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Estudo comparativo entre as instalações hidráulicas em PVC e instalações hidráulicas com o PEX (polietileno reticulado) em uma obra vertical em Manaus
Haroldo Pereira dos Santos - santos-haroldo@hotmail.com
Gerenciamento de Obras e Melhoria na Qualidade da Construção Civil
Instituto de Pós-Graduação - IPOG
Manaus, AM, 30 de janeiro de 2018 
Resumo
As instalações hidráulicas abrangem não apenas as redes de abastecimento, mas também as tubulações de gás, coleta de esgoto e águas pluviais. No passado, era comum o uso de materiais como o cobre, aço galvanizado, ferro fundido e o Policloreto de Vinila (PVC). Entretanto, a busca por soluções mais rentáveis fez com que os investimentos nesse setor resultassem, nas últimas décadas, no aparecimento de novos materiais plásticos como o Polietileno Reticulado (PEX), o Polipropileno Random (PPR) e o Policloreto de Vinila Clorado (CPVC). PEX é um sistema de tubulação plástico que pode ser utilizado nas instalações hidráulicas prediais tanto para água quente, quanto para a fria. Este estudo teve como principal objetivo efetuar uma comparação econômica e de desempenho hidráulico entre a utilização da conexão hidráulica PEX Multi Camada em substituição as conexões hidráulicas de PVC rígido soldáveis. A metodologia utilizada foi de origem bibliográfica, utilizando livros e artigos para sua elaboração. Como resultados, pode se observar que uma das razões pelas quais engenheiros vêm escolhendo utilizar esse material é a sua resistência térmica - o material é capaz de suportar até 95°C. Além disso, por ser feito de plástico, o PEX não sofre corrosão como os tubos de aço galvanizado. Mas, de todas as suas características, a flexibilidade é a mais importante. Concluiu-se por meio deste que a capacidade de fazer curvas com a mangueira do PEX permite utilizar menos conexões, como joelhos e cotovelos, evitando o risco de vazamentos e sendo um melhor trajeto para a água.
Palavras-chave: PEX. PVC. Desempenho hidráulico.
1. Introdução
A construção civil convencional passa por um processo de industrialização, gerando assim, novas formas de construções e instalações. Em geral, as leis de mercado determinam os caminhos da evolução tecnológica, mas, no caso das instalações hidráulicas, as demandas por desempenho têm papel fundamental. Tendo nas conexões seus pontos mais vulneráveis, o mercado buscou desenvolver soluções que as viabilizassem de forma mais produtiva e eficaz, assim surgiu vários tipos de tubos e conexões (LANDI, 2003). 
Em nosso caso, trataremos do PEX, e o tradicional PVC. Com essa variedade de materiais, as construtoras se perguntam qual é o tipo de tubulação mais viável tecnicamente e economicamente para as edificações. Conforme o Instituto do PVC, “o PVC é um polímero obtido a partir do cloreto de vinila, um monômero formado pela reação de cloro (57% em peso do polímero) e eteno (43% em peso)” (REVEL 2010). 
Devido a grande quantidade de beneficio, como versatilidade e sustentabilidade, adquiridos com a utilização do PVC, este apresenta grande destaque no cenário mundial. Na construção civil, sempre se buscou alternativas para a captação, tratamento, distribuição de água e saneamento, sendo que o PVC se mostra uma boa opção, pois é totalmente seguro no contato com a água potável que é fornecida para consumo humano, proporciona elevada produtividade na instalação e estanqueidade, evitando perdas de água e contaminação do lençol freático, as instalações têm baixo custo de aquisição e instalação, e posterior manutenção, além de uma vida útil maior. As tubulações e conexões de PVC podem ser soldáveis ou roscáveis, o sistema de junta soldável é atualmente o mais utilizado, pelas vantagens que proporciona como facilidade de execução; rapidez de montagem; economia pela redução das perdas; dispensa do uso de ferramentas especiais (Catálogo Predial Amanco, 2011).
O polietileno reticulado (PEX) é originado do polietileno, este é um polímero termoplástico que consiste em longas cadeias de monômero de etileno ou eteno. A reticulação é um processo químico que o polietileno termoplástico sofre durante o processo de fabricação do tubo, transformando em um novo material que passamos a chamar de polietileno reticulado (PEX). É um sistema de tubulação plástico que pode ser utilizado nas instalações hidráulicas prediais tanto para água quente, quanto para água fria. De todas as suas características, a flexibilidade é a mais importante, a capacidade de fazer curvas com a mangueira PEX permite utilizar menos conexões, como joelhos e cotovelos evitando o risco de vazamentos, além de ser o melhor trajeto para a água, isso reduz em até dez vezes o tempo médio de instalação em relação ao sistema convencional de PVC (Revista Techne, 2012).
O processo executivo é considerado bem simples, porém necessita de prática. O PEX por ser pouco difundido, não está disponível em qualquer local, sendo sua aquisição diretamente de fornecedor especializado. Para analisar a viabilidade de cada sistema de tubulação é necessário o dimensionamento adequado de acordo com cada sistema. A palavra dimensionamento está relacionada com a arte de determinar dimensões e grandezas (REVEL, 2010).
A NBR 5626/98 fixa as exigências e os critérios para o dimensionamento das canalizações de água fria, diz que tendo em vista a conveniência sob o aspecto econômico, toda a instalação de água fria deve ser dimensionada trecho a trecho. Para melhor visualização da rede de distribuição de água fria, desenham-se os compartimentos sanitários em perspectiva isométrica. No dimensionamento são calculados parâmetros hidráulicos como vazão, velocidade, perda de carga e pressão. A vazão em toda a rede de água fria deve ser tal que atenda às condições mínimas estabelecidas no projeto, evitando que o uso simultâneo de peças de utilização possa acarretar redução de vazão. Conforme a NBR 5626 (1998), por razões de economia, é usual estabelecer como provável uma demanda simultânea de água menor do que a máxima possível. Essa demanda simultânea pode ser estimada tanto pela aplicação da teoria das probabilidades, como a partir da experiência acumulada na observação de instalações similares (NUNES et al., 2006). 
A quantidade de cada tipo de peça de utilização alimentada pela tubulação, que está sendo dimensionada, é multiplicada pelos correspondentes pesos relativos e a soma dos valores obtidos nas multiplicações de todos os tipos de peças de utilização constitui a somatória total dos pesos. Esse somatório é convertido na demanda simultânea total do grupo de peças de utilização considerado, que é expressa como uma estimativa da vazão a ser usada no dimensionamento da tubulação. A perda de carga pode ser classificada ao longo da tubulação, localizadas ou acidentais. A perda de carga ao longo da tubulação ocorre devido ao atrito interno das moléculas do líquido e também devido ao atrito externo do líquido com as paredes da tubulação. As canalizações são formadas por tubos retilíneos e também por diversas peças especiais, tais como peças de derivação, peças de ampliação ou redução, curvas, registros, etc. Todas estas peças especiais causam turbulência no escoamento dos líquidos responsáveis por novas perdas de carga chamadas perdas de carga localizadas (BACK, 2006). 
Há inúmeras fórmulas para se determinar a perda de carga de uma tubulação. A Fórmula Universal, além de ser mais exata e indicada para sistemas mais complexos, é a única aplicável em dimensionamentos que envolvem quaisquer tipos de fluidos e temperaturas. Esta tem a vantagem de apresentar bons resultados práticos, para grande amplitude de diâmetros possíveis e aplicação para todos os materiais industriais. “Outra vantagem é a comprovação experimental e o estabelecimento dos coeficientes para os materiais mais comumente utilizados na hidráulica”. Já as perdas de carga localizadas, também chamadas de perdas acidentais ou singulares, são ocasionadas por mudanças de seção de escoamento e/ou de direção da corrente. Estas peças causam uma perturbação no escoamentoque leva a conversão de parte da energia cinética em calor, resultando em perda de energia ou perda de carga, elas assumem grande importância no caso de condutos com muitas peças e comprimento relativamente curto, como em instalações prediais e no caso de tubulações de sucção da bomba (GUARCEZ, 2010).
O trabalho em questão foi desenvolvido para acompanhar a real evolução construtiva do mercado na construção civil, pois com o aumento da demanda por processos mais eficazes e eficientes vem sendo elaboradas diversas novas tecnologias em materiais voltados para o setor de instalações hidráulicas. A real valia da substituição de um material já consolidado no mercado e que se adaptar as suas necessidades, o PVC rígido soldável pelo PEX, um novo material.
Este estudo tem como objetivo geral, efetuar uma comparação econômica entre a utilização da conexão hidráulica PEX Multi Camada em substituição as conexões hidráulicas de PVC rígido soldáveis. Para tanto tem-se como objetivos específicos: Comparar o tempo de execução entre os dois processos; Comparar os custos entre as instalações com o uso do PEX e do PVC convencional; Mostrar o método executivo dos dois processos, identificando as vantagens e desvantagens para cada um.
