Espírito Santo. 
Fonte: Autoria própria (2021).
Segundo a classificação de Köppen, a região apresenta clima quente e úmido, corres-
pondendo ao tipo Awi (Tropical úmido). Para o período de 1975 a 2004, a temperatura média 
anual é de 23,3°C, variando de 20 a 26°C (médias das mínimas e máximas anuais), umidade 
relativa média anual de 85,8% e precipitação média anual de 1.227 mm, caracterizada por 
uma forte variabilidade entre os anos (ROLIM et al., 2016).
As espécies foram selecionadas de acordo com critérios básicos de densidade, per-
tencendo a diferentes classes conforme verificado na literatura. É importante mencionar 
que o estudo foi realizado no ano de 2019, e que as espécies estudadas possuíam idades 
diferentes (Tabela 1), variando de 17 a 31 anos, e todos os plantios foram realizados no 
espaçamento 2x2 m (1.667 árvores por hectare), sujeitas a desbastes periódicos ao longo 
do tempo para diminuir a competição. Outroponto que deve ser mencionado é que as es-
pécies citadas em literatura podem possuir distintas idades das espécies analisadas neste 
estudo. Assim, podem existir diferenças entre as características das madeiras das espécies 
quando comparadas.
Tabela 1. Idade das espécies estudadas na Reserva Natural Vale no ano de 2019.
Espécie Idade (anos)
Astronium concinnum Schott ex Spreng. 22
Copaifera lucens Dwyer 31
Handroanthus serratifolius (Vahl) S. O. Grose 28
Joannesia princeps Vellozo 17
Libidibia ferrea (Mart. ex Tul.) L. P. Queiroz 24
Spondias venulosa (Engl.) Engl. 24
Fonte: Rolim & Piotto (2019).
Para contemplar as análises propostas nesta pesquisa, foram estudadas seis espé-
cies florestais, e para a realização dos testes destrutivos foram derrubadas três árvores por 
espécie para fornecer a quantidade de material necessária para a análise. A primeira tora, 
Madeiras Nativas e Plantadas do Brasil: qualidade, pesquisas e atualidades
24
medindo aproximadamente 2,10 metros de altura em relação ao solo, de cada espécie ori-
ginou a matéria-prima para confecção dos corpos-de-prova das análises propostas.
As toras foram desdobradas, originando o material necessário para confecção dos 
corpos-de-prova. Foram utilizados dezoito corpos-de-prova, abrangendo regiões de cerne e 
alburno, sendo 6 de cada árvore derrubada, para realização de cada teste proposto. Os testes 
de propriedades físicas avaliaram: densidade básica, densidade aparente a 12% de umidade, 
e coeficiente de anisotropia; já os testes de propriedades mecânicas analisaram: resistência 
mecânica à flexão estática, compressão paralela às fibras, cisalhamento e dureza Janka 
paralela e perpendicular às fibras; e os de trabalhabilidade avaliaram o comportamento das 
madeiras das espécies em testes de aplainamento, lixamento, rasgo lateral, perfuração para 
cavilha, dobradiça, e inserção de pregos.
Propriedades físicas das espécies estudadas
As propriedades físicas densidade básica, densidade aparente a 12% e determina-
ção do coeficiente de anisotropia foram analisadas de acordo com a norma NBR 7190 de 
1997 (ABNT, 1997).
O material estudado provém de três árvores de cada espécie derrubadas e trazidas para 
o Laboratório de Processamento de Madeira (LPM / UFRRJ), a partir disso foram prepara-
dos e escolhidos 18 exemplares por espécie, sendo 6 de cada árvore. Os corpos-de-prova 
possuíam 2 cm na seção transversal direção tangencial, 3 cm na seção tranversal direção 
radial, e 5 cm medidos ao longo da direção das fibras (direção axial), conforme recomen-
dação da NBR 7190.
As dimensões e os pesos dos corpos-de-prova, respectivamente em milímetros e em 
gramas, foram avaliados na condição verde, condição saturada e condição seca (103 ± 2 °C) 
e de posse destes valores foi possível calcular a densidade básica (Equação 1) e densidade 
aparente a 12% de umidade (Equação 2).
 (Equação 1)
Em que: ρb = densidade básica (g/cm3); m = massa em gramas (g) do corpo-de-
-prova após secagem em 103±2ºC; e V = volume, em centimetros cúbicos (cm3) do cor-
po-de-prova seco.
 (Equação 2)
Madeiras Nativas e Plantadas do Brasil: qualidade, pesquisas e atualidades
24 25
Em que: ρap = densidade aparente (g/cm3) a 12% de umidade; m = massa em gramas 
(g) do corpo-de-prova a 12% de umidade, V = volume, em centimetros cúbicos (cm3) do 
corpo-de-prova a 12 % de umidade.
