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ANÁLISE DE INVESTIMENTOS EM TI_SI UMA ABORDAGEM MULTICRITERIAL PARA TOMADA DE DECISÃO_TN_STO_200_132_25764

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ANÁLISE DE INVESTIMENTOS EM TI/SI: 
UMA ABORDAGEM MULTICRITERIAL 
PARA TOMADA DE DECISÃO 
 
Milka Sousa de Medeiros (UFPE ) 
milka.sm89@gmail.com 
JOSE VICTOR PEREIRA DE SOUZA (UFPE ) 
victor.souza@ufpe.br 
 
 
 
Como o nível de competitividade continua a demonstrar uma 
tendência crescente, um número considerável de organizações está 
realizando grandes investimentos em tecnologia e sistemas de 
informação, tendo em vista alcançar um desempenho superior às suas 
concorrentes. No entanto, a maioria delas, no momento de decidir em 
qual sistema e/ou tecnologia investir, se preocupam somente com a 
questão financeira do investimento (custos, receitas, lucros, etc.), não 
levando em consideração outros fatores. Sendo assim, este trabalho 
busca propor e aplicar um modelo de decisão que envolva outros 
critérios, além do financeiro, utilizando-se dos métodos PROMETHEE 
I e PROMETHEE II para ranquear as alternativas. Para aplicar o 
modelo foram utilizados dados simulados. Após isso foi realizada uma 
análise de sensibilidade no modelo. 
 
Palavras-chaves: Investimentos em TI/SI, análise multicritério, 
PROMETHEE
XXXVI ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO 
Engenharia de Produção, Infraestrutura e Desenvolvimento Sustentável: a Agenda Brasil+10 
Curitiba, PR, Brasil, 07 a 10 de outubro de 2014. 
 
 
 
 XXXVI ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO 
Engenharia de Produção, Infraestrutura e Desenvolvimento Sustentável: a Agenda Brasil+10 
 
Curitiba, PR, Brasil, 07 a 10 de outubro de 2014. 
 
 
 
 
 
 
2 
 
1. Introdução 
A tecnologia da informação (TI), assim como os sistemas de informação (SI), está se tornando 
peças indispensáveis para um ambiente que apresenta uma competição cada vez mais 
acirrada. Seja para agilizar seus processos e comunicação e/ou para reduzir seus custos, tendo 
em vista sobreviver e crescer no atual contexto mercadológico, as empresas necessitam se 
informatizar. Porém, um problema que surge juntamente à necessidade de adoção de TI/SI são 
os custos inerentes à implantação, manutenção e melhoria desses. 
Assim, atenções tem se voltado para questões relacionadas aos investimentos em TI/SI. Dado 
que as decisões sobre análises de investimento se baseiam em uma comparação do 
investimento versus quais as potenciais consequências a se alcançar, a maneira como se efetua 
a medição do desempenho que possivelmente será alcançado devido à implantação de novas 
tecnologias impacta diretamente na decisão tomada. 
De acordo com Anandarajan e Wen (1999), os analistas contábeis têm sido peças 
fundamentais nas decisões a respeito dos investimentos em TI/SI. Suwardy et. al. (2003) 
destacam que tradicionalmente os investimentos em TI/SI têm sido avaliados com bases 
puramente financeiras, através de técnicas contábeis (ROI, VPL, pay-back, etc.). Porém, essas 
técnicas buscam respostas apenas em termos quantitativos, focando meramente em uma 
análise de custo-benefício (valores monetários) e muitas vezes considerando somente o fluxo 
de caixa da empresa. 
No entanto, a análise de investimentos em TI/SI necessita ir além de uma visão financeira, 
pois na maioria das vezes os benefícios mais relevantes advindos desse tipo de investimento 
são intangíveis. Esses benefícios são, entretanto, negligenciados em análises puramente 
quantitativas, ao passo que muitas vezes poderiam ser fatores decisivos na tomada de decisão. 
Tal erro pode acarretar em uma má tomada de decisão, que levará ao fardo de um 
investimento inadequado, não garantindo assim uma melhoria no desempenho. 
Logo, uma das razões para o paradoxo da produtividade do investimento em TI/SI reside na 
forma como o investimento em TI/SI está sendo definido. Projetos mal elaborados, devido ao 
uso de avaliações tradicionais, explicam, em parte, o porquê dos resultados empíricos 
 
 XXXVI ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO 
Engenharia de Produção, Infraestrutura e Desenvolvimento Sustentável: a Agenda Brasil+10 
 
Curitiba, PR, Brasil, 07 a 10 de outubro de 2014. 
 