A metodologia aplicada a este estudo se baseia em fazer uma revisão bibliográfica sobre o tema e suas vertentes, onde serão mostrados e organizados todos os itens pesquisados em arquivos eletrônicos, sites da internet, catálogos, padrões operacionais e normas de instalações prediais hidráulicas.
Através desta pesquisa, serão reunidas informações para traçar um comparativo econômico e de desempenho hidráulico entre os dois tipos de produto PVC e o PEX.
Para tanto, analisou-se um empreendimento, ainda em construção, localizado na Zona Centro Sul da cidade de Manaus, que contém 1 torre, da qual foi realizado o levantamento do sistema de instalação hidráulica em dois apartamentos com 9 pontos cada, onde em um deles foi utilizado somente o material PEX e no outro apartamento foi utilizado apenas o material PVC, com isso, pretende-se apresentar a viabilidade econômica e desempenho hidráulico em ambos os casos. 
Utilizando várias normas a fim de fundamentar este estudo, adotou-se a NBR 14037/2011 que rege as diretrizes para elaboração de uso, operação e manutenção das edificações – requisitos para elaboração e apresentação dos conteúdos.
A seguir a discriminação das principais normas para instalações hidráulicas:
NBR 5626/98 – Rege a instalação predial de água fria.
NBR 7198/93 – Projeto e execução de instalações prediais de água quente.
NBR 13206/94 – Tubos de cobre leve, médio e pesado sem costura para condução de água e outros fluidos – Especificação.
NBR 5648/99 - Sistemas prediais de água fria - Tubos e conexões de PVC 6, 3 PN, 750 kPa, com junta soldável – Requisitos.
NBR 5688/99 - Sistemas prediais de água pluvial, esgoto sanitário e ventilação - Tubos e Conexões de PVC, tipo DN – Requisitos.
NBR 8417/99 - Sistemas de ramais prediais de água - Tubos de polietileno PE – Requisitos
NBR 8161 - Tubos e conexões de ferro fundido para esgoto e ventilação - Formatos e dimensões – Padronização
NBR 13933/97 - Instalações internas de gás natural (GN) - Projeto e execução.
O CPVC (Policloreto de Vinila Clorado) é um derivado do PVC (Policloreto de Vinila) utilizado em instalações residenciais para condução de água quente (Figura 1). O produto resiste a temperaturas até 80ºC. Entretanto, era comum no passado que essas tubulações sofressem danos pela exposição a altas temperaturas. Contudo, para minimizar esses riscos, alguns fabricantes se empenharam na comercialização de termoválvulas que, instaladas na saída do aquecedor, controlam a temperatura da água na tubulação.
O sistema de tubulações de PEX: a maior parte dos fabricantes de polietileno reticulado é de origem européia, é um sistema flexível que apresenta dois tipos de instalação: manifold e derivação. O manifold possui o mesmo conceito de uma instalação elétrica e utiliza um tubo condutor que guia o PEX da caixa de distribuição, ou barrilete, até os pontos de consumo. Já o sistema de derivação utiliza ramais e sub-ramais que, apesar de exigirem uma menor quantidade de tubos, perdem a principal vantagem do sistema: dispensar o uso de conexões é um material leve e fornecido em mangueiras em rolos de 50 a 100 m.
Inovações - Muitos fabricantes estão preocupados com a competição e esquecem-se principalmente da adequação às normas. Segundo Wilson Passeto, diretor técnico do Cediplac, "o papel das indústrias fica quase sempre restrito aos produtos isoladamente. Isso gera no mercado soluções reduzidas, na qual o usuário confuso é induzido optar pelo produto de menor custo". 
Manutenção - Após a execução de uma obra, deve ser elaborado um manual de operação, uso e manutenção das edificações, conforme estabelece a NBR 14.037/98. "Nesse manual devem constar os procedimentos de manutenção para os sistemas prediais conforme a NBR 5674/99", explica Douglas Barreto, pesquisador do laboratório de instalações prediais do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo).
Atualmente, o projeto de norma NBR 15575 - Desempenho de Edifícios Habitacionais até cinco pavimentos, está em elaboração na ABNT. "A norma define o desempenho de edificações e estabelece a vida útil de projeto para os vários sistemas da edificação", esclarece Barreto.
2. Resultados obtidos
2.1 Caracterização do empreendimento
O estudo de caso apresenta a análise de um empreendimento, conforme planta figura 2, é composto por uma torre com dezesseis pavimentos tipo, sendo 16 unidades no primeiro andar e 14 unidades nos demais andares, totalizando 150 unidades autônomas e três pavimentos de estacionamento (subsolo, térreo e garagem elevada) e um pavimento de utilização comum localizado na cobertura.
A composição interna dos apartamentos varia de um a três dormitórios - tipo A (3 quartos com suítes), tipo B (2 quartos com suíte) e tipo C (1 quarto com suíte). A área comum possui piscina adulto e infantil, brinquedoteca, salão gourmet, fitness, saunas seca e a vapor, sala de repouso e administração para o condomínio. 
Na figura 3, vista aérea da localidade onde está localizado o empreendimento. 
Esta empresa que tem atuação nacional, é uma das líderes no mercado, foi constituída por volta de 1950, na cidade do Rio de Janeiro, atuando no setor imobiliário. Seu foco de empreendimentos multifamiliares se direciona a todas as faixas de renda. Com seu crescimento ao longo do tempo, passou a possuir grande diversificação geográfica, atuando em muitos estados brasileiros.
Devido a esta empresa possuir uma grande estrutura, apresentando sociedades e sendo composta por inúmeros setores, todos com sua complexa organização, não é possível apresentar um organograma único para toda a empresa. Sendo assim, buscou-se uma organização aplicada ao ambiente de atuação e experiência. A seguir, a figura 4 apresenta o organograma correspondente ao setor de operações.
2.2 Caracterização dos objetos de estudo
	
O empreendimento é localizado na Zona Centro Sul da cidade de Manaus, que contém 1 torre, da qual foi realizado o levantamento do sistema de instalação hidráulica em dois apartamentos com 9 pontos cada, onde em um dos apartamentos foi utilizado somente o material PEX e no outro apenas o material PVC, este empreendimento foi lançado por uma renomada empresa do ramo da construção civil.
Com o intuito de facilitar a execução das instalações hidráulicas, pelo fato do subsistema de fechamento ter sido em alvenaria estrutural, o subsistema das instalações hidrossanitárias escolhido foi o PEX para apto. 1 e o PVC para apto. 2. 
Os kits hidráulicos podem ser: kit chicote (figura 5 (b)), kit chuveiro (figura 5 (a)), kit cozinha, kit área de serviço ou kit lavatório. Os kits chuveiro ficam presos nos montantes dentro dos shafts. Os kits cozinha, área de serviço e lavatório ficam expostos, e tem a proteção por uma carenagem. 
No apto. 1, os kits chicotepassam pelo passante de PVC, que está na parte de baixo dos shafts ou de outros kits, passam próximos ao teto do apartamento debaixo e nele são fixados, tornam a passar por outro passante, fazendo assim aligação entre dois kits. Esses sistemas racionalizaram o método construtivo, agilizando a execução das instalações e garantindo o ganho em prazo ao final do processo.
No apto 2, a distribuição de água fria para cozinha/área de serviço era feita através de uma derivação da prumada que passava por este ambiente. Esta prumada abastecia o aquecedor, o tanque, a máquina de lavar roupa e o kit chicote. Por sua vez, este passava por dentro do kit cozinha, e abastecia a pia e o filtro. Para o filtro, este kit chicote foi ligado por baixo da bancada a uma tubulação de PVC embutida na parede, que era responsável por abastecer o filtro, em cima da bancada.
A distribuição para os banheiros foi feita através de derivação da prumada que se localizava em um deles. A derivação era ligada ao kit chuveiro pela parte de cima. Na parte de baixo do kit, era ligado o kit chicote, que abastecia o vaso sanitário e a pia, neste último passando pelo kit lavatório. A tubulação que se localizava na cozinha/área de serviço, passava por dentro do forro da cozinha e dos banheiros e por uma sanca de gesso na sala, e seguia até os banheiros, para abastecimento dos kits chuveiro.
2.2.1 Observações
Da observação do processo executivo, foi notado que alguns fatores dificultavam a execução do serviço ou mesmo geraram uma patologia, tendo como consequência algum tipo de retrabalho ao final do processo. Estes foram considerados como observações e serão mencionados a seguir:
Tempo de Execução - Quando foi iniciada a fase de distribuição hidráulica, os funcionários da empresa contratada, que não eram especialistas em instalações de PEX, foram treinados por membros da própria contratante, através de um padrão executivo redigido pela mesma, e também por representantes do fornecedor, para a correta execução do serviço.