As medições dimensionais foram realizadas nos corpos-de-prova nas direções tangen-
cial, longitudinal e radial, com paquímetro digital, na condição verde (umidade da madeira > 
30%); após condicionamento em sala climatizada com temperatura de 20 ± 3 ºC e umidade 
relativa de 65 ± 3% e após secagem em estufa a 103 ± 2 ºC até peso constante, sempre na 
mesma posição que foi marcada anteriormente no corpo-de-prova. O cálculo do coeficiente 
de anisotropia (CA) foi realizado a partir dos valores do coeficiente de contração tangencial 
(βt) dividido pelo coeficiente de contração radial (βr) (Equação 3).
 (Equação 3)
Em que: CA = coeficente de anisotropia; ßt = coeficiente de contração tangencial (%); 
ßr = coeficiente de contração radial (%).
De acordo com DURLO; MARCHIORI (1992) o valor do coeficiente de anisotropia e o 
uso da madeira em função deste segue a classifiação proposta na Tabela 2.
Tabela 2. Classificação do uso da madeira em função dos valores e coeficientes de anisotropia (CA).
Valores de CA Classificação da madeira
1,2 - 1,5 excelente
1,5 - 2,0 normal
Acima de 2,0 ruim
 Fonte: Durlo; Marchiori (1992).
Os coeficientes de inchamento (αv) e contração volumétrica (βv) também foram calcula-
dos. O coeficiente de inchamento de uma madeira é calculado pela diferença entre os volu-
mes da madeira no estado saturado de umidade (acima do ponto de saturação das fibras) e 
no estado seco, em relação ao volume da madeira no estado seco (Equação 4). A contração 
volumétrica utiliza a mesma diferença, porém sendo relacionada ao volume da madeira no 
estado saturado de umidade (Equação 5).
 (Equação 4)
Em que: αv = coeficente de inchamento volumétrico; Vsat = volume da madeira no 
estado saturado; Vsc = volume da madeira no estado seco.
 (Equação 5)
Madeiras Nativas e Plantadas do Brasil: qualidade, pesquisas e atualidades
26
Em que: βv = coeficente de contração volumétrica; Vsat = volume da madeira no estado 
saturado; Vsc = volume da madeira no estado seco.
Propriedades mecânicas das espécies de madeira
As propriedades mecânicas foram realizadas em máquina de ensaio universal perten-
cente ao Departamento de Produtos Florestais da Universidade Federal Rural do Rio de 
Janeiro (UFRRJ) seguindo a norma NBR 7190 (ABNT, 1997). Em todos os ensaios mecâ-
nicos a carga de ruptura foi calculada utilizando o software Pavitest.
Flexão estática
As amostras possuíram dimensões iguais a 5 x 5 x 105 cm, sendo respectivamente 
base, altura e largura, atendendo a especificação do vão livre equivaler a 21 vezes a altura 
do corpo de prova) (Figura 1A), sendo 18 exemplares por espécie, 6 de cada árvore.
Compressão paralela às fibras
As amostras mediram 5 x 5 cm (Figura 1B), altura e largura respectivamente, com 18 
exemplares por espécie, 6 de cada árvore.
Cisalhamento
As amostras tiveram dimensões iguais a 5 x 5 cm (Figura 1C), altura e largura respec-
tivamente, sendo 18 exemplares por espécie, sendo 6 de cada árvore.
Dureza Janka
A dureza Janka foi calculada paralela às fibras (realizada no topo do corpo-de-pro-
va) e perpendicular às fibras (realizada na lateral das amostras). As amostras mediam 5 
x 5 cm, altura e largura respectivamente, com dezoito amostras por espécie, seis de cada 
árvore (Figura 2).
Madeiras Nativas e Plantadas do Brasil: qualidade, pesquisas e atualidades
26 27
Figura 2. Desempenho dos ensaios de caracterização mecânica, sendo: (2A) Ensaio de flexão de madeira em Libidibia 
ferrea var. parvifolia; (2B) Teste de compressão paralela das fibras de Libidibia ferrea var. parvifolia; (2C) Cisalhamento de 
madeira de Libidibia ferrea var. parvifolia; (2D) Desempenho do teste de dureza Janka parelala na espécie Handroanthus 
serratifolius.
Fonte: Autoria Própria (2021).
Trabalhabilidade das espécies estudadas
Foram realizados os testes de aplainamento, lixamento, rasgo lateral, perfuração para 
cavilha, para dobradiça e fendilhamento por pregos (Figura 3). No teste aplainamento foram 
realizadas duas operações de desempeno, uma em “concordância” e outra em “discordância” 
com relação à grã, no sentido longitudinal da peça ou da disposição das fibras, assumindo 
que a movimentação do eixo e da faca foi o mesmo, mudando apenas o sentido do corpo 
de prova, cada tipo de movimentação foi realizado em metade do corpo-de-prova.
