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Resumo fichamentos (Protocolo de BOG e Bordeis legais de Nevada) NAPS 2017.2

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Resumo fichamentos
Fichamento: "BRENTS, B.; HAUSBECK, K. Violence and legalized brothel prostitution in Nevada: examining safety, risk, and prostitution policy. Journal of interpersonal violence, v. 20, n. 3, p. 275, Mar 2005. ISSN 0886-2605." 
Esse artigo examina a violência nos bordeis legalizados em Nevada, como cita o título, por meio do estudo dessas variáveis. Discutindo e fazendo relatos referentes a violência que está inerente a esse tipo de indústria a violência interpessoal contra as prostitutas, violência contra a ordem pública, e doenças sexualmente transmissíveis como forma de violência. Todavia, administradores de bordel argumentam que os estabelecimentos fornecem uma maneira segura e mais higiênica para ofertar o serviço de prostituição (Bell, 1994; Best, 1998; Gilfoyle, 1992; Walkowitz, 1980) Argumentando a retórica de risco e segurança que está evidente nas políticas da prostituição em um estudo que teve como método uma pesquisa detalhada que consiste em 8 anos de pesquisa de campo referente ao sistema de bordeis implantados em Nevada cobrindo 13 dos 26 bordeis que operavam em Nevada, entrevistando os stalkeholders* e argumentando as políticas públicas relacionadas a esse negócio. Entre 1998 e 2002, também foi conduzida uma entrevista pessoal com 40 prostitutas que tiveram como base de tempo uma hora para cada entrevistada, as entrevistas ocorreram no local de trabalho delas, analisando as notas referentes a segurança, violência, perigo, risco e medo. Com foco na maneira de como os donos e funcionárias pensam.
Um dos tipos de violência interpretado pelas autoras do artigo é a violência contra a ordem comum, a manutenção da ordem pública acontece quando os donos desses estabelecimentos buscam manter suas funcionárias longe da sociedade, que tem como objetivo não transparecer que elas trabalham com a venda de seu corpo, por esse ponto de vista apenas estamos notando uma busca por lucro dos empresários, tendo em vista manter seu negócio em funcionamento e longe de problemas legais. Segundo Best e Gilfoyle, as reformas municipais da era progressista criticavam as políticas relacionadas a prostituição como uma via de controle imoral de algumas áreas urbanas, alimentadas por alguns políticos corruptos.
Outra retórica de perigo está vinculada ao debate sobre doenças sexualmente transmissíveis, o qual já mostra ter um maior número de base teórica que outros tipos de violência, um dos argumentos é que com a legalização dessa atividade as prostitutas teriam que realizar alguns testes para identificar possíveis enfermidades, como já era feito em alguns lugares da Europa. Devido a isso se tornou obrigatório em Nevada o exame para HIV/AIDS e outras DST's transmissíveis.
As leis de Nevada foram desenhadas para punir terceiros que desejem administrar o trabalho das prostitutas, também regulam a área em qual elas vão desempenhar esse papel mantendo esses tipos de estabelecimento longe de áreas "respeitáveis" da sociedade, mantendo uma certa distância de escolas, igrejas e ruas principais. A lei (NRS 244,245) também tem em vista tornar ilegal a apologia, cafetinagem, criação de zonas, propagandas e transmissão de DST's, com exceção dos bordeis que estão aptos a realizar propagandas. Caso ofertante do serviço esteja com alguma enfermidade essa deve ser tradada para que ela possa retomar a atividade. Essa lei foi criada devido à grande demanda por esses serviços, com a preocupação de manter a integridade dos empregados nesse oficio.
Os bordeis legalizados de Nevada tem como principal função evitar os três tipos de violência que esse artigo aborda, para isso eles provem métodos que busquem monitorar o processo de negociação, interfones, salas de monitoramento de áudio, estudo do comportamento dos clientes e boa relação com a polícia. O que também por outro lado garantem a viabilidade econômica do projeto desenvolvido por esses empresários de bordeis legais. Esse clima também é motivado pelo bom trabalho das profissionais, que estão sempre em busca de pessoas que estejam motivadas, a fim de continuar provendo lucro dessa atividade ofertando entretenimento para a demanda que busca esse serviço. Embelecendo a relação de segurança e o lucro das partes.
