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Aula 03 - FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO - ESTACIO

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Nome do Professor
Aula 1
Aula 3 – Filosofia Medieval – Parte I 
 
Objetivos da Aula
Filosofia Medieval – Parte I
Identificar os fatores fundamentais que permitiram a formação do Mundo Ocidental e o nascimento da filosofia cristã
Analisar a relação entre a filosofia grega pagã e o cristianismo
Conhecer o pensamento de Agostinho, Anselmo e Aquino
Idade Média
Período da história da Europa entre os séculos V e XV
Invasões bárbaras
Inicia-se com a Queda do Império Romano (476 d.C) do Ocidente e termina em 1453 d.C com a tomada de Constantinopla – Império Romano do Oriente
4
Periodização clássica da História
Surgimento do homem
Invenção da escrita – 4 mil a.C
4 mil a.C
476 d. C – queda do Império Romano do Ocidente
476 d.C. até 1453 – conquista de Constantino-
 pla pelos 
 turcos
1453 -1789
Revolução Francesa
Imprensa
Renascimento
Capitalismo
1789
Dias atuais
Idade Média – Parte I
Império Romano
Morte do imperador romano Teodosio em 395 marca a partilha definitiva do Império Romano
Arcadius, 18 anos, fica com o Oriente, capital: Constantinopla
Honorius, 11 anos, fica com o Ocidente, com capital em Roma
Império Romano
Esta cisão pode ainda hoje ser vista na fronteira que separa a Croácia, ocidental e católica, da Sérvia e da Bósnia, oriental e ortodoxa
Nascimento da Filosofia Cristã 
Judaísmo + Cultura grega + Cristianismo
Século II d.C por meio da comunidade cristã
União da razão e da fé 
Patrística (pater) - filosofia cristã católica (III a VIII d.C) elaborada pelos padres ou pais da Igreja
Consiste na elaboração doutrinal das verdades de fé do cristianismo e na sua defesa contra os ataques dos pagãos e heresias
Nascimento da Filosofia Cristã
Império Romano do Ocidente entra em declínio e expande-se o cristianismo 
Dissolução do Império do Ocidente (476 d.C), invasões bárbaras e desestruturação da economia escravagista e do exército romano
A Igreja Católica se torna um expoente 
Filosofia da Idade Média
Questão central: fé x razão
Período profundamente teocêntrico
Filósofos foram todos homens religiosos
Preocupação filosófica: análise das diferenças e da relação entre os dogmas aceitos pela fé e as verdades descobertas pela razão
Filosofia de Agostinho
Resgata Platão 
– credo ut 
intelligam – “creio para entender”
Filosofia de Agostinho
Professa uma visão clara sobre antropologia teológica: afirma que o ser humano é união perfeita de duas substâncias: corpo e alma
Objetivo: treinar o controle das paixões para merecer a salvação na vida após a morte
Reflexão de Agostinho parte da indagação sobre o conhecimento, introduzindo a razão, o pensamento e os sentidos humanos no debate teológico
Agostinho de Hipona (354-430) 
Formação deve ser de acordo com os princípios cristãos
Interiorização agostiniana - para encontrar a Verdade é preciso que o homem deixe de lado sua materialidade e se volte para seu interior, pois na alma está o verdadeiro conhecimento, possibilitado pela iluminação divina
Nesse processo, Cristo é o verdadeiro Mestre, de modo que os mestres terrenos têm a função de estimular seus discípulos a buscarem a Verdade em seu interior
Anselmo de Cantuária (1033 a 1109) 
Seguia as ideias de Agostinho
Lema: fides quaerens intellectum: “fé que procura entender”
Principal criador da filosofia Escolástica
Argumento Ontológico – O que é isso? 
Discurso que defende a existência de Deus por meio da ideia de que Ele é obrigatoriamente um ser perfeito e, portanto, deve existir
Definiu Deus como sendo o maior SER que a mente humana pode conceber
Filosofia Medieval – Anselmo de Cantuária 