Os testes de lixamento foram realizados em uma lixadeira de esteira com lixa de grã 
100. Os corpos-de-prova foram lixados por 20 segundos na face oposta à do teste de plai-
na. Para realização dos testes de furação foi utilizada uma furadeira vertical de coluna com 
velocidadede avanço manual e frequência de rotação do motor de 3100 min–1. Foram rea-
lizados dois tipos de furações; uma para cavilha (pinos de madeira torneados) e outra para 
dobradiça. Na furação para cavilha, a furadeira foi equipada com brocas do tipo helicoidal 
de aço, com 6, 8, e 12 mm de largura, sendo realizados 6 furos passantes por amostra, 2 
para cada broca. Na furação para dobradiça, foi utilizada broca chata de 25 mm, confec-
cionando assim dois furos, sendo um passante e o outro não passante. Os furos possuem 
uma distância mínima de 25 mm entre eles.
Madeiras Nativas e Plantadas do Brasil: qualidade, pesquisas e atualidades
28
Figura 3. Representação de corpo-de-prova de Handroanthus serratifolius utilizada nos testes de trabalhabilidade da 
madeira. Em que: Ap = aplainamento; Fc = furação para cavilha (com brocas helicoidais); Fd = furação para dobradiça 
(com brocas chatas); Fp = inserção de pregos; Lx = lixamento; e Rg = furação lateral para encaixe de espiga. 
Fonte: Autoria própria (2021).
O comportamento dos corpos-de-prova foi avaliado quando submetido às operações 
de processamento e uma adaptação à ASTM D-1666 (ASTM, 2004) foi adotada. Dezoito 
exemplares foram analisados por espécie, sendo 6 de cada árvore. Os parâmetros usados 
nesta classificação estão descritos na Tabela 2.
Tabela 3. Parâmetros adotados para caracterização da madeira a partir dos testes de trabalhabilidade.
% Defeitos Nota
0-20 Excelente: superfícies isentas de quaisquer defeitos.
20-40 Bom: presença de defeitos leves em até metade da peça.
40-60 Regular: presença de defeitos médios ou leves na maior parte da peça.
60-80 Ruim: presença de defeitos fortes em até metade da peça.
80-100 Muito ruim: presença de defeitos fortes principalmente.
Fonte: Autoria própria, 2021.
No teste de fendilhamento por pregos as avaliações foram feitas a partir da observa-
ção de rachas ou trincas presentes na superfície de penetração. A análise dos testes foi 
baseada na qualidade de cada corpo-de-prova, considerada para todos os testes realizados. 
Adotou-se para o teste de fendilhamento a quantidade de três pregos por corpo de prova, 
onde cada um representa o 33,33% em relação a aceitação de sua inserção na superfície e 
profundidade da madeira. Sendo assim, as peças com ausência de defeitos nas três inser-
ções possuem 100% de aceitação a pregos; as peças que apresentaram rachas em uma 
ou duas inserções foram descontadas o proporcional do valor de cada prego; e as peças 
que possuíram rachaduras em todas as inserções tem 0% de aceitação a pregos. Os cor-
pos-de-prova foram classificados como:
• Peça que aceita pregos: amostra sem rachas, trincas e dimensões insignificantes 
destes, não alcançando o topo das amostras, ou com rachaduras provenientes da 
Madeiras Nativas e Plantadas do Brasil: qualidade, pesquisas e atualidades
28 29
secagem natural/estufa da madeira;
• Peça que não aceita pregos: com trincas ou rachas.
Em todos os testes estatísticos quantitativos, os dados foram analisados quanto 
à normalidade, homogeneidade e após essa etapa foi realizada a análise de variância. 
Como consequência, o teste Tukey HSD (TUKEY, 1949) foi usado para comparar as mé-
dias entre os dados.
As variáveis foram testadas para distribuição de normalidade multivariada, correlação 
de múltipla e Análise de Componentes Principais (ACP). Os dados das variáveis foram cen-
tralizados em zero e redimensionados para a variância unitária. Para o ACP, foram seguidas 
as diretrizes de Ferreira (2018) e Valentin (2012). A mineração de dados foi realizada no 
software Paleontological Statistics - Past 4.02 (HAMMER et al., 2001).
