Buscar

trabalho de recursos n2

Prévia do material em texto

JOSE RIBAMAR ARAUJO RODRIGUES
RODRIGO ALEXANDO DE ARAUJO PADRO
IZABEL CRISTINA PISKE DE OLIVEIRA
JAQUELINE MARIA DE AGUIAR
 existe problema mais pessoal e estrutural do que legislativo), analisando o contexto do processo recursal brasileiro, quanto custa e quanto vale uma sentença? Relação entre Investimento – e o Resultado Social e moral das decisões (sentenças) = eficiência
SÃO JOSÉ DOS PINHAIS
2017
JOSE RIBAMAR ARAUJO RODRIGUES
RODRIGO ALEXANDO DE ARAUJO PADRO
IZABEL CRISTINA PISKE DE OLIVEIRA
JAQUELINE MARIA DE AGUIAR
 existe problema mais pessoal e estrutural do que legislativo), analisando o contexto do processo recursal brasileiro, quanto custa e quanto vale uma sentença? Relação entre Investimento – e o Resultado Social e moral das decisões (sentenças) = eficiência
Trabalho de graduação apresentado à disciplina de Direito Pocessual II Recursos do Curso de Direito da FAE São José dos Pinhais.
Orientadora: Prof. Fernando
SÃO JOSÉ DOS PINHAIS
2017
INTRODUÇÃO .
O DUPLO GRAU DE JUSRISDIÇÃO.
 O direito ao duplo grau de jurisdição não se confunde com o direito de livre acesso à justiça. O direito de acesso à justiça não implica direito de acesso aos órgãos judiciários de primeiro grau, embora esta seja a regra geral. Tanto é assim que há regras que estabelecem competência originária de órgãos de hierarquia superior.
 O duplo grau assegura à parte ao menos um recurso, qualquer que seja a posição hierárquica do órgão jurisdicional no qual teve início o processo. O sistema confere à parte vencida o direito de provocar outra avaliação do seu alegado direito, em regra perante órgão jurisdicional diferente, com outra composição e de hierarquia superior. Há casos, todavia, em que a reapreciação ocorre perante o mesmo órgão jurisdicional, alterada ou não sua composição originária.
 O princípio do duplo grau de jurisdição pressupõe dois órgãos judiciários diversos, postos em posição de hierarquia: um inferior, outro superior. A decisão proferida pelo órgão de grau inferior é revisada pela decisão proferida pelo órgão de grau hierárquico superior. A segunda decisão não é necessariamente melhor que a primeira; é apenas superior, ou seja, é apenas proferida por um órgão hierarquicamente superior.
 Em razão do princípio do duplo grau de jurisdição, o ato decisório proferido por um órgão pode ser revisto por outro órgão de nível hierárquico superior. Nesse caso, tem-se o chamado duplo grau vertical.
 É possível, porém, que o ato decisório seja revisto por órgão da mesma hierarquia, mas de composição diversa. É o que ocorre, por exemplo, nos Juizados Especiais, nos quais o recurso é examinado por uma turma composta por juízes de primeira instância. Nesse caso, tem-se o chamado duplo grau horizontal.
 O princípio do duplo grau de jurisdição vem sofrendo críticas de segmento respeitável da doutrina processual. Essa doutrina traz como pontos negativos desse princípio: a dificuldade de acesso à justiça, o desprestígio da primeira instância, a quebra de unidade do poder jurisdicional, a dificuldade na descoberta da verdade e a inutilidade do procedimento oral.
 prolongamento do processo, com a consequente elevação dos custos, representa, muita vez, uma denegação de justiça, provocando danos econômicos às partes, constituindo um instrumento benéfico àquele que demanda sem ter razão, ou, em outros casos, fazendo muitas vezes com que a parte que tem razão, venha a renunciar seu direito. 
 É o que diz Luiz Guilherme Marinoni: ‘’O duplo grau, em resumo, é uma boa desculpa para o réu que não tem razão retardar o processo’’.ada a ampla possiblidade de submeter a decisão proferida pela primeira instância à apreciação do órgão de segundo grau, a atividade processual daquele viria a reduzir-se apenas à presidência da atividade instrutória e ‘’opiniões’’ quanto a questões de mérito, as quais só seriam definitivamente resolvidas em segundo grau. Assim, o primeiro grau sereia uma ampla fase de espera, onde o processo seria ‘’preparado’’, instruído para a fase do julgamento definitivo, em sede de apelação, e somente para aquela parte que tem condições econômicas para chegar até esta fase.
