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Filósofos Gregos: Sócrates, Platão e Aristóteles

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Conteúdo online 2 - Sócrates, Platão e Aristóteles
Sócrates 
Interessou-se pelas questões humanas, a ética, a política, o conhecimento, a educação, entre outros problemas que afetam o homem.
Sócrates foi mestre de Platão.
A principal preocupação de Sócrates era a de levar os seus concidadãos a pensarem
O Método Socrático consistia em fazer perguntas e desvendar o que estava oculto em cada uma delas, num processo denominado maiêutica.
A filosofia de Sócrates exprimia-se por meio de diálogos. Na sua doutrina, a confiança na razão assumia um papel central: “ninguém é mau voluntariamente”, sendo o mal consequência da ignorância. O grande princípio socrático era o conhecimento de si próprio: “Conhece-te a ti mesmo”.
Platão
Co-fundou uma escola que ficou conhecida por Academia, situada no Jardim de Academos, onde se ensinavam os mais diversos assuntos, desde a Matemática à Biologia, da Filosofia à Astronomia.
Os ensinamentos de Platão foram escritos em forma de diálogo (aproximadamente trinta), de uma conversa ou um debate entre várias pessoas. Seus diálogos são divididos em três fases:
1ª fase - A primeira fase é representada com Platão tentando comunicar a filosofia de Sócrates.
2ª e 3ª fase - Os diálogos da segunda e terceira fase relatam as próprias ideias de Platão, por mais que ele continue a utilizar Sócrates como personagem em seus diálogos.
Em oposição aos sofistas, Platão propõe um novo método: a dialética (ou arte de pensar), que vai das palavras às ideias. Estas constituem a própria essência, fundamento e modelo das coisas sensíveis e individuais.
Teoria do Conhecimento de Platão: 
Divide o existente em duas partes: o mundo das ideias e o mundo físico em que vivemos. No mundo das ideias, tudo é constante e real. Já no mundo físico (ou mundo sensível), tudo está sujeito ao fluxo, à mudança, daí seu caráter relativo e aparente. As únicas coisas, de fato, permanentes e verdadeiras para Platão, seriam as ideias. Observar o mundo físico (tal como a ciência faz hoje em dia) pouco serviria, portanto, para alcançarmos uma compreensão da realidade, embora servisse para reconhecermos, ou recordarmos, as ideias perfeitas que traríamos dentro de nós.
Ideias ou formas são arquétipos imutáveis. De acordo com Platão, só essas ideias/formas são o fundamento do verdadeiro conhecimento. Platão distinguiu dois níveis de saber:
Opinião - Afirmações relacionadas com o mundo físico, Platão as considerava uma opinião, mesmo que estivesses baseadas na lógica ou na ciência.
Conhecimento - Segundo Platão, o conhecimento é derivado da razão e não da experiência. Ela pregava que somente através da razão atingimos o conhecimento das formas.
A República é a maior e mais reconhecida obra política de Platão. A obra se foca na questão de justiça: Como é um Estado justo? Quem é um indivíduo justo? 
Segundo Platão, a melhor forma de governo é a aristocracia por mérito. Ele divide o estado ideal em três classes: a classe dos comerciantes, a classe dos militares e a classe dos filósofos-reis.
Mito da Caverna: Trata-se de uma metáfora da condição humana perante o mundo, no que diz respeito à importância do conhecimento filosófico e à educação como forma de superação da ignorância.
Aristóteles
A metafísica aristotélica é a ciência que estuda “o ser enquanto ser”, ou os princípios e as causas do ser e de seus atributos essenciais. Podemos sintetizar a metafísica aristotélica em quatro questões gerais:
POTÊNCIA E ATO
MATÉRIA E FORMA
MOVIDO E MOTOR
PARTICULAR E UNIVERSAL
Potência e ato
A doutrina da potência (possibilidade, capacidade de ser, não-ser atual) e do ato (realidade, perfeição, ser efetivo) é fundamental na metafísica aristotélica.
Todo ser, que não seja o Ser perfeitíssimo (Deus), é uma síntese (um símbolo), um composto de potência e de ato, em diversas proporções, conforme o grau de perfeição, de realidade dos vários seres.