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Propriedades físicas das espécies
Na Tabela 4 são apresentados os resultados médios das propriedades físicas de den-
sidade básica (ρb), densidade aparente (ρap em 12% de umidade) e coeficientes de contra-
ção tangencial (βt), contração radial (βr), inchamento volumétrico (αv), contração volumétrica 
(βv), de anisotropia (CA) das espécies estudadas. Os resultados encontram-se graficamente 
representados nas Figuras 4 e 5.
Tabela 4. Resultados das propriedades físicas de densidade básica média (ρb), densidade aparente (ρap em 12% de umidade), 
coeficientes de contração tangencial (βt), radial (βr), anisotropia (CA), inchamento volumétrico (αv), e contração volumétrica 
(βv) das seis espécies estudadas.
Espécie g/cm3) (g/cm3)
Contração tan-
gencial (βt)
Contração 
radial (βr)
Coeficiente de 
anisotropia 
(CA)
Coeficiente de 
inchamento volu-
métrico (αv)
Coeficiente de 
contração volu-
métrica (βv)
Joannesia princeps 0.32 ± 0.031d2 0.41 ± 0.031d2 4.36 ± 0.781c2 3.43 ± 0.751c2 1.27 ± 0.411ab2 7.79 ± 0.781c2 7.22 ± 0.671d2
Spondias venulosa 0.34 ± 0.031d2 0.44 ± 0.031d2 2.71 ± 0.771d2 1.68 ± 0.591d2 1.61 ± 0.41b2 8.65 ± 2.451c2 7.91 ± 2.071cd2
Copaifera lucens 0.55 ± 0.031c2 0.67 ± 0.041c2 5.45 ± 3.251abc2 3.44 ± 0.811c2 1.58 ± 0.311b2 9.94 ± 1.961c2 9.02 ± 1.561c2
Astronium concinnum 0.64 ± 0.0061b2 0.84 ± 0.071b2 5.28 ± 1.101abc2 5.14 ± 0.541b2 1.03 ± 0.361a2 14.84 ± 1.381b2 11.93 ± 1.391bc2
Handroanthus serratifolius 0.80 ± 0.021a2 1.03 ± 0.011a2 1.49 ± 1.551d2 1.10 ± 0.781d2 1.35 ± 0.281ab2 19.14 ± 2.041a2 16.04 ± 1.431a2
Libidibia ferrea 0.81 ± 0.021a1 1.08 ± 0.071a2 8.11 ± 2.731a2 7.02 ± 1.731a2 1.16 ± 0.41ab2 16.43 ± 2.301ab2 14.08 ± 1.711ab2
1 Valor médio ± desvio padrão.
2 Letras minúsculas diferentes na coluna representam diferença estatística a um nível de significância de 95%.
Fonte: Autoria própria, 2021.
Madeiras Nativas e Plantadas do Brasil: qualidade, pesquisas e atualidades
30
Figura 4. Representação gráfica dos valores de densidde básica e aparente (a 12% de umidade) das seis espécies nativas 
brasileiras estudadas.
Fonte: Autoria própria, 2021.
Figura 5. Representação gráfica dos valores do coeficiente de anistropia das espécies estudadas.
Fonte: Autoria própria, 2021.
É possível inferir a partir da análise dos resultados da Tabela 2, em relação à densidade 
básica, que as espécies podem ser divididos em três classes, com base na classificação 
proposta por IPT (1985) e MELO et al. (1990), como também é enfatizado nos valores en-
contrados na literatura (Tabela 3). As espécies Libidibia ferrea e Handroanthus serratifolius 
pertencem à classe superior de densidade básica e são consideradas pesadas. As espécies 
Copaifera lucens e Astronium concinnum diferiram no teste de média, mas ambas situam-se 
na mesma classe de densidade básica média. As espécies Spondias venulosa e Joannesia 
princeps pertencem à classe de densidade básica leve. A comparação dos resultados en-
contrados na análise e os dados da literatura são apresentados na Tabela 5.
Madeiras Nativas e Plantadas do Brasil: qualidade, pesquisas e atualidades
30 31
Tabela 5. Comparação dos resultados de densidade básica com informações encontradas na literatura.
Espécie g/cm3) g/cm
3)
Literatura
Referência literária
Joannesia princeps 0.32 (leve) 0.40 - 0.55 (leve / média) LORENZI (1992), SILVA; LEMOS (2002)
Spondias venulosa 0.34 (leve) 0.36 - 0.56 (leve / média) LORENZI (1992), ROLIM; PIOTTO (2019)
Copaifera lucens 0.55 (média) 0.67 (média) ROLIM; PIOTTO (2019)
Astronium concinnum 0.64 (média) 0.64 - 0.68 (média) SANTOS et al. (2011)
Handroanthus serratifolius 0.80 (pesada) 0.70 - 0.98 (média / pesada) SHIMAMOTO et al. (2014)
Libidibia ferrea 0.81 (pesada) 0.81 (pesada) ROLIM; PIOTTO (2019)
Fonte: Adaptado de SILVA et al. (2020).