 
 
 
 
 
3 
mostrarem-se inconclusivos no tocante à relação entre investimentos em TI/SI e desempenho 
das firmas (que ora apresentam uma relação positiva, ora neutra, ou até mesmo negativa). 
Portanto, tendo em vista que os métodos tradicionais são tidos como inapropriados, este 
trabalho tem por objetivo propor um modelo de análise de investimentos em TI/SI baseado na 
utilização de dois métodos de análise multicritério - PROMETHEE I e II - os quais conjugam 
tanto critérios tangíveis quanto intangíveis, como também consideram as preferências do 
decisor. Sendo assim, por meio desses, será possível obter-se uma análise de investimentos 
além de aspectos financeiros. Por fim, para demonstrar a implementação do modelo, será 
apresentada uma aplicação utilizando-se de dados simulados e uma análise de sensibilidade. 
 
2. Análise de investimentos em TI/SI 
A constante evolução dos negócios, mercado e economia que estão ocorrendo nos dias atuais 
causam uma turbulência acentuada e, nesse cenário, a TI/SI podem se tornar um fator decisivo 
para o sucesso ou fracasso de uma empresa, contribuindo de forma a torná-la ágil, flexível e 
capaz de se adaptar aos revezes do cenário econômico (SCHAICOSKI, 2002). O sucesso ou o 
fracasso irá depender de como a tecnologia da informação e os sistemas de informação são 
definidos, medidos e implementados (THOMAS; FERNÁNDEZ, 2008). 
Investimentos em TI/SI devidamente gerenciados, que são cuidadosamente selecionados e 
mantém o foco nas necessidades do negócio, podem ter um impacto positivo sobre o 
desempenho de uma organização (GUNASEKARAN et. al., 2001). É notório, portanto, que a 
maneira através da qual será tomada a decisão impactará necessariamente no desempenho a 
ser alcançado. Porém, Willcocks e Lester (1991) assinalam que em muitos setores da 
indústria, ao se analisar um investimento em TI/SI, usam apenas o custo-benefício (aspecto 
monetário) como seu critério de avaliação. 
Semelhantemente, Betencourt (2000) afirma que, dado que decisões acerca de investimentos 
em TI/SI tornam-se cada vez mais complexas, muitos decisores, na tentativa de simplificá-las, 
acabam por reduzir a avaliação a apenas um critério (normalmente financeiro). Podendo, 
então, este fato estar ligado à ausência de modelos de apoio à decisão com capacidade de 
capturar os múltiplos critérios que compõe a natureza desta decisão. 
 
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4 
Assim, o processo de decisão, em geral, consiste em análises econômicas, sendo realizado 
com base em fluxos operacionais de caixa, objetivando redução de custos e geração de 
receitas. Dentre os métodos de análise econômica, destacam-se alguns tidos como clássicos: 
Valor Anual Uniforme (VAUE), Valor Presente Líquido (VPL), Taxa Interna de Retorno 
(TIR), Pay-Back, Retorno sobre o Investimento (ROI), entre outros. 
Entretanto, Irani et. al. (1999) e Ward et. al. (1996) propõem que técnicas de avaliação 
tradicionais, muitas vezes, ignoram o impacto que TI/SI podem ter em termos humanos e 
organizacionais, uma vez que tais técnicas mostram-se incapazes de capturar muitos dos 
benefícios qualitativos proporcionados. Assim, essas se apresentam como sendo inadequadas, 
já que não conduzem a uma análise realmente relevante, levando a projetos mal elaborados. 
Willcocks e Lester (1991), por sua vez, apontam que a qualidade com a qual as decisões de 
investimento são tomadas em projetos de TI pode ter um efeitocatastrófico sobre as 
organizações. Desta forma, devido a frequente utilização das ferramentas de avaliação 
tradicionais (que tem se mostrado insuficientes para o alcance de uma boa decisão), 
investimentos em TI/SI nem sempre estão conseguindo refletir o desempenho desejado. 
O paradoxo da produtividade – falta comprovação de que a realização de investimentos em 
TI/SI traz realmente benefícios para as organizações (FERREIRA; RAMOS, 2005) – é 
proveniente dessas más avaliações de investimentos, seja no momento de tomar decisões no 
que diz respeito aos investimentos, como também na análise do desempenho obtido por esses. 
Consequentemente, considerando-se a relação entre investimento em TI/SI e o desempenho 
da empresa (investimento versus desempenho), é possível encontrar estudos que apontam 
relações positivas, neutras, ou até mesmo negativas. O Quadro 1 traz estudos (apenas alguns 
de centenas, senão milhares) realizados acerca dessa temática. 
Quadro 1 - Estudos sobre a relação entre TI/SI e o desempenho da empresa 
 