Um ser desenvolve-se, aperfeiçoa-se, passando da potência ao ato. Esta passagem da potência ao ato é a atualização de uma possibilidade, de uma potencialidade anterior. Por exemplo, um ovo está em ato, mas é potência de uma ave.
Esta doutrina é aplicada e desenvolvida por Aristóteles, especialmente, quando este trata da doutrina da matéria e da forma, que representam a potência e o ato no mundo, na natureza em que vivemos.
Matéria e forma
Segundo Aristóteles, o indivíduo é composto por dois elementos: a MATÉRIA e a FORMA.
Matéria – é a potência, possibilidade de assumir várias formas, imperfeição.
Forma – é a atualidade (realizadora, especificadora da matéria), perfeição. É o ingrediente necessário para a existência da realidade material, causa concomitante de todos os seres reais.
O composto de matéria e forma (o sínolo) constitui a substância: substrato imutável, em que se sucedem os acidentes, as qualidades acidentais.
Exemplo prático - A matéria seria o bronze, e a forma seria o formato da estátua de bronze. A matérias sem forma, a pura matéria, chamada de matéria-prima, é um mero possível, não existe por si, é um absolutamente interminado, em que a forma introduz as determinações.
Então, não existe a forma sem a matéria, ainda que a primeira seja princípio de atuação e determinação da segunda. Com respeito à matéria, a forma é, portanto, princípio de ordem e finalidade, racional, inteligível. 
Os elementos constitutivos da realidade são, portanto, a forma e a matéria. A realidade, porém, é composta de indivíduos, substâncias, que são um composto (um sínolo) de matéria e forma.
Por consequência, estes dois princípios não são suficientes para explicar o surgir das substâncias e dos indivíduos que não podem ser atuados assim como matéria não poder ser atuada, a não ser por um outro indivíduo, isto é, por uma substância em ato. Com isso, existe a necessidade de um terceiro princípio, a causa eficiente, para poder explicar a realidade efetiva das coisas.
A causa eficiente, por sua vez, deve operar para um fim, que é precisamente a síntese da forma e da matéria, produzindo esta síntese o indivíduo.
Daí uma quarta causa, a causa final, que dirige a causa eficiente para a atualização da matéria mediante a forma.
Particular e universal 
Mediante a doutrina da matéria e da forma, Aristóteles explica o indivíduo, a substância física, a única realidade efetiva no mundo, que é precisamente o composto (sínolo) de matéria e de forma.
A essência, que é igual em todos os indivíduos de uma mesma espécie, deriva da forma. Já a individualidade, pela qual toda substância é original e se diferencia de todas as demais, depende da matéria.
O indivíduo é, portanto, potência realizada, matéria enformada, universal particularizado.
Mediante a doutrina da matéria e da forma é explicado o problema do universal e do particular, que tanto atormenta Platão. Aristóteles faz o primeiro (a ideia) imanente no segundo (a matéria), depois de ter eficazmente criticado o dualismo platônico, que fazia os dois elementos transcendentes e exteriores um ao outro.
Movido e motor
Da relação entre a potência e o ato, entre a matéria e a forma, surge o movimento, a mudança, o vir-a-ser, a que é submetido tudo que tem matéria, potência. A mudança é, portanto, a realização do possível.
Esta realização do possível, porém, pode ser levada a efeito unicamente por um ser que já está em ato, que possui já o que a coisa movida deve vir-a-ser, visto ser impossível que o menos produza o mais, o imperfeito o perfeito, a potência o ato, mas vice-versa.
Mesmo que um ser se mova a si mesmo, aquilo que move deve ser diverso daquilo que é movido, deve ser composto de um motor e de uma coisa movida. Por exemplo, a alma é que move o corpo.
O motor pode ser unicamente ato, forma. A coisa movida, enquanto tal, pode ser unicamente potência, matéria. Eis a grande doutrina aristotélica do motor e da coisa movida, doutrina que culmina no motor primeiro, absolutamente imóvel, ato puro, isto é, Deus.
