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Comprimidos 2017.2

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*
*
COMPRIMIDOS
Prof. Túlio Flávio A. de L. e Moura
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE 
FACULDADE DE FARMÁCIA
DISCIPLINA: FARMACOTÉCNICA - FAR 0013
*
*
COMPRIMIDOS
1 -Conceito: 
	Forma farmacêutica sólida, de dose unitária, contendo um ou mais princípios ativos liberados em diferentes tempos ou simultaneamente, obtida por compressão de substâncias particuladas e secas, forma variada e características definidas.
*
*
2- Vantagens:
 Precisão na dosagem, possibilidade de grande variação nas doses;
Conservação (ausência de água);
Fácil administração e portabilidade (tamanho reduzido);
Fácil transporte e armazenamento;
Fácil produção, com grande rendimento – tecnologia relativamente simples permite produção em grande volume;
Direcionamento da liberação do princípio ativo.
*
*
3. Desvantagens
Necessidade de desintegração
Dependendo do tamanho, pode haver dificuldade de deglutição
Problemas de biodisponibilidade
Impacto gástrico - > [ ] em locais pontuais → irritação
Excipientes
*
*
Fatores que influenciam escolha dos excipientes
Via de administração
Local de absorção
Compatibilidade
Fluidez
Densidade
Compressibilidade
Solubilidade e efeito na bioequivalência
Estabilidade
Custo e disponibilidade
Aceitação governamental
*
*
Tipos de excipientes para comprimidos
Diluente
Aglutinante (granulação úmida)
Desintegrante
Lubrificante
Aromatizante, adoçante
Corante
Molhante
Tampão
*
*
Agentes de Enchimento (Diluentes)
Comprimidos com dimensões aceitáveis.
Insolúveis
Amidos - regular e modificados
Celuloses microcristalinas
Hidrosolúveis
Lactoses
Sucroses - Simples ou aditivadas
Açucares compressivos - manitol, dextrose, sorbitol
Excipientes coprocessados
MCC+lactose; Celulose microfina+lactose; MCC+dioxido de silício; MCC+diox.silício+ amido pregelatinizado
Características desejáveis:
Biocompatibilidade
Inércia química
Boas propriedades técnicas e biofarmacêuticas
Baixo custo
*
*
Diluentes
Celulose Microcristalina (Microcel MC, Avicel, Fibrocel)
Forma não fibrosa da celulose obtida pela hidrólise controlada da alfa-celulose despolimerizada.
Possui moderada fluidez, ótima compressibilidade e, após compactação, produz comprimidos com excelente dureza.
Possuem diferentes tipos de acordo com a granulometria das partículas, densidade e fluidez, dentre outras propriedades. Ex pH 101; 102
Nas concentrações entre 5 e 15% facilita a granulação a úmido.
*
*
CELULOSE MICROCRISTALINA
(Microcel MC, Avicel, Celulose Cristalina, Fibrocel)
*
FUNÇÕES E APLICAÇÕES:
CELULOSE EM PÓ
(Solka-Floc, Sanacel, Elcema, E460, Cepo)
*
*
Diluentes
Lactose: 
Forma cristalina: -lactose monohidratada, e -lactose e -lactose anidra.
Forma amorfa: solução de lactose seca por aspersão  lactose “Spray Dried”. 
Devido ao formato esférico apresenta melhores características de fluxo e aglutinação.
Sacarose, sorbitol e manitol: diluente princialmente empregado em pastilhas e comprimidos.
*
*
 
Lubrificantes 
Função realmente lubrificante
	Diminuição do atrito entre as partes metálicas (punções a matrizes) e entre 	essas e o comprimido.
Função anti-aderente
	Prevenir a adesão entre as superfícies (entre as faces dos comprimidos e os 	punções e matrizes).