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5 
 
Fonte: Os autores (2014) 
Portanto, tendo em vista envolver no processo de análise de investimento a avaliação de todos 
os critérios que representem importância para uma dada situação, podem ser utilizadas 
abordagens de análise multicritério, através das quais, a escolha será conduzida pelo desejo de 
se atender a vários objetivos (ALMEIDA, 2013). Tais abordagens, de acordo com Iglesias 
(1999), permitem uma avaliação estruturada e consolidada, de múltiplos critérios (dando a 
devida atenção a cada um deles, a depender da sua relevância para a decisão final). 
 
3. Modelo proposto 
O modelo proposto se baseará num método multicritério de apoio à decisão (do inglês, 
Multiple Criteria Decision Analysis - MCDA), uma vez que problemas de decisão envolvendo 
investimentos em TI/SI apresentam várias dimensões que devem ser levadas em consideração 
na tomada de decisão. 
Existem muitos métodos multicritérios de apoio à decisão, os quais buscam estabelecer uma 
relação de preferências (subjetivas) entre as alternativas, de acordo com um tipo de 
 
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6 
problemática (de escolha, de classificação, de ordenação, etc.), sob a influência de vários 
critérios (dimensões) no processo de decisão (GOMES; GOMES; ALMEIDA, 2009). 
Os métodos MCDA podem ser classificados, dentre várias outras maneiras, em três tipos 
principais (ALMEIDA, 2013): 
 Métodos de critério único de síntese: agregam os critérios de uma forma única, 
geralmente adiva ou multiplicativamente. Utilizam-se do conceito de avaliação 
compensatória, isto é, existe a ideia de compensar um menor desempenho de uma 
alternativa num dado critério por meio de um melhor desempenho em outro critério. 
São exemplos desses métodos: AHP, MAUT, Macbeth, SMARTS, SMARTER, etc. 
 Métodos de sobreclassificação (outranking): geralmente não realizam uma 
agregação analítica para estabelecer um score para cada alternativa, como no tipo visto 
anteriormente. Permitem uma comparação par a par das alternativas, assumindo que 
pode haver uma relação de intransitividade entre elas. Além disso, esses métodos não 
apresentam avaliações compensatórias, pelo contrário, assumem que não há trade-offs 
entre os critérios. São exemplos desses métodos os da família ELECTRE, os da 
família PROMETHEE e o TATIC. 
 Métodos interativos: são assim denominados por apresentarem uma forte interação 
com o decisor, alternando diálogo e cálculo. Orientam-se pelas seguintes concepções: 
uma orientada à busca e outra orientada à aprendizagem. Os métodos que envolvem 
programação linear multiobjetivo (PLMO) são exemplos desse tipo de método. 
Para fins deste trabalho, considerando que o decisor não requer que exista uma relação de 
compensação entre os critérios, isto é, uma relação de trade-off, visto que ele procura uma 
alternativa que apresenta um desempenho médio em todos os critérios, será utilizado, então, 
um método de sobreclassificação. Os métodos escolhidos foram o PROMETHEE I e o II, pois 
eles produzem uma relação de sobreclassificação valorada, o que facilita a compreensão do 
método e do processo decisório por parte do decisor (ALMEIDA, 2013). 
Os métodos da família PROMETHEE (do inglês, Preference Ranking Organization Method 
for Enrichment Evaluation) baseiam-se em duas fases: construção de uma relação de 
sobreclassificação e exploração dessa relação para apoio à decisão. 
 
