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E K Hunt - david ricardo - resumo

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E K Hunt – David Ricardo 
Ricardo em seu debate determina que o grande impasse da economia é a distribuição de 
todos produtos originados pela terra. Como repartir os produtos da terra? Ricardo cita 
então as três classes estudadas pela economia: os proprietários de terra, os capitalistas e 
os trabalhadores. 
A teoria do lucro de Ricardo, se baseava na ideia de que os preços eram regulados pelo 
grau d dificuldade da produção, quando as terras são inférteis, necessita de mais força 
para produzir, assim, os preços são empurrados para cima. A taxa de lucro era regulada, 
de acordo com o autor, pela Lei dos Rendimentos Decrescentes. Para ele, o lucro era parte 
do excedente, ou melhor, um tipo de excedente. Para compreender melhor a teoria do 
lucro, é necessário entender a teoria da renda da terra. 
A teoria da renda da terra, de Ricardo, defendia que a terra é indestrutível e possui poderes 
naturais, assim, para que seja utilizada deve-se pagar uma quantia ao seu proprietário, que 
seria a Renda da terra. A teoria de Ricardo se baseava no principio de que existiam 
diferentes terras, estas deveriam ser separadas em diferentes graus, da mais fértil a menos 
fértil. Cada terra teria uma determinada renda devido ao seu grau de fertilidade. A outra 
base de sua teoria era na ideia de que a concorrência sempre igualaria as taxas de lucro 
dos fazendeiros capitalistas que arrendassem suas terras, alugassem. 
Produto Liquido: toda produção gerada menos os custos de produção. todo valor 
excedente gerado pelo trabalho 
Resumidamente, a teoria da renda, de David Ricardo, surgiu porque ele percebeu que a 
terra é limitada, possui vários graus de fertilidade, sofre com o crescimento populacional 
e com sua localização geográfica. O modelo proposto por Ricardo, é o seguinte: deve a 
sociedade começar produzindo nas terras de qualidade menor (terra 1), após isso, quando 
a terra 1 passar a gerar renda, deve se cultivar nas terras de segunda qualidade (terra 2), 
quando a terra dois gerar renda, haverá a comparação entre as duas terras, para assim 
saber qual terra gera mais renda, e determinar sua capacidade produtiva. Quando a terra 
de terceiro grau, terra 3, começar a ser cultivada, uma nova comparação entre as rendas 
será feita. Supondo que as três terras produzam a mesma quantidade de capital, mas geram 
produtos diferentes. A renda gerada é um efeito da concorrência entre os fazendeiros. E 
a concorrência igualaria as taxas de lucro dos fazendeiros. 
O produto liquido diminui a medida que se eleva a quantidade de terra cultivada. 
DESENHO DO GRAFICO 
 