Resumo Aristóteles
O sistema aristotélico invalida o dualismo platônico, representadopela teoria das ideias.
A forma aristotélica não existe separada, num mundo inteligível e apartado do mundo das coisas sensíveis e materiais
A forma, junto com a matéria, constituiria os indivíduos, as substâncias. Portanto, a forma é parte constitutiva das coisas e faz parte do único mundo existente.
Aristóteles, diferente de Platão, valoriza o conhecimento sensível, desvalorizado por Platão, como fonte de erro e de engano.
Ao contrário de Platão, Aristóteles entende que todo o conhecimento possível inicia-se com os sentidos ou a sensação. Os sentidos, entretanto, são insuficientes, e precisam ser superados por outros graus mais elevados de abstração, passando pela memória, a experiência, a arte (téchne) e chegando à teoria (epistemé), grau mais perfeito do conhecimento.
Conteúdo online 3 – Filosofia Medieval I
O tema mais importante da filosofia medieval foi a questão da relação entre fé e razão.
A Idade Média foi um período profundamente teocêntrico, seus filósofos foram todos homens religiosos. Assim, o objeto central de sua reflexão foi via de regra a análise das diferenças e da relação entre os dogmas aceitos pela fé e as verdades descobertas pela razão.
Filosofia Medieval
A fase final da Filosofia Medieval (séculos XI e XV) equivale ao desenvolvimento da escolástica e a criação das universidades.
A filosofia de São Tomás de Aquino, que se aproximou dos textos de Aristóteles, resultou numa nova contribuição para o desenvolvimento da escolástica;
 Posições controvertidas que foram assumidas na Filosofia, na Teologia e na Política;
O levantamento de questões que aproximavam a Teologia da Filosofia, investigando racionalmente os fundamentos da fé cristã;
A presença da tradição aristotélica na Europa ocidental;
 O pensamento de Santo Agostinho;
A transição do helenismo para o cristianismo.
Nascimento da Filosofia Cristã
A religião cristã originária do judaísmo surge e se desenvolve no contexto do helenismo. A cultura ocidental da qual somos herdeiros até hoje é a síntese entre o judaísmo, o cristianismo e a cultura grega.
O helenismo permitiu a aproximação entre a cultura judaica e a filosofia grega, que tornou possível, mais tarde, o surgimento de uma filosofia cristã. Em Alexandria, essas culturas conviveram e se integraram, de forma que se falavam várias línguas na região. Nessa época, foi possível encontrar uma aproximação entre a cosmologia platônica e a narrativa da criação do mundo.
Inicialmente, o cristianismo não se distinguia claramente do judaísmo. Ele era visto como uma seita reformista dentro da religião da cultura judaica.
Para os gregos, o príncipe divino operava no mundo, essa visão influenciou fortemente o desenvolvimento da filosofia cristã.
É em São Paulo que encontramos a concepção de uma religião universal. Ele defendia a necessidade de pregar a todos. Esta é uma diferença básica em relação ao judaísmo e as demais religiões da época.
Fatos históricos que contribuíram para o nascimento da Filosofia cristã
Podemos dizer que a cultura de língua grega hegemônica permitiu a concepção de uma religião universal, que corresponde, no plano espiritual e religioso, a concepção de império no plano político e militar. Essa concepção foi consolidada com o batismo do imperador Constantino, em 337, e com a institucionalização do cristianismo como religião oficial. Entretanto, não havia ainda uma unidade no cristianismo.
A filosofia grega teve uma importância fundamental no processo de unificação do cristianismo, quando as discussões levaram a formulação de uma unidade doutrinária hegemônica, ortodoxa. Os primeiros representantes dessa filosofia cristã pertenceram a, assim, chamada escola neoplatônica cristã de Alexandria. (A Escola de Alexandria usava uma teologia com base na interpretação alegórica da Bíblia, formada pela combinação entre a erudição filosófica grega e as verdades fundamentadas no evangelho.)
Uma questão que acompanhou todo o pensamento medieval foi o conflito entre razão e fé, que era foco de tensão permanente. Diversos concílios fixaram a doutrina considerada legítima e condenaram os que não aceitavam esses dogmas expulsando-os da Igreja. A Igreja era uma das instituições que tinham mais poderes na sociedade medieval, utilizando-se dessa dominância para disseminar a doutrina cristã neste período.