Mesmo o PEX se mostrando uma tecnologia bastante simples e conveniente para acelerar a produção, devido à falta de experiência, no início, o serviço não foi executado em tempo previsto.
Entretanto, após dois pavimentos executados, os funcionários adquiriram prática, conseguindo assim se adequar ao prazo anteriormente determinado para execução de cada pavimento.
O ideal é que as empresas que pretendem utilizar essa tecnologia consigam treinar uma equipe e procurar utilizá-la sempre em suas obras.
É recomendável que ao término de um empreendimento, a equipe seja direcionada e alocada em outro, se tornando especializada neste tipo de instalação. 
O que melhora inclusive a qualidade das instalações, evitando possíveis vícios de construção, como vazamentos.
Posicionamento dos guias e montantes - Os guias e montantes, peças metálicas responsáveis por estruturar as placas de drywall, precisam estar corretamente posicionados, para correta instalação do kit chuveiro. 
Dependendo da distância entre os montantes ou de seu posicionamento, os kits não podem ser fixados. A distância para correta modulação dos montantes para fixação dos kits chuveiro é de quarenta centímetros. 
Os montantes são as peças verticais que devem estar alinhadas e aprumadas, senão os kits podem ficar desnivelados, ou mesmo não encaixar entre os montantes. 
Posicionamento de tubulações internas aos shafts - No apto. 2, observou-se que a chapa de drywall quando fixada deveria manter sua planicidade para posterior assentamento de azulejos. A instalação do ponto de água do tanque foi feita em PVC e a fixação da saída para colocação da torneira foi feita através de uma fita perfurada.
Ela foi fixada em uma das guias, bem no meio do shaft. Quando a placa de gesso foi colocada sobre a fita, foi notado um ressalto na placa, fazendo com que esta não estivesse mais plana. Dos shafts que apresentaram este problema, alguns tiveram seu assentamento de azulejos comprometido e em outros, foi verificado que a tubulação do tanque havia sido solta para evitar o ressalto.
Do mesmo modo, havia certa dificuldade em adequar o fechamento do shaft a tubulação. Às vezes, esta ocupava um espaço razoável dentro dos limites dos guias e montantes e acabava ficando bem próxima, quase que colada à estrutura metálica, por erro na adequação do projeto ou na execução, dificultando a colocação dos parafusos para fixar as chapas de gesso acartonado. Vale ressaltar que assim, o risco de uma tubulação ser perfurada certamente aumenta.
A utilização do PEX nos shafts do apto. 1 seria uma vantagem devido ao fato de este ser um tipo de tubulação mais fina e flexível que as de PVC, portanto, seria possível diminuir o espaço ocupado pelos shafts, como pode ser observado na figura 6. 
Outro fator que possibilita isso, é o fato da prumada de abastecimento da unidade passar pelo shaft do hall, ao invés de passar no shaft dentro da unidade. Pois os shafts de dentro da unidade podem ser menores sem a presença das colunas de água. E ainda, devido ao PEX ser flexível, as chances de furar a tubulação, quando as chapas de drywall são presas, são muito menores, pois a tubulação pode ser posicionada de forma diferente, pelo próprio funcionário responsável pelo fechamento do drywall, de forma que não prejudique nem danifique a tubulação e nem passe pelo lugar onde o parafuso será colocado para que a placa seja fixada.
Utilização de kits industrializados - A utilização de kits hidráulicos industrializados facilitou e agilizou muito o trabalho, se mostrando uma solução eficaz, pois eram feitos na medida exata do ponto de aplicação, chegavam com a medida do PEX precisa e todas as conexões corretas. Além de já chegar ao canteiro testado de fábrica, com garantia, pronto para ser empregado. As únicas ressalvas seriam a má execução do serviço por parte da contratada para executar as ligações dos kits e a necessidade de possuir uma ferramenta própria para esta execução. Na figura 7, observa-se a correta colocação do kit chicote.
2.2.2 Vazamentos referentes ao PEX – Apto. 1
Da má execução de serviços, que ocasionaram posteriores vazamentos referentes as instalações de PEX, podem ser citados: rosqueamento precário das conexões dos kits chicote com seus destinos finais, como registros de torneiras e caixas acopladas de vasos sanitários; pressão do anel não eficaz em volta do tubo e passantes quebrados.
As conexões das tubulações de chicote hidráulico com os registros de torneira (figura 8 (b)) e caixas acopladas (figura 9) foram feitas por uniões roscáveis. Estas continham uma borracha em seu interior que fazia a vedação para evitar vazamentos, além de ser necessária a utilização de fita Teflon em seu fechamento. Por várias vezes, esta borracha se partiu por ser frágil ou por ter sido colocada de forma errada ou a fita era esquecida. Outras conexões apresentaram pouca pressão no anel, de forma que ficaram frouxas, permitindo que a água saísse pelas frestas. Na figura 8 (a), o “tê”, que é uma conexão presa ao tubo de PEX através de anéis.
Mas o maior dos problemas e o que mais ocasionou vazamentos foram os passantes quebrados e os plásticos protetores rasgados. Durante a execução de outros serviços, como contrapiso, cerâmica, entre outros, não foram adotadas as devidas precauções, e os tubos passantes, que deveriam ter oito centímetros acima da laje, foram cortados ou quebrados e não foram repostos. Então, qualquer tipo de líquido que chegasse até o passante, vazaria no pavimento inferior, danificando assim, o forro de gesso da unidade abaixo.
No que diz respeito aos plásticos protetores, que pode ser visto na figura 10, apesar de muitos terem simplesmente sumido ou quase todos estarem rasgados, não gerou um problema tão significativo quando o passante estava íntegro. Pois para acontecer um vazamento nesta situação, seria necessário que houvesse um vazamento acima, comopor exemplo, o gerado pela baixa pressão do anel ou rosqueamento precário das conexões nos registros.
Além disto, no caso do PEX para a caixa acoplada do vaso sanitário, existia um acabamento metálico com uma borracha presa acima, para o passante não ficar exposto, este de certa forma protegia o passante. Este plástico é ainda um item que pode ser improvisado, utilizando-se de outro material para simular esta proteção, o que não é o ideal, mas evita a patologia.
Os vazamentos nos kits PEX eram facilmente vistos, porque eram expostos. Assim, era necessário apenas retirar a carenagem ou fazer uma pequena abertura no forro de gesso, para visualizar o vazamento. Este sistema facilita a solução dos vícios de construção e gera um menor custo pelo retrabalho. 
2.2.3 Vazamentos referentes ao PVC – Apto. 2
Mas não foram somente as instalações em PEX que apresentaram vazamentos. 
O PVC foi aplicado em todos os ambientes comuns ao condomínio, e também nas unidades autônomas, nas prumadas, nos pontos do tanque e da máquina de lavar roupa e em toda a instalação de esgoto. Os vazamentos mais críticos foram os ocorridos com as instalações de esgoto.
 As patologias nas instalações de esgoto ocorreram principalmente por entupimentos, devido ao excesso de entulhos, ou seja, restos de materiais usados em obra (cimento, pedaços de madeira, pregos, parafusos, etc.) contidos nas tubulações e conexões, ou ainda por fissuras nas peças, ou conexões mal vedadas, por falta de fita teflon.
 A problemática do excesso de entulho, diz respeito a má execução de todos os tipos de serviço, principalmente os não relacionados as instalações. Todo profissional quando executa seu serviço, deve zelar por outros serviços, e isso, em muitos casos, não foi feito.
Os vazamentos geraram problemas ainda mais graves, pois como as tubulações eram embutidas, os vazamentos só foram notados através do forro de gesso dos apartamentos. Esses ficavam manchados, úmidos ou mesmo eram destruídos dependendo da quantidade de água que vazava. A dificuldade em achar o local exato onde ocorria o vazamento era maior. 
Houve a necessidade de ser disponibilizado o material para recompor o ambiente, como argamassa, cerâmica (com a especificação local), nova tubulação, e mão-de-obra para realização do serviço novamente, o que caracteriza um retrabalho e custo extra.
2.3 Estudo comparativo PVC e PEX
Originalmente as instalações estão dimensionadas para serem executadas utilizando-se o PEX. Quanto ao PVC (soldável) considera as medidas como se as instalações realmente fossem com este material, fazendo trajetos mais reais para o caso do PVC (soldável) e passando por locais diferentes das que constam no projeto apresentado para o PEX, contabilizando possíveis conexões extras.
O quadro de materiais para instalação em PEX, em que todas as peças foram detalhadas. Porém, os preços se referem aos pontos que saem do distribuidor até um ponto de abastecimento, como os kits de área de serviço, de cozinha ou chuveiros, ou dos kits chuveiro até os kits lavatório, que são os kits chicotes ou kits distância horizontal. Estes são montados pelos fornecedores, logo tem medida específica para cada projeto e preço único para o conjunto. Já no quadro 1, os valores estão expressos por trechos, para facilitar a visualização.