Ao comparar os dados com os valores da literatura é possível verificar que as espécies 
apresentaram os valores na mesma faixa, exceto para as espécies Joannesia princeps e 
Spondias venulosa, as leves, confirmando sua base como escolha para as análises subse-
quentes na pesquisa.
Em relação aos resultados da densidade aparente (Tabela 3) houve uma pequena 
diferença quando comparada aos resultados da densidade básica. A espécie Astronium 
concinnum foi considerada junatamente a Libidibia ferrea e Handroanthus serratifolius, 
comoa espécie de classe de maior densidade. Para a espécie Copaifera lucens novamen-
te foram observados os resultados referentes à classe de densidade média, assim como 
as espécies Spondias venulosa e Joannesia princeps pertencem à classe de densidade 
aparente considerada leve.
É importante mencionar que, para as espécies com os menores valores de densidade 
básica (Spondias venulosa e Joannesia princeps) verificaram-se teores de umidade em torno 
de 20%, enquanto as espécies de média densidade (Copaifera lucens e Astronium con-
cinnum) tiveram um valor médio de 18,3%, e as espécies de alta densidade (Handroanthus 
serratifolius e Libidibia ferrea var. parvifolia) 16,3%. De acordo com o trabalho de LOGSDON; 
CALIL JUNIOR (2002) e GLASS; ZELINKA (2010), as propriedades físicas e mecânicas de-
pendem do teor de umidade da madeira, sendo que a resistência da madeira tende a diminuir 
quando esse teor é alto. Porém, a madeira de Copaifera lucens foi a única que apresentou 
comportamento diferente de acordo com esta análise.
De acordo com a classificação de DURLO; MARCHIORI (1992), as madeiras das es-
pécies Astronium concinnum, Libidibia ferrea, Joannesia princeps e Handroanthus serrati-
folius seriam consideradas excelentes por apresentarem valores dentro do intervalo de 1,2 a 
1,5. No entanto, deve se haver cuidado ao empregar madeiras de Libidibia ferrea e Astronium 
concinnum devido aos altos valores nos coeficientes de contração tangencial e radial.
As espécies Copaifera lucens e Spondias venulosa observaram-se resultados inferio-
res de coeficiente de anisotropia, 1,58 e 1,61 respectivamente, sendo constatada variações 
dimensionais de classificação normal.
Madeiras Nativas e Plantadas do Brasil: qualidade, pesquisas e atualidades
32
Analisando os coeficientes de contração e inchamento volumétrico pode-se afirmar 
que as espécies Handroanthus serratifolius, Libidibia ferrea, Copaifera lucens, e Astronium 
conccinum apresentaram os maiores valores. Essa variação dimensional pode comprometer 
o emprego da madeira em determinados usos, como em estruturas que estejam expostas 
a condições edafoclimáticas severas.
Propriedades mecânicas das espécies
Cisalhamento de madeira, compressão paralela às fibras e propriedades de flexão 
estática da espécie.
Os resultados relativos ao módulo de ruptura (MOR, em kgf/cm2) das propriedades 
mecânicas como cisalhamento da madeira, compressão paralela das fibras, flexão estática 
são apresentados na Tabela 6 e representados graficamente na Figura 6.
Tabela 6. Valores dos módulos de ruptura (MOR, em kgf/cm2) de cislhamento, compressão paralela às fibras e de flexão 
estática da madeira de seis espécies nativas da Reserva Natural Vale.
Espécie Cisalhamento (kgf/cm2) Compressão paralela às fibras (kgf/cm2) Flexão estática (kgf/cm
2)
Spondias venulosa 71.8 ± 4.91c2 215.8 ± 22.51 b2 327.1 ± 75.51 c2
Joannesia princeps 49.6 ± 6.51cd2 208.3 ± 36.41b2 321.8 ± 37.61c2
Copaifera lucens 110.3 ± 21.21b2 276.7 ± 44.71b2 561.6 ± 98.61b2
Astronium concinnum 93.7 ± 39.91bd2 138.7 ± 24.51c2 505.6 ± 99.21b2
Libidibia ferrea 181.6 ± 32.71a2 358.3 ± 208.21a2 944.7 ± 294.61ab2
Handroanthus serratifolius 154.1 ± 13.81a2 598.9 ± 37.51a2 1032.0 ± 105.61a2
1 Valor médio ± desvio padrão.
2 Letras minúsculas diferentes na coluna representam diferença estatística a um nível de significância de 95%.
Fonte: Autoria própria, 2021.
Figura 6. Propriedades mecânicas das seis espécies nativas brasileiras estudadas.