 O segundo grau de jurisdição, na apreciação do recurso, pode adotar um de dois posicionamentos: mantém a decisão de primeiro grau, ou a reforma ou a invalida. Ambas as condutas, sustenta a doutrina, causam descrédito à função jurisdicional. Se mantida a decisão, atesta-se que os atos praticados para a submissão da matéria ao segundo grau de jurisdição afiguram-se inúteis, continuando a parte recorrente inconformada com o resultado, vez que a movimentação da máquina judiciária, com a consequente elevação de custos não lhe trouxe nenhum benefício psicológico ou jurídico. Caso haja reforma da decisão de primeiro grau, denotar-se-á, assim, que esta instância é falha, frágil, não sendo digna de confiança ou prestígio, o que repercute na imagem de todo o judiciário, à medida que o primeiro grau é sua ‘’porta de entrada’’.
A REFORMA ESTRUTURAL DO PODER JUDICIÁRIO
 No Brasil, o protagonismo do Judiciário pós Constituição de 88 foi uma consequência, entre outros fatores, da constitucionalização de direito, do fortalecimento de novos atores sociais e da omissão do poder público em assegurar a dignidade humana e realizar o efetivo estado democrático de direito, fatores que ocasionaram uma explosão da demanda, ou seja, de processos que chegam para apreciação do poder judiciário. 
 Embora preste uma atividade jurisdicional insuficiente e ineficaz, o Judiciário é ainda percebido socialmente como o último recurso de que dispõem o cidadão para ver assegurado direitos fundamentais mínimos, como saúde e educação. O poder judiciário ainda é o meio que devemos buscar para termos os nosso direitos reconhecidos.
 Com isso os “nossos representantes” promulgaram a Emenda Constitucional n.º 45, de 08 de dezembro de 2004, que trouxe mudanças na estrutura do Poder Judiciário. A referida emenda aborda, essencialmente, as modificações estruturais, que afetaram a composição dos tribunais judiciais, as regras direcionadas aos membros da magistratura, a criação de um novo órgão dentro do Poder Judiciário, entre outras. 
 Inicialmente, foi realizada uma análise da conjectura institucional reinante no país, buscando entender onde estava as deficiências, em seguida, é situada a modificação da estrutura do Poder Judiciário promovida pela EC 45 e por último, são pontuadas as principais alterações ocorridas dentro do órgão e que afetam seus membros. 
 Sendo assim, a estrutura do Poder Judiciário sofre uma série de alterações, promovidas pela Emenda Constitucional n.º 45, que partem do momento de ingresso à Magistratura e seguem até a criação do Conselho Nacional de Justiça. Tais modificações podem ser vislumbradas, por exemplo, no art. 93, que trata do Estatuto do Magistrados e na introdução do art. 103-B da CF/88 que trata do referido Conselho. Na verdade, deve-se ressaltar que vários artigos foram alterados, assim como outros foram criados por meio da Emenda Constitucional n.º 45/04.
 Uma das mudanças da reforma do poder judiciário, foi a introdução dos princípios da celeridade e razoável duração do processo, que se encontra no Art. 5° da Constituição da República Federativa do Brasil, para se tentar trazer as mudanças necessárias para o novo cenário promovido com a chamada Constituição Social.
 Segundo Barroso (2009, p. 46), para que haja a integralidade do acesso à justiça não basta apenas "a admissão ao processo ou a possibilidade de ingresso em juízo, mas o uso de todos os meios possíveis e disponíveis" que, somados harmoniosamente, resultaram no que se pode chamar de "acesso à ordem jurídica justa”.
 Não basta, outrossim, o mero acesso formal ao sistema jurídico, que deve ser apto para garantir a efetividade dos direitos, a maior ou menor rapidez com que se exerce a garantia de direitosé parte integrante e essencial do acesso à justiça. O direito de acesso à justiça exige que o Estado preste a adequada tutela jurisdicional que, para esses autores, significa, também, a tutela estatal tempestiva e efetiva. (Marinoni; Arenhart, 2004, p. 121)
 Esta mudanças vieram como uma tentativa de se respeitar os princípios da “duração razoável do processo”, estabelecidos no artigo constitucional, e também para se conquistar meios para garantir um celeridade processual, com o objetivo claro de se conquistar eficiência processual e principalmente economia processual.
 O princípio da economia processual orienta os atos processuais na tentativa de que a atividade jurisdicional deva ser prestada sempre com vistas a produzir o máximo de resultados com o mínimo de esforços, evitando-se, assim, gasto de tempo e dinheiro inutilmente. Assim conceitua Gonçalves (2009, p. 26): “deve-se buscar os melhores resultados possíveis com o menor dispêndio de recursos e esforços”.
