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FACULDADE METROPOLITANA DA AMAZÔNIA – FAMAZ
CURSO DE BACHARELADO EM MEDICINA
JULIANA RODRIGUES BRANCO
PROTOCOLO DE SEGURANÇA DO PACIENTE: “PREVENÇÃO DE QUEDAS”.
Belém- PA
2018
INTRODUÇÃO
A queda é um evento frequente e limitante, sendo considerado um marcador de fragilidade, morte, institucionalização e de declínio na saúde de idosos. O risco de cair aumenta significativamente com o avançar da idade, o que coloca esta síndrome geriátrica como um dos grandes problemas de saúde pública devido ao aumento expressivo do número de idosos na população e à sua maior longevidade, competindo por recursos já escassos e aumentando a demanda por cuidados de longa duração. 
Diversos fatores de risco e múltiplas causas interagem como agentes determinantes e predisponentes, tanto para quedas acidentais quanto para quedas recorrentes, impondo aos profissionais de saúde, especialmente ao médico o grande desafio de identificar os possíveis fatores de risco modificáveis e tratar os fatores etiológicos e comorbidades presentes. 
As intervenções mais eficazes baseiam-se na identificação precoce dos grupos com maior chance de sofrerem quedas e particularmente, aqueles que além do risco de queda apresentem também um risco aumentado de sofrem lesões graves decorrentes da mesma. 
Evitar o evento de queda é considerado hoje uma conduta de boa prática, tanto em hospitais quanto em instituições de longa permanência, sendo considerado um dos indicadores de qualidade de serviços. Além disso, constitui-se em política pública indispensável, não só porque afeta de maneira desastrosa a vida do acometido e das famílias, como também drena montantes expressivos de recursos econômicos no tratamento de suas consequências, como a fratura de quadril.
DESENVOLVIMENTO
2.1. DEFINIÇÃO
Queda consiste no deslocamento não intencional do corpo para um nível inferior à posição inicial com a incapacidade de correção em tempo hábil, determinado por circunstâncias multifatoriais que comprometem a estabilidade. Somado a isso, pode significar que houve o declínio das funções fisiológicas (visão, audição, locomoção), ou ainda representar sintomas de alguma patologia específica. Os acidentes por quedas podem provocar fraturas, traumatismos cranianos e morte, além disso, dependendo do caso provocam sentimentos como medo, fragilidade e falta de confiança. Representando um problema de saúde pública. 
EPIDEMOLOGIA
No Brasil cerca de 30% dos idosos caem pelo menos uma vez no ano;
 - A frequência de quedas é maior em mulheres;
 - O risco de fraturas decorrentes de quedas aumenta com a idade;
 - Estudos mostram que 40% das quedas em mulheres com mais de 75 anos e 28% das quedas em homens da mesma idade resultam em fraturas;
 - 5 a 10% das quedas resultam em ferimentos importantes;
 - O risco de quedas aumenta com o avançar da idade e pode chegar a 51% em idosos acima de 85 anos; 
- Mais de dois terços daqueles que têm uma queda cairão novamente nos seis meses subsequentes;
 - 70% das quedas em idosos ocorrem dentro de casa.
FATORES DE RISCO
A avaliação do risco de quedas deve ser feita no momento da admissão do paciente e ser repetida diariamente até a alta do paciente. O grau do risco de queda será conforme a presença de fatores predisponentes identificados, tais como:
Demográfico: Crianças menores de cinco anos; idosos maiores de sessenta e cinco anos. 
Psico-cognitivas: Declínio cognitivo, depressão, ansiedade.
Condições de Saúde: Acidente Vascular Cerebral (AVC) prévio; hipotensão postural; tonteira; baixo índice de massa corpórea; anemias; insônia; incontinência ou urgência miccional; artrite; osteoporose; alterações metabólicas. 
Funcionalidade: Dificuldade no desenvolvimento das atividades diárias; necessidade de dispositivo de auxílio à marcha; fraqueza muscular; problemas articulares; deformidades nos membros inferiores. 
Comprometimento Sensorial: visão, audição e tato. 
Equilíbrio Corporal: marcha alterada. 
Uso de medicamentos: benzodiazepínicos, antiarrítmicos, anti-histamínicos, antipsicóticos, antidepressivos, digoxina, diuréticos, laxativos, laxantes musculares, vasodilatadores, hipoglicemiantes orais, insulina, polifarmácia (uso de 4 ou mais medicações). 
Obesidade mórbida. 
História prévia de quedas.
FATORES PREDISPONENTES PARA QUEDA 
Pacientes com alto risco de queda: Paciente independente, que se locomove e realiza suas atividades sem ajuda de terceiros, mas possui pelo menos um fator de risco. Paciente dependente de ajuda de terceiros para realizar suas atividades, com ou sem a presença de algum fator de risco. Anda com auxílio (de pessoa ou de dispositivo) ou se locomove em cadeira de rodas. Paciente acomodado em maca, por exemplo, aguardando a realização de exames ou transferência, com ou sem a presença de fatores risco.
Pacientes com baixo risco de queda: Paciente acamado, restrito ao leito, completamente dependente da ajuda de terceiros, com ou sem fatores de risco. Indivíduo independente e sem nenhum fator de risco.
TIPOS DE QUEDA 
- Em adultos: 
• Paciente se desloca de maneira não intencional indo o corpo ao chão; 
• Paciente é amparado durante a queda (mesmo que não chegue ao chão); 
• Paciente escorrega de uma cadeira/poltrona/vaso sanitário para o chão. 
