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Nivelamento de Economia 2

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75
SETOR EXTERNO DA ECONOMIA BRASILEIRA BALANÇO DE PAGAMENTOS
 BP é o registro sistemático e contábil de todas as transações econômicas entre residentes e não-residentes (ou de um país com o exterior) em um determinado período. Transações de crédito (receita, entrada) + Transações de débito (despesa, saída) – Estrutura básica: 1. Balanço comercial 2. Balança de serviços 3. Transferências unilaterais 4. Balanço de transações correntes = 1 + 2 + 3 5. Balanço (ou movimento) de capitais autônomos 6. Erros e omissões 7. Saldo do balanço de pagamentos = 4 + 5 + 6 8. Balanço (ou movimento) de capitais compensatórios
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76
BALANÇO DE PAGAMENTOS
 Balança Comercial: compreende basicamente o comércio de mercadorias (bens tangíveis). Se as exportações (FOB, CIF, FAS, etc.) excedem as importações (FOB, CIF, FAS, etc.), tem-se um superávit no balanço de comércio; caso contrário tem-se um déficit.
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Balanço de Serviços: registram-se todos os serviços (bens intangíveis) pagos/recebidos pelo Brasil, tais como fretes, seguros, remessas de lucros e rendas de trabalho, juros, serviços governamentais (embaixada, etc.) viagens internacionais e turismo.
BALANÇO DE PAGAMENTOS
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78
Transferências Unilaterais: Referem-se ao movimento de donativos do país com o exterior, são pagamentos ou recebimentos que não têm como contrapartida a compra ou a venda de bens e serviços.
BALANÇO DE PAGAMENTOS
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79
Balanço de Transações Correntes: ∑ dos balanços comercial e serviços e das transferências unilaterais (1 + 2 + 3). Se o saldo for negativo (comprou mais do que vendeu), tem-se uma poupança externa +, indicando que o país aumentou seu endividamento externo, em termos financeiros, mas absorveu bens e serviços em termos reais do exterior.
BALANÇO DE PAGAMENTOS
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80
Balanço de Capitais Autônomos: registra os capitais que entram e saem livremente do país. Entradas de capitais estrangeiros são registradas com sinal +, pois representam entradas de divisas (representam a constituição de uma passivo externo – obrigação em relação aos residentes no exterior). Ex: empréstimos recebidos do exterior (+), amortização de empréstimos externos (-), investimento nacional no exterior (-), investimento estrangeiro no país (+).
BALANÇO DE PAGAMENTOS
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Erros e Omissões: é a diferença entre o saldo do balanço de pagamentos e o financiamento do resultado. Representa transações que não foram corretamente contabilizadas. A regra internacional é admitir um valor de, no máximo, 5% da soma das exportações com as importações.
BALANÇO DE PAGAMENTOS
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82
Saldo do Balanço de Pagamentos: 4 + 5 + 6). O saldo do BP, se +, significa que as entradas de divisas operadas livremente no mercado oficial de câmbio do país foram superiores às saídas, no período considerado. Se - , as saídas autônomas de divisas foram maiores que as entradas.
BALANÇO DE PAGAMENTOS
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Balanço de Capitais Compensatórios (BKC): conhecido como Demonstrativo de Resultado. Registram-se os empréstimos de regularização do FMI, especificamente destinados a cobrir déficits do BP, bem como Δ das reservas internacionais. Iguala, com o sinal trocado, o saldo do BP.
