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E.K. Hunt

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Resenha Critica: E.K. Hunt - História do Pensamento Econômico capítulo 09.
 
 Karl Marx
Quem foi?
-Dentre todos os grandes estudiosos possivelmente o que surtiu maior efeito sobre as ciências politicas, econômicas e sociais foi Karl Marx. O autor de O Capital conseguiu aos olhos de Hunt, fazer uma ruptura do que se entendia sobre o sistema econômico contemporâneo vivido por ele e incluiu em sua analise um profundo estudo sobre a natureza humana e da sociedade.
Sua Obra:
-Apenas o Volume I de O Capital (em 1867) foi publicado enquanto Marx ainda estava vivo e logo apos sua morte, os rascunhos feitos por ele foram reescritos para os Volumes 2 e 3 (que por curiosidade foram escritos antes do Volume I) que foram organizados por Friedrich Engels.
A crítica ao Capitalismo:
-Marx foi influenciado principalmente pelas teorias de valores e lucros, de Adam Smith e Ricardo. Segundo Hunt, sua obra é como uma espécie de refinamento e extensão das obras destes grandes pensadores sem deixar de critica-los por certas ideias da escola clássica.
-Era, em parte, contra a ideia da propriedade privada.
-Apontava que a distribuição do capital era exclusivamente feita para privilegiar a classe econômica dominante.
-Demonstrou que a produção do existia graças ao "instrumento produtivo", que no contexto, eram os trabalhadores.
Mercadorias, Valor, Valor de Uso e Valor de Troca.
O Capitalismo era um sistema em que a riqueza parecia uma imensa acumulação de mercadoria como unidade. Uma mercadoria tinha duas características essenciais: primeiramente, era uma coisa que por suas propriedades, satisfazia as necessidades humanas. As qualidades físicas particulares de uma mercadoria, que tinha utilidade para as pessoas, faziam com que a mercadoria tivesse um valor de uso. As qualidades físicas particulares que tornavam útil uma mercadoria não tinham qualquer ligação definida ou sistemática com a quantidade de trabalho necessário para a apropriação de suas qualidades uteis. Em segundo lugar, as mercadorias eram, além disso, o depositário material do valor de troca. O valor de troca de uma mercadoria era uma relação entre a quantidade dessa mercadoria que se poderia conseguir em troca de certa quantidade de outra mercadoria.
O valor de troca era, habitualmente, expresso em termos do preço monetário de uma mercadoria, quer dizer, era expresso em termos da quantidade da mercadoria dinheiro que se poderia obter em troca de uma unidade da mercadoria em questão.
O valor de troca era o meio através do qual todas as mercadorias podiam ser direta e quantitativamente comparadas. Além de seu valor de troca, as mercadorias só tinham mais duas características em comum: todas tinham valor de uso e todas eram produzidas apenas pelo trabalho humano.
Trabalho Útil e Trabalho Abstrato
Quando Marx afirmou que o trabalho determinava os valores de troca, definiu o tempo de trabalho como consistindo em trabalho simples e homogêneo, em que eram abstraídas todas as diferenças específicas entre vários tipos de processo de trabalho. O trabalho...que forma a substancia do valor é trabalho humano homogêneo, o gasto de uma força de trabalho. O trabalho dessa forma foi definido como útil.
Quando afirmou que o trabalho abstrato determinava o valor de troca, Marx fez qualificações importantes: Primeira, o tempo de trabalho socialmente necessário que contava.
Ou seja:
Trabalho Útil
 Para Marx, o trabalho útil analisava características específicas de processos específicos do trabalho, onde essas qualidades particulares eram necessárias para produzir valores de uso também singulares (de cada mercadoria).
	Trabalho Abstrato
 Desconsidera as particularidades do trabalho útil e cria valor de troca. Assim, o valor de uma mercadoria representa trabalho humano no sentido abstrato, além de gasto de trabalho humano em geral.