O processo de negociação ocorre em uma sala a parte, nunca é um contato direto com a prostituta, isso ajuda a identificar alguns problemas referentes ao consumidor, se ele se encontra nervoso ou querendo causar algum tipo de conflito, minimizando o risco das funcionárias. Maioria das entrevistadas reforçam a ideia de que esse sistema as ajudam a se sentir menos ameaçadas por possíveis clientes violentos, caso ela sinta essa tensão basta que ela "pisque um olho" para que a segurança do estabelecimento fique atenta para com determinada pessoa. O pagamento adiantado, relógios permitem um melhor monitoramento de quem pagou e se o cliente está usando mais tempo que o pago, protegendo suas colaboradoras e monitorando as perdas orçamentárias. Como um adendo a segurança das funcionárias os donos de estabelecimento adicionaram um botão que quando pressionado aciona a segurança do estabelecimento, uma das entrevistadas não se sentiu muito segura com esse mecanismo e refutou dizendo que seria mais seguro manter os clientes sempre perto do hall e do público, trabalhando com portas mais finas, para que ficasse mais fácil de evitar qualquer ato violento ou evasão de um cliente que praticasse esse ato. Como um adendo a segurança das funcionárias os donos de estabelecimento adicionaram um botão que quando pressionado aciona a segurança do estabelecimento, uma das entrevistadas não se sentiu muito segura com esse mecanismo e refutou dizendo que seria mais seguro manter os clientes sempre perto do hall e do público, trabalhando com portas mais finas, para que ficasse mais fácil de evitar qualquer ato violento ou evasão de um cliente que praticasse esse ato.
Maioria dos donos de bordel entrevistados afirmaram que o estabelecimento deles é composto de damas para servir cavaleiros, que não aturam beberrões e pessoas má educadas em seu negócio, diferentemente da prostituição nas ruas eles tem como ideal manter a ideia de uma área segura para ambos, cliente e funcionárias, tendo como principal mecanismo de defesa à polícia que ajuda a manter a ordem, mesmo que não precisem chama-los a todo tempo, como relataram.
Prostitutas também tende a ser gentis com novata de profissão as aconselhando de como se proteger e como identificar clientes violentos, como o uso de espelhos na sala um dos truques citado nas entrevistas, entre outros métodos, também se ajudam quando é necessário usar de força física para retirar algum valentão do estabelecimento. Todavia os donos de estabelecimento também relatam a dificuldade de convivência que algumas funcionárias têm devido à concorrência entre elas, sendo necessário o estabelecimento de algumas regras estritas sobre drogas e brigas entre elas, a fim de evitar um problema legal. Grande maioria dos bordeis não permitem a saída das suas funcionárias enquanto tiverem um contrato vigente, mesmo que fora de seu turno de trabalho. Maioria das casas oferecem dias para que elas possam sair, essas regras têm como objetivo evitar a exposição pública e possíveis distúrbios na ordem pública, assim mantendo o estabelecimento com "boa imagem". Maioria dos bordeis também não permitem que as funcionárias realizem qualquer tipo de serviço fora do estabelecimento a fim de manter a segurança delas e também é foi bem raro entre as entrevistadas o interesse de alguma por esse tipo de serviço.
Outro risco que é muito discutido é a questão das DST's. É obrigatório que as envolvidas no processo realizem um check-up antes de começarem as atividades, semanalmente também devem fazer teste de DST's e mensamente outros testes relacionados a sua saúde, também é obrigatório o uso de preservativo em todas relações com qualquer cliente. Sendo uma unanimidade entre elas a preferência pelo uso devido à preocupação para com a saúde. Alguns procedimentos são legalmentelegitimados e tem como função informar a situação das funcionárias, principal fonte de lucro dos donos de negócio, que também enxergam a segurança como um dos pilares para o sucesso nesse ramo. As prostitutas também fazem uma "checagem genitália", que também é conversado durante a negociação, o cliente pode ser reprovado no teste e receber seu dinheiro ou cartão de crédito de volta, como em um acordo de cavalheiros.
Apenas 1 dentre as 40 entrevistadas afirmou ter sofrido por algum tipo de violência dentro de bordeis, que também relatou que não aparenta ser algo frequente. Mais de 80% das entrevistadas afirmaram se sentir seguras realizando esse trabalho, o mais frequente comentário foi de que os bordeis são os locais mais seguros para desempenhar essa função dentro de um nicho tão arriscado e essa é a principal razão das mulheres recorrem a esses estabelecimentos. Que minimizam o risco da profissão devido o constante monitoramento de clientes, segurança e saúde dos envolvidos.
Prostitutas se defendem da violência pensando como vítimas constantemente, estando de prontidão com relação ao estado do cliente principalmente com relação ao consumo de álcool e outros, não apenas se importando com o valor financeiro que lhes é ofertado e também sendo orientadas a sempre assumir controle da situação.
