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* Cariologia contemporânea: perspectivas históricas Profª Gilmara Celli * Estudos arqueológicos Lesões cariosas em crânios de milhões de anos Registros antigos Aristóteles e Hipócrates * Cáries achadas em fósseis de dinossauros pré-históricos, répteis e mamíferos primários. Evidentes em Homo sapiens desde período paleolítico, com aumento da incidência no Neolítico. * Registros na Ásia, África e América antigas Pinturas em paredes (22000 anos atrás) Homem antigo junção amelocementária ou cemento * * Pré-história Baixo impacto populacional (quantidade e severidade) Civilização novos hábitos alimentares Industrialização e Urbanização Prevalência Severidade * Consumo açúcar refinado Antes consumido apenas pela Aristocracia Popularização e Barateamento 1ª metade século XIX Açúcar disponível para praticamente todas camadas socias comercialização na maioria países europeus * * Explicação mágica da cárie castigo dos Deuses Verminoses dor de dente causada por verme que bebia sangue dos dentes e se alimentava das raizes. * 1683 Anton Van Leeunhoek Carta a sociedade de Londres relatando que limpava os dentes com pedaços de pano e palitos pois conservava os dentes claros e gengiva não sangrava. Quando não limpava, aparecia material esbranquiçado, com consistência de manteiga e ao examinar com lentes de aumento, existiam “animalículos” * Hipócrates desequilíbrio fluidos corporais (sangue, fleuma, bile e linfa) Final século XVIII e meados século XIX teoria vital causa endógena Parmly(1819) teoria química primeira relação com alimentos Robertson(1835) e Regnart(1838) experiência com ácidos inorgânicos como súlfuricos e nítricos causando “corrosão” do esmalte * Miller 1890 Teoria químico parasitária Teoria Proteolítica Teoria Proteólise-Quelação * Miller (1890) Teoria químico parasitária “Dissolução ácida provocada pela fermentação de carboidratos retidos nos dentes por bactérias da boca “ “A cárie é um processo que se desenvolve em 2 estágios – descalcificação ou amolecimento dos tecidos, e dissolução do resíduo amolecido. (...) A descalcificação do esmalte significa sua destruição total.“ * Black 1908 “ Para cárie começar, os fungos da cárie, os quais formam um ácido, devem se prender a superfície do esmalte de forma que os ácidos formados por eles não sejam rapidamente lavados e dissipados pelos fluidos da boca “ 1914 “… na cárie de esmalte toda a substância tecidual é removida pela dissolução de sais de cálcio, havendo pouca matriz orgânica que ele não irá se manter íntegro, e consequentemente uma cavidade é formada. Esta dissolução sempre inicia na superfície, nunca no interior “ * Clark (1924) Tecidos Cariados estreptococos McClure e Hewitt (1946) inibição de cáries em ratos com uso de penicilina Estudos in vitro e in vivo demonstrando que cárie não ocorre sem microrganismos Orland et al. (1954) Ratos livres de germe mesmo com dieta cariogênica não têm cárie * Meados século XX cáries extensas, extrações Esforços na dentística restauradora Cáries secundárias continuavam a ocorrer POR QUE? * Etiologia da cárie Diagrama de Venn relação parasita e hospedeiro mediado pelo ambiente. Tríade ecológica de Leavell e Clarck 3 fatores causais Agente Hospedeiro Ambiente * Etiologia da cárie Tríade de Keys (1969) Hospedeiro Microbiota Substrato cárie * Newbrun incluiu o fator tempo a tríade Ferjeskov e Manji (1990) Biofilme Fatores determinantes Fatores confundidores (termo distorcido) Determinantes X Condicionantes * Tempo * Perspectivas contemporâneas Cárie não é evento linear Mudança no padrão e diagnóstico de cárie * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *
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