BALANÇO DE PAGAMENTOS
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Fonte: http://www.bcb.gov.br/?SERIEBALPAG
BALANÇO DE PAGAMENTOS
Gráf1
		136
		-67
		33
		-30
		-81
		-27
		-40
		11
		12
		183
		-161
		-30
		-25
		-14
		178
		-118
		-37
		-2
		218
		-9
		-262
		97
		531
		534.4
		536.6
		2537.7
		2379.9
		-1040.6
		-1064.2
		2687.9
		714.4
		4262.4
		-3214.9
		-3471.6
		624.7
		-4541.6
		-24.2
		7026.7
		-456.6
		-3835.7
		1014.6
		1248.9
		886.1
		480.7
		-369
		14670.2
		8708.8
		7215.2
		12918.9
		8666.1
		-7907.1591269365
		-7970.2073881587
		-7822.0399958036
		-2261.6543507378
		3306.6004844486
		302.0872248307
		8495.6504938039
		2244.0298345939
		4319.4638715515
		30569.1174163845
		87484.2456816672
		2969.07206805
anos
US$ milhões
Evolução do resultado do BP - 1947-2008
Plan1
		1947		1948		1949		1950		1951		1952		1953		1954		1955		1956		1957		1958		1959		1960		1961		1962		1963		1964		1965		1966		1967		1968		1969		1970		1971		1972		1973		1974		1975		1976		1977		1978		1979		1980		1981		1982		1983		1984		1985		1986		1987		1988		1989		1990		1991		1992		1993		1994		1995		1996		1997		1998		1999		2000		2001		2002		2003		2004		2005		2006		2007		2008
		136		-67		33		-30		-81		-27		-40		11		12		183		-161		-30		-25		-14		178		-118		-37		-2		218		-9		-262		97		531		534		537		2538		2380		-1041		-1064		2688		714		4262		-3215		-3472		625		-4542		-24		7027		-457		-3836		1015		1249		886		481		-369		14670		8709		7215		12919		8666		-7907		-7970		-7822		-2262		3307		302		8496		2244		4319		30569		87484		2969
Plan1
		
anos
US$ milhões
Evolução do resultado do BP - 1947-2008
Plan2
		
Plan3
		
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85
Definição de Taxa de Câmbio Nominal: Quantidade de moeda doméstica necessária para se adquirir uma unidade de moeda estrangeira.
Exemplo: US$ 1,00 = R$ 2,00 ou R$ 1,00 = U$ 0,500...
Convenção incerto (mais usada)
A moeda nacional desvalorizou ( da taxa de câmbio). 
Exemplo: US$ 1,00 = R$ 2,10 (depreciação)
A moeda nacional valorizou ( da taxa de câmbio). Exemplo: US$ 1,00 = R$ 1,90 (apreciação)
Observação: Apreciação / depreciação => movimento de câmbio nominal
	 Valorização / desvalorização => movimento do câmbio real
TAXA DE CÂMBIO
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86
TAXA DE CÂMBIO CÂMBIO FLEXÍVEL
Taxas de Câmbio Flexíveis ou Flutuantes: seu valor é determinado livremente no mercado de divisas, através da interação das forças de oferta e demanda.
Procura por divisas: constituída pelos importadores de bens e serviços e por outras pessoas ou entidades que desejam ou têm necessidade de remeter recursos para o exterior.
Oferta de divisas: constituída pelos exportadores de bens e serviços e por outras pessoas ou entidades que tiverem recebido recursos do exterior.
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87
TAXA DE CÂMBIO CÂMBIO FLEXÍVEL
Dd = f ( e , Y , Pi , Pe , ii , ie )
	 - + + - - +
Od = f ( e , YRM , Pi , Pe , ii , ie )
	 + + - + + -
Pi , o preço real das importações em moeda nacional  ,  importações e a demanda por divisas 
Ii , incentivo à entrada de K, demanda por divisas 
Pi , torna  as receitas de exportação em termos reais,  a oferta por divisas 
Ii , incentivo à entrada de K, oferta por divisas 
Atenção: tenha sempre em mente que a procura por divisas é constituída pelos importadores de modo geral, e a oferta de divisas é constituída pelos exportadores de modo geral.
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88
Coeteris paribus, ocorre uma  de Pi. A demanda por divisas  (Dd se desloca para a direita) e a oferta  (Od se desloca para a esquerda).
Coeteris paribus, ocorre uma  de Pe. A demanda por divisas  (Dd se desloca para a esquerda) e a oferta  (Od se desloca para a direita).
Q
e
e1
e0
Dd
D’d
Od
O’d
Q
e
e2
e0
Od
O’d
Dd
D’d
TAXA DE CÂMBIO CÂMBIO FLEXÍVEL
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89
Se o país adota câmbio flutuante, o saldo do BP estará automaticamente em equilíbrio, sem necessidade do BACEN alterar o volume de reservas internacionais do país. Suponha que o mercado de câmbio esteja equilibrado e0, coeteris paribus,  a demanda por importações e, consequentemente, a demanda por divisas. Haverá uma tendência de surgir um incipiente déficit no BP, mas será eliminado pelo  da taxa de câmbio para e1.