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7 
Nesses métodos, o decisor deve estabelecer pesos ( ) para os critérios, refletindo a sua 
importância para o problema. A partir da obtenção desses pesos é possível se chegar ao grau 
de sobreclassificação ( ) de a sobre b para cada par de alternativas (a, b), através da 
seguinte fórmula: 
 
Onde: 
 
 é função da diferença entre o desempenho das alternativas para cada critério i, ou 
seja, . 
Na situação mais básica (que será a utilizada aqui para todos os critérios), , quando 
, em caso contrário, . Há casos específicos nos quais existem limiares 
de indiferença ou de preferência ou ambos. Nesses casos, a função pode ser 
estabelecida de outras formas; para maior explanação, vide Almeida (2013, p. 126-7). 
A fase de exploração da relação de sobreclassificação para apoio a decisão consiste em definir 
dois indicadores, os quais são: 
 Fluxo de sobreclassificação de saída, (a) da alternativa ‘a’: 
 
 Fluxo de sobreclassificação de entrada, (a) da alternativa ‘a’: 
 
O fluxo de sobreclassificação de saída da alternativa ‘a’, (a), representa a “intensidade de 
preferência” de ‘a’ sobre todas as alternativas ‘b’ no conjunto de A. Quanto maior essa 
 
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intensidade, melhor a alternativa. (Figura 1) 
Figura 1 – Fluxo de saída da alternativa ‘a’ 
 
Fonte: Adaptado de Almeida (2013, p. 130) 
No caso do fluxo de sobreclassificação de entrada da alternativa ‘a’, , quanto menor for 
esse valor, melhor é a alternativa ‘a’, pois esse fluxo representa a “intensidade de preferência” 
de ‘b’ (no conjunto A) sobre ‘a’. (Figura 2) 
Figura 2 – Fluxo entrada da alternativa ‘a’ 
 
Fonte: Adaptado de Almeida (2013, p. 131) 
Outro indicador que pode ser considerado é o fluxo de sobreclassificação líquido, : 
 
3.1 PROMETHEE I 
O método PROMETHEE I estabelece duas pré-ordens através dos fluxos de 
sobreclassificação de saída e de entrada apresentados anteriormente: 
 Pré-ordem decrescente de ; 
 
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 Pré-ordem crescente de . 
A interseção dessas duas pré-ordens produz uma pré-ordem incompleta, a partir das seguintes 
relações de preferências: preferência (P), indiferença (I) e incomparabilidade (R) (ALMEIDA, 
2013).Essas relações são obtidas de acordo com as expressões abaixo: 
 Preferências: aPb (‘a’ é preferível a ‘b’) se: 
o e ; ou 
o e 
 Indiferença: aIb se: 
o e 
 Incomparabilidade: aRb se: 
o e ; ou 
o e 
 
3.2 PROMETHEE II 
O método PROMETHEE II é baseado no fluxo de sobreclassificação líquido . Com base 
nesse indicador, as alternativas são ranqueadas em ordem decrescente, criando uma pré-ordem 
completa, uma vez que a relação de incomparabilidade não é mais admitida. Sendo assim, há 
somente as seguintes relações: 
 Preferência: aPb se . 
 Indiferença: aIb se . 
Considerando-se o que foi apresentado até então, para o modelo proposto, o papel do decisor 
caberá ao presidente da empresa, de forma que as suas preferências sobre as consequências 
envolvidas no problema venham a ser estabelecidas. O decisor, aqui, será representado apenas 
pela figura do presidente, porém, esta decisão poderia igualmente ser tratada como uma 
decisão em grupo, na qual um grupo de decisores (composto por diretores, gerentes, etc.) seria 
considerado (maiores detalhes acerca de agregação de preferências para decisão em grupo, 
vide Almeida et. al., 2012). 
 
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Com relação aos critérios, esses foram definidos tendo por base a revisão realizada no 
referencial teórico (sessão anterior), que realçou a importância não apenas de objetivos 
econômicos, mas também dos intangíveis. Assim, objetivou-se criar um modelo que envolve 
critérios tanto quanti como qualitativos, de forma que se obtenha uma abrangência total do 
que possa vir a ser importante para a tomada de decisão. 
Portanto, após realizar-se uma análise e organização dos vários critérios, tendo por base 
considerações relevantes apontadas por Belton e Stewart (2002) (por ex.: verificação de não 
redundância, de habilidade de compreensão, de explicitação clara do valor de relevância do 
critério, etc..), estabeleceu-se os seguintes (Quadro 2): 
Quadro 2 – Critérios propostos para realização da avaliação multicritério 
 
Fonte: Os autores (2014) 
Para o caso estudado, a determinação das alternativas, por sua vez, deriva das necessidades 
demandas pela empresa. Ou seja, depende das possiblidades de investimentos que a empresa 
tem em pauta e quer analisar. Tais alternativas podem variar também a depender do papel da 
TI para a empresa (tradicional, evolução ou integral), assim como do tipo de investimento em 
TI – transacional, estratégico, informacional ou limiar – a ser realizado (maiores 
 