Fonte: Autoria própria, 2021.
Madeiras Nativas e Plantadas do Brasil: qualidade, pesquisas e atualidades
32 33
Quanto ao ensaio de compressão paralela às fibras, as espécies Libidibia ferrea e 
Handroanthus serratifolius apresentaram resultados no mesmo intervalo de confiança 
(358.3±208.2 e 598.9±37 kgf/cm2, respectivamente), sendo que para a espécie Handroanthus 
serratifolius foi observado o maior resultado. Para a espécie Libidibia ferrea também ve-
rificou-se resultados no mesmo intervalo de confiança que as espécies Copaifera lucens 
(276.7±44.7 kgf/cm2), Joannesia princeps (208.3±36.4 kgf/cm2) e Spondias venulosa (215.8 
± 22.5 kgf/cm2).
No teste de flexão estática, para as espécies Libidibia ferrea e Handroanthus serratifo-
lius novamente verificaram-se resultados no mesmo intervalo de confiança, sendo que para 
a espécie Handroanthus serratifolius observou-se o maior resultado. Porém para a espécie 
Libidibia ferrea, os valores se encaixavam em outro intervalo de confiança, também, sendo 
similar aos valores observados para as espécies Astronium concinnum e Copaifera lucens.
Em geral, as espécies apresentaram comportamento distinto nos ensaios de cisalha-
mento, compressão paralela às fibras e flexão estática. Aquelas com maior valor de densidade 
básica apresentaram os maiores valores nos testes realizados. Porém, ao comparar suas 
médias, verificou-se que algumas espécies apresentaram resultados semelhantes, estando 
presentes na mesma faixa de intervalo de confiança.
Poucos estudos abordam as análises de ensaios mecânicos para espécies nativas 
brasileiras. Entretanto, foi possível encontrar resultados semelhantes para Libidibia ferrea 
relacionados à flexão estática publicados pelo IPT (1989), quando os autores encontraram um 
valor igual a 94,1 kgf/cm2 e, também, estudando Astronium concinnum, GONZAGA (2006) en-
controu em sua pesquisa o valor do modulo de ruptura em cisalhamento igual a 137 kgf/cm2.
Em ambos os testes o resultado foi semelhante e obedeceu à divisão das classes de 
densidade adotada neste estudo. As espécies Handroanthus serratifolius e Libidibia ferrea 
apresentaram os maiores valores, alternando a superioridade nos testes, porém foram ve-
rificadas médias semelhantes. As espécies Astronium concinnum e Copaifera lucens apre-
sentaram resultados inferiores às espécies citadas acima, mas valores de módulo de dureza 
superiores aos de Spondias venulosa e Joannesia princeps. GONZAGA (2006) encontrou, 
estudando o gênero Copaifera sp., resultados semelhantes da dureza Janka.
Dureza Janka
Os resultados médios da dureza Janka paralela e perpendicular às fibras das espécies 
estudadas são apresentados na Tabela 7 e Figura 7.
Madeiras Nativas e Plantadas do Brasil: qualidade, pesquisas e atualidades
34
Tabela 7. Resultados do módulo de ruptura de dureza Janka.
Espéciee MOR paralela às fibras (kgf) MOR perpendicular às fibras (kgf)
Spondias venulosa 151.7 ± 36.21d2 325.0 ± 53.21c2
Joannesia princeps 123.3 ± 32.51d2 210.0 ± 56.91d2
Copaifera lucens 406.7 ± 87.91c2 505.0 ± 64.21b2
Astronium concinnum 644.0 ± 84.01b2 632.0 ± 74.91b2
Libidibia ferrea 1145.0 ± 177.81a2 1215.0 ± 239.51a2
Handroanthus serratifolius 1218.3 ± 79.01a2 1113.3 ± 94.81a2
1 Valor médio ± desvio padrão.
2 Letras minúsculas diferentes na coluna representam diferença estatística a um nível de significância de 95%.
Figura 7. Dureza Janka das seis espécies nativas brasileiras estudadas.
Fonte: Autoria própria, 2021.
Para ambos os testes (paralelo e perpencidular às fibras) o resultado foi similar e 
obedeceu à divisão das classes de densidade adotada nesse estudo. Para as espécies 
Handroanthus serratifolius e Libidibia ferrea foram verificados os maiores valores, alternando 
a superioridade nos testes, porém sendo observados valores médios semelhantes. Para as 
espécies Astronium concinnum e Copaifera lucens verificaram-se resultados inferiores às 
espécies citadas anteriormente, porém valores de módulos de módulo de dureza superiores 
aos de Spondias venulosa e Joannesia princeps.