A Natureza Social da Produção de Mercadorias
A diferença entre um produto e uma mercadoria é que um produto é algo produzido para uso imediato de seus fabricadores, enquanto uma mercadoria é um produto destinado a troca por outra mercadoria ou por unidades monetárias. Portanto o valor de troca é o principal valor utilizado quando se trata de mercadorias. Para uma sociedade “dominada pelo valor de troca”, isto é, que sua produção gire em torno de trocas entre mercadorias, são necessárias três características: alto grau de especialização, separação do valor de uso e do valor de troca (o produtor deve se relacionar com seu produto apenas como um produto a ser trocado) e por último um mercado amplo com uso intensivo de moeda e que esta equivalha ao valor universal das mercadorias. Além disso, é necessária uma relação social definida entre os produtores, cada um com sua determinada mercadoria que seria demandada por outro e assim por diante. Portanto, cada produtor, com o produto de sua venda, compra mercadorias para seu sustento. Por sua vez essa compra será feita de outros produtores. Logo, a quantidade de bens que um produtor conseguir vender determinará a quantidade de bens que este poderá comprar.
Ao mesmo tempo em que Marx faz essa análise de trocas sociais, argumenta que essas trocas nem sempre são perfeitas e pessoais, pois dependem de uma instituição impessoal e imutável – O Mercado. Segundo ele, “as relações que ligam o trabalho de um indivíduo aos demais aparecem não como relações sociais diretas entre indivíduos no trabalho, mas como... relações entre objetos.”
Essa sociedade que produz baseada no mercado gera a utilidade derivada do consumo. Os economistas clássicos, segundo Marx, se baseavam apenas no ato da troca como geradora de utilidade. Na verdade, o trabalhador útil era toda a fonte de utilidade na produção de mercadorias. As trocas na verdade eram apenas pré-requisitos para a criação de uma sociedade produtora de mercadorias, os clássicos só conseguiam enxergar o ato da troca, logo o mercado aparecia como entidade harmonizadora das relações de produção, não dando qualquer indicação entre a natureza das relações sociais entre classes harmoniosas.
 Circulação Simples de Mercadorias e Circulação Capitalista.
Segundo Marx, “as condições históricas da existência do capital não são, de modo algum, determinadas pela mera circulação de moeda e de mercadoria.” Demonstrou, portanto os tipos de circulação, simples e o capitalista.
No esquema de Circulação Simples a troca é feita dessa forma:
Mercadoria – Dinheiro – Mercadoria
M-D-M
Ou seja, uns produtores vendem sua mercadoria para conseguir dinheiro para comprar outra mercadoria a fim de seu sustento.
No sistema de Circulação Capitalista a troca acontecia desta maneira:
Dinheiro – Mercadoria – Dinheiro
D-M-D
Ou seja, a transformação do dinheiro em mercadoria e novamente essa mercadoria em dinheiro. É óbvio que sem o lucro, o comerciante nesse sistema estaria fadado ao fracasso, nenhum vendedor de picolés compraria um picolé por cinquenta centavos de reais para revender por cinquenta centavos de reais, isso seria trocar seis por meia dúzia. Ai está uma característica principal do capitalismo, comprar para vender mais caro. 
Portanto, o sistema anterior ficará dessa forma:
D-M-D'
Onde D' (dê linha) representa o acréscimo de valor em D, que nada mais é que a margem de lucro.
 Mais Valia, Troca e Esfera de Circulação.
A diferença entre D e D' é a mais-valia, a busca por mais-valias maiores é a força motriz do capitalismo para Marx. Logo, a fórmula geral do capital era essa origem da mais-valia, dentro da esfera de circulação. 
Se as mercadorias fossem vendidas pelo valor que foram compradas não haveria mais-valia, da mesma forma que se as mercadorias fossem vendidas com uma mais-valia excessiva, o vendedor ficaria com uma parte do valor de troca do comprador; e se essa mesma mercadoria for revendida á baixo de seu valor original o ganho do comprador seria equivalente à perda do vendedor.
Logo, como a relação de troca sem a adição de mais-valia não gerava valor algum, Marx chegou à conclusão de que a origemda mais-valia e do lucro não estava na esfera de circulação (trocas), logo voltou sua atenção para a produção. Tema do próximo assunto.
Circulação do Capital e a importância da Produção.
Trabalho, Força de Trabalho e a Definição do Capitalismo. 
O valor da Força de Trabalho. 