Deslizantes
 	Reduzir a fricção no momento do deslizamento das partículas e na interface 	entre o corpo do comprimido e a parede da matriz, no momento da 	formação deste e sua ejeção do interior do corpo da matriz. Diminuindo o 	desvio de peso e aumentando a exatidão da dose.
*
Tipos de Reguladores de fluxo
*
*
Desintegrantes
Adicionado à formulação com a finalidade de desintegrar o comprimido em fragmentos menores.
Glicolato de Amido sódio: Intenso inchamento
Croscarmelose: Intenso inchamento radial; Ação intensa de “pavio”
Amido - normal ou modificado: Recuperação da propriedade elástica pós compressão; Recuperação da deformação
Crospovidona: Suave ação de “pavio”; 
*
CROSCARMELOSE SODICA 
(Caraboximetilcelulose Sódica, Primellose, Solutab,)
DESCRIÇÃO
 Pó Branco
 Higroscópico
 Insípido, Inodoro
 Insóluvel em Água
FUNÇÕES E APLICAÇÕES
*
*
Aglutinantes
Mantém a coesão dos pós, permitindo trabalhar com uma pressão menor.
Devem ser usados em pequenas % para não prejudicar a desintegração do comprimido.
Secos: Compressão direta – MCC, CMC, PEG 4000-8000
Úmidos: necessitam presença de uma fase líquida; ocorre formação de mucilagem ou solução de alta viscosidade.
		Extemporâneos: adição à massa seca sob forma de pó e depois aspersão da fase líquida. Ex. goma arábica (água), lactose (água ou isopropanol), PVP ( isopropanol, EtOH).
		Em dispersão: Ex. goma de amido em água, gelatina (água ou EtOH), alguns derivados de celulose, PVP...
*
*
Molhantes 
Facilitam embebição do comprimido com água e sua desagregação.
 São usados na presença de substâncias hidrofóbicas.
- Lauril sulfato de sódio
- Polissorbatos 
- Polietilenoglicol
*
*
Tampões e Agentes Organolépticos
 Fosfatos alcalinos, CaCO3, citrato de sódio
Corantes – estética, diferenciação de dose ou produto
Edulcorantes e aromatizantes – corrigir e mascarar o gosto de substâncias desagradáveis (açucares, sacarina, ciclamatos); para dissolução bucal ou uso infantil (anis, hortelã, canela, cacau, etc).
*
*
Absorventes
Eliminam a umidade excessiva e fixam extratos higroscópicos, elementos voláteis e substâncias oleosas.
Ex: Aerosil, trisilicatos de magnésio, amido, lactose.
*
*
Quanto a tecnologia de obtenção:
Seca
Úmida
Compressão com granulação prévia
Compressão direta com adição de adjuvantes
Compressão direta 
*
Etapas da compressão
Alimentação
	Ocasionada pela movimentação gerada pela gravidade do material particulado, contido em um alimentador, que se desloca sobre a platina, para dentro de uma matriz.
Compressão
	 Redução do volume pela eliminação de espaços vazios e levando partículas a um contato próximo
	Consolidação
	Aumento da força mecânica até a obtenção de interações interparticulares
*
Etapas da compressão
Compactação = Compressão + consolidação
Papel das forças de compressão
	Primariamente aumentar as áreas interfaciais de contato entre partículas, ou seja, levar as superfícies das partículas adjacentes a juntas apresentarem forças de ação de superfície suficientes para se ligarem.
Ejeção do comprimido
*
*
Deformação Elástica e Plástica na Compressão
*
*
Máquinas de Comprimir Excêntrica ou Alternativa ou de Único Punção
Possuem uma única matriz e um único par de punção.
Possuem rendimento de 200 comprimidos por minuto.
São utilizadas no desenvolvimento de formulação e em produções de pequena escala.
Mini Máq. Compressora
Mono Punção de mesa
*
*
Máquinas de Comprimir Rotativas
Várias matrizes/punções.
São utilizadas em produções de grande escala.
