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Terraceamento Objetivo: Parcelar o comprimento de rampa, possibilitando a redução da velocidade da água e subdividindo o volume de deflúvio; Infiltrar a água no solo ou disciplinar o seu escoamento até um leito estável de drenagem natural. Civilização Inca - Peru Fonte: Arquivo pessoal Constituição do terraço A – Faixa de movimentação de terra B – Camalhão C - Canal Fonte: http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAri8AA/conservacao-solo Terraceamento Terraceamento – Uso de arado Terraceamento – Uso da concha do Trator Terraceamento – Uso da Motoniveladora Terraceamento – Uso da terraceador Terraços quanto à função • Indicado para solos com boa permeabilidade. Terraço em nível ou de infiltração • Indicado para solos com baixa permeabilidade, neste caso a água deverá ser conduzida para fora da área. Terraço em desnível ou com gradiente Fonte: http://tito-jota.blogspot.com.br/2011/11/acoes-de-extensao-rural-para-o-manejo-e.html Canal Escoadouro Terraços quanto à construção Tipo Nichols – até 18% de declividade Tipo Mangum – até 12 % de declividade Terraços quanto à construção Fonte: http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAri8AA/conservacao-solo * Utilizado em declividades entre 18 – 45% Terraços quanto à faixa de movimentação de terra Terraço de base estreita • Faixa de movimentação de terra de até 3 metros • Usado em terrenos com declividade entre 12 – 18 % • Pode ser construído com ferramentas manuais ou tração animal Terraços quanto à faixa de movimentação de terra Terraço de base média • Faixa de movimentação de terra de 3 a 6 m • Usado em terrenos com declividade entre 10 e 12 % • Cultivo apenas no camalhão Terraços quanto à faixa de movimentação de terra Terraço de base larga • Faixa de movimentação de terra entre 6 e 12 m; • Usado em terrenos com declividade entre 3 e 10 %; • Pode-se cultivar tanto no canal como no camalhão Espaçamento entre terraços EV = Espaçamento vertical EH = Espaçamento Horizontal Cálculo do espaçamento entre terraços Equação de Bertolini et al. 1993 Onde: EV = espaçamento vertical entre terraços, em metros D = Declividade do terreno, em porcentagem K = índice variável para cada tipo de solo u = fator de uso do solo (culturas) m = fator de manejo do solo Onde: EH = espaçamento horizontal, em metros EV = espaçamento vertical, em metros D = declividade da área, em porcentagem Fator “u” - Grupo de culturas Fonte: Bertolini et al. 1993 Fator “m” – Fator de manejo do solo Exemplo de cálculo • Deseja-se terracear uma gleba de latossolo vermelho escuro distrófico com textura média, com declividade de 7%, a ser cultivado com algodão e preparo do solo feito com arado de discos e grade niveladora e os restos da cultura anterior serão incorporados Pelas tabelas: Solo do grupo “A” algodão – índice “u” = 0,75 Arado + grade niveladora – índice “m” = 0,75 Aplicand0-se os valores na expressão EV = 1,75 x 0,75 = 1,31 m EH = 24,9 x 0,75 = 18,7 m Cálculo do espaçamento entre terraços Equação de “Bentley” EV = ((D/x)+2)*0,305 EH = (EV/D)*100 Onde: EV = Espaçamento vertical em metros D = Declividade da área em porcentagem X = Tabela EH = Espaçamento horizontal Locação de terraços Formato dos canais Cobertura do solo Tipo de solo Classes de topografia e declividade Plana 0-2,5% Suavemente ondulada 2,5- 5% Ondulada 5-10% Fortemente ondulada 11- 20% Amorrada 20- 40% Montanhosa 40-100% Cultura anual Argiloso Arenoso roxo 0,5 0,44 0,40 0,60 0,52 0,48 0,68 0,59 0,54 0,76 0,66 0,61 0,85 0,73 0,67 0,95 0,81 0,75 Cultura permanente Argiloso Arenoso roxo 0,40 0,34 0,31 0,48 0,41 0,38 0,54 0,46 0,43 0,61 0,52 0,48 0,67 0,56 0,53 0,75 0,64 0,59 Pastagen Argiloso Arenoso roxo 0,31 0,27 0,25 0,38 0,32 0,30 0,43 0,37 0,34 0,48 0,41 0,38 0,53 0,45 0,42 0,59 0,50 0,46 Capoeira Argiloso Arenoso roxo 0,22 0,19 0,17 0,26 0,23 0,21 0,29 0,25 0,23 0,33 0,28 0,26 0,37 0,32 0,29 0,41 0,35 0,32 Mata Argiloso Arenoso roxo 0,15 0,13 0,12 0,18 0,15 0,14 0,20 0,18 0,16 0,22 0,20 0,18 0,25 0,22 0,20 0,28 0,24 0,22 Intensidade de chuva máxima Para ocorrer a máxima enxurrada, toda bacia deverá produzir água simultaneamente; Dessa maneira, foi criado o tempo de concentração da bacia, que é o tempo que a água demora em sair de um extremo ao outro mais distante da bacia. Quando uma chuva particular tem o tempo de duração igual ao tempo de concentração da bacia, esta chuva terá enxurrada máxima, pois toda ela estará contribuindo com água para a enxurrada simultaneamente e na máxima intensidade possível. Assim, para se calcular o tempo de duração da chuva da máxima enxurrada, basta conhecer o tempo de concentração da bacia, que é função de sua área. Cálculo da chuva máxima Imax = (K * Pr^a) / (T + b)^c onde: Imax = intensidade da precipitação máxima esperada com certo período de retorno e de duração igual ao tempo de concentração da área (Tc), em mm h-1; Pr = período de recorrência da chuva, em anos; T = tempo de duração da chuva (neste caso é igual ao Tc), em min; K,a,b,c= constantes do modelo, estabelecidos para as diferentes localidades do Brasil (Ver programa Pluvio http://www.ufv.br/dea/gprh/softwares.htm) Velocidade da água em canais Canal escoadouro VALORES MÁXIMOS PARA VELOCIDADE MÉDIA (M/S) EM CANAIS ESCOADOUROS COBERTOS COM COMGRAMÍNEA. ADAPTADO DE (NEVES, 1986) E (BERTONI & LOMBARDI NETO, 1985) % Cuidados com o canal escoadouro Construí-los com antecedência ao terraço para que esteja vegetado quando for utilizá-lo; Construção de obstáculos abaixo do desague de cada terraço visando a diminuição da velocidade da água Principais causas de rompimento dos terraços Espaçamento excessivo entre terraços; Dimensionamento incorreto; Presença de galerias no camalhão: formigueiros, buracos de tatus etc. Convergência de água para terraço vindas de fora da área terraceada Falta de limpeza e manutenção do canal