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Síntese Limpa Gabriela Dias Química Orgânica Experimental Profª Drª Beatriz E. Goi Sumário Resíduos...............................................................................................3 Síntese limpa........................................................................................8 Economia atômica..............................................................................15 Água como solvente...........................................................................23 Solventes supercríticos......................................................................27 Solventes perfluorados......................................................................30 Reação do estado sólido....................................................................31 Reação sem solvente.........................................................................32 Catálise..............................................................................................34 Energia...............................................................................................35 Fontes renováveis.............................................................................36 Conclusão..........................................................................................37 17/5/2011 2 Resíduos 17/5/2011 3 O que fazer com os resíduos no laboratório? 1 2 17/5/2011 4 E a pergunta que não quer calar: Quem Matou J. J. Kennedy? Para onde vão os resíduos que geramos? 5 Quanto que a FCT-UNESP produz de resíduos químicos perigosos por ano? 17/5/2011 6 Quanto de resíduos geramos em 5 anos? 17/5/2011 7 A solução 17/5/2011 8 Definição Síntese Limpa: Proposição de novas e desafiadoras soluções e alternativas que evitem ou minimizem a produção de resíduos, em detrimento da preocupação exclusiva com o tratamento do resíduo no fim da linha de produção 17/5/2011 9 Este tema pode definir a sobrevivência ou extinção de algumas empresas ou atividades ligadas a química. Devido a implantação do ISO (International Organization for Standardization) 14000 e outros órgãos regulamentais Relevância do tema ONU (organização das nações unidas) afirma que: Poluição é uma demonstração de ineficiência dos processos produtivos, ou seja, o resíduo seria, antes de mais nada, matéria-prima que estaria sendo jogada fora 17/5/2011 10 Nova tendência 10/5/2011 01:47 11 Redução de resíduos Substância (Milhões delb) Ano (1987) Ano (1996) Diferença (%) HCl 657 65 -90 Metanol 420 241 -43 Diclorometano 152 54 -64 Amônia 444 193 -57 Tolueno 345 127 -63 Compostos de Cobre 179 57 -68 Dissulfetode Carbono 137 73 -47 17/5/2011 12 Prioridades na Síntese Limpa 17/5/2011 13 Características da Síntese Limpa Possuir seletividade Brevidade (menor número possível de etapas) Permitir recuperação de solventes e matéria-prima Alto rendimento e pureza do produto desejado Minimizar efluentes aquosos ou de outros tipos Não utilizar solvente sempre que possível Usar solventes menos tóxicos e não inflamáveis Usar água como solvente Utilizar solventes e reagentes baratos e disponíveis Possuir uma eficiência atômica Ser catalítico sempre que possível 17/5/2011 14 Fator E (economia atômica) 17/5/2011 15 EA%=(rendimento / massa total de todos os reagentes ) x100 Sínteses que envolvem reações com boa economia de átomos (adição, rearranjos, reações envolvendo catálise e biocatálise) são chamadas de síntese verde; quando reações com baixa incorporação de átomos no produto final estão envolvidas (substituição, eliminação, reações estequiométricas de uma maneira geral), temos uma síntese marrom. Baixa economia atômica Eliminação e acilação de Friedel Crafts: O catalisador, AlCl3, gera grandes quantidades de resíduos Alternativa: substituição por zeólitas A demanda mundial por AlCl3 é ainda de 75.000 toneladas por ano 17/5/2011 16 Baixa economia atômica Reação de Wittig Grande quantidade de reagentes não incorporados ao produto final 17/5/2011 17 Alta economia atômica Reações de Diels- Alder 17/5/2011 18 Síntese de ibuprofeno Prêmio de Química Verde para Ibuprofeno: um derivado do ácido fenilpropiônico, inibidor da síntese das prostaglandinas, tendo propriedades analgésicas e antipiréticas. Os analgésicos antiinflamatórios não- esteróides inibem a enzima ciclooxigenase, diminuindo a formação de precursores das prostaglandinas e dos tromboxanos a partir do ácido araquidônico, diminuindo a ação destes mediadores no termostato hipotalâmico e nos receptores de dor (nociceptores). US$ 1.400 milhões e 8.000 t/ano 17/5/2011 19 Síntese do Ibuprofeno 17/5/2011 20 consiste em três etapas, duas das quais catalíticas, e uma utilização atômica de 77 %, duas dessas etapas não usam solvente possui 6 etapas uma pobre utilização Atômica maior geração de sais A multinacional 17/5/2011 21 SEA-NINE®, um anti-limo para emprego na proteção de cascos de navio, que substitui o óxido de tributilestanho, considerado mutagênico e persistente. Rohm and Haas desenvolveu o CONFIRMTM, um inseticida da família das diacil-hidrazinas, eficaz no controle de lagartas lepdópteras, que atacam diversas lavouras em todo o mundo. Solventes A não recuperação de solventes acarreta em: maior custo em termos de tratamento de efluentes e um desperdício de um material que poderia ser reaproveitado. 17/5/2011 22 Água Supercríticos Perfluorados Solventes estratégicos Água É pouco utilizada, como solvente, em reações orgânicas. 