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Aula 02

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Fotografia Publicitária - Maíra Santos Barreto - UNIGRAN
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Aula 02
O OBTURADOR
A luz que passa pelo obturador depende da velocidade programada na máquina
para abrir e fechar esse mecanismo. O obturador é o responsável pela luz que entra pela
lente e atinge o filme ou o ccd.
Como foi dito na aula anterior, a câmera escura não tinha obturador, ou seja, não
era possível controlar precisamente a velocidade com que a luz entrava na caixa.
Hoje, todas as câmeras, sejam de pequeno, médio ou grande formato, possuem um
obturador regulado de acordo com a vontade do fotógrafo.
Para não confundir: o obturador é responsável pelo tempo que a janela
fica aberta para que entre luz. Se a velocidade escolhida for baixa (lenta), vai
entrar mais tempo de luz; se a velocidade for alta (rápida), a luz vai ter pouco
tempo para entrar na máquina.
Como ele funciona?
Imagine uma cortina como a do seu quarto. Ao dormir você fecha para de manhã o
sol não atrapalhar seu sono. Serve de tapadeira para impedir que a luz entre no seu quarto.
TRÊS ELEMENTOS DA
FOTOGRAFIA: OBTURADOR,
DIAFRAGMA E FILME
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O obturador funciona da mesma forma: se eu quero fazer uma foto eu abro essa janela para
a luz incidir no filme sensível e assim fazer uma foto.
Essa cortina tem a opção de diversas velocidades de abertura. Você a ajusta de
acordo com o resultado que se propõe na foto.
A foto abaixo indica a posição do obturador dentro da máquina fotográfica. Essa
cortina preta abre e fecha.
Nesta outra foto, você pode observar a cortina, ou seja, o obturador aberto.
Por exemplo, você sai para fotografar uma corrida de carro. Se usar uma velocidade
baixa, lenta, o carro vai ficar todo riscado, agora se você usar uma velocidade alta, rápida,
vai congelar o movimento e ver nitidamente o carro. A velocidade baixa é utilizada em caso
de não haver muita luz no local que está fotografando. Por isso, deixa o obturador mais
tempo aberto para permitir mais tempo de luz entrando na câmera.
Nesta foto, observe que o lagarto está parado enquanto que as duas bolas estão
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riscadas na foto. Nesse caso eu usei uma velocidade baixa, ou seja, o obturador ficou mais
tempo aberto. Como as bolas estavam rolando o movimento não foi congelado.
Já nesta outra foto, o lagarto também estava parado e as bolas rolando. Porém, elas
aparentam estar paradas porque eu usei uma velocidade rápida para congelar o movimento
das bolas, ou seja o obturador ficou menos tempo aberto.
Se você tem pouca luz no local e precisa usar a velocidade baixa, use um tripé para
apoiar a câmera e a foto não sair tremida, pois assim sua máquina estará imóvel, permitindo
que a luz entre pelo obturador por mais tempo.
Em que situações há pouca luz?
Em shows, teatros, à noite na rua etc. Observe alguns exemplos abaixo.
Elevador Lacerda em
Salvador-BA, à noite,
máquina apoiada em um
tripé, iso400, obturador em
10s, e diafragma em f20.
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Catedral de Brasília-DF, à noite,
máquina apoiada no tripé, isso 400,
obturador 6s, diafragma f22.
Espetáculo de dança sem o uso de flash, iso alto 1600,
obturador 1/60, diafragma f4.5.
Show da banda Ira, sem o uso do flash, iso 800, obturador 1/60
e diafragma f2.8.
Como regular a velocidade?
Nas câmeras automáticas não é possível regular a velocidade
com que o obturador abre e fecha, pois vai depender da programação
da própria máquina. Já, nas manuais e semi-automáticas, é possível
ajustar essa velocidade. Geralmente elas estão representadas dentro
de um círculo na parte superior da câmera com números como: B 1”,
½, ¼, 1/8, 1/15, 1/30, 1/60, 1/125, 1/250, 1/500, 1/1000, assim
por diante.
FONTE:http://www.images.
google.com.br
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O que significa isso?
O tempo básico do obturador é de um segundo. Este é dividido pela metade até frações
de um milésimo de segundo ou mais. Simplificando, um segundo é dividido ao meio, então temos:
1/2 é um segundo dividido por dois
1/125 é um segundo dividido por 125.
A velocidade de 1/250 equivale à metade do tempo de exposição da velocidade 1/
125, e o dobro do tempo da velocidade 1/500
Velocidades altas são acima de 1/250. Menos do que isso sua foto pode ficar tremida,
se não estiver utilizando um flash.
O B, é o bulb - ele representa um obturador aberto no tempo que você escolher.
Por exemplo: para uma fotografia de céu à noite você apóia a câmera no tripé e deixa o
obturador aberto por duas, três, quatro horas. A pouca luz do céu vai entrar durante horas
para poder sensibilizar o filme. Como a terra não para de girar, as estrelas vão riscar o céu.
Observe a fotografia a seguir:
Nas duas imagens câmera fotográfica com o obturador em B, com horas de exposição.
FONTE:http://www.images.google.com.br
FONTE:http://
www.images.google.com.br
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Nesta foto da avenida, a velocidade estava baixa também, por isso os carros não
aparecem e sim as luzes das lanternas que formam um risco luminoso por onde passam.