 Todo processo de produção e da circulação de capital se dá pela mais-valia e o capital comercial onde comprar e vender mais barato era a parte dos comerciantes. Ocorria sempre a mesma forma de circulação, o importante era que houvesse um grande excedente econômico. Era um trabalho de produção, consumo e mercadoria. Já que a força de trabalho era o fato do potencial e da ocupação do trabalho. O objetivo principal da força de trabalho era gerar mais- valia , um papel que deve ser bem cuidadoso. E isso se chama capitalismo, ou seja, um modo de produção. O valor a força de trabalho começa com a mais valia e essa é a distinção clara que Marx começa a examinar. Esse é um processo de trabalho que este ligado ao trabalho de produção de mercadoria como é o caso do capitalismo. Somente no capitalismo a produção vai se generalizando e se tornando importante ao meio de circulação. E a partir disso é que se desenvolve a relação pelo qual Marx explicava que era a relação social. Então a importância da compra e venda nesse meio social gerava a necessidade de conduzir essa relação entre as pessoas e o capitalismo e o valor é o representante social do meio abstrato. E esse valor de um trabalho abstrato, é uma expressão em que significa que , é o valor de troca constituído do trabalho totalmente necessário, ou seja as condições de produção deve ser igual ou menor atendendo as necessidades sociais, alem disso o valor de mercado difere sempre desse valor médio.A produção e a circulação são necessários para um mesmo processo social e então importantes para a determinação do valor. Então a definição exata que Marx faz em relação ao capital como dinheiro é que se valoriza por meio da compra especialmente vinda da força de trabalho. É o objetivo do capitalismo, o lucro e, mais que isso, o lucro máximo, sob pressão da concorrência que define a forma de andamento do crescimento no capitalismo e a pressão pelo crescimento e pelo aumento da produtividade. A grandeza de valor de uma mercadoria permaneceria, evidentemente, constante se o tempo necessário à sua produção permanecesse constante. O valor de trabalho era comparado a subsistência e o desenvolvimento histórico ou dependia do alto grau de conforto ao qual estavam acostumados para haver essa força de trabalho à mercadoria.
Trabalho Necessário, Trabalho Excedente e Criação e Realização da Mais-valia.
Para Entendermos o que são esses conceitos vejamos o seguinte exemplo: 
“Um trabalhador é capaz de produzir em 6 horas todos os alimentos e todas as necessidades de que ele precisa para ser capaz de trabalhar 12 horas. Estas 6 horas — ou qualquer que seja o número de horas necessárias para o trabalhador produzir essas suas necessidades — são rotuladas por Marx de "tempo de trabalho necessário". Já as horas que o trabalhador trabalha além do tempo de trabalho necessário são rotuladas por Marx de "tempo de trabalho excedente.“
Assim podemos entender que o Trabalho Necessário é o trabalho dispendido durante o dia para produção do valor da força de trabalho e o Trabalho Excedente é formado pelo tempo de trabalho que excede o necessário. 
De acordo com a fórmula do cálculo da circulação do capital industrial D – M... P... M’ – D’ temos o seguinte processo Capital Inicial -> Mercadoria (matérias-primas, instrumentos e força de trabalho) -> Produção -> Mercadoria acabada’ -> Dinheiro’. A mercadoria acabada possui um valor maior que a inicial, isso porque o operário emprega um trabalho excedente e assim há uma mais-valia, o que irá aumentar o valor da mercadoria. Com isso o capitalista adquire um retorno financeiro bem maior que o capital inicial, agora ele recomeça o ciclo em maior escala, gerando ainda mais mais-valia e acumulando mais capital.
Capital Constante, Capital Variável e Taxa de Mais-valia.
O capital resultante é dividido em:
Capital Constante -> meios não humanos de produção;
Capital Variável-> força de trabalho;
A Teoria do Valor Trabalho
Karl Marx trata em sua obra de uma análise do valor. De maneira sintética, o valor nasce do trabalho, pois Marx entende que é a partir do trabalho que as mercadorias surgem e adquire utilidade para a sociedade. Em sua obra complexa, o autor de "O Capital" explica como as relações de trabalho, produção e circulação se processam e como chegamos à noção de riqueza.