17/5/2011 23 King* e colaboradores mostraram como estimar o pH de reações orgânicas para atingir a máxima eficiência de obtenção deproduto e também como controlar o pH para obter seletividade em dois sítios nucleofílicos diferentes; *King, J. F.; Rathore, R; Lam, J. Y. L.; Guo, Z. R.; Klassen, D. F.; J. Am. Chem. Soc. 1992, 114, 3028. Vantagens 17/5/2011 24 Processo bifásico produção industrial de 1-butanal O processo usa um catalisador solúvel em água a base de ródio (e que não é tóxico: DL50 = > 5000 mg / Kg) e a reação entre propeno e monóxido de carbono e hidrogênio com uma pressão de cerca de 50 atm Possui diversas vantagens sobre o processo convencional que utiliza um catalisador a base de cobalto (carbonila de cobalto) e alta pressão 17/5/2011 25 Vantagens 17/5/2011 26 Solventes Supercríticos Um gás é supercrítico quando sua temperatura e pressão ultrapassam seus valores críticos A substância não condensa ou evapora, mas existe como um fluido. 17/5/2011 27 Este ponto para um componente puro é a maior temperatura na qual líquido e vapor podem existir na mesma temperatura. Água e Dióxido de Carbono Possuem propriedades intermediárias entre gases e líquidos pode-se obter condições ótimas para processos e experimentos, através da variação da pressão ou temperatura. grande vantagem são os benefícios ambientais São plenamente disponíveis como solventes, além de serem baratos e, em geral, inertes. dióxido de carbono pode ter sua polaridade aumentada pela adição de uma pequena quantidade de metanol a polaridade da água é menor do que em temperaturas mais baixas 17/5/2011 28 Descafeinação A cafeína (1,3,7-trimetilxantina) é um alcalóide armacologicamente ativo pertencente ao grupo químico das xantinas. Ela é inodora e possui sabor amargo bastante característico, contribuindo, em partes, com a nota de amargor importante para o sabor da bebida do café. Esse componente é o principal alcalóide presente no café, seguido por quantidades menores de trigonelina, teofilina e teobromina (encontrado em grande quantidade no cacau). 17/5/2011 29 As moléculas de CO2 submetidas a uma pressão muito alta (mais de 180 atm, considerado estado “super crítico”), ligam-se às da 1,3,7-trimetilxantina. Quando a pressão volta ao normal, o CO2 evapora juntamente com a cafeína. Solventes Perfluorados 17/5/2011 30 Reação no estado sólido Uma aplicação muito interessante é a transferência de metileno para ligações duplas (C=C, C=O e C=N) visando a formação de ciclopropanos, epóxidos e aziridinas 17/5/2011 31 Reação sem solvente Novo processo mais ameno para o meio ambiente desenvolvido pela Hoechst para a obtenção do polipropileno em ausência de solvente, sendo que o método clássico para a manufatura destepolímero é através do processo Ziegler-Natta 17/5/2011 32 Catálise O uso de catalisadores diminui a energia de ativação aumentando a cinética da reação. Merecem destaque as enzimas: Redução usando levedura de pão em meio aquoso 17/5/2011 33 Energia Microondas (sem solvente): A reação de Alder-Bong é um exemplo interessante, pois pode ser otimizada a 82% utilizando microondas. Ultra – som (em meio aquoso e bifásico): Um exemplo é a reação de Mukayiama que pode ser realizadaem meio aquoso. A seletividade e o rendimento destas reações são extremamente dependentes do meio reacional, e o uso do ultra-som mostrou-se importante para aumentar o rendimento quando o meio é aquoso. 17/5/2011 34 Fontes Renováveis Produção de ácido adípico a partir de benzeno, de origem não renovável (rota tradicional) com a rota sintética a partir da glucose (rota biossintética) 17/5/2011 35 Síntese Verde (Nobel de 2001) ácido adípico é um produto químico importante, utilizado na fabricação do nylon-6, presente em fibras de carpete, tapeçaria, reforço de pneus, partes de automóveis, etc. 17/5/2011 36 Uma adaptação para aulas de química orgânica experimental foi proposta a partir desta síntese. A “Green” Route to Adipic Acid: Direct Oxidation of Cyclohexenes with 30Percent Hydrogen Peroxide Kazuhiko Sato, Masao Aoki, Ryoji Noyori* Proposta de aula experimental: 17/5/2011 37 Conclusão 17/5/2011 38 A Síntese verde é uma proposta promissora que Tem ganhado espaço no mercado devido a conscientização da sociedade à cerca dos recursos naturais, bem como, os esforços de órgãos reguladores (EPA, ONU, ISO). Como futuros químicos temos que estar atentos a estas tendências, e ter arraigadas estas preocupações. À Profª Drª Beatriz E. Goi À Todos pela atenção e paciência! Muito Obrigada! Agradecimentos 17/5/2011 39 Referências Bibliográficas MORRISON, R.; BOYD, R.; Química orgânica. 14ª ed, Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2005 http://en.wikipedia.org/wiki/Decaffeination http://www.segafredo.it/pt/produtos/cafe/produtos-casa/descafeinado/descafeinado.html REED, S.M.; HUTCHISON, J.E.; J. Chem. Educ. 2000, 77, 1627. SATO, K.; AOKI, M.; NOYORI, R. Science. 1998, 281, 1646. ANDRADE, L. H.; UTSUNOMIYA, R. S.; OMORI, A. T.; et al; Journal of Molecular Catalysis. 2006, 38, 84-90. DUPONT, J. Química Nova. 2000, 23, 825. SANSEVERINO, A. M. Química Nova. 2000, 23, 102. NAVARRO, M.; SENA, V. L. M.; et al. Química Nova. 2005, 28, 1111. CAMILO, F. F.; GRUBER, J. Quimica Nova. 1999, 22, 382 LENARDÃO, E. J.; et al. Química Nova. 2003, 26, 123. ASSUNÇÃO, F. C. R.; et al; Química verde no Brasil; CGEE; 2010, 431p. SILVA, F. M.; et al. Química Nova. 2005 , 28, 103 17/5/2011 40
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