DIAFRAGMA
Enquanto o obturador regula o tempo, o
diafragma controla a quantidade de luz que penetra
na câmara. É a estrutura responsável pela regulagem
da luz que atravessa a lente. Formado por um
conjunto de lâminas em forma de anéis, dentro da
lente, se ajusta abrindo ou fechando o orifício para
permitir a passagem da luz na proporção desejada.
Esses anéis que formam um círculo
aumentam e diminuem de tamanho, esse é o
diafragma da lente.
É ela que permite a exposição certa. Já deve
ter acontecido em suas fotos de a imagem sair muito clara ou muito escura na hora da revelação
e ampliação de cópias.
Quando a foto sai muito clara significa que durante a fotometria você deixou o
diafragma mais aberto do que o necessário, entrou mais luz do que era preciso para capturar
a imagem. Quando sai muito escura é porque você fechou muito o diafragma e deixou pouca
luz entrar para formar a imagem.
A imagem a seguir apresenta aberturas erradas.
A primeira foto dos gatinhos ficou muito clara porque a abertura do diafragma
era maior do que o necessário; a segunda foto está escura porque o diafragma ficou
fechado demais.
FONTE:http://www.images.google.com.br
http://www.exakta.net/imag/Contaxw2.jpg
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A terceira foto está com a exposição correta, com o diafragma nem tão aberto e
nem tão fechado.
Não vá confundir, pois é ao contrário:
Quanto menor o número f (2.8, 4, 5.6), maior a abertura do diafragma e maior a
quantidade de luz que passa pela lente. Quanto maior o número f (22, 16, 11), menor a
abertura e menor a quantidade de luz que sensibiliza o filme.
Repare na figura abaixo:
Foto 1 Foto 2
Foto 3
http://www.lamarabunta.org/4images/
data/media/68/diafragma.jpg
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Profundidade de campo
Ao ver uma foto em que parte está em foco e parte sem foco é explicado também
pelo uso do diafragma. Se uma pessoa está em primeiro plano e quer desfocar o fundo, é só
deixar a abertura do diafragma maior em f 2.8, 4, 5.6. Agora, se quer foco em toda a área
fotografada, use aberturas mais fechadas em f 16, 22.
O gatinho azul em primeiro plano está focado, os outros não. Neste caso usei uma
abertura que proporcionou esse desfoque, um diafragma f 2.8.
Nessa outra foto, todos os gatinhos estão focados, ou seja, o diafragma está bem
fechado, f 32.
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FILME
O último dos três elementos básicos para
produzir uma fotografia. O filme é compostopor sais
de prata que em contato com a luz é sensibilizado. Ele
cria uma imagem invisível que depois de submetido a
processos de revelação com produtos químicos,
tornam-se visíveis.
O filme é definido a partir do grau de
sensibilidade (ISO), uns menos outros mais sensíveis. Ele é medido em ASA: quanto menor,
menos sensível, quanto maior, mais sensível à luz.
Filmes pouco sensíveis, chamados de filmes lentos (ASA 25 a 64) precisam de uma
quantidade grande de luz para sensibilizar e ter a imagem impregnada, por isso oferecem
ótima definição. Como são pouco sensíveis à luz necessitam, geralmente, de aberturas
(diafragma) maiores e velocidades (obturador) mais lentas. São filmes usados para fotos
técnicas e científicas, em grandes ampliações.
Filmes médios, com ASA de 100 a 200, possuem uma sensibilidade média. Muito
utilizados em fotos produzidas em estúdio e paisagem, a velocidade do disparo é razoável, o
que garante fotos com boa nitidez, com ótima reprodução de cor e contraste médio.
Filmes rápidos, de ASA 400 a 800, proporcionam um rápido disparo dos obturados
e diafragma fechados. Não perde tanto em qualidade em comparação a filmes médios.
Os filmes ultra-rápidos são aqueles usados em situações de pouca luz, como num
espetáculo de dança ou peça de teatro, em que não se pode
usar flash. A ASA é igual ou superior a 800. As fotos, no
entanto, saem muito granuladas e com baixo contraste.
Todos esses filmes citados acima são negativos e
necessitam de ampliação para ficar colorido. Existe outro tipo
de filme que já é positivo, chama-se cromo. É mais fiel às
cores, tem melhor qualidade de imagem e para trabalhos em
estúdio é o mais recomendado.
FONTE:http://www.images.google.com.br
FONTE:http://www.images.google.com.br
FONTE:http://www.images.google.com.br
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Todos esses filmes foram desenvolvidos para a fotografia
com luz do dia (daylight). Mas, em algumas situações como em
shows que possuem luz artificial, se
fotografarmos com eles as cores não vão
ser reais, por isso foi lançado um filme à
base de tungstênio (filme positivo, cromo)
para resolver esse problema e conservar
a cor natural.
Com o advento das câmeras digitais
o filme foi substituído pelo ccd/cmos, onde
a imagem processada é armazenada num cartão de memória. Esse tema será discutido na
aula 6.
ATIVIDADES
As atividades referentes a esta aula estão disponibilizadas na ferramenta
“Sala Virtual - Atividades”. Após respondê-las, enviem-nas por meio do Portfólio-
ferramenta do ambiente de aprendizagem UNIGRAN Virtual. Em caso de dúvidas,
utilize as ferramentas apropriadas para se comunicar com o professor.
FONTE:http://www.images.google.com.br

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