No próximo quadro, foi calculado o custo total da mão-de-obra considerado em uma instalação de PEX, com uma equipe formada por um bombeiro e servente. Os valores unitários e totais são apresentados com e sem encargos. O preço total foi calculado multiplicando-se a quantidade de funcionários pelas horas trabalhadas pelo preço por homem-hora (unidade que mede a quantidade de trabalho realizado por uma pessoa durante uma hora). 
Através de um estudo, foi feita a rastreabilidade, durante a execução das instalações do caso apto. 1, que é semelhante ao caso do apto. 2. Logo, a conclusão é que para essa equipe são necessárias oito horas, ou seja, um dia de trabalho, para se concluir uma instalação completa de um apartamento, como pode ser observado no quadro 2.
No anexo, são apresentados os materiais utilizados para uma instalação em PVC (soldável), de forma que todas as peças foram detalhadas. A redução do orçamento por trecho consta no quadro 3.
Por meio do quadro 4, foi feito da mesma forma que o quadro 2, sendo que o número de horas trabalhadas foi considerado o dobro, por se tratar de uma instalação mais demorada e complexa.
A seguir, apresenta-se um quadro comparativo entre os orçamentos totais para cada caso. Na coluna mais a direita, a relação percentual de quão maior ou menor o valor da instalação executada com PEX é maior que de PVC (soldável). Isto é feito para os três casos: material, mão-de-obra e somatório dos dois fatores (Quadro 5).
A área de instalações teve um lento desenvolvimento, se baseando na experiência e não nos estudos. Durante os anos, foram feitas observações de que alguns materiais não estavam apresentando o desempenho esperado para esta área. Desta forma, alguns foram sendo substituídos e outros ampliaram suas áreas de aplicação.
A maior parte das patologias ocorreu em tubulações de esgoto, em PVC, onde muitas se encontravam rachadas e outras entupidas por entulhos de obra, devido a má execução de serviços como contrapiso, cerâmica, entre outros, onde era permitido que os resíduos caíssem dentro dos ralos, fazendo com que se aglomerassem nas tubulações, obstruindo-as.
Os vazamentos não se justificaram pela qualidade do PEX e sim pela qualidade dos serviços executados. Os kits chegavam à obra previamente testada e aprovada. Além disso, foi notado que os vazamentos com relação a estes, ocorriam nas junções, ou seja, as partes que eram unidas pelos profissionais, como a união de kit chicote ao kit chuveiro, ou kit chicote a torneira da pia ou a caixa acoplada do vaso sanitário.
Foi gerada uma grande quantidade de retrabalho nos serviços de instalações e nos serviços relacionados, devido aos vazamentos. Na maior parte destes, os forros de gesso eram danificados e precisavam ser trocados ou, nos casos em que eram pouco afetados, repintados. Assim, havia o custo de material e mão-de-obra para refazer o forro de gesso ou a pintura.
Com relação aos custos, o material do PEX excedeu pouco mais que 87% em comparação a de PVC (soldável). A mão-de-obra apresenta 76,1% do PVC em relação ao PEX, isto porque, no caso do PVC, é considerado o dobro de tempo para execução da instalação em comparação ao PEX, gastando, portanto 16h de serviço. Assim, o custo de mão-de-obra do PEX é metade do custo de PVC (soldável).
O custo total da execução das instalações com a utilização do PEX excederá 24% do sistema convencional PVC. Porém, se considerado o tempo de instalação, para realização, execução e sua alocação na mesma atividade, esse custo superior é recompensado.
O apartamento tipo A, que utilizou o material PEX para instalações hidráulicas, obteve um custo total de R$: 1.705,07 isto em 9 pontos por apartamento, como eram construídos dois apartamentos por dia, perfazia então um total de 18 pontos por dia, o valor por ponto foi o total de R$ 189,45 e a cada hora trabalhada construía-se dois pontos e 25% de um terceiro ponto.
O apartamento tipo B, que utilizou o material PVC para instalações hidráulicas, obteve um custo total de R$: 911,43 isto em 9 pontos por apartamento, neste caso, construía-se um apartamento por dia, o valor por ponto foi o total de R$ 101,27. No caso do PVC se constrói um ponto a cada 1h e 12 minutos. 
O estudo comparativo deste item foi feito através de uma análise orçamentária. Para que esta análise seja feita de forma correta, foi utilizado o projeto do apartamento 2, e feito a execução de instalações do tipo PVC (soldável). A análise comparativa foi feita com toda a unidade, ou seja, todos os ambientes “molhados”, que seriam cozinha/área de serviço e banheiros. Os preços utilizados para os cálculos foramos preços disponibilizados pela própria empresa. Estes preços foram pesquisados através de fornecedores e apresentam-se como uma média de valores encontrados no mercado, para construções multifamiliares de empresas de grande porte, na data do presente estudo.
Foram calculados os valores totais de materiais e mão-de-obra disponibilizados para a execução de tais instalações. Fez-se uma relação entre quantidade de materiais, comprimentos e diâmetros empregados por valores unitários de cada item. Foi feita também uma relação de mão-de-obra, onde é apontada a qualificação dos funcionários empregados, o número de colaboradores necessários, horas trabalhadas e preços unitários das horas trabalhadas dos mesmos. Além de apresentar os valores para situação de não serem ou serem considerados os encargos.
Desta forma, poderá ser feita uma comparação ao final, contabilizando tanto a quantidade de peças utilizadas e o preço unitário de cada produto de cada material, como o tempo de execução de cada um e como isto interfere no valor final. O tempo de execução interfere neste valor, pois quanto mais tempo é necessário para se executar uma instalação, maior será o custo da mão-de-obra do trabalhador e maior será o custo final.
3. Discussão dos resultados
3.1 PEX
A tubulação PEX – Polietileno Reticulado é atualmente no Brasil, o que há de mais moderno no setor de instalações hidráulicas, pois se trata de uma tubulação flexível que pode ser utilizada para diversas finalidades que logo serão citadas (EMMETI 2011; Hydro PEX, 2011). 
Esta tecnologia foi primeiramente desenvolvida no continente Europeu, e desde então vem se disseminando por todo o mundo para diversas aplicações. O PEX possui uma história de aproximadamente 30 anos no mercado Europeu, comprovando a durabilidade e desempenho do material (DESIGN GUIDE, 2006). 
O principal componente da composição do PEX (Polietileno Reticulado) é um polímero de baixa densidade. O bom desempenho do PEX, cujo resultado decorre devido a alta tecnologia de fabricação do polímero, destaca-se principalmente na confiabilidade, durabilidade e segurança do material (DESIGN GUIDE, 2006; HydroPEX, 2011). 
Ainda de acordo com o manual Design Guide (2006), a indústria do PEX é altamente regulamentada por normas e especificações que definem o controle de qualidade do material. Também se destaca na referencia utilizada, que ainda existem diversas oportunidades para difusão do uso de PEX nas edificações, como é o caso do desenvolvimento de Manifolds, que vem contribuindo para a utilização de tubulações flexíveis. 
No Brasil, a norma brasileira do PEX foi publicada em maio de 2011, com a finalidade de disseminar o uso do material nas instalações hidráulicas predias, e não só nas industriais (Construção mercado, 2011). A NBR 15939/2011 é dividida em três partes: Os aspectos gerais do produto; os procedimentos para projeto; e por último, os procedimentos para instalação (ABNT, 2011). 
Atualmente ele é comercializado em duas versões, o PEX Monocamada, utilizado para instalações de água fria e o PEX multicamada, utilizado para instalações de água quente. O segundo é mais fortemente utilizado pois, são fabricados com uma camada de alumínio em seu interior, que é separada com o auxilio de um adesivo entres as partes de PEX e o alumínio, absorvendo a expansão térmica e evitando a formação de trincas no tubo (TIGRE, 2009). 
Portanto, a diferença do tubo PEX multicamadas para as tubulações tradicionalmente utilizadas nas instalações de água quente e água fria se dá através de sua composição (EMMETI, 2011). 
3.1.1 Composição
A tubulação PEX multicamada é composta por 5 camadas principais. A primeira camada do tubo é de polietileno reticulado, que efetua a proteção do tubo contra a ação corrosiva do fluido. A segunda camada é um revestimento adesivo especial que garante a adesão entre as camadas do tubo (TIGRE, 2010). 
Para compor a terceira camada é utilizado o alumínio, esta camada garante a grande resistência ao calor e a pressão do fluido transportado, garante também a flexibilidade para a tubulação de PEX, sem que a haja a necessidade de utilizar conexões por todo o trajeto da tubulação, e por último garante a resistência mecânica da tubulação, controlando a dilatação e elevando a temperatura de trabalho para 95ºC, com pressão de 100 metros de coluna d’água (TIGRE, 2010). 