Defendeu que, se o maior ser possível existe na imaginação, ele também deve existir na realidade
Colocou em seu argumento que uma das características de tal ser, o maior e melhor que se pode imaginar, é a Existência
Defensor do teocentrismo – do grego theos (Deus) e kentron (centro) – que é a concepção segundo a qual Deus é o centro do Universo
Tudo foi criado por Deus, por Ele é dirigido e não há outra razão além do desejo divino sobre a vontade humana
Tomás de Aquino (1227-1274) e Aristóteles
Retoma Aristóteles e contribui para o desenvolvimento da escolástica
CAUSAS DA EXISTÊNCIA DE ARISTÓTELES: 
Causa material (aquilo do qual é feita alguma coisa, a argila, por exemplo) 
Causa formal (a coisa em si, como um vaso de argila) 
Causa eficiente (aquilo que dá origem ao processo em que a coisa surge, como as mãos do artesão) 
Causa final (aquilo para o qual a coisa é feita: um vaso para por flores)
Tomás de Aquino (1227-1274)
Desenvolve a Escolástica – método de aprendizagem característico das Universidades medievais europeias dos séculos IX ao XVI 
Objetivo: conciliar a fé cristã ao pensamento racional 
Levantamento de questões que aproxima Teologia da Filosofia
Investigação racional dos fundamentos da fé cristã
Tomás de Aquino
Adotou princípios opostos aos dos agostinianos e trouxe para dentro da Igreja o pensamento o conhecimento não sofre a influência do divino porque existe como potencialidade
Cabe ao homem acessar o conhecimento por meio do estudo, aprendizado, da pedagogia
Período final da Idade Média - transição de uma sociedade agrária para urbana, comercial e avanços tecnológicos: instrumentos de trabalho
Tomás de Aquino
Aristóteles colocava razão e a investigação intelectual em primeiro plano
Realidade material era considerada a fonte primordial de conhecimento científico e de satisfação pessoal
Segue o princípio aristotélico: cabe à razão ordenar e classificar o mundo para entendê-lo (Tomismo)
Tomás de Aquino
Relação razão x fé: embora esteja subordinada à fé, a razão funciona por si mesma, segundo as próprias leis
O conhecimento não depende da fé nem da presença de uma verdade divina no interior do indivíduo, mas é um instrumento para se aproximar de Deus
A inteligência é uma potência espiritual
Processo de abstração: vai da realidade concreta até a essência universal (Ato e Potência)
A extração da essência das coisas se dá pela transformação da potência em ato - Inteligência Ativa
Tomás de Aquino
Do século IX até o Renascimento (XVI)
UNIVERSITAS- universalidade, conjunto, totalidade. 
Universitas Magistrorum et Scholarium – Associação de Mestres e Alunos
Disciplinas do currículo:
Trivium: (literário): gramática, retórica e dialética
Quadrivium: (científico) aritmética, geometria, astronomia e música
Idade Média – Idade das Trevas?
Renascimento denominou a Idade Média de Idade das Trevas  pois os renascentistas se colocaram como herdeiros do pensamento e da ciência desenvolvidos por gregos e romanos
Para os renascentistas, durante a Idade Média, as artes e as ciências, se comparadas à Antiguidade, haviam declinado
Idade Média – Idade das Trevas?
Igreja Católica, que dominou política, econômica e culturalmente a Europa 
Dominação religiosa impediu o desenvolvimento da razão, criando uma era de atraso e primitivismo
Século XIX, essa forma de entender o período foi se alterando
Desenvolvimento tecnológico: agricultura, artesanato, arquitetura própria, criação das escolas e das universidades
Sugestões de vídeos
Filosofia Medieval
https://www.youtube.com/watch?v=nBYwZGCDbd4
https://www.youtube.com/watch?v=RuqsJQkp-D8
https://www.youtube.com/watch?v=Eu-CWNAa6lU
http://www.ricardocosta.com/sites/default/files/livros/pdf/web_historia_da_filosofia_medieval.pdf
Filosofia da Educação

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