Ricardo concordou com a teoria populacional de Malthus, a qual afirma que o 
crescimento da população empurra os salários para baixo, até que se igualem ao nível de 
subsistência. O lucro seria o que sobrasse após o pagamento de todos os custos, inclusive 
pagamento da renda da terra. 
Enquanto o produto liquido fosse decrescente e os salários permanecessem fixos, a taxa 
de lucro seria empurrada para baixo. Ricardo formula sua teoria com base nos cereais, 
como se estes fossem o capital. O autor tenta passar sua teoria para a indústria, com a 
mesma ideia de que o lucro é determinado pela produtividade do trabalho, e a 
concorrência tende a igualar as taxas de lucro, a taxa de lucro de ambos dependeria da 
terra que não pagasse renda. 
O conflito entre classes 
Os interesses dos capitalistas sempre foram opostos aos interesses dos trabalhadores. Mas 
a acumulação de capital, para Ricardo, promovia a prosperidade. Quanto mais crescia o 
lucro do capitalista, mais homens ele procuraria para trabalhar, em decorrência disso o 
salário se elevava, assim, ultrapassava o salário de subsistência, para Ricardo, isso 
contribuía para o aumento da população. Isso era um círculo, e enquanto os capitalistas 
tivessem lucros isso ocorreria. Todavia, a Lei dos Rendimentos Decrescentes não deixava 
isso ocorrer por muito tempo, com a diminuição da renda, os lucros se reduziam também. 
GRAFICO 5.4 
A renda da terra é parte da receita. A renda não é responsável pelo lucro. Quando o valor 
relativo do cereal aumenta, significa que os custos aumentaram, ou seja, o valor do 
trabalho. Quando os salários aumentam, é necessário fazer uma nova distribuição da 
renda gerada. Se o preço do trabalho aumentasse, significava que a terra estava menos 
fértil, dessa forma, seria preciso mais trabalho para produzir, isso, de certa maneira, 
reduzia os lucros agrícolas. 
Por outro lado, na indústria, o trabalho continuava com o mesmo preço, os preços dos 
produtos precisam então ser alterados para que ficassem iguais. 
Para Ricardo o preço médio é constante, assim, se os preços agrícolas subirem, os preços 
dos industrializados, ou de um industrializado, teria que baixar. Dessa maneira, o preço 
médio se manteria sempre o mesmo. Com isso, existiria uma taxa de lucro uniforme. Para 
Ricardo, manter a taxa de lucro uniforme, ou seja, estável, é importante para a nação, uma 
vez que quando ela está baixa, significa que a acumulação de capital tenderá a se reduzir 
também. A acumulação promove a prosperidade de um país, acelera o seu 
desenvolvimento, se a acumulação se reduzir, o desenvolvimento econômico do país 
diminui. 
Ricardo, proibiu a importação de cereais, pois, para ele, isso estava reduzindo a 
acumulação de capital, no longo prazo, atrapalharia o desenvolvimento econômico da 
nação. 
Nesse debate, Malthus discordou totalmente da ideia de Ricardo, para ele, os lucros são 
determinados pelos preços, e os preços determinados pela oferta e demanda do mercado. 
Isso implica necessariamente uma variação nos preços. Totalmente contrario a teoria de 
Ricardo, que afirma que existe um preço médio, e este deve se permanecer fixo. Dessa 
maneira, entende-se que o valor do dinheiro e o preço serão sempre os mesmos. O que 
para Malthus não é uma inverdade. Malthus afirma que, não se pode alterar as taxas de 
lucros, estas são respostas trazidas pelo mercado, pela oferta, procura, escassez etc. 
Malthus quer destacar que as mercadorias são afetadas por coisas diferentes, e o seu preço 
seria de alguma forma alterado. 
Após tal crítica, Ricardo escreveu a Teoria do Valor-Trabalho, que propunha que TODA 
mercadoria tem que ter utilidade para entrar no mercado. O valor relativo vem a ser 
determinado pela escassez, abundancia e quantidade de trabalho empregada na produção. 
entretanto, é válido lembrar que Ricardo acredita que a escassez só é um bom 
determinante quando a mercadoria não pode ser produzida pela capacidade humana. As 
obras de arte, por exemplo dependem da vontade de quem quer adquirir tais. 
Se o trabalho, como afirma Smith, determina o valor de troca, se houver um aumento na 
quantidade deste, deverá o preço se elevar na mesma proporção. 
Ricardo acreditava que, sua teoria poderia ser aplicada na sociedade rude e na sociedade 
capitalista. A única diferença seria que na sociedade capitalista, seria necessário maior 
qualificação para as diferentes profissões. 
Ricardo discorda de duas objetificações impostas na teoria do valor trabalho. Primeiro, a 
teoria do valor-trabalho não explica a maior produtividade relacionada ao uso dos 
recursos naturais e do capital, e mais, a teoria não possibilitava a combinação de 
diferentes habilidades, com diferentes trabalhos e diferentes salários. 
Ricardo procurou explicar porque os preços agrícolas subiam em comparação aos 
industrializados. Daí Ricardo apresentou o ponto principal de sua teoria, a habilidade que 
a produção exige, ou seja, seu grau de dificuldade, determina o preço. Ricardo não 
entendia a força de trabalho como uma mercadoria, mas como parte do processo 
produtivo. Para Ricardo, as máquinas são produtos intermediários que possibilitam a 
produção de uma mercadoria. A produção é um sistema de tarefas que, quando reunidos, 
transformam uma matéria prima em mercadoria. A produção tinha como a principalfinalidade, dar valor de uso para simples insumos. 
Para ele, os recursos naturais são dados gratuitamente pela natureza, o homem apenas usa 
seu trabalho para transformar tais recursos em mercadorias elegíveis a terem valor de uso 
e valor de troca. Esses recursos não eram custosos para o homem, a água, por exemplo, 
ninguém gastava para produzir água. O capital é apenas um determinado número de 
produtos frutos do trabalho humano. 
Ricardo acreditava ainda que, o valor de troca era determinado por todas as partes da 
produção, ou seja, dependia da soma agregada das produções, para a produção de um 
casaco de algodão, deve avaliar o seu valor de troca desde a plantação e cultivo do 
algodão. 
Ricardo tratava o capitalismo como um fenômeno não histórico, mas um fenômeno que 
após se desenvolver seria eterno. Para ele, o capital sempre seria igual, ou seja, o capital 
sempre seria as máquinas e ferramentas. 
Ricardo, diferente de Smith, defendia que mesmo no estágio rude, ou inicial, era 
necessário capital, por exemplo, o autor acredita que no tempo da caça, cada homem que 
caçava com suas próprias ferramentas, tinha o seu capital. A partir disso, Ricardo passa a 
defender a noção de que se cada homem tivesse seu capital, ele seria um trabalhador e 
capitalista. O erro de Ricardo é esse, ele afirma que qualquer homem poderia ser 
capitalista, entretanto a noção de capitalista deveria ser alterada, e isso não ocorreu. 
Ricardo uso o conceito do capitalista que aufere lucros, mas no período primitivo o 
caçador não auferia lucros. Outro erro de Ricardo foi a não percepção de que os lucros 
passaram a existir pois uma classe deteve o monopólio das terras, isso dava poder e 
acumulação. O capital, assim como os lucros nascem quando uma classe se firmou como 
forte economicamente, ou melhor, quando uma classe passou a acumular capital sozinha. 
O autor acreditava que se todos os homens fossem capitalistas os preços das mercadorias 
mudariam completamente, o preço seria determinado apenas pelos salários e lucros. 
Um conceito importante para Ricardo, foi o da Renda da Terra, para o economista, a renda 
da terra não era um determinante do preço, dessa maneira, não entrava nos custos. A renda 
dependia da área total cultivada, assim como os preços que elas seriam vendidas. A renda 
é um resíduo, é um efeito da produção agrícola. 
As definições de preço natural e de mercado eram as mesmas de Smith. A ideia de que a 
oferta e a procura igualam as taxas de lucros, também parecia com a ideia de Smith. 
A principal intenção de Ricardo era não ser contraditório em sua teoria.

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