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11 
detalhamentos sobre o papel da TI e os tipos de investimentos podem ser obtidos em 
Thompson et. al. (2000)). 
À vista disso, simulando uma situação, as alternativas aqui trazidas são: 
 (A1) Desenvolvimento de uma página na internet; 
 (A2) Implantação de um novo sistema integrado - ERP (Enterprise Resource 
Planning); 
 (A3) Implantação de um sistema de gerenciamento do relacionamento com o 
fornecedor - SRM (Supplier Relationship Management); 
 (A4) Implantação de um sistema de gestão do relacionamento com o cliente - CRM 
(Customer Relationship Management); 
 (A5) Atualização das instalações tecnológicas - envolve troca da TI em geral, por 
versões atualizadas (por exemplo, computadores, impressoras etc.). 
 
4. Aplicação do Modelo 
Para esclarecimento e demonstração da ideia da aplicação de métodos multicritérios em uma 
decisão acerca de investimentos em TI/SI, a seguir apresenta-se então o desenvolvimento do 
modelo proposto anteriormente fazendo-se uso de dados fictícios. Sendo assim, abaixo se tem 
a matriz de consequência, onde os dados que a preenche, apesar de serem fictícios, seguem 
uma lógica realista para suas determinações. Em uma aplicação real, esses dados são obtidos a 
partir de especialistas. 
 
 
 
 
 
 
 
Tabela 1 – Matriz Consequência (dados fictícios) 
 
C1 
0,30 
C2 
0,20 
C3 
0,10 
C4 
0,20 
C5 
0,10 
C6 
0,10 
 
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12 
A1 4.000,00 10% 1 2 3 4 
A2 100.000,00 5% 2 5 5 2 
A3 85.000,00 15% 2 4 5 2 
A4 77.000,00 13% 2 3 5 5 
A5 45.000,00 2% 4 1 1 1 
Fonte: Os autores (2014) 
É possível observar, ainda na Tabela 1, os pesos referentes aos critérios (abaixo de cada 
critério contém o seu respectivo peso), sendo que estes também retratam valores fictícios. Em 
uma aplicação real, esses pesos devem ser determinados pelo(s) decisor(es), expressando o 
seu(s) julgamento(s) de importância sobre os critérios. 
Posteriormente, estas informações foram inseridas no software Visual Promethee Academic, 
através do qual o problema foi resolvido. Portanto, obtiveram-se os seguintes resultados: 
 PROMETHEE I (Figura 3) 
Logo, pode-se dizer que a alternativa A4 (implantação do CRM) mostrou-se preferível às 
demais, representando então o investimento mais adequado a ser ralizado. Além desta, as 
seguintes relações podem ser percebidas: A1PA2, A3PA2, A1RA3 e A2PA5. 
Figura 3 – Apresentação gráfica do resultado obtido com aplicação do PROMETHEE I 
 
Fonte: Os autores (2014) 
 
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13 
 PROMETHEE II (Figura 4) 
Neste caso, utiliza-se o fluxo líquido Φ(a), através do qual as alternativas são organizadas 
em ordem decrescente, constituindo uma pré-ordem completa, que pode ser observada na 
Figura 4. Portanto: A4PA3PA1PA2PA5. 
Por consequente, tem-se o ranqueamento final das alternativas, cada qual com seus 
respectivos fluxos de sobreclassificação de saída e de entrada (Figura 5). 
Figura 4 - Apresentação gráfica do resultado obtido com aplicação do PROMETHEE II 
 
Fonte: Os autores (2014) 
 
Figura 5 – Ranking das alternativas 
 
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14 
 
Fonte: Os autores (2014) 
Outra maneira de se representar a solução do problema é a partir do plano GAIA (Figura 6), 
onde as alternativas são representadas pelos pontos e os critérios pelos vetores. Sendo assim, é 
possível perceber claramente quais critérios são conflitantes, uma vez que os vetores destes 
apontam em direções opostas (por exemplo: C6 e C3). Enquanto que os vetores de critérios 
que expressam preferências semelhantes se voltam para a mesma direção. Ainda com relação 
aos vetores, o comprimento de cada vetor reflete a sua importância sobre a decisão. No mais, 
pode ser observada também a qualidade das alternativas com relação aos diferentes critérios, 
ou seja, A3 é particularmente boa em C4 e C5. Finalmente, o vetor do eixo da decisão 
apresenta a direção do propósito derivado da atribuição dos pesos; logo, mostrando-se 
orientado na direção de A4 (coerentemente com o resultado dos métodos PROMETHEE). 
Figura 6 – Análise GAIA 
 