Q
e
e0
e1
Od
D’d
Dd
Q0
Q’0
Q1
Déficit potencial
TAXA DE CÂMBIO CÂMBIO FLEXÍVEL: EFEITO SOBRE O BP
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90
TCF: seu valor é determinado pelo BACEN, que se compromete a vender qualquer quantidade de divisas a esta taxa. Exemplo: se o BACEN fixar ef1 como taxa de câmbio, a oferta de divisas (QO1) superará a demanda por divisas (QD1), aumentando
em valor equivalente as reservas internacionais do país. Se BACEN fixar ef2 como taxa de câmbio, a demanda de divisas (QD2) superará a oferta por divisas (QO2), forçando o BACEN a vender a diferença (QD2 – QO2) ao mercado, reduzindo as reservas internacionais em igual valor.
Q
e
ef1
Od
Dd
QO1
QD1
ef2
QO2
QD2
TAXA DE CÂMBIO CÂMBIO FIXO
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91
VANTAGENS CÂMBIO FIXO:
 Proporciona forte âncora nominal para preços domésticos.
 Impõem disciplina fiscal e monetária.
 Proporciona simplicidade, clareza e transparência das regras monetárias.
 Reduz o risco cambial.
DESVANTAGENS CÂMBIO FIXO:
 Ausência de política monetária doméstica.
 Ausência do Emprestador de Última Instância (Lender of last resort).
 Estratégias de saída deste regime são difíceis de serem encontradas.
VANTAGENS E DESVANTAGENS 
DO CÂMBIO FIXO E FLEXÍVEL
VANTAGENS CÂMBIO FLEXÍVEL:
 Políticas monetárias podem ser usadas para cumprir metas.
 Flexibilidade cambial ajuda a ajustar preços relativos.
 TCF = termômetro da economia.
 A taxa de câmbio mais ajustada ao mercado reduz riscos.
DESVANTAGENS CÂMBIO FLEXÍVEL:
 Instabilidade cambial pode elevar o risco cambial e implicar em viés inflacionário.
 Maior volatilidade cambial pode afetar negativamente o comércio exterior.
 Política monetária inadequada pode gerar perda de credibilidade.
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92
Taxa de câmbio real = eit (Pit / PDt) , onde: 
PDt = o índice de preço doméstico; 
Pit = índice de preço do país da moeda i.
Taxa de câmbio efetiva = ∑ eit βit , onde: 
ei = índice da taxa de câmbio nominal em relação à moeda i; 
βi = peso relativo (participação no comércio) do país da moeda i.
Taxa de câmbio efetiva real = ∑ eit βit (Pit / PDt) , onde:
PDt = índice de preço doméstico
Pit = índice de preço do país da moeda i
βi = peso relativo (participação no comércio) do país da moeda i
Políticas cambiais (alteração em e) mais freqüentes são: regime de taxa de câmbio fixo, flexível ou banda cambial.
Fonte: Reinaldo Gonçalves (www.ie.ufrj.br/hpp/intranet/pdfs/sessao_6_cambio_conceitos_basicos.ppt)
TAXA DE CÂMBIO DEMAIS CONCEITOS
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TAXA DE CÂMBIO EVOLUÇÃO DA TAXA DE CÂMBIO EFETIVA REAL
  
A moeda nacional valorizou
A moeda nacional desvalorizou
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RT: é uma relação entre o índice dos preços de exportação e o índice de preços de importação, o que dá uma medida do poder aquisitivo das exportações de um país.
Suponhamos que o país X vende maças ao país Y por US$ 5 a unidade e adquire deste bananas por US$ 4 a unidade. No ano, o país X vendeu 1.000 maças ao país Y e importou deste 1.250 bananas, estando em equilíbrio comercial no valor de US$ 5.000.
No ano seguinte, o preço da maça no mercado internacional sobe para US$ 6 a unidade ( de 20%) e o preço da banana sobe de US$ 4 para US$ 4,5 ( de 12,5%). Houve uma melhora das relações de troca em favor do país X, colocando-se os preços do ano anterior como índice 100, tem-se:
RELAÇÃO DE TROCA 
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95
CONDIÇÃO DE MARSHALL-LERNER: os efeitos de uma desvalorização cambial sobre o BP de um país podem ser:
1) Para um país pequeno – uma desvalorização da taxa de câmbio provocará uma melhoria na balança comercial e, portanto, no BP (ajuste gradual e não instantâneo). A elasticidade da demanda do resto do mundo é infinitamente elástica;
2) Para um país grande – é possível que apesar de uma desvalorização cambial não haja melhora no saldo comercial. Embora as exportações sejam estimuladas, como o país é um importante fornecedor no mercado internacional, para que as suas vendas  talvez seja necessário uma  no preço, medido em moeda estrangeira, de seus produtos. É necessário considerar a elasticidade da demanda do resto do mundo (bem como as elasticidades da demandas por exportação e importação).
