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Aula - 3 Circuitos em Série Atualmente, dois tipos de corrente elétrica são usados nos equipamentos elétricos e eletrônicos: a corrente contínua ( cc ), cuja intensidade e sentido não variam com o tempo, e a corrente alternada (ca), cuja intensidade e sentido mudam constantemente. Ao manter uma diferença de potencial entre dois terminais, a bateria faz com que cargas elétricas percorram o circuito indicado na ilustração. O terminal positivo remove elétrons do fio com a mesma rapidez com que eles são cedidos pelo terminal negativo. Enquanto a bateria estiver ligada aos mesmos pontos do circuito, não haverá qualquer mudança na intensidade e no sentido da corrente. A corrente é limitada somente pelo resistor R. Quanto maior a resistência, menor a corrente, e vice-versa, como é fácil perceber a partir da definição de resistência. • Seguindo o sentido de escoamento convencional, observamos que há um aumento de potencial ao atravessarmos a bateria (de - para + ); • Uma queda de potencial ao atravessarmos o resistor (de + para - ); • Em circuitos de corrente contínua com apenas uma fonte de tensão, a corrente convencional sempre passa de um potencial mais baixo para um potencial mais alto ao atravessar uma fonte. • Um circuito consiste em um número qualquer de elementos unidos por seus terminais, com pelo menos um caminho fechado através do qual a carga possa fluir. • Um circuito consiste em um número qualquer de elementos unidos por seus terminais, com pelo menos um caminho fechado através do qual a carga possa fluir. • Dois elementos estão em série se: 1. Possuem somente um terminal em comum (isto é, um terminal de um está conectado somente a um terminal do outro). 2. O ponto comum entre os dois elementos não está conectado a outro elemento percorrido por corrente. • No circuito abaixo, o resistor R1 forma um ramo do circuito, o resistor R2 forma outro, e a bateria E, um terceiro. • A resistência total de um circuito em série é a soma das resistências do circuito. 𝑅T = 𝑅req = 𝑅1 + 𝑅2 • Note que a resistência total é na realidade a resistência "vista" pela bateria quando ela "observa" a combinação de elementos em série. • Em geral, para encontrar a resistência total (ou equivalente) de N resistores em série, utilizamos: 𝑅T = 𝑅 req = 𝑅1 + 𝑅2 + 𝑅3 + ⋯ + 𝑅n • Uma vez conhecida a resistência total, o circuito pode ser redesenhado como mostrado abaixo, revelando claramente que a única resistência que a fonte "vê" é a resistência equivalente. • Não importa como os elementos estão conectados para estabelecer RT. • Como todos os elementos estão em série, o circuito é chamado de circuito em série. • Se ao circuito da figura for acrescentado um resistor R3 percorrido por corrente, como na os resistores R1 e R2 não estarão mais em série porque a parte (2) da definição de elementos em série não será mais verdadeira. • Quando dois ou mais elementos de um circuito estão ligados em série, a corrente é a mesma em todos eles. • Um ramo do circuito é qualquer parte do circuito que possui um ou mais elementos em série. Desde que o valor desta resistência seja conhecido, a corrente fornecida pela fonte pode ser determinada usando a definição de resistência, como se segue: i = 𝐸 / 𝑅T • Como E é fixo, a intensidade desta corrente depende somente do valor de RT. • Se RT for elevada irá resultar em um valor relativamente pequeno de I; • Se RT for pequeno irá resultar em grandes valores de corrente. • O fato de a corrente ser a mesma em todos os elementos do circuito, permite calcular a tensão entre os terminais de cada resistor • Da definição de resistência: 𝑉1 = i𝑅1; 𝑉2 = i𝑅2; 𝑉3 = i𝑅3; … ; 𝑉n = i𝑅n • A potência fornecida a cada resistor pode ser determinada usando qualquer uma das três expressões a seguir, que são apresentadas para o caso especial de R1· 𝑃1 = 𝑉1i = 𝐼²𝑅1 = 𝑉²/𝑅1 • A potência fornecida pela fonte é 𝑃f = 𝐸i • A potência total fornecida a um circuito resistivo é igual à potência total dissipada pelos elementos resistivos presentes no circuito. 