Por essa razão, Marx insistia em que o valor de algo não era simplesmente o tempo que levou um indivíduo para fazê-la, mas o tempo que levaria um indivíduo para trabalhar dentro do nível médio de tecnologia e habilidade — ele chamou esse nível médio de trabalho necessário “o tempo de trabalho socialmente necessário”. Este ponto é crucial porque sob o capitalismo os avanços tecnológicos estão ocorrendo constantemente, o que significa que leva cada vez menos tempo produzir.
Problema da Transformação 
O problema da transformação se refere a relação entre valor e preço.
Problema da transformação não se refere essencialmente ao cálculo dos preços. Ele é fundamentalmente um problema qualitativo: a demonstração de que o preço de produção é uma forma mais complexa de expressão do trabalho social que o valor, porque ele reflete a distribuição do trabalho e da mais-valia através da economia.
Marx acreditava que nas fases iniciais do capitalismo, os preços equivaliam aproximadamente aos valores e que vigoravam diferentes taxas de lucro. Mas com o desenvolvimento do mercado e a integração da economia num todo, também se instala a concorrência e o capital se torna mais móvel, uniformizando dessa forma a taxa de lucro. Essas mudanças de preços, devido a uniformização da taxa de lucro faz com que os preços se desviem dos seus valores.
Propriedade privada, Capital e Capitalismo.
	Marx inicia esse tópico definindo como é gerada a mais-valia. Ele diz que é mais-valia é gerada no processo de produção e não na troca. 
	Marx também define o capital da seguinte forma. Afirmando que o capital é especifico do capitalismo e que envolve parcialmente os meios de produção fabricados, mas o que interessava para Marx era a questão dos aspectos da propriedade que eram peculiares e específicos ao capitalismo e como essas relações de propriedade transformava os meios de produção fabricados em capital.
	O capital e as leis da propriedade privada tinha se tornado o mecanismo no modo de produção capitalista, através do qual uma classe dominante expropriava o excedente econômico criado pela classe operaria.
Acumulação Primitiva
 
	Marx deu o nome de acumulação primitiva ao processo histórico real no qual duas classes haviam sido criadas:
•	a classe operaria sem propriedades;
•	a classe capitalista rica.
 	Essa acumulação pode ser encarada de dois pontos de vista diferente: como o processo de criação da classe operaria sem propriedade, economicamente indefesa e dependente ou como a criação de uma classe rica, com controle monopolista sobre os meios de produção.
Acumulação de Capital
Após o surgimento do capitalismo, o poder dos capitalistas passava a ser garantido pelas "novas leis da propriedade privada", que foram criadas a partir deles mesmas, pois os capitalistas eram a classe dominante. Dessa forma eles passaram a serem os advogados da "lei e da ordem", a lei seria em relação à propriedade privada e a ordem seria em relação à produção. Desse modo os capitalistas perpetuaram seu poder.
As "leis de movimento" surgiram a partir da separação dos operários de todos os meios de produção, essas leis refletiam a força motivadora que dava impulso ao sistema capitalista, que se resume na concorrência acirrada entre os capitalistas em busca de riquezas causadora do desenvolvimento capitalista.
A posição social e o prestigio do capitalista dependiam do valordo seu capital. O sistema sempre o deixava "em alerta", pois a concorrência era acirrada, exigindo com que ele acumulasse mais e mais a fim de vencer a concorrência e sobreviver no mercado.
"Só pela acumulação de capital novo e melhor que esse desafio poderia ser vencido"
Para Marx o capitalista tinha em comum com o avarento a paixão pela riqueza, mas que no caso do avarento seria por sua ideologia, já no caso do capitalista seria pelo efeito do mecanismo social capitalista.
As quatro consequências importantes da concorrência e da acumulação, segundo Marx, são: a concentração econômica, a tendência à queda da taxa de lucro, os desequilíbrios e crises setoriais e a alienação e a crescente miséria da classe operária.
Concentração Econômica
À medida que o capitalismo se desenvolvia a riqueza e o poder se concentrava cada vez mais nas mãos de um número cada vez menor de capitalistas. Isso foi causado pela concorrência, aonde os maiores iam "engolindo" os menores e pelo avanço tecnológico que faz com que cada vez mais seja necessário ter um capital inicial maior para poder a fabrica funcionar normalmente.