CONDIÇÃO DE MARSHALL-LERNER 
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96
SUGESTÃO DE LEITURA (agroindústria canavieira e setor externo):
SCHMIDTKE, C. R.; SHIKIDA, P. F. A.; LOBO, D. da S.; BRAUN, M. B. S.; VIAN, C. E. de F. Expectativas da agroindústria canavieira paranaense diante da diminuição do protecionismo no comércio internacional. Revista de Economia & Relações Internacionais, São Paulo (SP), v.7, n.13, p.95-120, 2008. 
DIAS, L. C.; GIBBERT, G. M.; SHIKIDA, P. F. A. Competitividade do açúcar no mercado internacional. Revista de Economia e Agronegócio, Viçosa (MG), v.4, n.4, p.457-484, out./dez. 2006.
HAAB, J. P.; STADUTO, J. A. R.; SHIKIDA, P. F. A. A efetividade de hedge do mercado futuro de açúcar nos mercados de Nova York, Londres e da BM&F. Revista de Economia e Administração, São Paulo (SP), v.5, n.3, p.338-357, jul./set. 2006.
SHIKIDA, P. F. A.; BACHA, C. J. C. Alguns aspectos do mercado externo açucareiro e a inserção brasileira neste mercado. Revista Econômica do Nordeste, Fortaleza (CE), v.30, n.3, p.257-394, jul./set. 1999.
BREVES COMENTÁRIOS 
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CLÁSSICOS x KEYNES
As hipóteses do modelo
Y = f ( N , K ) , N = volume de mão-de-obra ; K = estoque de capital (constante no curto-prazo)
i constante e P constante
A depreciação do estoque de capital é inexistente
Não há RLEE ou RLRE, nem transferências unilaterais
T = impostos diretos e arrecadação é considerada líquida de transferências
Todos os lucros auferidos pelas empresas são distribuídos aos sócios ou acionistas
FUNDAMENTOS DE MACROECONOMIA MODELO KEYNESIANO SIMPLES
*
Consumidor
Empresas
Salário
Trabalho
Pagamento
Poupança
“S”
Investimento
“I”
Mercado de Capitais
Imposto
“T”
Compras do
Governo
“G”
Tesouro Nacional
Exportações
“X”
Importações
“M”
Mercado Internacional
Bens e Serviços
MODELO KEYNESIANO SIMPLES
98
*
99
Condição de equilíbrio do modelo
Oferta Agregada (OA) = Demanda Agregada (DA)
Se OA > DA ; Ve > 0		Se OA < DA ; Ve < 0
Composição da demanda agregada
DA = Y = C + I + G + (X – M)
Consumo:
C = a + bYd	 a = consumo autônomo ; b = propensão marginal a consumir: b = 
MODELO KEYNESIANO SIMPLES
 C
 Yd
*
Poupança:
S = Yd – C	( 1 – b ) = propensão marginal a poupar 
Tributação:
T = T	ou T = T + tY T = tributação autônoma ; t = propensão marginal a tributar
Investimento:
I = I	ou I = I + dY I = investimento autônomo ; d = propensão marginal a investir
Os gastos do governo e as exportações:
G = G		e	X = X
Importações:
M = M	ou M = M + mY M = importações autônomas ; m = propensão marginal a 				importar
MODELO KEYNESIANO SIMPLES
100
*
Mudanças na demanda agregada e variações na renda de equilíbrio e o multiplicar
Y = C + I + G + (X – M)
Y = 70 + 0,8 Yd + 80 + 90 + 50 – 30 , sendo Yd = Y – 75
Y = 1000
Se G aumentar seus gastos de 90 para 130  Y = 1200
Um  de 40 (90 para 130) dos gastos de G provocou um  de  Ye de 200 (1000 para 1200), ou seja, 5 vezes maior (40 x 5).