*
*
Propriedades do complexo farmacêutico que devem ser controladas durante a compressão
Homogeneidade e tendência à segregação;
Fluidez;
Propriedades compressionais e friabilidade;
Propriedades friccionais e adesionais.
*
*
Compressão Direta
Envolve basicamente as seguintes etapas:
Menos etapas do processo
Menor tempo do processo
Não exposição ao calor e a solventes
Pesagem
Mistura
Compressão
*
*
Requisitos para excipientes usados na 
Compressão Direta
Fluidez;
Compressibilidade/compactibilidade
Perfil de Pressão/dureza
Não alterar as propriedades físicas e/ou químicas durante a compressão;
Não influenciar a biodisponibilidade;
Distribuição do tamanho das partículas similar ao P.A.;
Custo baixo.
*
Formulação típica de compressão direta
		Fármaco
		Ativo
		20
		Lactose
		Diluente
		50
		MCC
		Diluente
		30
		Estearato de Mg
		Lubrificante
		0,75Croscarmelose
		Desintegrante
		3
		Dioxido de silicio
		Deslizante
		0,25
		Corante
		Cor
		0,5
		LSS
		Agente molhante
		0,5
*
*
Granulação
Critérios para granulação
Aumentar a densidade bruta
Melhorar a fluidez
 Aumentar a homogeneidade da mistura
Melhorar a compactabilidade
Misturar fármacos hidrofóbicos com excipientes hidrofílicos
*
*
Granulação por Via Úmida
Etapas:
Pesagem e mistura
Adição do líquido
Formação de grânulos pela passagem da massa úmida em uma malha
Secagem
Calibração do granulo
Adição do lubrificante
Compressão
*
*
Granulação por Via Úmida
Envolve a produção de uma massa úmida.
Utiliza soluções, suspensões ou pastas de aglutinantes.
Soluções aglutinantes: sol. aquosas contendo 10 a 20% de amido de milho; resinas naturais, derivados da celulose, PVP.
Soluções alcoólicas: etilcelulose e PVP.
*
Formulação típica de granulação úmida
		Fármaco
		Ativo
		20
		Lactose
		Diluente
		60
		CMC
		Diluente
		9,75
		Sol de PVP
		Aglutinante
		3
		Croscarmelose
		Desintegrante
		4
		Estearato 
		Lubrificante
		0,75
		Corante
		Cor
		0,5
*
*
Granulação por Via Seca
Etapas:
Pesagem e mistura
Formação do aglomerado
Moagem
Calibração do granulo
Adição do lubrificante
Compressão
*
*
Granulação
Via úmida
Grânulos mais coesos e mais densos;
Reduz a segregação de pós durante o processo de fabricação;
Processo mais caro.
Via seca
Substancias sensíveis à temperatura e umidade;
O material precisa ter propriedades coesivas. 
*
*
Preparação: 
*
*
Comprimidos convencionais ou desintegráveis
 É o mais comum.
 É desenvolvido para ser ingerido e liberado em um espaço relativamente curto de tempo por desintegração e dissolução.
 Incluem os seguintes adjuvantes: diluente, desintegrante, aglutinante, deslizante, lubrificante e antiaderente.
Tipos de comprimidos
*
*
Comprimidos sublinguais e bucais:
São empregados para a cedência do fármaco na cavidade oral com subseqüente absorção sistêmica do fármaco.
Sem efeito de primeira passagem hepática.
Comprimidos sublinguais – embaixo da linha.
Comprimidos bucais – lateralmente, nas bochechas.
São normalmente pequenos e porosos, a fim de facilitar a rápida desintegração e cedência do fármaco.
Tipos de comprimidos
*
*
Comprimidos mastigáveis:
Desintegração rápida e completa. Ex. comprimidos antiácidos.
Facilitar a ingestão do comprimido. Ex. crianças e idosos.
Possibilidade de uso quando não há disponibilidade de água.
Não apresentam desintegrantes na sua composição.