A firma para continuar concorrendo teria que aumentar sua produtividade, que dependia da produção, que dependia dos operários. Assim a concentração de poder e riqueza ficaram cada vez mais com os mais ricos e o proletariado tendeu a aumentar.
Tendência decrescente da taxa de lucro
Para Marx "a composição do capital e as mudanças por ele sofridas durante o processo de acumulação" constituíam um dos "fatores mais importantes" de sua teoria. A composição orgânica do capital era definida pela razão entre capital constante e capital variável (c/v). Achava que a acumulação incessante de capital causaria um aumento na composição orgânica a ponto dos valores de meio de produção aumentar mais rápido que a força de trabalho, tendo como consequência a queda na taxa de lucro.
Embora a mais-valia fosse criada apenas pelo capital variável, o capitalista baseava sua taxa de lucro em todo seu capital. S/C, onde C= (c+V). Ou seja, s/(c+v), distinta da taxa de mais valia (s/v). E então dividindo a taxa de lucro (s/(c+v)) por v, tem-se (s/v)/[(c/v)+1]. Portanto sempre que houvesse aumentos na taxa de mais-valia o lucro cresceria, sabendo disso os capitalistas tendiam a aumentar a carga horária. Aumentos na composição orgânica do capital sempre diminuíam a taxa de lucro. Só o capital variável gerava mais valia. Se a taxa de mais-valia se mantivesse constante enquanto a composição orgânica do capital aumentasse, a mais-valia gerada por uma dada quantidade de força de trabalho teria de ser "diluída" em uma quantidade maior de capital total para se chegar a taxa de lucro. Por isso os aumentos na composição orgânica do capital diminuiriam a taxa de lucro, se a taxa de mais-valia se mantivesse constante.
Marx achava que os esforços dos capitalistas para aumentar a mais-valia tinham que atingir certos limites práticos. Quando isso acontecesse, “o crescimento gradual do capital constante em relação ao capital variável teria de levar, necessariamente, a uma queda gradual na taxa de lucro”. Marx juntou-se, assim Smith, Ricardo e Mill e mais tarda por Keynes ao defender de que a acumulação de capital provocava uma tendência à queda da taxa de lucro. Isso não significava que haveria uma queda no lucro total, ou seja, o lucro continuaria a aumentar, só que mais lentamente.
Marx discutiu cinco influencias compensatórias do aumento da composição orgânica do capital, porém o autor resumiu a quatro, por achar uma delas parecida com outra. A primeira é o aumento da jornada de trabalho, ou seja, aumento da exploração do capital varável. A segunda é a depressão dos valores dos salários, que seria causada por um crescimento da população. A terceira seria a queda no preço do capital constante, que ocorreria no caso de uma mudança tecnológica dos métodos de produção impedia que o valor aumentasse no mesmo ritmo que seu volume material. A última seria a do comércio exterior.
Desequilíbrios Setoriais e Crises Econômicas
Marx concordava com quase todos os clássicos anteriores quando afirmou que os salários tenderiam para o nível de subsistência, e concordava com Mill quando estipulou que essa tal subsistência era determinada cultural e não biologicamente. Porém, discordava destes economistas quanto ao mecanismo social através do qual os salários eram mantidos naquele patamar. Argumentava que, em bases capitalistas, o excedente da população trabalhadora, independente dos limites do aumento da população, era um produto necessário da acumulação. Rejeitou totalmente o princípio da população, de Malthus. 
Os salários eram mantidos próximo ao nível de subsistência através da concorrência entre os operários, justamente porque o chamado exército industrial de reserva, ou seja, os operários desempregados viviam abaixo do tal nível e aceitava empregos com baixos salários. Quando a reserva de operários esgotava-se a medida que a acumulação ia avançando, os donos do capital percebiam que tinham de pagar salários mais altos. Esse problema era diminuído temporariamente através da introdução de novas técnicas de produção poupadoras de mão-de-obra, aumentando a produção por trabalhador, demitindo funcionários e recompondo o exército de reserva. Porém, essa expansão com menos mão-de-obra não aumentava os salários, mas apenas a produção total. A consequência era que os operários não tinham condições de comprar os próprios produtos que produziam. A mais-valia gerada pelos operários e incorporada às mercadorias nem podiam ser vendidas no mercado por falta de demanda.
