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CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DE FOZ DO IGUAÇU Economia Direito / 1º Período ELVIS ELTON WANDROWSKI Relação: Direito e Economia Foz do Iguaçu – PR Março de 2018 INTRODUÇÃO O objeto de estudo da ciência Direito é a conduta humana, conforme aborda Rovinski (2007, p.35). Nesse contexto, percebe-se a importância de compreender as interações sociais e as prerrogativas para o desenvolvimento da norma jurídica, pois afinal, é através dela que é possível estabelecer o equilíbrio das ações individuais e coletivas tange às sociedades (Hobbes, 2003), sejam nos aspectos sociais, políticos ou econômicos. A partir dessa análise é possível verificar a existência de uma relação dinâmica que interliga essas três dimensões, porém como a ênfase dessa análise compreende o Direito e a Economia, este detém uma influência significativa no âmbito social, como lembra Marshall (1996, p. 77): “Economia Política ou Economia, é um estudo da Humanidade nas atividades correntes da vida; examina a ação individual e social em seus aspectos mais estreitamente ligados à obtenção e ao uso dos elementos materiais do bem-estar”. Logo, se há relação de obtenção e distribuição de recursos, é necessário que haja a norma para respaldar a segurança dessas relações e é nesse contexto, que se averigua o elo Economia e Direito. Desta forma, pretende-se desenvolver uma breve análise histórica, política e econômica a fim de explanar o essa interação entre Direito e Economia, abordando sucintamente a Teoria Marxista da Formação dos Estados Nacionais e os Princípios Econômicos de Mankin. Lembrando como afirma Bloch (2001, p. 45), que existe uma verdade única e acabada dos fatos históricos, mas sim diversas versões que cabe ao historiador reconstruir as memórias do passado de forma imparcial. 1. TEORIA DA FORMAÇÃO DOS ESTADOS NACIONAIS. O Estado é composto por três elementos: território, povo e governo soberano, como salienta Andrade (2009, p. 5). Essa perspectiva, possibilita reforçar e retomar a concepção que dispõe o artigo 1º e o respectivo parágrafo único da Constituição Federativa do Brasil: “A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal [...]”; “Todo poder emana do povo [...])” (Brasil, 1988). Como se observa, esses elementos representam os desígnios do desenvolvimento dos processos históricos. Com base nessa premissa, durante o processo de ascensão da burguesia a partir do capitalismo comercial primitivo durante os séculos XIV e XV, foi possível a centralização política do antigo sistema feudal através da articulação de dois personagens: o rei e a burguesia. Dessa forma, estes pagando tributos e aqueles em contrapartida financiando exércitos, essa interação de capital, centralização política e força bélica possibilitaram a formação dos Estados Nacionais Modernos. Assim, o soberano exigia tributos e em contrapartida a burguesia exigia a padronização de pesos e medidas, como também leis para a formação de contratos. Neste contexto, o Estado se torna a peça fundamental para impulsionar o capitalismo, pois se houver negligência contratual em alguma das partes, será a norma, que através de suas disposições intermediará esses conflitos. Essa transformação conjuntural colabora com o pensamento de Marx (2013, p. 961), em afirmar que: “A estrutura econômica da sociedade capitalista surgiu da estrutura econômica da sociedade feudal. A dissolução desta última liberou os elementos daquela”. 2. PRINCÍPIOS DA ECONOMIA Através da reflexão da formação dos Estados Nacionais Modernos é possível relacionar Economia com o conceito de administração, como lembra Mankin (2005, p.3), pois os gerenciamentos de recursos está diretamente ligado a qual escolha se deva realizar. Nesse cenário em que as necessidades humanas são ilimitadas e os recursos são limitados é a figura do Estado que possibilitará a proteção dessa dinâmica, caso os mercados fiquem ameaçados ou lesionados por ações externas os cíveis do mercado interno (Mankin, 2005, p.10). Percebe-se que a interação entre Economia e Direito está diretamente relacionada, seja nm atos normativos de políticas internacionais ou nacionais. Neste, pode-se reforçar essa perspectiva com o art. 1º, § 2º da lei nº 13.105/15 do Código Processual Civil Brasileiro: “O Estado promoverá, sempre que possível, a solução consensual dos conflitos. CONSIDERAÇÕES FINAIS Direito e Economia, duas ciências que estão diretamente ligadas e se pode compreender que o objeto de análise de ambas partem da conduta humana. Seja para analisar costumes, a moral, os normativos ou seja para a problemática da escolhas para alocar recursos escassos em necessidades ilimitadas. Contudo, verifica-se que ambos são suporte um do outro. O Estado necessita dos princípios econômicos para desenvolver seu crescimento econômico, o qual implica no processo de desenvolvimento melhorando o bem-estar social, contudo, a nação também necessita do Direito, pois é através dele que é possível intermediar conflitos que ferem os normativos convencionais pela majoritária da sociedade. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ANDRADE, F., C., M. Direito Administrativo. São Paulo: Rt, 2009. BRASIL, Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília. Brasília: Supremo Tribunal Federal, Secretaria de Documentação, 2017. BRASIL, Lei nº 13.105 de 16 de março de 2015. Dispõe sobre o Código de Processo Civil. HOBBES, T., Leviatã: ou matéria, forma e poder de uma república eclesiástica e civil. São Paulo: Martins Fontes, 2003. BLOCH, M. Apologia da História. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2001. MANKIW, N. GREGORY. Introdução à economia: edição compacta. São Paulo: Pioneira Thomson, 2005. MARSHALL, A. Princípios de Economia: tratado introdutório. São Paulo: Nova Cultural, vol. I, 1996. MARX, K. O Capital: crítica da economia política. Livro I - o processo de produção do capital. RJ: Goitempo, 2013. NICOLELLA, A., C. Introdução à economia. 2007, 46 slides. ROVINSKI, S., L., R. Fundamentos da Perícia Psicológica Forense. 2° Ed. São Paulo: Vetor, 2007.
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