Diluentes de sabor agradavel; edulcorantes.
Ex. sorbitol e manitol.
Tipos de comprimidos
*
*
Comprimidos efervescentes:
Libera CO2 em água, resultado da reação entre um carbonato ou bicarbonato e um ácido fraco, como os ácidos cítrico e tartárico.
Facilita a desintegração do comprimido e a distribuição do fármaco.
Dissolução completa do fármaco obtida em poucos minutos.
São empregados para produzir rápida ação dos fármacos, por exemplo, analgésicos, ou facilitar a ingestão do fármaco, como, por exemplo, vitaminas.
Tipos de comprimidos
*
*
Comprimidos Revestidos:
O revestimento pode ser açucarado (drágeas) ou por película.
O revestimento pode ser empregado com função de proteção, gastro-resistência, modificação da liberação do fármaco.
Comprimidos com Compressão Múltipla
Podem ser de várias camadas ou revestidos por compressão.
Tipos de comprimidos
*
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Pastilhas:
São comprimidos de dissolução bucal lenta, liberando o fármaco dissolvido na saliva.
Anti-sépticos e antibióticos, anestesia local.
Comprimidos de cedência lenta para tratamento local.
Não apresentam desintegrantes.
Adjuvantes – sabor agradável ( glicose, sorbitol e manitol).
Tipos de comprimidos
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Comprimidos Vaginais
Administração de fármacos na mucosa vaginal. Ex. antifúngicos.
Comprimidos para uso externo
Comprimidos para preparar soluções de aplicação tópica.
Ex. permanganato de potássio
Tipos de comprimidos
*
*
Comprimidos e Controle de Qualidade 
Peso Médio
Dureza
Friabilidade
Desintegração
Uniformidade 
de Conteúdo
Dissolução
Teor do Fármaco
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Comprimidos para Adaptação de Formas Farmacêuticas
Consiste basicamente na trituração de comprimidos ou abertura de cápsulas para dissolver o conteúdo em água.
Solução, xarope ou suspensão. 
RDC 67/2007 – “Boas práticas de manipulação magistrais e oficinais para uso humano” – prazo de validade de 48 h para preparações extemporâneas.
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Comprimidos para Adaptação de Formas Farmacêuticas
Viabilizar a medicação, modificando a forma física ou via de administração, quando não há apresentação comercial adequada.
Ex: adaptação de comprimidos de anti-hipertensivos para pacientes pediátricos.
Sem conhecimento adequado, o medicamento pode ter a eficácia diminuída e a redução ou perda da estabilidade.
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*
Referências
ANSEL, H. C.; POPOVICH, N. G.; ALLEN JR., L. V. Farmacotécnica: Formas
farmacêuticas e Sistemas de liberação de Fármacos. 6. ed. São Paulo: Premier,
2000.
AULTON, M. E. Delineamento de formas farmacêuticas. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 
2005.
BRASIL. RDC 210 - Resolução RDC nº 210, de 04 de agosto de 2003
GENNARO, A. R. Remington – A ciência e a prática da farmácia. 20ª ed. Rio de Janeiro.
Editora Guanabara Koogan S. A., 2004.
PRISTA, l. N.; ALVES, A. C.; MORGADO, R. Tecnologia farmacêutica. 5. ed.
Lisboa: Calouste Gulbenkian, 1995.
LACHMANN, L.; LIEBERMAN, H. A.; KANING, J. L. Teoria e prática na indústria farmacêutica. Lisboa. Calouste Gulbenklan, 2001. v. 2. 
NUNES, M. S. Análise das solicitações de comprimidos adaptados para pacientes críticos de um hospital universitário. Rev. Bras. Farm. Hosp. Serv. Saúde São Paulo, v.4 n.4, p. 23-30, 2013.
VOIGT, R.; BORNSCHEIN, M. Tratado de tecnologia farmacêutica. Zagaroza: Acribia,
1982.
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