Fonte: Os autores (2014)Por fim, vale salientar ainda que mudanças nos valores dos pesos podem levar a alterações na 
solução final do problema. Para tanto, é através da análise de sensibilidade que se avalia os 
possíveis impactos nos resultados. A Tabela 2 traz os pesos relativos a cada critério e seus 
 
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15 
respectivos valores limites, mostrando o intervalo no qual o valor do peso pode variar sem 
que a ordenação final das alternativas venha a ser alterada. A partir da análise de sensibilidade 
é possível perceber que os critérios C1, C2, C4 e C6 representam o maior impacto sobre o 
ranking final. 
 
 
 
 
 
Tabela 2 – Análise de sensibilidade 
Critérios Pesos Intervalo 
Min Max 
C1 0,30 0,1884 0,3333 
C2 0,20 0,1351 0,3043 
C3 0,10 0,0270 0,2340 
C4 0,20 0,1351 0,3043 
C5 0,10 0,0270 0,2941 
C6 0,10 0,0426 0,1818 
Fonte: Os autores (2014) 
5. Conclusões 
O presente trabalho teve como objetivo propor e simular uma aplicação de um modelo de 
decisão com a utilização de um método multicritério em um problema que envolvesse 
investimentos em TI/SI, visto que problemas que envolvem essa temática são muito comuns 
nas empresas dos dias atuais, uma vez que elas precisam se adaptar às mudanças globais para 
competirem melhor num mercado tão exigente. 
A abordagem multicriterial se fez relevante para o decisor, pois ele pôde incluir outras 
dimensões que eram do seu interesse no processo decisório, levando em consideração não só 
aspectos financeiros do investimento (geralmente custos e retornos), mas, também, aspectos 
qualitativos e menos tangíveis, como, por exemplo: comunicação interna/externa e percepção 
dos clientes. 
Os métodos PROMETHEE I e PROMETHEE II são relativamente simples e, mais ainda, com 
a utilização do software, o que permite um melhor entendimento do método por parte do 
decisor. Além disso, se adequaram bem ao contexto do problema proposto, visto que eles não 
 
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permitem uma compensação entre os critérios, o que traz alternativas que apresentam 
desempenhos médios na maioria dos critérios. Além do mais, foi utilizada uma relação de 
sobreclassificação entre as alternativas, que não é transitiva, logo, condizendo-se com uma 
maior proximidade à natureza original dos problemas multicritérios reais. Ademais, esses 
métodos permitem trabalhar com critérios quanti e qualitativos. 
Na aplicação simulada do modelo proposto, a alternativa que se mostrou como a melhor para 
o problema em questão foi A4, tanto pelo PROMETHEE I quanto pelo PROMETHEE II. 
Percebe-se, no entanto, que se o problema fosse formulado levando em consideração somente 
o critério custo financeiro (C1) a alternativa escolhida seria outra: A1(menor custo: 
R$4.000,00). Ou ainda, se fosse utilizado o critério retorno sobre o investimento (C2) como o 
único critério de decisão, a melhor alternativa seria A3 (maior percentual de retorno: 15%). 
Comprova-se então que considerar apenas aspectos financeiros na avaliação pode nem sempre 
levar à melhor decisão, pois os desempenhos associados às demais dimensões que também 
compõe o problema são negligenciados. 
Vale salientar, que este trabalho, de maneira alguma, se propôs a substituir o conhecimento já 
adquirido sobre métodos multicritérios e investimentos em TI/SI. Pelo contrário, o que se quis 
foi aproveitar esse conhecimento e apresentar como a teoria pode ser aplicada, auxiliando no 
processo de decisão, visto que esse processo pode acarretar consequências de grandes 
repercussões e gerar receios para o decisor. 
Por fim, aos trabalhos futuros ficam como sugestões: a aplicação do modelo em um caso real, 
a obtenção dos pesos dos critérios através de algum método que facilite a elicitação destes 
(AHP ou Macbeth, por exemplo) e, se necessário, levar em conta outros decisores (decisão em 
grupo). 
 
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