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UNIVERSIDADE DE UBERABA Impermeabilizações UBERABA ix 2018 Impermeabilizações Trabalho de construção civil I, apresentado a universidade de Uberaba, referente ao 7º período de engenharia civil. Orientador: Prof.ª Douglas Tsukamoto UBERABA 2018 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO 04 2 IMPERMEABILIZAÇÃO 05 3 TIPOS DE IMPERMEABILIZAÇÃO 05 3.a. Impermeabilizaçao rigida 05 3.b. Impermeabilização flexivel 06 4 PRINCIPAIS TIPOS DE IMPERBEABILIZANTES E SUAS APLICAÇÕES 06 5 EXEMPLO DE APLICAÇÃO 07 6 CONCLUSÃO 08 7 REFERÊNCIAS 09 INTRODUÇÃO A impermeabilização é uma técnica que consiste em proteger edificações contra água, mofo, fungos e umidade. Além de danificar a aparência, agem também na resistência da estrutura. A impermeabilização é uma necessidade para todas as construções por isso a edificação deve ser impermeabilizada desde a base até o telhado. Impermeabilização A impermeabilização é um sistema responsável por selar, colmatar ou vedar os materiais porosos e suas falhas, sejam elas motivadas por momentos estruturais ou por deficiências técnicas de preparo e de execução. O sistema de impermeabilização propicia conforto aos usuários finais de qualquer construção, seja ela comercial, industrial ou residencial. É uma etapa da construção civil muito importante, mas que muitas vezes é deixada de lado por motivos de contenção de gastos e desinformação, resultando na umidade e no aparecimento de patologias de impermeabilização resultando em ambientes insalubres e com aspecto desagradável, apresentando manchas, bolores, oxidação das armaduras, entre outros. A impermeabilização muitas vezes não é tratada com a devida importância nas construções ou, até mesmo, não é utilizada pelo fato de, na maioria das vezes estar fora do alcance visual após a conclusão da obra. Os agentes trazidos pela água e os poluentes existentes no ar, causam danos irreversíveis a estrutura além de prejuízos financeiros, principalmente quando envolve a recuperação estrutural. Os custos que envolvem o reparo das patologias de impermeabilização podem ser até quinze vezes maiores do que se fosse previsto no projeto e executado durante a obra como medida de prevenção. A vida útil de uma edificação depende diretamente de um eficiente sistema de impermeabilização. O custo da implantação de um sistema de impermeabilização na edificação representa em média de 1 a 3 % do custo total da obra, considerando projeto, consultoria, fiscalização, execução e materiais. A execução da impermeabilização durante a obra é mais fácil e econômica se comparada com a execução depois da obra concluída. A reimpermeabilização pode corresponder a 25% do custo total da obra, dependendo do tipo de revestimento final empregado, incluindo todos os custos diretos e indiretos, inclusive os transtornos, que não são pequenos. Tipos de impermeabilização Para a definição do melhor método para impermeabilizar, é necessário conhecer os tipos de impermeabilização que podem ser executados. É importante ressaltar que cada método de impermeabilização possui procedimentos e produtos diferentes e o estudo de cada um deles irá garantir que você tenha um serviço melhor executado e por um preço mais acessível. Basicamente, há dois tipos de impermeabilização: impermeabilização rígida e impermeabilização flexível. Impermeabilização rígida A impermeabilização rígida é recomendada para ser utilizada em locais em que não há grandes movimentações da estrutura, principalmente ocasionadas pela variação térmica. Portanto, este tipo de impermeabilização é geralmente utilizada em estruturas como fundações, baldrames, reservatórios inferiores de água, piscinas enterradas, poços de elevador, muros de arrimo, etc. As impermeabilizações rígidas podem ser aplicadas com produtos como argamassas impermeáveis, argamassas poliméricas e epóxi ou por cristalização. Impermeabilização flexível Por outro lado, a impermeabilização flexível é recomendada para locais em que a estrutura pode se movimentar sem causar dano aos outros elementos da edificação. Este tipo de impermeabilização é recomendado para uso em lajes (maciças, mistas ou pré-moldadas), terraços, varandas, reservatório superior de água, jardins e pisos de cozinha, banheiro e áreas de serviço. Os produtos mais comuns para aplicação de uma impermeabilização flexível são: Membranas moldadas in loco: como a emulsão asfáltica, solução asfáltica, emulsão acrílica, asfaltos oxidados, asfaltos modificados, elastômeros (Neoprene), dentro outros. Mantas pré-fabricadas: como a manta elastomérica (butil/EPDM), manta asfáltica e manta polimérica (PVC). Dentre estas, destacam-se as mantas asfálticas e as poliméricas por serem de fácil aplicação e terem um custo mais acessível se comparados com outros tipos. Principais tipos de impermeabilizantes e suas aplicações Produto Aplicações Argamassa impermeabilizante (sistema rígido) Reservatórios e piscina