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Resenha Estudos em direito administrativo

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
Pós-graduação em Políticas e Gestão em Segurança Pública
Resenha do artigo: “Reflexo das esferas administrativa e penal ”.
Nome do aluno: Anderson Sergio Glatthardt
Resenha realizada como exigência parcial para conclusão do 1° Período do Curso de Gestão em Segurança Pública. Orientador (a): Prof. Viviani de Oliveira Rodrigues.
Rio de Janeiro/RJ
Maio 2018
UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
Pós-graduação em Políticas e Gestão em Segurança Pública
Resenha do Estudo de Caso: Reflexo das esferas administrativa e penal
Nome do aluno: Anderson Sergio Glatthardt
Trabalho da disciplina: Estudos em direito administrativo 
 
Tutor: Prof. Viviani de Oliveira Rodrigues
O artigo trata sobre os efeitos de uma decisão penal para o servidor público infrator, haja vista que as questões que a sentença envolve. A questão fala sobre a prevalência da esfera penal sobre a da administrativa, fazendo com que a decisão judicial de absolvição prevaleça sobre as decisões das esferas cível e administrativa, se contrárias. 
Observa-se, segundo a doutrina, que a sentença penal condenatória pode determinar a condenação criminal do servidor, ou a sua absolvição. Há três situações em que a sentença pode se fundamentar para a absolvição do servidor: Negativa do fato ou de autoria, ausência de culpabilidade penal e ausência de provas.
No caso de condenação por crime funcional, o agente público automaticamente será condenado na esfera administrativa. Para aplicar uma sansão penal, a análise dos fatos da autoria é muito mais profunda, muito mais detalhada, muito mais apurada. Além do mais, a simples culpa não gera condenação.
Segundo o art.92 do código penal: ”se a condenação por crime funcional for a pena privativa de liberdade por tempo igual ou superior a um ano, a consequência administrativa é a demissão do servidor”. Mas, se o juiz não fizer menção à perda do cargo ou função, quando a condenação é acima de um ano, a Administração deve abrir um PAD para a exclusão do servidor. Pois, o Código Penal traz a possibilidade da demissão administrativa obrigatória.
Na hipótese de absolvição, se o juiz absolver o réu na esfera penal, não necessariamente será absolvido na esfera administrativa. Há de se observar as hipóteses de absolvição mencionadas mais acima do texto. Se houver negativa de fato ou autoria, a absolvição se faz necessária. 
Porém, se o caso for de ausência de culpabilidade penal, a Administração poderá ajuizar ação de regresso de indenização e condená-lo à infração disciplinar administrativa, já que houve apenas a declaração de não existência de ilícito penal, que não afasta a punição civil e administrativa.
Já no caso absolvição por ausência de provas, também não produz efeitos nas esferas civil e administrativa, pois a insuficiência de provas no âmbito penal não impede a comprovação da culpa nas duas outras esferas.
Portanto, os ilícitos administrativo e civil podem existir sem o ilícito penal, mas a recíproca, neste caso, não é verdadeira. No processo administrativo busca-se a verdade material, enquanto no processo judicial, busca-se a verdade formal, em que somente pertence ao mundo dos fatos o que está nos autos.
Referência Bibliográfica
 
MADEIRA, Jose Maria Pinheiro: Reflexo das esferas administrativa e penal
Revista Diálogo Jurídico, Salvador, CAJ - Centro de Atualização Jurídica, nº. 22, março, 2002.

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