 A economia processual é busca de uma maior eficiência da prestação jurisdicional, com o menor custo possível. “Para tanto, é necessário minimizar a quantidade de atos processuais, evitando-se repetir os atos já praticados, quando isso não seja indispensável para o legítimo desenvolvimento do processo.” (MARINONI E ARENHART, 2008. p. 706).
JURISPREUDENCIA.
JURISPRUDÊNCIA
Bragança Paulista
Cível
3ª Vara Cível
JUÍZO DE DIREITO DA 3ª VARA CÍVEL
JUIZ (A) DE DIREITO CARLOS HENRIQUE SCALA DE ALMEIDA
ESCRIVÃ(O) JUDICIAL MARCELO ANTONIO DE LIMA
EDITAL DE INTIMAÇÃO DE ADVOGADOS
Relação Nº 1058/2016
Processo 0008112-93.2016.8.26.0099 (processo principal 0005192-40.2002.8.26) - Cumprimento de sentença - Indenização por Dano Moral - Jean Diego da Silva - Fls. 01/24: Defiro. Intime-se a executada, na pessoa de seu procurador, via imprensa oficial, para que, no prazo de 15 (quinze) dias, cumpra o determinado na r. sentença, pagando-se a importância final de R$ 33.431,59 (trinta e três mil, quatrocentos e trinta e um reais e cinquenta e nove centavos).Não ocorrendo o pagamento voluntário no prazo, o débito será acrescido de multa de 10 % e, também, de honorários advocatícios em 10% sobre o valor da dívida, sem prejuízo da aplicação dos demais § do art. 523, CPC.Decorrido o prazo de 15 dias sem notícia de pagamento, sem nova conclusão, tendo em vista o Princípio da Economia Processual, determino a pronta APREENSÃO dos valores pecuniários bastantes à garantia da presente execução de que disponha dos executado junto ao SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL, por meio do Sistema Bacen Jud, sendo que, em caso positivo, servirá o protocolo de transferência de valores bloqueados como
termo de penhora. Caso a providência acima reste positiva e o executado possuir advogado nos autos, intime-o da penhora na pessoa de seu patrono, através da imprensa oficial (D.J.E.).Se porventura a diligência acima restar infrutífera, fica deferida, desde logo, a imediata requisição da última declaração de imposto de renda do executado junto ao sistema Infojud e a pesquisa sobre a existência de automóvel em seu nome junto ao sistema Renajud, bem como a expedição de alvará judicial para pesquisa de bens, cabendo ao exequente indicar bens dos executados, passíveis de penhora, decorrido o prazo de 30 dias, a partir de sua intimação sobre a confecção do documento, ou, caso não seja possível, informarem se pretendem a remessa dos autos ao arquivo provisório.Deixo consignado que a parte interessada pode fazer consultas sobre a existência de bens imóveis em nome dos executados diretamente no sistema ARISP (imóveis), através do site www.arisp.com.br, sem a necessidade de intervenção do Poder Judiciário.No silêncio, cumpra-se o disposto no art. 485, § 1º, do CPC.Decorrido o prazo do alvará, sem nova intimação, indique, o exequente, bens dos executados passíveis de penhora ou, caso não seja possíveis, se pretende a remessa dos autos ao arquivo provisório.Decorrido o prazo para pagamento voluntário, recolha o exequente a taxa judiciária para realização das pesquisas, no valor de R$ 36, 60, em guia em guia FEDTJ, código 434-1, segundo Provimento CSM nº 1864/2011, logo, ao assessor para as providências necessárias.Servirá o presente, por cópia digitada, como mandado, na hipótese do art. 523, § 3º, do CPCIntime-se. - ADV: RODRIGO ISIDORO FERREIRA (OAB 166708/SP), CARLOS ALBERTO GEBIN (OAB 95201/SP), MARILENE LAUTENSCHLAGER (OAB 45551/SP)
3. EFICEINCIA DO PODER JUDICIARIO
 Do Poder Judiciário introduziu o princípio da celeridade e razoável duração do processo (art. 5, LXXVIII da CF) tem sido debatida por todos os operadores do Direito, por ser inerente o poder ao Estado de Direito Democrático, no qual vivemos. 
 O início desta "reforma" foi tecida no âmbito político-parlamentar por mais de 12 anos e foi motivada pela forma de atuação do Poder Judiciário na sociedade da pós-modernidade, com exigências de controle e de eficiência da prestação de serviços públicos.