Na quarta camada é utilizado novamente o adesivo especial. Por último, na quinta camada, é utilizado o polietileno reticulado, protegendo o tubo contra a ação de agentes externos, como por exemplo, a água, o ar, o cimento, a terra ou qualquer outra substancia presente onde o tubo for instalado. É devido a sua composição de camadas, que é possível garantir um tubo mais resistente e maleável, tornando a instalação, de acordo com a fabricante Emmeti, rápida, econômica e livre de vazamentos (EMMETI, 2011). 
De acordo com a empresa Hydro-PEX (2011), além das vantagens de flexibilidade, a empresa afirma que mesmo em trabalho contínuo as tubulações podem ter uma vida útil de até 100 anos. Bem como também, são capazes de suportar pressões de até 12, 5 bar. Ainda de acordo com a Hydros – PEX, a tubulação PEX é capaz de suportar temperaturas que variam desde -100ºC à 95ºC.
3.1.2 O sistema PEX ponto a ponto 
O PEX possui uma peculiaridade no que se trata da sua instalação, de acordo com a Hydro-Pex, esta pode ser feita de maneira convencional, ou ponto a ponto por intermédio de um “quadro de distribuição”, onde se destaca o grande diferencial deste sistema para os demais sistemas de instalações hidráulicas. 
A distribuição ponto a ponto segue o principio da uma instalação elétrica, os tubos podem ser levados individualmente através de conduítes ou tubos bainhas, desde um “quadro de distribuição” até cada ponto de utilização, sem a necessidade de conexões intermediárias (HYDRO-PEX, 2011; EMMETI, 2011). 
Devido a sua característica de ligação ponto a ponto sem o uso de conexões intermediárias, é um sistema ideal para instalações em edificações com um sistema Drywall (gesso acartonado), e em ambientes em que é necessário efetuar manutenções e inspeções frequentemente, como em hospitais, clínicas, hotéis, restaurantes e até mesmo em edifícios (SALGADO, 2010). 
3.1.3 Conexões e acessórios
Em alguns casos a instalação do PEX consiste inicialmente em deixar embutido na alvenaria e nas paredes um tubo guia que receberá o tubo PEX. Também existe a necessidade de posicionar no ambiente uma caixa de distribuição, onde geralmente localizam-se os distribuidores, de onde partirão as tubulações PEX até o ponto de consumo (SALGADO, 2010). 
Portanto, o sistema PEX é composto pelos seguintes principais componentes (Catálogo Callefi, 2003).
Caixas de distribuição e distribuidores de água quente e fria, dos quais partem as derivações para as peças de utilização. 
Tubulações PEX, podendo ser inseridos em tubos guias protetores. 
Conexões responsáveis pela ligação entre o aparelho de utilização e a tubulação. 
No mercado é possível encontrar as tubulações PEX com os seguintes diâmetros externos: 12 mm, 16 mm, 20 mm, 25 mm, 26 mm, 32 mm e 40 mm. (PEX BARBI, 2011; TIGRE, 2011; EMMETI, 2011; SALGADO, 2010). 
Caixa de distribuição - Também chamada de caixa de controle por alguns fabricantes, ela é o centro de controle de todas as ligações da tubulação PEX, facilitando a manutenção, já que é de fácil acesso (EMMETI, 2011). Esta pode ser fixada em paredes de gesso acartonado ou chumbada diretamente na alvenaria (EMMETI, 2011) e é onde podem ficar localizados os distribuidores.
Distribuidores - Os distribuidores são responsáveis pela distribuição da água para cada ponto de utilização. Estes podem ser simples, ou com válvulas independentes (EMMETI, 2011). 
Os distribuidores podem ser instalados na caixa de distribuição ou em shafts, no caso de construções verticais (EMMETI, 2011). Os distribuidores existentes atualmenteno mercado brasileiro, podem possuir 2, 3, 4 e 5 pontos de saída (EMMETI, 2011; HYDRO – PEX, 2011).
Conexões - No mercado existem diversos tipos de conexões responsáveis por efetuar a ligação do tubo PEX com os distribuidores e as peças de utilização. Os principais fabricantes atualmente são: a Pex Barbi; a Emmeti; a Tigre; a PEX do Brasil e a Astra. 
Ainda existem no mercado dois tipos de conexões para efetuar o engate entre as peças e tubulações, as conexões de roscar ou prensar, ambas garantindo uma conexão precisa, totalmente vedada e sem soldas ou termofusões (EMMETI, 2011). 
Conexões de roscar - As conexões de roscar são principalmente utilizadas através de conectores ou peças especiais para tal. Em instalações utilizando o sistema ponto a ponto, em geral utilizam-se conectores e joelhos/cotovelos para efetuar a ligação entre o tubo e as peças de utilização (PEX do Brasil, 2011). 
A fabricante EMMETI e a PEX Barbi, possuem uma conexão monobloco ou “ix...Press”, respectivamente, como a principal peça deste sistema de roscar. Esta foi criada especialmente para a instalação ponto a ponto. Esta conexão é responsável pela ligação do tubo com as demais conexões necessárias. O monobloco possui uma estrutura resistente e a prova de vazamentos, que através de anéis de vedação no espigão (sistema de dupla vedação) garantem a estanqueidade da ligação com o tubo (EMMETI, 2011). 
Uma vez acoplado o monobloca ao tubo PEX, a anilha se fecha sobre o tubo, 
Travando e vedando o sistema (EMMETI, 2011). 
Para efetuar a instalação utilizando o monobloco, basta encaixar o mesmo na ponta do tubo e em seguida rosquear na conexão desejada (EMMETI, 2011).
Este sistema é semelhante na conexão da fabricante PEX Barbi, em que ao inserir o tubo até o topo da conexão soltando a trava, o anel metálico aplica uma intensa força de compressão que prende o tubo.
Conexões de prensar - De acordo com a fabricante Emmeti (2011), este sistema geralmente é utilizado para instalações em larga escala. As conexões de prensar possuem uma luva, ou também chamada de anel por alguns fabricantes, que após encaixado o tubo esta luva é ajustada com o auxilio de uma prensa.
A utilização deste sistema evita o uso de conexões em tê, cotovelos nas curvas ou emendas com luvas (EMMETI, 2011). 
3.2 PVC rígido soldável
O Cloreto de Polivinila (PVC) é um dos plásticos mais versáteis e mais utilizados atualmente, de acordo com Dacarto Benvic (2011). Ainda segundo o autor, foi somente em 1912 que Fritz Klatte descobriu a base para a produção industrial do PVC. 
O PVC pode ser utilizado para diversos fins, como em cabos elétricos, garrafas, tubos, e conexões e demais usos, porém 65% da produção deste termoplástico é destinado ao setor da construção civil (AECweb, 2011). 
Na construção civil, as instalações hidráulicas de água fria possuem como principal segmento a solução com a utilização do PVC (Entrevista – Revista Construção mercado).
Atualmente, a demanda pela sua utilização ainda é superior a utilização de qualquer outro material no que se trata de instalação hidráulica de água fria residencial, já que este produto apresenta segurança e facilidade de instalação (SALGADO, 2010). 
3.2.1 Características gerais
Como já mencionado anteriormente, nas instalações hidráulicas, o PVC tem por função conduzir a água em temperatura ambiente, em geral até um determinado ponto de utilização (TIGRE, 2009). 
Ainda de acordo com a fabricante Tigre, ele segue a norma de referência NBR 5648/77, que trata a respeito do tubo de PVC rígido para instalações prediais de água fria. 
Os tubos e conexões de PVC utilizados nas instalações de água fria são próprios para instalação em paredes e alvenaria, e quando instalados em áreas externas estes devem ser feito em locais cobertos, pois o material é pouco resistente a radiação ultravioleta, provocando a perda da cor e o ressecamento. Estes devem ser fabricados para suportar uma pressão de 750 Kpa (7,5 kg/cm²) ou 75 mca (SALGADO, 2010). 
Os principais benefícios da utilização deste material, de acordo com a Tigre e Salgado (2010; 2011) são: a facilidade de instalação, a boa resistência a produtos químicos e a corrosão, além de possuírem pouca rugosidade, acarretando em uma baixa perda de carga nas instalações se comparado a outros materiais. 
3.2.2 A Instalação
As tubulações e conexões em PVC podem ser fornecidas em dois tipos: soldáveis e roscáveis.
De acordo com Salgado (2010), as tubulações soldáveis são fabricadas em geral na coloração marrom, e utilizam um adesivo (cola) especial para efetuar a união entre os tubos e conexões. Em geral, este sistema é o mais empregado atualmente em instalações hidráulicas prediais. 
