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Ana Paula Machado de Souza
Peça Denúncia 
Palmas, TO
2018
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ____ VARA CRIMINAL DA COMARCA_______________ ESTADO DO _______________.
Autos de Inquérito Policial N° ___________
O MINISTÉRIO PÚBLICO, por seu representante em exercício perante esse Doutor Juízo vem à presença de Vossa Excelência para propor a, DENÚNCIA em face de, DELCIDIO DE SOUZA, nacionalidade, estado civil, profissão, portador do RG n.º___________, e inscrito no CPF/ MF n.º______________, residente e domiciliado no __________Cidade_________, Estado _________, pelos motivos de fato e de direito a seguir aduzidos.
JOSÉ MARIA LIMA, nacionalidade, estado civil, profissão, portador do RG n.º___________, e inscrito no CPF/ MF n.º______________, residente e domiciliado no __________Cidade_________, Estado _________, pelos motivos de fato e de direito a seguir aduzidos.
NARRATIVAS DOS FATOS 
Data de 10 de janeiro de 2018, por volta de 23 horas, entraram na residência de Jorge Costa. José Maria entrou primeiro para abrir a porta para que Delcidio pudesse entrar, pois o mesmo não possui os dois braços, por isso sua principal tarefa foi levantamento de horários dos moradores e sua rotina. 
Os dois meliantes já na casa, começaram a escolher os objetos a serem levados, quando foram surpreendidos pelos proprietários, que ao entrar em casa logo perceberam a presença dos individuas.
Conforme se apurou os autos do inquérito policial n°1002018-01, por meio da cama de segurança e possível ver Delcidio estava no quarto enquanto outro denunciado José Maria tirou no Jorge Costa que tinha 72 anos de idade e sua esposa Graça de 50 anos, Jorge morreu na hora, enquanto Graça em razão da violência, faleceu no trajeto ao hospital.
Ressalta que os ladrões fugiram sem levar nenhum objeto da casa e arma usada para cometer o delito pertencia a Delcídio. Conforme se apurou, os denunciados José Maria e Delcidio de Souza planejaram a delito de roubo que acabou resultando em morte. 
DOS FUNDAMENTOS JURÍDICOS 
Entende-se que um crime complexo, pois resulta de duas condutas tipificadas na norma penal incriminadora, ou seja, o crime de roubo mais o crime de homicídio, caracterizando assim a conduta de latrocínio que está previsto no artigo 157, § 3º, última parte, do Código Penal Brasileiro.
Art. 157 - Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave ameaça ou violência a pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à impossibilidade de resistência:
§ 3º Se da violência resulta lesão corporal grave, a pena é de reclusão, de sete a quinze anos, além da multa; se resulta morte, a reclusão é de vinte a trinta anos, sem prejuízo da multa.
 
Com isso os denunciados tinha apenas um objetivo roubar, e teve como consequência a morte das vítimas para alcançar aquele objetivo. O latrocínio é considerado consumado se a vítima morre mas o criminoso não consegue subtrair o bem que pretendia roubar. Isso não está em nenhuma lei, mas é a interpretação que o Supremo Tribunal Federal por meio da súmula 610. 
SÚMULA 610 - "Há crime de latrocínio, quando o homicídio se consuma, ainda que não realize o agente a subtração de bens da vítima."
Quanto o entendimento doutrinário temos a seguinte posição;
A morte, que qualifica o roubo, faz surgir aquilo que doutrinariamente é conhecido como latrocínio, embora o Código Penal não utilize essa rubrica. Assim se durante a prática do roubo, em virtude da violência empreendida pelo agente, advier a morte – dolosa ou mesmo culposa - da vítima, podemos iniciar o raciocínio de latrocínio. Para que se configure o latrocínio (crime complexo), é preciso que ocorra além da subtração a morte da vítima. (ROGÉRIO GRECO – Curso de Direito Penal – Parte Especial – Vol. III – Editora Impetus – pág 90 e 95).
Conforme artigos 61, II, do Código Penal, no qual por motivo fútil ou torpe, em virtude de ter sido vistos pelas vítimas e com objetivo de vantagem sobre outro crime, assim e considerado circunstâncias de agravantes, o crime ocorreu em concurso de pessoas, sendo que violência foi cometida com emprego de arma, devendo ser aplicada as causas de aumento previstas no artigos 157 § 2º I e II, do Código penal ou seja, aumento de um terço até a metade da pena.
DOS PEDIDOS
Requer o Ministério Público que Vossa Excelência 	que, 
a) O recebimento da presente denúncia para se inicie a instrução criminal.
b) A citação dos réus para poderem responder as defesas preliminares
 c) A oitiva das testemunhas constantes do rol abaixo, com a consequente intimação desta, a fim de comparecerem à audiência de instrução e julgamento. 
d) A procedência da presente denúncia, com a condenação dos infratores na conduta prevista no artigo 157 § 3º com as respectivas causas de aumento e circunstâncias agravantes previstas no artigos 157 § 2º I e II, do Código penal ou seja, aumento de um terço até a metade da pena.
Nesses Termos,
Pede Deferimento. 
Local, Data
_______________________
Assinatura

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