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Portugues AULA 4 Vírgula

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AULA 4 – O USO DA VÍRGULA
Nesta aula, vamos estudar alguns sinais de pontuação e estabelecer a relação que possuem com o sentido.
Geralmente, o emprego da vírgula e do ponto e vírgula representa um problema para muitos de nós, não é mesmo?
Aqui, veremos que esse uso está, na verdade, vinculado ao padrão frasal da Língua Portuguesa e a eventuais quebras desse paradigma.
Poder da vírgula
Como você percebeu no vídeo anterior, a pontuação é capaz de modificar o sentido de um texto. O ponto final é, talvez, o mais simples de ser usado, já que marca o final de orações declarativas, aquelas em que se afirma algo. Na época da escola, era comum ouvirmos: “Usamos a vírgula quando paramos para respirar na leitura”. E algumas pessoas dizem que a empregam de acordo com o que lhes convém, aleatoriamente, após a escritura do texto.
Já pensou se fosse mesmo assim? Cada um de nós poderia pontuar um mesmo texto de maneiras bem diferentes, não é mesmo? Mas não é dessa forma que a norma prescreve esse uso.
Veja, a seguir, a importância da vírgula.
Por mais que existam muitas regras que tratam especificamente da vírgula, há algumas bem básicas sobre as quais vamos discutir aqui.
Padrão frasal
Na segunda aula desta disciplina, conversamos sobre sintaxe. Agora, vamos refletir sobre o padrão frasal e sua influência na pontuação.
Em Língua Portuguesa, a ordem ou o padrão frasal previsto é o seguinte:
SUJEITO + VERBO + OBJETO 
Há, na verdade, os seguintes padrões frasais.
Não podemos separar sujeito e predicado com vírgula. 
Você percebe, agora, como aquela ideia de pontuar quando paramos para respirar na leitura não funciona?
Mas, ainda na manchete, o sintagma “chamado de fóssil vivo” foi separado da oração principal por vírgula. Mesmo que você não saiba a classificação sintática desse item, observe que ele poderia ter sua posição modificada, sem alterar o significado da frase:
Chamado de fóssil vivo, [o] animal é um dos mamíferos mais antigos da Terra.
Como houve uma quebra do padrão frasal (S + V + O), podemos pontuar a frase dessa maneira.
Observe, agora, nos exemplos fornecidos por Silva (2012a), a importância da vírgula e a relação de seu uso com o padrão frasal:
1 - O presidente compareceu à reunião, acompanhado da secretária, do diretor e do coordenador.
Nesse caso, o presidente foi à reunião com três pessoas.
2 - O presidente compareceu à reunião, acompanhado da secretária do diretor e do coordenador.
Já nesse caso, o presidente foi à reunião só com duas pessoas: a secretária do diretor
e o coordenador. O diretor não foi, e a secretária não é funcionária do presidente.
*Entre sujeito e verbo jamais se põe vírgula. (vira vocativo se colocar vírgula) 
*Entre o verbo e seu complemento também não se põe virgula. 
A vírgula deve ser usada para deslocamentos. 
Usos da vírgula
Veja, agora, alguns casos em que devemos usar a vírgula:
ENUMERAÇÕES: 
Cléo Pires, Fábio Jr. e mais aparecem em 1º trailer de ‘Qualquer gato vira-lata 2’
Você sabe por que há vírgula entre “Cléo Pires” e “Fábio Júnior”?
Simples: porque sempre devemos usá-la para separar elementos listados.
OPOSTOS EXPLICATIVOS:
A vírgula deve ser usada para separar explicações que estão no meio da frase – aquelas que interrompem o pensamento, chamadas de apostos explicativos (termos ou expressões que se referem a um substantivo para ampliar seu significado. Esse tipo de aposto pode ser retirado da frase sem causar prejuízo a sua significação como um todo).
O trecho a seguir, retirado de uma notícia, apresenta exemplos dessa particularidade da língua:
A nova princesa da Inglaterra, filha da duquesa de Cambridge, Kate Middleton, e do príncipe William, nasceu às 8h 34m deste sábado (2) em Londres (4h 34m) de Brasília, segundo o Palácio de Kensington, sua residência oficial. A menina e a mãe passam bem.
Nesse caso, os apostos explicativos – “filha da Duquesa de Cambridge’” e “Kate Middleton” – devem ficar entre vírgulas.
ADJUNTO ADVERBIAL

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