𝑃f = 𝑃1 + 𝑃2 + 𝑃3 + ⋯ + 𝑃n • Exemplo: 1) Dado o circuito abaixo: a. Encontre a resistência total para o circuito abaixo; b. Calcule a corrente fornecida pela fonte, If. c. Determine as tensões V1, V2 e V3. d. Calcule a potência dissipada por R1, R2 e R3 e. Determine a potência fornecida pela fonte e compare-a à soma das potências calculadas no item (d). Instrumentação • A inserção de qualquer medidor em um circuito afetará o circuito; • As tensões de um circuito podem ser medidas sem que haja interrupções (rompimento das conexões) do circuito. Distribuição de potência em um Circuito em Série • Em qualquer circuito elétrico, a potência aplicada será igual à potência dissipada ou absorvida. • A potência aplicada (fornecida) pela fonte CC deve ser igual aquela dissipada pelos elementos resistivos; 𝑃E = 𝑃R1 + 𝑃R2 + 𝑃R3 FONTES DE TENSÃO EM SÉRIE • Duas ou mais fontes de tensão podem ser ligadas em série, para aumentar ou diminuir a tensão total aplicada a um sistema. A tensão resultante é determinada somando-se as tensões das fontes de mesma polaridade e subtraindo-se as de polaridade oposta. A polaridade resultante é aquela para a qual a soma é maior. LEI DE KIRCHHOFF PARA TENSÕES • A lei de Kirchhoff para tensões (LKT) afirma que a soma algébrica das variações de potencial em uma malha fechada é nula. • Uma malha fechada é qualquer caminho contínuo que deixa um ponto em um sentido e retoma ao mesmo ponto vindo do sentido oposto, sem deixar o circuito. • Por convenção, o sentido horário será usado para todas as aplicações da lei de Kirchhoff para tensões que se seguem. Não se esqueça, porém, de que o mesmo resultado seria obtido se o sentido escolhido fosse o anti-horário. • Um sinal positivo indica um aumento de potencial (de - para +), e um sinal negativo, uma queda (de + para -). • Percorrendo o circuito abaixo no seguinte sentido abcda, podemos escrever: −𝑉1 − 𝑉2 + 𝐸 = 0 → 𝐸 = 𝑉1 + 𝑉2 • A tensão aplicada a um circuito em série é igual à soma das quedas de tensão nos elementos em série. • A lei de kirchhoff para tenções pode ser escrita da seguinte forma: • A aplicação da lei de Kirchhoff para tensões não precisa seguir um caminho que inclua elementos percorridos por corrente. • A aplicação da lei de Kirchhoff para tensões a malha fechada irá resultar em uma diferença de potencial de 4 V entre os dois pontos. Usando o sentido horário. 12 − 𝑉x − 8 = 0 𝑉x = 4𝑉 Ex.: Determine as tensões desconhecidas nos circuitos abaixo. INTERCAMBIANDO ELEMENTOS EM SÉRIE • Os elementos de circuitos em série podem ser intercambiados sem que a resistência total, a corrente que atravessa o circuito e a potência consumida pelos diferentes elementos sejam afetadas. REGRA DOS DIVISORES DE TENSÃO • Nos circuitos em série, – a tensão entre os terminais dos elementos resistivos se divide na mesma proporção que os valores de resistência. • É particularmente interessante notar que se as resistências de todos os resistores forem aumentadas na mesma proporção, como na figura abaixo, os valores de tensão permanecerão os mesmos. • Até aqui a corrente era determinada antes das tensões no circuito. • Há, entretanto, um método, conhecido como regra dos divisores de tensão, que permite determinar as tensões sem que seja necessário calcular a corrente. Note que o formato para V1 e V2 é 𝑉x = R . E / RT onde: Vx é a tensão entre os terminais de Rx E é a tensão aplicada aos elementos em série RT é a resistência total do circuito em série. • A tensão entre os terminais de um resistor em um circuito em série é igual ao valor desse resistor vezes a tensão total aplicada aos elementos em série do circuito dividida pela resistência total dos elementos em série. Resistências internas das fontes de tensão • Toda fonte real de tensão possui uma resistênciainterna. • O circuito equivalente de qualquer fonte é parecido com a figura abaixo; • Quanto maior a resistência interna, maior a inclinação da curva; • Na prática, seja qual for o intervalo de tensão ou corrente escolhida, a resistência interna á dada por: 𝑅int = Δ𝑉L / ΔiL Uma consequência direta da queda de tensão de saída é uma queda de potência fornecida à carga, portanto:
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