Ilustrando melhor esse processo, Marx dividiu a economia capitalista em dois setores, um produzindo bens de consumo e outros bens de capital, e afirmou que a expansão contínua e equilibrada da economia exigia que a troca entre esses dois setores fosse equilibrada, ou seja, os bens de consumo demandados pelo setor de bens de capital tinham de estar em equilíbrio com a demanda de bens de capital do setor de bens de consumo. Se isso não ocorresse, a oferta não seria igual à demanda em nenhuma dos dois setores.
As capacidades produtivas relativas eram determinadas, grosso modo, no período anterior à introdução da tecnologia poupadora de mão-de-obra e, após a restrição dos salários, não correspondiam à nova distribuição de renda entre salários e lucros, deixando o setor produtor de bens de consumo com excesso de capacidade, ou com uma demanda de mercado insuficiente por seus produtos. A teoria de Marx identificou como causa de diversas crises econômicas anteriores o desequilíbrio estrutural entre esses dois setores e a distribuição de renda entre salários e lucros. 
Quando a produção de bens de capital diminuía, os operários eram dispensados, os salários baixavam e a demanda pelo consumo caía. Isso levava à menor produção de bens de consumo, mais demissões, menos demanda e assim por diante. O resultado era a superprodução ou uma abundancia em ambos os setores, levando à depressão. Nesse processo o exército de reserva aumentava consideravelmente.
Para Marx os trabalhadores estariam dominados pela ideologia da classe dominante, ou seja, as ideias que eles têm do mundo e da sociedade seriam as mesmas ideias que a burguesia espalha. O capitalismo seria atingido por crises econômicas porque ele se tornou o impedimento para o desenvolvimento das forças produtivas. Seria um absurdo que a humanidade inteira se dedica-se a trabalhar e a produzir subordinada a um punhado de grandes empresários. A economia do futuro que associaria todos os homens e povos do planeta, só poderia ser uma produção controlada por todos os homens e povos. Para Marx, quanto mais o mundo se unifica economicamente mais ele necessita de socialismo.
Alienação e Miséria Crescente no Proletariado
O processo de acumulação primitiva acabou por criar uma classe de trabalhadores que nada tinham a vender além de sua força de trabalho, e estes se tornaram escravos do próprio capital que produziam. Tal processo, paraMarx, tinha efeitos perniciosos sobre os operários, impedindo-os de desenvolver suas potencialidades.
Na opinião de Marx, o capitalismo cortou quaisquer vínculos paternalistas existentes entre os homens, como no caso do feudalismo, e transformou o valor pessoal em valor de troca. Agora o mercado separava e isolava o valor de troca, ou preço em dinheiro, das qualidades que davam forma às relações dos homens com as coisas e com os outros homens. O trabalho torna-se mera mercadoria, os trabalhadores perdem o controle da venda de sua força de trabalho e os produtos de seu próprio trabalho lhe são alheios. Marx dizia usou o termo alienação para descrever o processo em que o trabalhador se sente alienado ou divorciado do seu trabalho, do seu meio institucional e cultural e de seus colegas.
A contrapartida à lei da concentração crescente do capital era o que Marx chamava de lei da miséria crescente. Apesar de reconhecer que os salários poderiam aumentar, Marx afirmou que mesmo assim os trabalhadores ficariam em situação pior. Pois ele achava que, com a acumulação de capital, o potencial dos operários seria sistematicamente reprimido. Em consequência disso, o trabalhador ficaria frustrado, pois a vida lhe é negada, a criatividade extirpada e procuraria subterfúgios. A apatia ou a destrutividade, segundo Marx, também constituiria um ato histórico de criatividade, pois os operários criariam um novo sistema socialista, em que a cooperação, o planejamento e o desenvolvimento das potencialidades humanas substituiriam a concorrência, a anarquia do mercado e a degradação humana em todos os níveis, a exploração e a alienação.

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