enterrados, subsolos, paredes e pisos internos, baldrames e fundações Argamassa e cimento polimérico Paredes de alvenaria e drywall em áreas molhadas, piscinas, reservatórios não enterrados Cristalizantes Reservatórios enterrados, baldrames, piscinas enterradas Asfalto aplicado a frio Pequenas áreas molháveis internas e recortadas, como em cozinhas, banheiros e áreas de serviço Asfalto aplicado a quente Áreas pequenas e recortadas sujeitas a dilatações térmicas acentuadas, como em varandas e pequenas lajes de cobertura Manta asfáltica Lajes de cobertura em geral, estacionamentos, piscinas, coberturas verdes, terraços, calhas, banheiros e lavabos, cozinhas, áreas de serviço, jardineiras e floreiras Membrana acrílica Coberturas, abóbodas, telhas pré-moldadas Impermeabilizante poliuretânico Lajes e reservatórios de água potável Geomembranas de PEAD Aterros sanitários, tanques de estações de tratamento de esgoto, lagos artificiais Mantas de EPDM Reservatórios, lagos artificiais, canais de irrigação, coberturas Mantas de PVC Túneis, subsolos fundações, telhados e coberturas Mantas de TPO Coberturas Exemplo de aplicação de impermeabilização de lajes por manta asfáltica Passo 1: A superfície a ser impermeabilizada deve estar limpa e deve ser retirado qualquer material que esteja obstruindo a superfície. Passo 2: Após a limpeza da superfície, aplicar uma demão de pintura impermeabilizante (primer) para garantir uma maior aderência. Fazer a aplicação com o auxílio de vassoura de pelo e esperar secar por cerca de 3 a 4 horas se a área não estiver encharcada. Se sim, esperar secar completamente. Passo 3: Esticar a manta asfáltica sobre a superfícies para cortá-la no tamanho exato da área a ser impermeabilizada. Enrolar a manta novamente e iniciar o processo de aplicação da mesma. Deve-se desenrolar e aquecer o plástico com o maçarico para uma melhor aderência da manta a superfície. Passo 4: Para a impermeabilização e acabamento dos ralos deve-se cortar um pedaço de manta de 30 x 30cm, colocar sobre os ralos, cortar o material em forma de “x” no vão do ralo e virar as pontas para dentro. Após a aplicação da manta na superfície inteira, fazer outro corte na manta em forma de “x”, dobrando as pontas de manta em direção ao interior do ralo. Dessa forma, nos vãos de escoamento, a manta se estabilizará com uma dupla camada. Passo 5: Nas paredes, aplicar a manta até 40cm de distância do solo, deixando o acabamento entre o piso e as paredes abaulado, para melhor adesão do material ao piso. Passo 6: Executar sobreposição de 10cm de uma manta sobre a outra. Passo 7: Para executar o acabamento da manta onde há transição de uma área impermeabilizada com uma outra que não será revestida pelo material descrito, deve-se esquentar as extremidades da manta asfáltica com auxílio do maçarico e moldá-las com uma colherde pedreiro. Passo 8: Realizar teste de estanqueidade tampando-se todos os ralos e deixando-se uma camada de água de aproximadamente 5 cm por toda a superfície impermeabilizada por 72 horas. Passo 9: Conferir se a laje inferior a que está sendo impermeabilizada, com especial atenção a saída dos ralos, verificando se houve algum vazamento. Se houve vazamento, é necessário fazer uma nova aplicação, desde o primeiro passo. Passo 10: Executar a proteção mecânica no piso impermealizado espalhando uma camada de aproximadamente 2cm de argamassa de areia e cimento (traço 1:3) com o auxílio de régua. Passo 11: Nos cantos das paredes, deve-se aplicar chapisco colante com a desempenadeira dentada. CONCLUSÃO As pesquisas realizadas aos diversos sites puderam mostrar que a impermeabilização tem cada vez mais se industrializado, e em conjunto a essa modernização tem surgido novas práticas e adequações às aplicações de diferentes impermeabilizantes. O que devemos saber é que não se pode optar por um único tipo de solução daquelas mostradas no decorrer desse trabalho. Essas soluções foram mostradas com base nos que encontramos hoje na prática, o que sempre visa à racionalização do serviço e otimização dos gastos. Sem falar que podem existir casos pontuais que precisam ser tratados com técnicos responsáveis cada um em particular. Com o passar do tempo teremos novas exigências do mercado, novos materiais, aumento da concorrência, necessidade de diminuir custos, industrialização dos serviços, afunilamento da mão de obra, etc. E o que vamos precisar é de novas adequações para essas instalações a fim de acompanhar o ritmo cada vez mais acelerado do canteiro de obras. REFERÊNCIAS https://www.impermeabilizabrasil.com/o-que-e-impermeabilizacao/ Acesso em: 26 de março de 2018. http://wwwo.metalica.com.br/sistemas-de-impermeabilizacao-na-construcao-civil Acesso em: 26 de Março de 2018. https://www.escolaengenharia.com.br/impermeabilizacao-de-lajes/ Acesso em: 27 de março de 2018. IBI (Instituto Brasileiro de Impermeabilização) ABNT NBR 9575:2010
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