Pode-se dizer que:  Ye = 5 . G ; sendo o multiplicador = 5
MODELO KEYNESIANO SIMPLES
101
*
São causas da  da Demanda Agregada os  de valor de qualquer um dos componentes autônomos das variáveis:
I		 G	 X	 (injeções)
São causas da  da Demanda Agregada os  de valor de qualquer um dos componentes autônomos das variáveis:
 T	M	 S	 (vazamentos)
MODELO KEYNESIANO SIMPLES
Atenção: o multiplicador de T é menor, em valor absoluto, que o multiplicador de G; ambos apresentam o mesmo denominador, porém, o numerador de KT é b enquanto que o de KG é 1; como b é menor do que 1, segue-se que KT < KG.
102
*
MODELO KEYNESIANO SIMPLES
103
Visão clássica X Visão keynesiana
CLÁSSICOS: A oferta dos trabalhadores é função do salário real. Quanto  o salário real, mais caro se torna o trabalhador, o que faz com que as empresas  a demanda de mão-de-obra. No desemprego os trabalhadores aceitam salários nominais . I e S são função da taxa de juros.
KEYNES: Os trabalhadores normalmente não aceitam salários nominais  e, ainda que aceitassem, nada garante que a produção retorne ao pleno emprego. Numa depressão é pouco provável que
os empresários  I. Saída:  G. Poupança é prioritariamente função do nível de renda.
Economia em depressão, normalmente: 
		 Y =  C +  I + G +  (X – M)
*
104
MODELO KEYNESIANO SIMPLES
1 - b
1
KG = 
KT = 
 - b
 1 - b
Nestas circunstâncias, se o G promover uma variação equilibrada no seu orçamento, ou seja,  o G e o T no mesmo valor (G = T), provocará uma variação na renda de equilíbrio de montante igual à variação do orçamento (Y = G = T).
Este fato é denominado TOE e decorre de KG + KT = 1 , como:
Y = KG . G + KT . T ; em sendo G = T 
Y = KG . G + KT . G 		 Y = (KG + KT) . G
Se KG + KT = 1 	 	 Y = G = T
Quando a tributação é em parte autônoma e em parte induzida, o TOE continua válido, desde que a variação total da tributação (t) (autônoma mais induzida) seja igual à G.
Teorema do Orçamento Equilibrado (TOE) 
Quando apenas o C é uma variável induzida pela renda e as demais variáveis que afetam a DA são autônomas, os multiplicadores de G e T são respectivamente:
*
105
Mercado de produtos
Condição de equilíbrio
	Oferta Agregada = Demanda Agregada 
	Y = C + I + G
2. Equações
	2.1. C = a + b Yd
		a > 0 e 0 < b < 1
	2.2. I = c – di
		c > 0 e 0 < d < 1
	2.3. G = G (autônomo)
	2.4. T = T (autônomo)
Onde:
Y = Produto
C = Consumo
I = Investimento
G = Gastos do Governo
T = Tributação
Yd = Renda Disponível
i = Taxa de Juros
MODELO KEYNESIANO GENERALIZADO
O modelo numa economia fechada
Mercado Monetário
Condição de equilíbrio
	Oferta Monetária = Demanda Monetária 
	M = L
2. Equações
	2.1. M = M
	2.2. Lt = k Y
		0 < k < 1
	2.3. Le = e – fi
		e > 0 e 0 < f < 1
Onde:
M = Oferta de Moeda
L = Demanda de Moeda
Lt = Demanda de Moeda para Fins de Transação
Le = Demanda de Moeda para Fins de Especulação
a, b, c, d, k, e e f = paramêtros
*
MODELO KEYNESIANO GENERALIZADO
106
O mercado de produtos e a função IS
Dados:
C = 45 + 0,8 Yd	I = 80 – 4 i		G = 55	T = 50	
Em sendo	Y = C + I + G		tem-se:
		Y = 45 + 0,8 Yd + 80 – 4 i + 55
		Y = 180 + 0,8 Yd – 4 i	como Yd = Y – T tem-se:
		Y = 180 + 0,8 (Y – 50) – 4 i