As tubulações e conexões roscáveis geralmente são fornecidas na cor branca e possuem paredes mais espessas. As conexões entre os tubos e peças são feitos através de roscas e do sistema ponta e bolsa. De acordo com Salgado (2010), este tipo de tubulação é geralmente utilizada em instalações provisórias, ou que necessite de diversas mudanças ou deslocamentos, facilitando a sua manutenção, devido ao sistema de rosqueamento. 
Ambos os tipos de tubos, soldáveis e roscáveis, são fornecidas no comprimento 3 ou 6 metros e possuem as seguintes dimensões comerciais: 
- PVC soldável (mm): 20, 25, 32, 40, 50, 60, 75, 85e 110. 
- PVC roscável (polegadas): ½, ¾, 1, 1 ¼, 1 ½, 2, 2 ½, 3 e 4. 
Em geral, em edificações residenciais, os diâmetros das tubulações não. 
Ultrapassam os 50 mm. 
De acordo com a fabricante Tigre, para efetuar a montagem dos tubos e peças utilizando o PVC rígido soldável, deve-se inicialmente lixar as superfícies a serem soldadas, através de uma lixa própria para esta finalidade. 
É importante ressaltar a necessidade de utilizar o adesivo, para que o encaixe seja bastante justo, para estabelecer a soldagem. 
Em seguida, deve-se limpar a região lixada com uma solução limpadora, para retirada de impurezas e gorduras. Por último, aplica-se uniformemente o adesivo nas bolsas e nas pontas a serem soldadas, e encaixam-se as peças a serem soldadas com leves movimentos de rotação entre as peças, até que atinjam a posição correta (TIGRE, 2011; AMANCO, 2011). 
3.3 Métodos executivos dos dois processos – PVC e PEX 
- Processo Executivo Completo do PVC
1) Posicionar todas as prumadas de água fria de acordo com as especificações de projeto;
2) Transportar, até o pavimento, materiais e equipamentos necessários para efetuar as prumadas e as ramificações da instalação;
3) Marcar a parede nos locais onde passarão os ramais de água conforme projeto;
4) Fazer o corte da parede onde serão instalados os ramais de água;
5) Fazer a preparação das conexões, tubos e registros para montagem de acordo com a especificação dos mesmos. Estes podem ser soldáveis ou roscáveis. Segue como é feito o processo para cada um dos casos.
5) 1. Execução de instalações de tubos e conexões soldáveis:
a) Preparo dos produtos - Cortar o tubo no esquadro e chanfrar a ponta. Com uma lixa d’água, tirar o brilho das superfícies a serem soldadas (ponta do tubo e bolsa da conexão), com o objetivo de melhorar a aderência (soldagem).
b) Limpeza das superfícies - Limpar as superfícies lixadas com solução limpadora, para eliminar as impurezas que podem impedir a ação do adesivo. Esta ação também prepara o PVC para a soldagem.
c) Aplicação do adesivo plástico - Aplicar com pincel uma camada fina e uniforme de adesivo plástico na parte interna da bolsa, cobrindo apenas um terço da mesma, e uma camada igual (um terço) na parte externa do tubo.
d) Encaixe perfeito - Juntar as duas peças, forçando, sem torcer, o encaixe até o fundo da bolsa.
e) Remoção de excessos - Remover o excesso de adesivo plástico e deixar secar.
Aguardar uma hora para liberar o fluxo de água e doze horas para submeter à pressão a tubulação.
5) 2. Execução de instalações de tubos e conexões roscáveis:
a) Preparo dos produtos- A extremidade do tubo deve estar isenta de rebarbas e o corte deve estar no esquadro. Deve-se prender o tubo na morsa sem deformá-lo.
b) Montagem da tarraxa - Montar a tarraxa observando a colocação correta do cossinete.
c) Colocação da tarraxa - Colocar a tarraxa no tubo, fazendo uma pressão com uma das mãos, girando a ferramenta no sentido horário.
d) Desenvolvimento da rosca - este deverá ser executado dando uma volta para a frente (sentido horário) e retornando um quarto de volta. A rosca desenvolvida no tubo deve ter o mesmo comprimento da bolsa onde for interligada.
e) Aplicação de fita veda rosca (fita T teflon) - Aplicar fita veda rosca na ponta do tubo, no sentido da rosca (sentido horário).
f) Junta roscável - Retirar o tubo da morsa e executar a junta roscável, realizando aperto manual.
5) 3. Execução de instalações de peças metálicas em conexões com rosca:
a) Verificar se o padrão de rosca das peças a serem unidas é compatível.
b) Aplicar a fita veda rosca no sentido horário, sobre a rosca da ponta a ser unida.
c) Deve-se ter cuidado para não deixar sobrar fita sobre a extremidade, pois isso pode dificultar o fluxo normal de água.
d) A forma de rosquear é simples, porém muito importante. Quando bem feita, não causa danos à rosca, preserva a tubulação e evita vazamentos. Deve-se rosquear com as mãos, da esquerda para a direita (sentido horário), sem aperto excessivo.
Nunca utilizar ferramentas, pois podem danificar o produto. Apenas as mãos são suficientes.
5) 4. Execução de instalações de registros:
a) Determinar o alinhamento da tubulação e retirar a porca e a bolsa destacável.
Observar também o sentido do fluxo de água orientado no corpo do produto.
b) Para os registros soldáveis, aplicar o adesivo plástico por igual na extremidade da bolsa do registro e na ponta do tubo, realizando depois a soldagem. Para os registros roscáveis, aplicar fita teflon na extremidade do tubo.
c) Colocar a porca do registro na outra ponta do tubo.
d) Soldar ou rosquear a ponta destacável.
e) Unir bolsa destacável no corpo do registro, através da porca da bolsa. O aperto deve ser manual.
6) Fazer a colocação dos plugs nas conexões terminais para evitar que entre algum tipo de material que possa obstruí-las;
7) Medir e serrar as tubulações de acordo com as medidas de projeto;
8) Iniciar a montagem dos ramais, ligando-os com a prumada;
9) As tubulações deverão ser montadas de acordo com sua especificação como anteriormente explicado.
10) Devem-se conectar todos os pontos de tubulações, registros e conexões de acordo com o projeto. A tubulação deve estar totalmente embutida na alvenaria e deve-se verificar o esquadro das peças em relação a alvenaria;
11) As posições dos pontos de abastecimento de água, registro e as tubulações deverão ser instalados prevendo o revestimento e o acabamento da parede. A tolerância para a profundidade dos pontos em relação ao acabamento (azulejo/pastilha ou pintura) é de cerca de 5 mm;
12) Realizar o teste de estanqueidade. O serviço só é considerado acabado se for constatado que a instalação está sem vazamentos.
- Processo Executivo Completo do PEX
1) Distribuição hidráulica em laje - Primeiramente deve-se ter a laje assoalhada, as chapas numeradas e o eixo posicionado. Então um topógrafo deve marcar os pontos hidráulicos (trajetória da rede de gás no piso, gabarito do shaft, com luvas passantes, e gabarito do shaft do hall de serviço, onde estão as prumadas). Um representante do fornecedor (supervisor, técnico, encarregado, engenheiro) deve conferir o posicionamento dos eixos, checando os pontos em relação a estes, pintando a alvenaria na forma, com tinta PVA e pintando os pontos de esgoto e de PEX na forma. Depois, deve-se fixar as bases dos gabaritos hidráulicos, anteriormente mencionados, nas formas. Fazer a montagem da armação positiva e assim montar o gabarito de shaft de luvas passantes e o de shaft do hall. Para o primeiro, deve-se colocar a luva passante com o tubo interno e tampar a parte de cima do gabarito, fixando-a. Para o último, apenas fixar a parte de cima e tampar . Montar a armação negativa podendo assim dar início a concretagem da laje.
Um encanador deve acompanhar a concretagem, desta forma, qualquer gabarito que se desloque, poderá ser ajustado a tempo. Os gabaritos devem ser desmontados no dia seguinte, no primeiro horário, e deve ser passado desmoldante metálico para limpeza e lubrificação. Verifica-se então, a integridade das luvas e é feita a proteção das mesmas com espumas. Os shafts do hall devem ser pintados com tinta PVA.
2) Prumadas Hidráulicas Grouteadas - Com a alvenaria concluída, verificar se os espaços dos shafts estão desformados e limpos. Os locais dos shafts devem ser antecipadamente encunhados. Deve-se pintar os fundos e laterais dos shafts de tinta PVA preta, para realçar as tubulações. Utilizar perfilados galvanizados, parafusos, porcas, arruelas e vergalhões aparados para fixação das tubulações a parede, seja de alvenaria ou concreto, para evitar movimentação intermediária, ou seja, entre lajes, das mesmas.