Analisando a Tabela 6, é possível inferir que no ensaio de cisalhamento as espécies 
de classe de maior densidade (Libidibia ferrea e Handroanthus serratifolius) apresentaram 
maior resistência no, ou seja, maiores valores de módulos de ruptura. Esse resultado diferiu 
do observado para as demais espécies que, também, apresentaram comportamento dis-
tinto entre si, possuindo médias distintas. Para a espécie Joannesia princeps foi verificado 
o menor valor de módulo de ruptura(3,6 vezes menor que o valor encontrado por Libidibia 
ferrea), o que se justifica pelo seu menor valor de densidade básica.
Madeiras Nativas e Plantadas do Brasil: qualidade, pesquisas e atualidades
34 35
Trabalhabilidade das espécies de madeira estudadas
Na Tabela 8 são apresentados os resultados médios das espécies quando submetidas 
aos testes de aplainamento (a favor e contra a grã) e de perfuração (passante, não passante 
e com brocas de vários tamanhos).
Tabela 8. Resultados de aplainamento, perfuração e broca de perfuração.
Espécie
Aplainamento Perfuração
A favor Contra 6 mm 8 mm 10 mm Passante Não passante
Spondias venulosa bom bom ruim muito ruim ruim muito ruim muito ruim
Joannesia princeps bom regular regular ruim ruim ruim muito ruim
Copaifera lucens regular ruim ruim ruim regular ruim muito ruim
Astronium concinnum excelente bom regular regular regular regular regular
Libidibia ferrea bom bom regular ruim regular regular regular
Handroanthus serratifolius bom bom regular regular regular bom bom
Fonte: Autoria própria, 2021.
Para os testes de perfuração, em diferentes diâmetros, verificou-se que para todas as 
espécies os resultados variaram de regular a ruim. Para a espécie de madeira Spondias 
venulosa foram identificados os piores resultados, e para as espécies Astronium concinnum 
e Handroanthus serratifolius os melhores, sendo regulares, quando comparadas às demais 
espécies analisadas. Verifica-se que o uso dos mesmos acarreta o levantamento da grã da 
madeira, conseqüentemente podendo ocasionar a depreciação do material devido a sua 
aparência física e restrição para o uso.
No teste de perfuração passante e não passante os resultados variaram de bom a 
muito ruim. Handroanthus serratifolius apresentou os melhores resultados, seguido pelas 
espécies Libidibia ferrea e Astronium concinnum. Para as demais observaram-se resultados 
que variaram de ruins a muito ruins.
Para as demais espécies verificou-se, trabalhabilidade inferior, sendo a espécie 
Spondias venulosa considerada a pior. Ao analisar os resultados expostos na Tabela 7, é 
possível afirmar que em relação ao teste de aplainamento a favor da grã a espécie apresen-
tou melhor desempenho quando comparada aos demais testes de trabalhabilidade. Para 
a madeira da espécie Astronium concinnum obteve-se o melhor resultado entre todas, e 
para a Copaifera lucens o pior resultado. Porém, em relação ao aplainamento no sentido 
contrário da grã, a espécie apresentou resultados piores quando comparada aos testes a 
favor da grã. de maneira geral, para a espécie verificaram-se bons resultados, porém para 
a espécie Joannesia princeps o resultado foi regular e para a espécie Copaifera lucens no-
vamente observou-se o pior resultado. Os resultados dos outros testes de trabalhabilidade 
são apresentados na Tabela 9.
Madeiras Nativas e Plantadas do Brasil: qualidade, pesquisas e atualidades
36
Tabela 9. Classificação dos resultados dos testes de lixamento, rasgo e fendilhamento por pregos.
Espécie Lixamento Rasgo Fendilhamento por pregos
Spondias venulosa excelente bom 95% aceitação; 5% não aceitação
Joannesia princeps excelente regular 78% aceitação; 22% não aceitação
Copaifera lucens regular regular 53% aceitação; 47% não aceitação
Astronium concinnum bom bom 39% aceitação; 61% não aceitação
Libidibia ferrea regular regular 100% não aceitação
Handroanthus serratifolius bom regular 100% não aceitação
Fonte: Autoria própria, 2021.
Ao avaliar os resultados da madeira da espécie no teste de lixamento, verificou-se que 
o comportamento diferiu do encontrado nos testes descritos anteriormente. Os resultados 
variaram de regulares a excelentes sendo os melhores os resultados observados para as 
espécies de menor valor de densidade básica (Spondias venulosa e Joannesia princeps).
No teste de rasgo os resultados ficaram na faixa de regular a bom, e apenas para 
as espécies Spondias venulosa e Astronium concinnum observaram-se bons resultados. 