		Y = 700 – 20 i  função IS
Se i = 6% 	Y = 700 – 20 (6) = 580
Se i = 8% 	Y = 700 – 20 (8) = 540
i
Y
IS
580
540
6 %
8 %
*
MODELO KEYNESIANO GENERALIZADO
107
O mercado monetário e a função LM
Dados:
M = 110	Lt = 0,2 Y	Le = 30 – 2 i	
Em sendo	M = Lt + Le		tem-se:
		110 = 0,2 Y + 30 – 2 i
		i = 0,1 Y – 40	  função LM
Caso a renda da economia (Y) seja 460, o nível de taxa de juros compatível com o equilíbrio monetário é:
		i = (0,1 x 460) – 40 = 6%	 Se Y  para 480 		i = (0,1 x 480) – 40 = 8%
i
Y
LM
480
460
6 %
8 %
*
MODELO KEYNESIANO GENERALIZADO
108
O equilíbrio na economia
Dados:
IS  Y = 700 – 20 i	
LM  i = 0,1 Y – 40
Substituindo-se o valor de i na função IS:
		Y = 700 – 20 (0,1 Y – 40)
		Y = 500 (renda de equilíbrio)
O valor da taxa de juros i compatível com a renda de 500 será:
		i = (0,1 x 500) – 40 = 10%
i
Y
LM
500
10 %
IS
*
109
Mercado de produtos
Y = 500
T = 50
Yd = Y – T = 450
C = 45 + 0,8 Yd
	C = 45 + (0,8 x 450)
	C = 405
I = 80 – 4 i
	I = 80 – (4 x 10)
	I = 40
G = G = 55
Logo
Y = C + I + G
MODELO KEYNESIANO GENERALIZADO
O equilíbrio na economia
Mercado Monetário
M = M = 110
Lt = 0,2 Y
	Lt = 0,2 x 500
	Lt = 100
Le = 30 – 2 i
	Le = 30 – (2 x 10)
	Le = 10
Logo
M = Lt + Le
*
MODELO KEYNESIANO GENERALIZADO
110
Política fiscal pura
Antes: C = 45 + 0,8 Yd	I = 80 – 4 i	G = 55	T = 50
IS  Y = 700 – 20 i	G  em 15
Depois: C = 45 + 0,8 Yd	I = 80 – 4i	G = 70	T = 50
Y = C + I + G  45 + 0,8 (Y – 50) + 80 – 4 i + 70
		0,2 Y = 155 – 4 i
IS´  Y = 775 – 20 i		Sendo: LM  i = 0,1 Y – 40
Y = 775 – 20 (0,1 Y – 40)	 YE = 525
iE = (0,1 x 525) – 40 	 iE = 12,5 %
*
MODELO KEYNESIANO GENERALIZADO
111
i
Y
LM
500
10 %
IS
IS´
525
12,5 %
775
38,75%
Situação anterior
G = 55, YE = 500, iE = 10%
Mercado de Produtos
C = 405
I = 40
G = 55
Y = 500
Mercado Monetário
M = 110
Lt = 100
Le = 10
Situação nova
G´ = 70, YE = 525, iE = 12,5%
Mercado de Produtos
C = 45 + (0,8 x 475) = 425
I = 80 – (4 x 12,5) = 30
G´ = 70
Y = 525
Mercado Monetário
M = 110
Lt = 0,2 x 525 = 105
Le = 30 – (2 x 12,5) = 5
575
Política fiscal pura
*
MODELO KEYNESIANO GENERALIZADO
112
Política monetária pura (compra de títulos;  da taxa de redesconto;  depósitos compulsórios)
Antes: M = 110	Lt = 0,2 Y	Le = 30 – 2 i
LM  i = 0,1 Y – 40	M  para 122
Depois: M = 122
122 = 0,2 Y + 30 – 2 i
LM´  i = 0,1 Y – 46		Sendo: IS  Y = 700 – 20 i
Y = 700 – 20 (0,1 Y – 46)	 YE = 540
iE = (0,1 x 540) – 46 	 iE = 8 %
*
MODELO KEYNESIANO GENERALIZADO
113
i
Y
LM
500
10 %
IS
540
8 %
775
38,75%
Situação anterior
M = 110, YE = 500, iE = 10%
Mercado de Produtos
C = 405
I = 40
G = 55
Y = 500
Mercado Monetário
M = 110
Lt = 100
Le = 10
Situação nova
M´ = 122, YE = 540, iE = 8%
Mercado de Produtos
C = 45 + (0,8 x 490) = 437
I = 80 – (4 x 8) = 48
G = 55
Y = 540
Mercado Monetário
M = 122
Lt = 0,2 x 540 = 108
Le = 30 – (2 x 8) = 14
Política monetária pura
LM´
*
MODELO KEYNESIANO GENERALIZADO
114
Clássicos X Keynesianos
Zona keynesiana: corresponde à porção infinitamente elástica da LM - quando as taxas de juros estão baixas e as pessoas preferem guardar sua riqueza sob a forma de moeda do que sob a forma de ativos financeiros (preferência pela liquidez).
