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O Contador de Histórias - Resenha Crítica

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CENTRO-OESTE
CURSO DE PSICOLOGIA
ANGELICA STEFANIAK
RESENHA DO FILME O CONTADOR DE HISTÓRIAS
IRATI
2014
ANGELICA STEFANIAK
RESENHA DOFILME O CONTADOR DE HISTÓRIAS
Trabalho apresentado à profª. Avanilde Polak, na disciplina de Produção e Editoração de texto, como requisito parcial de avaliação semestral.
IRATI
2014
	Baseado em fatos reais, este drama conta a história dobrasileiro RobertoCarlos Ramos, um mineiro nascido em uma favela de Belo Horizonte. Era de uma família muito pobre, sendo o irmão caçula de dez irmãos. Teve uma infância difícil, aos 6 anos de idade foi deixado por sua mãe na Fundação Estadual do Bem-Estar do Menor, a FEBEM, pois, segundo uma propaganda de TV da época, essa instituição preparava as crianças para serem futuros 'médicos, advogados e engenheiros', fazendo ela acreditar ter encontrado a solução para os problemas familiares e sociais.
	Os profissionais da FEBEM acabaram o diagnosticando como totalmente incapaz de se desenvolver intelectual e socialmente, uma vez que aprendera que quando errava algumas das questões proposta pelos avaliadores, ele ganhava algum tipo de retribuição, sendo doces ou apenasum pouco da atenção dos funcionários, o que para ele já era o bastante. Esta era a única forma dele satisfazer sua carência afetiva, visto que já havia se afastado de sua mãe, pois ela o visitava pouco devido às suas condições financeiras.	
	Aos sete anosRoberto se muda para a ala frequentada por crianças com até quatorze anos, onde começa a se transformar em um pequeno marginal, devido às suas necessidades dentro da ala e fora dela, durante as fugas. Fugiu mais de 100 vezes da FEBEM. Como começou a passar por muitas dificuldades e a conviver com pessoas diferentes, ele começa a usar a imaginação e criar imagens para transformar a realidade e driblar todos esses problemas.	
	Com todas as suas fugas passa a ter umnúmeromuito maior de problemas, entre eleso uso e dependência de entorpecentes e pequenos furtos. Além disso em uma dessas fugas, quando tentou fazer parte de um grupo de infratores em busca de se sentir mais seguro nas ruas, acabou sendo violentado sexualmente pelo grupo, e depois disso atentoucontra a própria vida deitando nos trilhos de trem, mas não obteveêxito. Por conseguinte Roberto passa a ser considerado como uma criança irrecuperável.	
	No decorrer da trama ele conhece a pedagoga francesa Margherit, que está de passagem pelo Brasil, fazendo um estudo sobre crianças como ele, com condutas consideradas incorrigíveis. Logo depois de conhecê-lo ela se interessou por ele e resolveu ajudá-lo, tentando se aproximar dele cada vez mais.	
	Eles se encontraram algumas vezes, inclusive durante umafuga de Roberto, mas ele não fazia questão de escutá-la e nem de conhecê-la melhor. Margherit, movida por um sentimento de carinho pelo garoto, tinha certeza de que ele não era irrecuperável como constava em sua ficha e, como pedagoga, decidiu que poderiae deveria mudar essa situação.	
	Devido à sua paciência e dedicação Margherit conseguiu levá-lo para sua casa,deu comida, carinho, disciplina, tudo que ele precisava. Mas, como ela já deveria ter imaginado, este processo não foi fácil e ela teve que serpaciente para lidar com suas tentativas de roubos e a sua recaídapelas drogas.	
	Como estava no Brasil só de passagem, teve que voltar a França, e acabou levando Roberto junto, sobre sua tutela. Na França, seguindo o exemplo de Margherit, ele recebeu formação em Pedagogia.	
	Quando retornou ao Brasil para ver sua mãe, ele acabou exercendo a profissão de professor na FEBEM. Adotou mais de vinte meninos e serviu de exemplo de superação para todas as crianças, até mesmo para as consideradas irrecuperáveis, como ele já foi.	
	O filme nos mostra a realidade da vida em instituições públicas como a FEBEM e a falta de cidadania e profissionalismo dos responsáveis e funcionários desses locais. Além disso nos faz pensar sobre como jovens e crianças infratores, irãomelhorar de alguma forma dentro de lugares como esses, onde há agressões físicas e psicológicas. Podemos perceber, mesmo que por tabela, uma crítica às instituições sociais brasileiras, que não funcionam, nem nunca funcionaram. A educação escolar exerce umpapel importante no cenário da marginalização, e deveria ter mais relevância dentro de lugares com finalidades como esta.	
	A história de Roberto tem um desfecho incomum ao da maioria de brasileiros como ele. A maioria das crianças acaba por se marginalizar, consumindo drogas,álcool efazendo parte do crime.	
	As mães dessas crianças deixam seus filhos em lugares como a FEBEM iludidas por falsas promessas e propagandas manipuladoras, e como muitas delas sãomal instruídas, acabam por achar que essa é amelhor forma de criar seus filhos, mas mal sabem o que acontece do lado de dentro dos portões. Esse sistema prisional foi vendido na época do governo militar como um lugar para a transformação de vida de baixa renda, com a falsa proposta de transformar osjovens em médicos e advogados.	
	Se houvessem mais profissionais como Margherit, essas crianças seriam tratadas da melhor forma possível e, certamente, haveriam menos fugas, já que a instituição seria um bom lugar para elas ficarem. No filme,Margherit aparece como uma oportunidade de superação, e mostra a importância da família e da educação na reabilitação de jovens infratores.	
	Deste modo, fica uma crítica ao papel do Estado com suas instituições, que deveriam ser ferramentas para a formação de uma sociedade mais justa e com menos exclusão. Para isso é preciso o implante de políticas públicas que sejam capazes de inserir jovens marginais na sociedade, proporcionando respeito e educação, o que é direito de todos.
Referências:
http://wwws.br.warnerbros.com/ocontadordehistorias/site/(acesso em 31/08/2014 às 14:56)
Projeto Escola:http://wwws.br.warnerbros.com/ocontadordehistorias/projetoescola/(acesso em 31/08/2014 às 18:04)
Filme: O Contador de Histórias. Diretor:Luiz Villaça. Produção:Francisco Ramalho Jr., Denise Fraga.Brasil, 2009.100m.Ramalho Filmes e NIA Filmes.

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