Concluísse que a intenção do artigo não foi dizer que a violência é algo fictício e que sim, ela acontece e nós devemos estar sempre pensando em como remediar tais atos desses clientes implantando mecanismos para gestão, controle de entrada e segurança. Assim assegurando o lucro financeiro da empresa e uma cultura organizacional saudável.
*Stakeholders: Em inglês stake significa interesse, participação, risco. Holder significa aquele que possui. Assim, stakeholder também significa parte interessada ou interveniente. É uma palavra em inglês muito utilizada nas áreas de comunicação, administração e tecnologia da informação cujo objetivo é designar as pessoas e grupos mais importantes para um planejamento estratégico ou plano de negócios, ou seja, as partes interessadas.
Fichamento: "PROTOCOLO DE BOGOTÁ - “Conferencia sobre Calidad de Datos de Homicidio en América Latina y el Caribe” Hacia una información de calidad. http://conferenciahomicidiosbogota2015.org/
Um protocolo desenvolvido em uma conferência realizada entre os dias 7 e 9 de setembro de 2015 a fim de estabelecer uma série de critérios básico para as instituições de produção de dados oficiais de homicídios para os governos locais, estabelecendo um grau de qualidade e orientação. Com critérios rigorosos e homogêneos que favorecem a divulgação desses dados na comunidade internacional. Critérios esses que estão agrupados em 8 áreas.
A vítima de homicídio deve ser registrada como uma unidade. Em um incidente cada vítima deve ser registrada individualmente, com a preservação da identidade dessas unidades. É considerado homicídio a morte de uma pessoa provocada por uma agressão intencional, excluímos os homicídios não intencionais. Mortes em ambiente de guerra, conflitos internos e ocorrências civis, além de considerar as mortes por violência cometidas por agentes públicos, usando legítima defesas ou não, variando dependendo da legislação de cada país.
Um apanhado de informações relacionadas a vítima, o fato e ao suposto criminoso, que assim devem ser registradas; 
Vítima:
Identificação única
Sexo
Data de nascimento, concreta ou aproximada
Nacionalidade
Estado civil
Escolaridade
Profissão
Lugar onde residia, com maior número de detalhes possíveis.
Características adicionais relativas a grupo étnico, socioeconômico e identidade de gênero.
 Fato:
Data e hora do ato violento
Data e hora do falecimento
Arma usada no ato violento
Número de vítimas mortais
Ficha criminal e quantidade de delitos cometidos.
Lugar onde ocorreu esse ato, com maior detalhamento possível.
Tipificação do lugar, ambiente público ou privado
Motivo do ato violento
Descrição das circunstancias de morte da vítima
Ficha de suspeito:
Sexo
Data de nascimento
Nacionalidade
Relação entre vítima e suspeito
Profissão do suspeito
Como forma de valorar a qualidade dos dados, deve haver uma porcentagem máximo de informações perdidas e das categorias indeterminadas. Se estabelecem os seguintes critérios, A - a margem de erro máxima para sexo das vítimas deve ser de 1%; B - uma margem de 5% de vítimas de homicídios com idade ignorada; C - margem de 10% de vítimas sem município de registro; D - Porcentagem máxima de 10% de categorias ambíguas, como mortes por causas desconhecidas, mortes categorizadas como residuais (encontro de um cadáver, morte não esclarecida); E – Uma margem de 5% para homicídios não especificados, em caso de disfunção dos códigos que variam de acordo com o código. 
Um alto grau de convergência entre os homicídios obtidos a partir de registros criminais e certificados de óbito, assim também é estabelecido limite máximo de discrepância entre 20% entre os tipos de fonte.
Para isso é obrigatório fazer uso de todas fontes oficiais e de outras fontes externas. Essa fase deve contar com a participação de funcionários públicos, acadêmicos e membros da sociedade civil especializados no tema, formulando a melhor maneira de formular as informações.
Serão divulgadas publicamente aos relacionados aos homicídios, nacionais e locais, quaisquer modificações dos posteriores devem ser passadas a instituição, este micro dado dos homicídios serão expostos publicamente. Os dados serão publicados em uma periodicidade de 6 meses e os micros dados com periodicidade anual. O prazo máximo de tempo. A – 6 Meses em caso de obtenção de dados por inquérito criminal; B – Em caso de obituário o prazo é de 18 meses. 
O protocolo conta com diversas fontes de países da América Latina e nacionais, são estas: 
SSP, ISP, Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Centro de Estudos Legais e Sociais, Ministério da Saúde, Fundação Oswaldo Cruz, Núcleo de Segurança Pública, Laboratório de Análise de Violência.

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