Zona clássica: corresponde à sua porção absolutamente inelástica da LM; a demanda de moeda para fins de especulação é nula.
Zona intermediária: corresponde ao caso normal, em que a demanda de moeda para fins de especulação é relativamente elástica em relação à taxa de juros.
i
Y
Infinitamente elástica
A PM é “inútil” 
Absolutamente inelástica
A PF é “inútil”
Relativamente elástica
A PF é “útil”
LM
*
MODELO KEYNESIANO GENERALIZADO
115
As políticas monetária e fiscal numa economia aberta
Modelo de Mundell-Fleming (hipóteses): 
O país é pequeno na economia mundial;
2. Perfeita mobilidade de capitais;
3. Os preços internos são supostos rígidos;
4. Não há expectativas de modificação na taxa de câmbio;
5. Condição de Marshall-Lerner (desvalorização cambial   X;  M);
6. X é função crescente da taxa de câmbio;
7. M é função crescente da renda e decrescente da taxa de câmbio.
*
MODELO KEYNESIANO GENERALIZADO
116
As curvas IS e LM numa economia aberta
A curva IS passa a ser influenciada pela demanda líquida do exterior (X – M)
	 (X – M) > 0  IS se desloca para a direita
	 (X – M) < 0  IS se desloca para a esquerda
A reta da mobilidade perfeita de capitais (MPC)
A hipótese de MPC tem como consequencia iI = iE.
Se iI é temporariamente maior do que iE , haverá uma entrada líquida de capitais no país.
Se iI é temporariamente menor do que iE , haverá uma saída líquida de capitais do país.
*
MODELO KEYNESIANO GENERALIZADO
117
Taxa de Câmbio Fixa
Política Monetária Expansionista (BC compra títulos)
LM para a direita
 Compra de títulos = perda de reservas provocada pela saída de capitais. LM volta para a posição original e o equilíbrio da economia, para o ponto A.
i
Y
iI = iE
MPC
IS
LM
LM´
A
B
*
MODELO KEYNESIANO GENERALIZADO
118
Taxa de Câmbio Fixa
Política Fiscal Expansionista ( G)
IS para a direita
 Elevação temporária de iI (iI > IE). Ganho de reservas em virtude de entrada de capitais  expansão da base monetária.
 Deslocamento de LM para a direita  equilíbrio no ponto C.
i
Y
iI = iE
MPC
IS
LM
A
B
IS´
LM´
C
*
MODELO KEYNESIANO GENERALIZADO
119
Taxa de Câmbio Flutuante
Política Monetária Expansionista (BC compra títulos)
LM para a direita
 Saída de capitais porque temporariamente iI < IE (ponto B)  desvalorização da taxa de câmbio   (X – M) > 0  IS se desloca para a direita  equilíbrio
no ponto C.
i
Y
iI = iE
MPC
IS
LM
A
B
IS´
LM´
C
*
MODELO KEYNESIANO GENERALIZADO
120
Taxa de Câmbio Flutuante
Política Fiscal Expansionista ( G)
IS para a direita
 iI > IE temporariamente  entrada de capitais  valorização da taxa de câmbio   (X – M) < 0  IS volta para a posição original e o equilíbrio da economia, para o ponto A.
i
Y
iI = iE
MPC
IS
LM
A
B
IS´
*
INFLAÇÃO
Conceito: Uma alta persistente e generalizada do nível de preços da economia ao longo do tempo.
121
Taxa de Inflação 
Desinflação
Deflação
*
OS INCONVENIENTES DA INFLAÇÃO
Perda do poder aquisitivo dos salários e outras rendas fixas
 Assalariados normalmente não conseguem reajustes nominais, bem como os indivíduos que recebem rendas fixas durante a inflação;
 Os empresários, que conseguem repassar os aumentos de custos provocados pela inflação, garantem os lucros.
Desorganização do mercado de capitais e aumento da procura por ativos reais
Surgimento de déficits no Balanço de Pagamentos
 Se o país adotar o câmbio fixo, o efeito de uma inflação interna será de  as exportações e  as importações, o que poderá provocar a ocorrência de déficits no BP.
Dificuldades para o financiamento do setor público
 A receita dos tributos pode diminuir em termos reais dado o intervalo de tempo entre a ocorrência do fator gerador do imposto e seu recolhimento (Efeito Tanzi);
 Dificuldades de vendas de títulos do governo;
 Por outro lado, permite a arrecadação do imposto inflacionário.