 Só se pode afirmar que um sistema judicial é eficiente em comparação a outro. Trata-se de eficiência relativa. Não se pretende avaliar a qualidade do serviço judicial (nome que será conferido à atividade do Poder Judiciário na solução de casos concretos) no sentido da aplicação do Direito (se correta ou não, não obstante não haver, necessariamente, aplicação correta), mas apenas quanto à conclusão dos processos judiciais de toda natureza (não importando se extinto sem ou com resolução do mérito) e o montante de recursos despendidos para o intento, determinando o nível de eficiência e o grau de celeridade da atuação..
 O Poder Judiciário – e seus juízes – deve agir com independência para alcançar o intento. Pacificação social e resolução de casos concretos são seus objetivos. Para tanto, deve possuir orçamento próprio, sendo autônomo ao gerir seu patrimônio. Grande é a responsabilidade decorrente da autonomia que lhe é conferida e tem de bem utilizar seus recursos financeiros. Deve, o Judiciário, ser eficiente. Muitas são as causas para a redução da eficiência nos sistemas judiciais
 A conclusão que pode ser desvelada – salientando que não há, ainda, conclusão sobre as causas de ausência de eficiência – é de que no Brasil gasta-se mais por novo processo e aloca-se maior quantidade de dinheiro relativamente aos orçamentos públicos Do lado da resolução de casos, a produtividade brasileira é superior à norteamericana, pois os brasileiros têm que vencer o estoque de processos antigos, o que está, ainda que em passos lentos, ocorrendo. Tal constatação é um alento que retira parte das críticas à eficiência do Poder Judiciário brasileiro.
 Princípios constitucionais de eficiência, celeridade e instrumentalidade de 
meios para a eficácia da prestação judicial foram introduzidos e devem ser regulamentados e interpretados por todos aqueles que acreditam na melhoria do serviço. 
 A Superposição do STF como corte constitucional deve ser repensada para 
liberar a função primordial de Corte de Cassação, com o dever de judicial review, como a Suprema Corte Americana, e as Cortes Européias. Por isso, ressalta-se a importância da racionalização de recursos que levam 
toda a matéria para o STF, controlada por Súmulas Vinculantes e Súmulas de Repercussão Geral e Obstativas de Recursos. 
 Os Tribunais Superiores e Conselho Nacional de Justiça têm importante 
papel na reestruturação da Jurisprudência e na normatização de práticas judiciais, direcionamento da jurisprudência dominante e colheita de dados e estatísticas anuais para a gestão da administração judiciária em nível nacional. 
 Os meios alternativos de solução de conflitos, com alívio da demanda, os 
Juizados Especiais, para dar oportunidade ao acesso à justiça e as varas Especializadas para a racionalização de julgamento de processos são meios importantes para a agilização e eficiência do Judiciário, aproximando-o da população. Enfim, o magistrado não pode se olvidar que tem hoje umamissão de baluarte da justiça.
 O aperfeiçoamento na área administrativa constitui ferramenta importante para melhoria da prestação jurisdicional, cumprindo com o princípio da razoável duração do processo no cartório. A informatização e a gestão administrativa de recursos humanos propiciará a celeridade que se pretende, com o tempo de cumprimento dos atos e decisões mais eficaz, em favor da parte e não contra esta, como no texto intitulado de Joaquim Falcão, "a pena é o processo"(Folha de S.Paulo, Opinião A3 terça-feira, 8.06.2010).
 
 O princípio da eficiência judicial não deve uma simples "norma-objetivo", 
mas sim um "novo paradigma do acesso à Justiça", para que todos os operadores do direito possam buscar a efetiva justiça, que é a virtude mais alta de todas, na filosófica aristotélica.
Relação entre Investimento – e o Resultado Social e moral das decisões (sentenças) = eficiência.
 O sistema orçamentário possui três leis orçamentárias: o Plano Plurianual (vigente por quatro anos, do segundo ano do mandato do governo até o primeiro ano do mandato subsequente); a Lei de Diretrizes Orçamentárias (vigente da metade do exercício financeiro ao final do exercício subsequente); a Lei Orçamentária Anual (vigente durante o exercício financeiro).
 As escolhas se materializam nessas leis; d) é preciso calcular o tempo hábil à tomada de decisão, diante da complexidade do sistema orçamentário.
 Enfim, ao se falar da eficiência da escolha como resultado de critérios de eficiência econômica e do consenso, trata-se, então, de dois pontos nevrálgicos: a) melhoria individual; b) melhoria coletiva. É esse o norte da ação governamental. Nesse sentido, é eficiente a escolha que promova melhoria dos indivíduos e, se porventura houver piora na condição individual, a melhoria social fará compensar. 