Podemos dizer que a filosofia grega se incorporou de maneira definitiva à tradição cristã: a lógica e retórica forneceram meios de argumentação; e a metafísica de Platão e de Aristóteles forneceu conceitos chaves (substâncias, essências e etc.), em função dos quais questões teológicas eram discutidas.
Santo Agostinho
Três aspectos fundamentais da contribuição desse pensador para o desenvolvimento da Filosofia:
A formulação das relações entre Teologia e Filosofia, entre razão e fé;
A criação da teoria do conhecimento com ênfase na questão da subjetividade e da interioridade;
A elaboração da teoria da história que foi desenvolvida na monumental cidade de Deus.
Santo Agostinho pode ser considerado o primeiro pensador a desenvolver uma noção de uma interioridade que prenuncia o conceito de subjetividade do pensamento moderno. Encontramos no pensamento de Santo Agostinho a oposição interior/exterior e a concepção de que a interioridade é o lugar da verdade: é olhando para a sua interioridade que o homem descobre a verdade pela iluminação divina.
O termo escolástica designa todos aqueles que pertencem a uma escola ou que se vinculam a uma determinada escola de pensamento e de ensino.
Conteúdo online 4 – Filosofia medieval parte II
Fusão entre culturas
Fatores históricos que contribuíram para a fusão entre a cultura árabe, a filosofia grega e o pensamento cristão.
Filosofia grega
A fusão começa a partir do momento em que Alexandre (século IV a.C.) inicia a expansão do seu Império, levando e difundindo a cultura grega pelo Oriente Médio, conquistando a Índia. Mesmo após a morte de Alexandre, a expansão continua por regiões como Egito, Síria, norte da mesopotâmia e Pérsia.
A partir desse momento, não restou mais dúvida a mistura entre a língua local e a grega com suas ricas tradições, formando os principais núcleos de cultura.
Pensamento cristão
No período cristão (IV e V d.C.), outro marco se dará aprofundando essa fusão. Vários cristãos foram condenados e buscaram exílio no Oriente, principalmente na Síria e na Mesopotâmia. Esses cristãos, além de conhecedores da filosofia e da ciência grega, usavam a língua grega.
Cultura árabe
A fusão também foi influenciada pelo profeta Maomé (570-632), quando este assumiu a liderança religiosa do povo árabe, fundando a religião islâmica. Toda a expansão do islamismo foi devido à fragilidade dos reinos existentes nessa região e da fraqueza militar bizantina. Esse contexto, sem dúvida, favoreceu o encontro dos árabes com os núcleos de cultura de origem grega e cristã. Portanto, os cristãos da escolástica tiveram o primeiro contato com o pensamento de Aristóteles através desses núcleos de cultura. Esse encontro foi marcado pela:
Valorização de ensinamentos;
Absorção de cultura e desenvolvimento desta nas várias áreas da Ciência e da Filosofia;
Tradução de inúmeras obras clássicas, algumas delas conhecidas pelos latinos justamente por intermédio dos árabes.
São Tomás
“Para aqueles que tem fé, nenhuma explicação é necessária. Para aqueles sem fé, nenhuma explicação é possível.”
O tomismo tornou-se uma espécie de representante de “uma filosofia cristã oficial”, isto se deu devido à grandeza da obra de São Tomás e da complexidade das questões tratadas. Como exemplo disso, ele desenvolveu as cinco vias da prova da existência de Deus.
Conteúdo online 5- Filosofia Moderna – parte 1
Conceito de modernidade 
O conceito de modernidade está quase sempre associado a um sentido positivo de mudança, transformação e progresso. No entanto, se tratou de um processo lento de transiçãojá que as concepções tradicionalistas ainda continuavam a vigorar. A ideia de modernidade foi sendo construída com o passar dos tempos.
O termo “moderno” já era usado na Filosofia Medieval, mas o conceito de modernidade veio de duas noções fundamentais relacionadas – a ideia de progresso e a valorização do indivíduo, que são decorrentes de fatores históricos como: o Humanismo renascentista, a Revolução Científica e a Reforma Protestante.