Para o teste de fendilhamento por pregos os resultados variaram de acordo com a classe 
de densidade. Espécies com madeira menos densa aceitaram melhor a inserção de pregos 
enquanto espécies mais densas apresentaram trincas no ponto de inserção do prego.
De forma geral, avaliando o comportamento da análise da madeira após os testes 
descritos acima, nota-se que a para a espécie Handroanthus serratifolius observaram-se 
os melhores resultados, seguida pelas espécies Astronium concinnum e Libidibia ferrea.
Dessa forma concluí-se que as espécies menos densas foram as que apresentaram 
melhor desemepenho nos testes de lixamento e inserção do prego, ressaltando que a madeira 
de Spondias venulosa se saiu melhor nesses testes. A madeira de Astronium concinnum 
demonstrou possuir potencial para testes de lixamento e rasgo, porém apresentando 30% 
de não aceitação devido ao fendilhamento por pregos.
Análise de Componentes Principais (ACP) das propriedades físicas e mecânicas 
estudadas
Na figura 8, observa-se que as espécies se agruparam em duplas distribuídas ao longo 
do eixo x (CP1), em função da similaridade dos resultados dos testes aplicados, e no mesmo 
nível em relação a CP2. As espécies Spondias venulosa e Joannesia princeps formaram 
um grupo com os menores valores para todas as variáveis, especialmente, D_Janka_Per 
e D_Janka_Par, as espécies Astronium concinnum e Copaifera lucens se assemelharam 
por apresentarem resultados intermediários, e Handroanthus serratfiolius e Libidibia ferrea 
os resultados mais elevados.
Madeiras Nativas e Plantadas do Brasil: qualidade, pesquisas e atualidades
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Figura 8. Representação gráfica da Análise de Componentes Pirncipais (ACP) aplicada nos resultados dos ensaios físicos e 
mecânicos nas espécies nativas avaliadas, em que: O Spondias venulosa; O Joannesia princeps; O Astronium concinnum; 
O Copaifera lucens; O Handroanthus serratfiolius; O Libidibia ferrea; CA =Coeficiente de anistorpia ; Compf = Compressão 
paralela às fibras; Db = Densidade básica; Dap = Densidade aparente; F_est = Flexão estática; D_Janka_Per = Dureza Janka 
perpendicular às fibras; D_Janka_Par: Dureza Janka paralela às fibras.
Fonte: Autoria própria, 2021.
Na ACP, cujos eixos primários (CP1 e CP2) explicam 88,61% da variação entre os 
oito componentes combinados neste estudo. No eixo CP1, as durezas (D_Janka_Par e 
D_Janka_Per) têm, respectivamente, uma relação maior com o componente principal de 
maior explicação (75,81%), devido a apresetarem pesos de maior valor (0,398 e 0,396), mas 
percebe-se acentuada expressão, também, das variáveis Db, Dap e F_est. No CP2 (12,80 
%), a variável latente CA complementa o conjunto de variáveis que explicam a estrutura de 
ordenação da variância, destacando-se dentre as demais variáveis.
Com base nos resultados obtidos pela ACP, os respectivos autovalores e porcentagens 
da variância explicada por cada um são apresentados na Tabela 10.
Tabela 10. Análise de Componentes Principais (ACP) das variáveis físicas e mecânicas estudadas.
CP
Sumário da ACP Pesos
ƛ % % acumulada Db Dap CA Cslh Compf F_est D_Janka_Par D_Janka_Per
1 6.06 75.81 75.81 0.391 0.386 -0.058 0.377 0.291 0.391 0.398 0.396
2 1.02 12.80 88.61 -0.070 -0.122 0.959 0.043 0.216 0.109 0.013 0.008
3 0.57 7.08 95.69 0.233 0.256 0.252 0.153 -0.873 -0.124 0.100 0.075
4 0.16 2.01 97.70 0.316 0.352 0.091 -0.847 0.099 -0.091 0.181 0.000
5 0.07 0.92 98.62 0.126 0.177 0.057 0.189 0.252 -0.799 -0.251 0.387
6 0.06 0.78 99.40 0.368 0.388 0.038 0.220 0.147 0.057 -0.434 -0.672
7 0.03 0.33 99.73 -0.533 0.555 0.020 -0.103 -0.059 0.291 -0.463 0.307
8 0.02 0.27 100.00 -0.503 0.396 0.016 0.144 0.087 -0.293 0.577 -0.378
Em que: Db = Densidade básica; Dap = Densidade aparente a 12% de umidade; Cslh = Cisalhamento; Compf = Compressão paralela às 
fibras; F_est = Flexão estática; D_Janka_Par = Dureza Janka Paralela às Fibras; D_Janka_Per = Dureza Janka Perpendicular às Fibras.
Fonte: Autoria própria, 2021.
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