 A pretensão neste trabalho foi racionalizar a alocação de recursos para promover políticas públicas. Foi apreciar a eficiência sob outro ângulo. Para que tenha aplicação prática, retirar-se-ão conclusões sobre as escolhas orçamentárias no Brasil, sugerindo-se regras procedimentais.
 Quanto custa, portanto, o conjunto das instituições do sistema de justiça para a sociedade brasileira? A resposta curta é: muito caro. Começando pelo Poder Judiciário propriamente dito, ao considerarmos todos os diferentes “ramos” da justiça – i.e., estadual, federal, trabalhista, militar e eleitoral – e todos seus níveis hierárquicos – i.e., da primeira instância ao Supremo Tribunal Federal (STF), incluindo o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) – o orçamento global deste Poder do Estado
 O orçamento destinado ao Poder Judiciário brasileiro é muito provavelmente o mais alto por habitante dentre todos países federais do hemisfério ocidental.6 
Tal despesa é, com efeito, diversas vezes superior à de outros países em diferentes níveis de desenvolvimento, seja em valores proporcionais à renda média, seja em valores absolutos per capita.
Com efeito, o custo por decisão judicial no Brasil é superior em valores absolutos ao dos países europeus para os quais pudemos obter estas informações. 
Um cálculo simples, dividindo o orçamento total destinado para o Poder Judiciário pelo total de casos baixados, indica que o custo por cada decisão judicial é, em média, de R$ 2.248,93 ou € 691,98 no Brasil, e não passando de R$ 1.679,15 ou € 516,66 na Itália, e R$ 2.093,98 ou € 1.824,52 em Portugal.25 
Trata-se de um custo altíssimo especialmente ante a conhecida demora de tais decisões, que gera uma taxa de congestionamento de cerca de 70%. A conclusão de que o patamar de despesas com o Poder Judiciário brasileiro é equiparável em valores absolutos ao de países muito mais ricos, com efeito, se mantém.
CONCLUSÃO.
 Em face disso, resta explícita a relação que qualquer serviço público tem para com os valores, objetivos e finalidades da Constituição, devendo persegui-los na medida de suas forças, pois foco neural de toda a atividade pública, o que deve se refletir, pois, em todas as suas políticas públicas, dentre as quais as tarifárias de serviços prestados.
 Em termos materiais, vale a lembrança doutrinária de que a tarifa, enquanto elemento de uma política pública é, por natureza, um conceito de preço módico e ao mesmo tempo função de serviço adequado, receita de equilíbrio e eficiência. Antítese do lucro arbitrário ou excessivo, a receita de equilíbrio como produto da tarifa módica proporciona a cobertura dos custos atuais e específicos do serviço, mais uma margem ou taxa de retorno suficiente a remunerar ou premiar razoavelmente o capital investido
Com isso o Brasil sendo UM dos países onde se investe mas no poder judiciário e ainda apresentar essa falha estrutural demonstra que precisamos avançar em outras políticas que visam a sociedade como meio de diminuir o tamanho desta demandas judiciais, para que possamos ou o estado venha atender outras demandas mas necessitadas na sociedade brasileira.
4 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.
Didier Jr., Fredie. Curso de direito processual civil: o processo civil nos tribunais, recursos, ações de competência originária de tribunal e querela nullitatis, incidentes de competência originária de tribunal / Fredie Didier Jr., Leonardo Carneiro da Cunha – 13. ed. reform. – Salvador: Ed. JusPodivm, 2016.
Marinoni, Luiz Guilherme. Tutela antecipatória, julgamento antecipado e execução imediata da sentença. 2ª ed. rev. atual., São Paulo: RT, 1998.
DIAS, Cibele Fernandes. Direito Constitucional Didático. 3ª ed. Paraná: Ed. Juruá, 2012.
MARINONI, Luiz Guilherme; ARENHART, Sérgio Cruz. Manual do processo de conhecimento. 3. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2004.
THEODORO JR, Humberto. Curso de Direito Processual Civil: Teoria Geral do Direito Processual Civil e processo de conhecimento. 51. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2010.
MARINONI, Luiz Guilherme; ARENHART, Sérgio Cruz. Curso de Processo Civil – Processo de Conhecimento. 7ª. ed. rev. e atual. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2008.
.http�� HYPERLINK "http://www.cnj.jus.br/images/pesquisas-judiciarias/relat_estudo_comp_inter.pdf" ://www.cnj.jus.br/images/pesquisas-judiciarias/relat_estudo_comp_inter.pdf
��

Continue navegando