122
*
A INDEXAÇÃO
 Em economias com altas taxas de inflação que tendem a permanecer no tempo (inflação crônica), a desorganização total de economia é impedida pelo adoção da indexação das rendas e dos ativos.
A indexação consiste em se corrigir as rendas recebidas pelos agentes econômicos e o valor dos ativos de sua propriedade com base na variação de um índice de preços que reflita a inflação no período.
A indexação atenua os males da inflação, porém apresenta a desvantagem de perpetuá-la.
123
*
TIPOS DE INFLAÇÃO
124
Inflação de Demanda (causas)
 de I;
 de G;
 de X;
 de T;
 de M;
 da oferta monetária
Inflação de Custos (causas)
 de salário acima da produtividade;
 autônomos de margens de lucros;
 de preços agrícolas;
 autônomo de preços de importados;
desvalorização real da taxa de câmbio (os insumos importados  os preços)
P
Y
OA
DA1
DA2
DA3
DA4
P1
P2
P3
P4
Y1
Y2
Y3=YPE
P
Y
OA2
DA
Y1=YPE
P1
P2
Y2
OA1
*
AS POLÍTICAS FISCAL E MONETÁRIA 
E A INFLAÇÃO DE CUSTOS
125
 Inflação de Custos
Uso de PF e PM restritivas
Causa + desemprego na economia (Y3)
P
Y
P1
P2
Y2
Y1=YPE
P
Y
OA2
DA1
Y1=YPE
P1
P2
Y2
OA1
Se PF e PM forem expansivas, com o objetivo de eliminar o desemprego, ocorrerá um  da inflação (P3)
OA1
OA2
DA1
DA2
Y3
DA2
P3
*
CURVA DE PHILLIPS, 
INFLAÇÃO INERCIAL E 
IMPOSTO INFLACIONÁRIO
Curva de Phillips: retrata o trade-off entre a taxa de inflação e a taxa de desemprego. Modernamente é utilizada como forma de descrever o ajustamento dinâmico dos preços da economia em função do desvio do produto real em relação ao produto potencial.
Inflação Inercial: provoca a perpetuação das taxas de inflação anteriores, que são sempre repassados aos preços correntes.
Imposto inflacionário: apesar do nome, não é arrecadado pelo governo explicitamente. Resulta da perda do poder aquisitivo dos meios de pagamento retidos pelo público, já que nem o papel-moeda em poder do público e os depósitos à vista nos bancos comerciais são corrigidos monetariamente.
126
*
INFLAÇÃO NO BRASIL
Fonte: Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – IBGE (site oficial). Dado de 2008 = 5,90%
Histórico do Quadro Inflacionário no Brasil – 1981 a 2007
SUGESTÃO DE LEITURA:
SCHLINDWEIN, M. M.; SHIKIDA, P. F. A. Análise comparativa do desemprego no Brasil durante as décadas de 80 e 90: implicações e panoramas econômicos. Economia Ensaios, Uberlândia, v.14/15, n.2/1, p.125-144, jul./dez., 2000. 
127
*
08 programas de estabilização econômica
15 políticas salariais
54 alterações de sistemas de controles de preços
18 mudanças de política cambial
21 propostas de renegociação da dívida externa
11 índices oficiais de inflação
5 congelamentos de preços e salários
18 determinações presidenciais para cortes drásticos nos gastos públicos
INFLAÇÃO NO BRASIL
128
*
“O orçamento nacional deve ser equilibrado;
As dívidas públicas devem ser reduzidas;
A arrogância das autoridades deve ser moderada e controlada;
Os pagamentos a governos estrangeiros devem ser reduzidos, se a nação não quiser ir à falência;
As pessoas devem normalmente aprender a trabalhar, em vez de viver por conta pública.”
129
BREVES COMENTÁRIOS
*
130
 Por último, mas não menos importante... 
http://www.corecon-rj.org.br/Grandes_Economistas_Consulta.asp?Letra=A
? ? ?
*
“Em Economia a sabedoria tem dúvidas, a ignorância tem certeza” Böhm-Bawerk
“A ambição universal dos homens é viver colhendo o que nunca plantaram” Adam Smith
131
Mestrado Profissional em Agroenergia Disciplina: Nivelamento de Economia/2010 Professor: Pery Francisco Assis Shikida (peryshikida@hotmail.com)

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