- Em neonatologia, a queda do recém-nascido (RN) pode ser quando este: 
• Dorme no mesmo leito que a mãe; 
• Escorrega dos braços da mãe ou acompanhante, enquanto descansa/dorme ou amamenta em poltrona na maternidade; 
• Cai dos braços da mãe, familiar, ou profissional enquanto estes deambulam na maternidade com o bebê no colo; 
• Escorrega dos braços da mãe, familiar, ou profissional no momento da transferência para o berço.
PREVENÇÃO
De uma maneira geral: A unidade de saúde, orientada pelo seu Núcleo de Segurança do Paciente, deverá adotar medidas gerais para a prevenção de quedas de todos os pacientes, independente do risco. 
Tais medidas incluem: A criação de um ambiente de cuidado seguro conforme legislação vigente: pisos antiderrapantes, mobiliário e iluminação adequada, corredores livres de obstáculos (por exemplo, equipamentos, materiais e entulhos); o uso de vestuário e calçados adequados; movimentação segura dos pacientes; para os pacientes pediátricos, deve-se observar a adequação das acomodações e do mobiliário à faixa etária; orientações a pacientes e familiares sobre o risco de queda e de dano por queda, e também sobre como prevenir sua ocorrência. 
Essas ações devem ocorrer na admissão e durante a permanência do paciente no hospital. Além disso, a elaboração e a distribuição de material educativo devem ser estimuladas.
NOTIFICAÇÃO E AÇÕES NA OCORRÊNCIA DE QUEDAS
 No caso de ocorrer queda, colocar paciente no leito, comunicar a enfermeira de plantão para avaliação e exame físico. Solicitar avaliação médica. Registrar no prontuário as informações de ocorrência de queda. Notificar no VIGIHOSP e informar a Gerência de Risco em impresso próprio.
PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS
Avaliar, no momento da admissão, o risco de queda do paciente (pacientes internados, pacientes no serviço de emergência e pacientes externos); 
Orientar pacientes e familiares sobre as medidas preventivas individuais, e entregar material educativo específico quando disponível; 
Implementar medidas específicas para a prevenção de queda conforme o(s) risco(s) identificado(s).
Reavaliar o risco diariamente, e sempre que houver transferências de setor, mudança do quadro clínico, episódio de queda durante a internação; ajustando as medidas preventivas implantadas; 
Colocar sinalização visual para identificação de risco de queda, a fim de alertar toda equipe de cuidado. 
Anotar no prontuário do paciente todos os procedimentos realizados; 
Prestar pronto atendimento ao paciente sempre que este solicitar ou necessitar; 
Avaliar e tratar pacientes que sofreram queda e investigar o evento;
INDICADORES ENVOLVIDOS 
Proporção de pacientes com avaliaçãode risco de queda realizada na admissão. 
Número de quedas com dano;
Número de quedas sem danos;
Índice de quedas [(nº de eventos / nº de paciente-dia) *1000]: este indicador pode ser monitorado utilizando um diagrama de controle, visando não só construir a série histórica do evento, como também auxiliar a estabelecer metas e parâmetros de avaliação.
CONCLUSÃO
A queda de paciente internados é um importante tema de investigação em saúde, estimulando pesquisadores de diversos países a identificar os principais fatores de risco, incidência e consequências. No ambiente hospitalar, queda de pacientes pode tanto aumentar o tempo de internação, aumentar o custo do tratamento e causar desconforto ao paciente, quanto acarretar septicismo com relação a qualidade do serviço de enfermagem e a responsabilidade do profissional. Faz-se necessário, portanto ações preventivas que contam com medidas de sistema de sinalização em prontuário e nas solicitações de exame, utilização de pulseiras de identificação dos pacientes, sinalização visual, ações assistenciais e adaptações na estrutura predial. Além disso, estimular os profissionais a notificarem este evento a Gerência de Risco. Somente assim, será possível diminuir o risco efetivo de quedas proporcionando maior segurança ao paciente.
REFERÊNCIAS
Perracini MR. Prevenção e Manejo de Quedas no Idoso. In: Ramos LR, Toniolo Neto J. Geriatria e Gerontologia. Guias de Medicina Ambula torial e Hospitalar/ Unifesp-Escola Paulista de Medicina. São Paulo: Editora Manole; 2005.
MARIN, H.F.; BOURIE, P.; SAFRAN, C. Desenvolvimento de um sistema de alerta para prevenção de quedas em pacientes hospitalizados. Rev.latino-am.enfermagem, Ribeirão Preto, v. 8, n. 3, p. 27-32, julho 2000
Diretrizes Clínicas, Protocolos Clínicas – PREVENÇÃO DE QUEDAS. Disponível em www.fheming.mg.gov.br e intranet. Acesso em: 12 de Abril de 2016.
MINISTERIO DA SAÚDE. Anexo 01: PROTOCOLO PARA PREVENÇÃO DE QUEDAS. Ministério da Saúde/ Anvisa/ Fiocruz;2013. Disponível em: http://www.saude.mt.gov.br/upload/controle infeccoes/pasta12/protocolos_cp_n6_2013_prevencao.pdf. Acesso em: 12 de abril de 2016. 
PROTOCOLO DE ENFERMAGEM – PREVENÇÃO DE QUEDAS. Disponível em: http://www.hemorio.rj.gov.br/Html/pdf/Protocolo_enfermagem_prevencao_quedas.pdf. Acesso em: 12 de abril de 2016.

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