No shaft do hall de serviço, todas as tubulações de águas pluviais, incêndio e recalque devem ser posicionadas, assim como, válvulas, registros, entre outros. Para fixação no perfilados, são usadas abraçadeiras. Ter o cuidado de utilizar fita neoprene se estas forem de latão ou cobre. Colocar uma proteção na ponta dos tubos ou mesmo amassá-los nas pontas, para evitar entrada de resíduos e mantê-los assim até a conclusão da obra. Fazer a vedação do espaço remanescente com lã de rocha ou cerâmica.
3) Barrilete Horizontal nas unidades autônomas - Observando-se as guias superiores de drywall já marcadas, as prumadas do hall de serviço concluídas e a alvenaria concluída com os passantes, a instaladora deve validar os trechos. Deve-se montar, na prumada do hall de serviço, o trecho rígido referente aos medidores. Coloca-se o terminal para conexão com a distribuição do PEX a partir do registro geral do apartamento. Utilizar abraçadeiras metálicas para a fixação dos distribuidores de água quente e água fria. Verificando a altura com relação ao nível, se faz a fixação dos kits chassis primários (kits chuveiro) nos montantes de drywall.
Executa-se então, a distribuição das redes de água quente e água fria pelo teto. Neste momento devem ser tomados dois cuidados: as tubulações PEX quando fixadas pelas abraçadeiras, devem passar por dentro de um PVC de esgoto, este funcionará como um tubo-camisa, para evitar o contato direto com as abraçadeiras; e ordenar as tubulações em feixes, ou seja, agrupá-las de acordo com a direção que seguirão. Os ramais de água quente e água fria devem ser interligados aos registros de gaveta dos kits chuveiros.
4) Distribuição Geral Hidráulica com kits em alvenaria e drywall - Para iniciar o procedimento, a instaladora deve validar os trechos, a alvenaria deve estar esquadrejada e concluída, a referência de nível deve estar marcada na parede, os tubos guias e passantes colados à laje e os guias e montantes fixados.
Deve-se executar a colocação de kit PEX e kit standard em um pavimento para confirmar as medidas dos kits e assim, liberar para a fabricação. Posicionar e fixar os kits – PEX com coifa. Os kits PEX banho são usados em banheiros e lavabos e kits PEX CZ/AS, para áreas de serviço e cozinha. Devem ser executados os esgotos primário e secundário, fixar as tubulações e checar todos os caimentos. Checar as proteções de esgoto e água fria e quente.
Após a colocação de azulejo e cerâmica, posicionar e fixar os kits standard (para lavatório, para pia e máquina de lavar louça e paratanque e máquina de lavar roupa) na parede. T odos os kits são fabricados industrialmente e vem em embalagens lacradas, invioláveis e identificadas.
5) Montagem da Tubulação PEX
a) Sistema de roscar: Deve-se cortar o tubo em ângulo reto, e assim, calibrar e chanfrar o tubo. Logo depois, encaixar e verificar pela janela se o tubo está encostado no fundo do monobloco. Usando chaves, rosquear o monobloco na conexão necessária. 
b) Sistema de prensar: Deve-se cortar o tubo em ângulo reto, e assim, calibrar e chanfrar o tubo. Encaixar o tubo e verificar pelas aberturas do anel plástico se o tubo está encaixado perfeitamente. Certificar-se do encaixe correto da prensa no anel. 
Prensar a conexão no tubo.
3.4 Resumos de vantagens e desvantagens
A seguir, a discriminação das vantagens e desvantagens de cada um dos sistemas anteriormente analisados, a saber, o: PEX e PVC, conforme Back (2006). 
- Vantagens - PEX
Não possuem conexões intermediárias, todo o circuito hidráulico é realizado ponto a ponto.
Pode ser utilizado tanto para água quente quanto para água fria, reduzindo patologias em registros de chuveiros, pias e lavatórios.
A sua execução pode reduzir, no mínimo, 50% do tempo gasto, se comparado com o cobre e o PVC ou CPVC / PPR.
- Vantagens - PVC
Baixo custo relativo de material.
Boa resistência química.
Baixa tendência ao entupimento.
- Desvantagens - PEX
O desconhecimento por parte dos profissionais, projetistas e construtoras.
As instalações hidráulicas, assim como as de esgoto, passam pelo apartamento inferior, ou seja, qualquer manutenção que tenha que ser feita dependerá do proprietário da unidade abaixo.
O preço do material ainda é caro, se comparado a outros materiais.
- Desvantagens - PVC
Baixa resistência física aos choques e ao fogo.
Alto coeficiente de dilatação.
Baixa resistência mecânica.
Por meio deste estudo observou-se que o material mais utilizado para instalações hidráulicas é o PVC, pois entre suas características mais marcantes estão o baixo custo, boa resistência química e baixa tendência ao entupimento. Este último fator foi um dos principais para a substituição de tubulações de metal pelas de plástico.
Contudo, o PVC não apresenta resistência térmica, e para condução de fluidos quentes, é necessária utilização de outros tipos de tubulações e conexões, como cobre, CPVC ou PPR. O PEX é um material que apresenta variadas vantagens observadas em diversos materiais, mas seu custo ainda é alto e a mão-de-obra não está completamente preparada, em comparação aos outros materiais.
Com o crescimento da construção civil, as construtoras procuram se atualizar, através de novas tecnologias, que objetivem o corte de custos, a diminuição de prazos e o aumento da qualidade nas instalações, evitando o retrabalho. Isto fez com que os incentivos a pesquisas crescessem e que cada vez mais seja reduzida a influência da mão-de-obra sobre o produto final.
Com a utilização dos kits industrializados, há a redução da interferência da mão-de-obra nas atividades executadas em canteiro, ou seja, as patologias acabam, consecutivamente, sendo reduzidas. O que é notado é que o sistema se mostra eficaz, pois, sendo um produto de qualidade superior, diminui a quantidade de problemas causados pela mão-de-obra desqualificada.
Para execução do PEX é necessária a utilização de ferramentas próprias. Para PVC (soldável) não é necessário nenhum equipamento, as ferramentas utilizadas são comuns e mesmo assim não são utilizadas para a união das peças em si, porém é necessária a cola adesiva, que caracteriza um gasto constante, enquanto gastos com manutenção de ferramentas e equipamentos são menos frequentes.
O apartamento tipo A, que utilizou o material PEX para instalações hidráulicas, obteve um custo total de R$: 1.705,07 isto em 9 pontos por apartamento, como eram construídos dois apartamentos por dia, perfazia então um total de 18 pontos por dia, o valor por ponto foi o total de R$ 189,45 e a cada hora trabalhada construía-se dois pontos e 25% de um terceiro ponto.
O apartamento tipo B, que utilizou o material PVC para instalações hidráulicas, obteve um custo total de R$: 911,43 isto em 9 pontos por apartamento, neste caso, construía-se um apartamento por dia, o valor por ponto foi o total de R$ 101,27. No caso do PVC se constrói um ponto a cada 1h e 12 minutos. 
Com relação a custos, o material do PEX excedeu pouco mais que 87% em comparação a de PVC (soldável). A mão-de-obra apresenta 76,1% do PEX em relação ao PVC, porém, no caso do PVC, é considerado o dobro de tempo para execução da instalação em comparação ao PEX. Assim, o custo de mão-de-obra do PEX é metade do custo de PVC (soldável).
O custo total da execução das instalações com a utilização do PEX excederá 24% do sistema convencional PVC. Porém, se considerado o tempo de instalação, para realização, execução e sua alocação na mesma atividade, esse custo superior é recompensado.
O PEX se apresenta como uma solução mais cara, porém é excelente para aplicação de obras com prazo curto. Já para obras que apresentam um prazo confortável e custos limitados, é indicada a utilização de PVC.
Pode-se concluir que em relação aos custos, o material do PEX excedeu pouco mais que 87% em comparação a de PVC (soldável). A mão-de-obra apresenta 76,1% do PVC em relação ao PEX, isto porque, no caso do PVC, é considerado o dobro de tempo para execução da instalação em comparação ao PEX, gastando no PVC 16h de serviço. Assim, o custo de mão-de-obra do PEX é metade do custo de PVC (soldável).
O custo total da execução das instalações com a utilização do PEX excederá 24% do sistema convencional PVC. Porém, se considerado o tempo de instalação, para realização, execução e sua alocação na mesma atividade, esse custo superior é recompensado.
Na parte do estudo de caso, apenas os preços de materiais diretamente relacionados a instalações hidráulicas, como tubulação, conexões e kits foram considerados para os resultados encontrados nesse estudo.
4. Conclusão
O material mais utilizado para instalações hidráulicas é o PVC;
O PVC se caracteriza por: baixo custo, boa resistência química e baixa tendência ao entupimento;
O PVC não apresenta resistência térmica;
Para condução de fluidos quentes, é necessária utilização de outros tipos de tubulações e conexões, como cobre CPVC ou PPR.