O Humanismo Renascentista (século XV)
O conceito de Renascimento abrange os séculos: XV e XVI, que foi o período histórico intermediário entre o medieval e o moderno. Podemos dizer que o traço mais característico desse período foi o humanismo. Um dos principais pontos de partida do humanismo foi o grande Concílio Ecumênico de Florença, em 1431.
O humanismo teve também uma grande importância na política. As partes centrais do ideário humanista tratam da rejeição da tradição escolástica em favor de uma recuperação da natureza humana individual, ponto de partida de uma nova ordem. O principal pensador político mais original desse período foi sem dúvida Nicolau Maquiavel (autor de O Príncipe, publicado em 1532).
A Revolução Científica (século XVII);
A Revolução Cientifica moderna teve seu ponto de partida na obra de Nicolau Copérnico, através de cálculos dos movimentos por meio dos corpos celestes. Leia algumas considerações sobre filósofos que inspiraram e/ou contribuíram para a Revolução científica: 
 
Copérnico - A obra de Nicolau Copérnico rompeu com o sistema geocêntrico, em que a Terra se encontra imóvel no lugar central do universo, indo contra uma teoria estabelecida a praticamente vinte séculos.
Copérnico sacudiu a visão de mundo medieval estática imaginando a Terra girando em torno do sol, desenvolvendo sua pesquisa propondo a hipótese heliocêntrica. Ele conserva uma concepção de um cosmo fechado, tendo como limite a esfera das estrelas fixas, típica da visão antiga. A ideia de um universo infinito foi incorporada progressivamente à ciência moderna.
A Reforma Protestante (século XVI).
Em uma visita a Roma (1510), Lutero ficou chocado com a corrupção da sede da Igreja e começou a defender a necessidade de uma reforma. Portanto, o marco do início da Reforma Protestante foi a pregação por Lutero das suas 95 teses contra os teólogos católicos da universidade e contra o papa Leão X (1517). O envolvimento dos papas nas questões políticas da época foi um fator gerador de conflitos. A igreja necessitava de grandes recursos financeiros e procurava obtê-los através da venda de indulgências.
A ideia de reforma foi bastante comum no desenvolvimento do cristianismo. O próprio cristianismo foi uma espécie de movimento de reforma do judaísmo. Foram comuns os pregadores em vários países da Europa, defendendo a volta de um cristianismo mais simples e mais espiritual, mantendo a necessidade da pobreza do clero e criticando a hierarquia eclesiástica. O protestantismo, o movimento de oposição a Roma, difundiu-se por outros países, a exemplo de Calvino na Suíça, em Genebra.
Com isso, a Igreja Católica inicia uma ofensiva contra o protestantismo. O Concílio de Trento estabeleceu as bases doutrinárias e litúrgicas. A Inquisição ganhou nova força e, assim, surgiram novas ordens religiosas como a Companhia de Jesus, de caráter militante. No século seguinte, a Guerra dos Trinta Anos opõe católicos e protestantes por toda Europa. A ética protestante, principalmente calvinista, proporcionou grande desenvolvimento econômico da Europa, permitindo a acumulação do capital.
Lutero combateu a escolástica
A ruptura provocada pela Reforma é um dos fatores propulsores da modernidade, embora Lutero se aproxime mais da filosofia medieval agostiniana.
Sua concepção teológica é uma interpretação da doutrina de santo Agostinho sobre a luz natural que todo o indivíduo tem em si e que permite entender e aceitar a revelação, não necessitando da intermediação da igreja, dos teólogos, da doutrina dos concílios. A fé é suficiente.
Se a discussão em torno da “regra da fé” abre caminho acerca do livre arbítrio e da salvação, essa discussão levanta questões de natureza moral.
Para Lutero, a salvação só é possível pela graça divina, dom de Deus que independe do saber adquirido, ou da obediência da autoridade eclesiástica, assim rejeita a doutrina ética da escolástica tomista e o esforço humano não desempenha nenhum papel na salvação.

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