O PEX é um material que apresenta variadas vantagens, mas seu custo ainda é alto;
A mão-de-obra para o PEX não está completamente preparada, em comparação aos outros materiais.
O sistema PEX se mostra eficaz, pois, sendo um produto de qualidade superior, diminui a quantidade de problemas causados pela mão-de-obra desqualificada.
Para execução do PEX é necessária a utilização de ferramentas próprias.
O apartamento tipo A, que utilizou o material PEX para instalações hidráulicas, obteve um custo total de R$: 1.705,07 isto em 9 pontos por apartamento, como eram construídos dois apartamentos por dia, perfazia então um total de 18 pontos por dia, o valor por ponto foi o total de R$ 189,45 e a cada hora trabalhada construía-se dois pontos e 25% de um terceiro ponto.
O apartamento tipo B, que utilizou o material PVC para instalações hidráulicas, obteve um custo total de R$: 911,43 isto em 9 pontos por apartamento, neste caso, construía-se um apartamento por dia, o valor por ponto foi o total de R$ 101,27. No caso do PVC se constrói um ponto a cada 1h e 12 minutos. 
Com relação a custos,
O material do PEX excedeu pouco mais que 87% em comparação a de PVC (soldável).
A mão-de-obra apresenta 76,1% do PEX em relação ao PVC, porém, no caso do PVC, é considerado o dobro de tempo para execução da instalação em comparação ao PEX.
Assim, o custo de mão-de-obra do PEX é metade do custo de PVC (soldável).
O custo total da execução das instalações com a utilização do PEX excederá 24% do sistema convencional PVC. 
Se considerado o tempo de instalação, para realização, execuçãoe sua alocação na mesma atividade, esse custo superior é recompensado.
O PEX se apresenta como uma solução mais cara, porém é excelente para aplicação de obras com prazo curto.
Já para obras que apresentam um prazo confortável e custos limitados, é indicada a utilização de PVC.
Referências
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Instalação predial de Água Fria: NBR 5626. Rio de Janeiro, 1998.
AMANCO, 2010-2011. Catálogo predial Amanco. Disponível em:<www.amanco.com.br/>. Acesso em: 20/12/2017.
ASTRA, 2010. CATÁLOGO PEX ASTRA. Disponível em: <http://www.revistatechne.com.br/engenhariacivil/122/imprime50117.asp>. Acesso em: 20/12/2017.
BACK, A. J. Hidráulica e hidrometria aplicada. Florianópolis: Epagri, 2006, p.299.
BARBI DO BRASIL. Tubos e conexões PEX – 100% de segurança. Disponível em: <www.barbidobrasil.com.br/> Acesso em: 20/12/2017.
CATÁLOGO BRASKEM. PVC na construção e arquitetura. BRASTUBO, 2010.
CATÁLOGO BRASTUBO. EMMETI, 2010. Disponível em: <http://www.revistatechne.com.br/engenhariacivil/122/imprime50117.asp>. Acesso em: 20/12/2017.
MANUAL TÉCNICO EMMETTI. GARCEZ, Lucas Nogue. Elementos de Engenharia Hidráulica. 2. ed. São Paulo: Edgard Blücher, 2010.
GRAVIA, 2010. CATÁLOGO GRAVIA. LANDI, F.R. A Evolução Histórica das Instalações Hidráulicas. São Paulo, 2003.
NUNES, L.R., RODOLFO JR., A., ORMANJI, W., Tecnologia do PVC. 2. ed., Braskem, 2006.
REVEL, 2010. CATÁLOGO PEX REVEL. Disponível em: <http://www.revistatechne.com.br/engenhariacivil/122/imprime50117.asp>. Acesso em: 20/12/2017.
REVISTA CONSTRUÇÃO DE MERCADO. Tubos de cobre – Cuidados garantem bom funcionamento do produto. 23. ed. Revista Construção de Mercado – Artigos, São Paulo, 2003.
REVISTA TECHNE. Duas maneiras de utilizar o PEX no sistema hidráulico. Revista Techne - Artigos, São Paulo, 2010. 
REVISTA TECHNE. Sistema predial de água fria e quente em polietileno reticulado (PEX). Revista Techne - Artigos, São Paulo. 2012.
REVISTA TECHNE. Hidráulica Simples. Revista Techne - Artigos, São Paulo. ed. 50. RIOINOX, 2010. CATÁLOGO AÇO CARBONO RIOINOX. 
SAINT GOBAIN, 2005. Catálogo Linha Predial SMU & Tradicional Saint Gobain. SUPER GREEN, 2010. CATÁLOGO SUPER GREEN. 
TIGRE, 2010. CATÁLOGO PREDIAL AQUATERM TIGRE. Revista Techne - Artigos, São Paulo. 2010.
ANEXOS E APÊNDICE
ANEXO A
QUADRO DE MATERIAIS COMPLETO – PEX
ANEXO B
QUADRO DE MATERIAIS COMPLETO – PVC e PPR
APENDICE A
FOTOS DO PPROCESSO EXECUTIVO
DO EMPREENDIMENTO 
Distribuidor com 3 saídas
Dimensionamento com desvio de ramal
Facilidade de fazer curvas com o mesmo
produto sem o auxílio de conexões
Dimensionamento com a peça inteira sem
necessidades de conexões auxiliares para emendas
Conexões instaladas com ponto de
chuveiro sob acabamento do shaft
com gesso acartonado
Apresentação de fixação de conexões
Material PEX com redução e desvio de ramal
Dimensionamento PEX sem auxílio de conexões
ESTOQUE - Apresentação do material PEX em
bobina
APENDICE B
LISTA DE FIGURAS
	
	
	
	
	 Figura 1: Tubulação de água quente (CPVC)
 Fonte: Catálogo Callefi (2003)
Figura 2: Empreendimento em execução
Fonte: Autor (2017)
Figura 3: Vista aérea da localidade do empreendimento 
Fonte: site Google maps, 2017.
Figura 4: Organograma do setor de atuação na empresa
Fonte: Autor (2017)
Figura 5: (a) Kit chuveiro, (b) Kit chicote: pronto para aplicação
Fonte: Autor (2017)
Figura 6: Shaft com apenas tubulações de PEX em seu interior. 
Fonte: Autor (2017)
Figura 7: Kit chicote instalado
Fonte: Autor (2017)
Figura 8: (a) conexões (“tês”) unidas aos tubos de PEX através de anéis, (b) conexões para união ao registro da torneira
Fonte: Autor (2017)
Figura 9: Acabamento metálico, borracha para acabamento de passante e plástico protetor
 Fonte: Autor (2017)
Figura 10: Plástico protetor preso em passante dentro de chassi do lavatório.
Fonte: Autor (2017)
APENDICE C
LISTA DE QUADROS
Quadro 1: Custo de materiais - instalação com PEX
Fonte: Tabela de preços utilizada pela empresa 
Responsável pelo empreendimento, julho, 2017.
	QUADRO DE MÃO-DE-OBRA – PEX
	Mão-de-obra
	Quantidade funcionários
	Horas
	Preço/H.h (sem encargos)
R$:
	Preço/H.h (com encargos)
R$:
	Preço total (sem encargos)
R$:
	Preço total (com encargos)
R$:
	Bombeiro
	1
	8
	6,06
	14,00
	48,48
	112,04
	Servente
	1
	8
	4,50
	10,40
	36,00
	83,16
	TOTAL R$
	84.48
	195,20
Quadro 2: Custo de mão-de-obra em uma instalação com PEX
Fonte: Tabela de preços utilizada pela empresa responsável pelo empreendimento, julho, 2017.
Quadro 3: Custo de materiais em uma instalação com PVC (soldável)
Fonte: Tabela de preços utilizada pela empresa responsável pelo
Empreendimento, julho, 2017
	QUADRO DE MÃO-DE-OBRA – PVC (Soldável)
	Mão-de-obra
	Quantidade funcionários
	Horas
	Preço/H.h (sem encargos)
R$:
	Preço/H.h (com encargos)
R$:
	Preço total (sem encargos)
R$:
	Preço total (com encargos)
R$:
	Bombeiro
	1
	16
	6,06
	14,00
	96,96
	224,07
	Servente
	1
	16
	4,50
	10,40
	72,00
	166,32
	TOTAL R$
	168,96
	390,39
Quadro 4: Custo de mão-de-obra em uma instalação com PVC (soldável)
Fonte: Tabela de preços utilizada pela empresa responsável pelo empreendimento, julho, 2017.
 
Quadro 5: Comparativo de preços totais
Fonte: Tabela de preços utilizada pela empresa responsável pelo Empreendimento, julho, 2017.
 	
Quadro 6: Produtividade coletada e simulação de tempo da obra estudada
Fonte: Próprio autor (2017)

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