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RELACIONAMENTO HUMANO O termo Relações Humanas tem sido empregado com frequência para referir-se a Relações Interpessoais. Este relacionamento pode ocorrer entre: a) Uma pessoa e outra; b) Entre membros de um grupo; c) Entre grupos numa organização. Ouvimos falar em Relações Públicas, Relações Comunitárias, Relações Internacionais, Dinâmica de Grupo= Relações Humanas.Todos estes termos têm sido empregados com o sentido de relacionamento entre pessoas em diversos níveis. Como pessoa, o ser humano também pode relacionar-se consigo mesmo. São as chamadas Relações Intrapessoais. Relações Humanas é a ciência do comportamento humano, em seu relacionamento intra e interpessoal. Ela vale-se de outras ciências que estudam o homem em seu relacionamento, como a Psicologia, a Sociologia, a Moral, etc. Sabe-se que qualquer profissional de hoje precisa ser capaz de compreender e lidar com pessoas. Em se tratando do enfermeiro, cujo o objeto de trabalho e estudo é o ser humano, no que diz respeito ao cuidar e atender as necessidades deste, ele também é líder e gestor de uma equipe de enfermagem. Portanto, ter habilidade nos relacionamentos é essencial para este profissional Para complementar o que foi visto em aula, o aluno deverá fazer o seguinte exercício em casa: Como sou? a) Minhas atitudes mais comuns; b) As pessoas ou situações que mais me motivam no trabalho, no lar e que me levam a agir; c) A satisfação das minhas necessidades básicas, como por exemplo. Desejo de louvores, desejo de vencer, desejo de competir, etc; d) Como reajo às frustrações; e) Como trabalho com a minha agressividade (em relação a mim e aos outros) Dinâmica: ?Método da Ilha? Neste exercício, de 20 minutos aproximadamente, o professor dá uma folha com as seguintes questões escritas: A) Imagine que você tivesse que morar em uma ilha deserta por cinco anos. Quem você levaria e quem não levaria em nenhuma circunstância? Faça uma lista de cinco pessoas (amigos, conhecidos, personalidades contemporâneas ou históricas, pessoas reais ou fictícias). B) Agora, pergunte-se porque decidiu por essas pessoas. Quais são as características que você gosta nelas. Escreva as características respectivas de cada pessoa. Escreva as pessoas das quais não levaria e quais as características que não gosta. C) Destaque agora, em cada grupo de pessoas de seu ambiente, quais os valores que são importantes para você: a) Nos meus clientes: b) Nos meus colegas: c) Na sociedade: d) Na minha família: e) Nos seus amigos: Após o aluno ter feito isto, ele formará uma dupla com outra pessoa onde falará para o colega seu resultado. Dê preferência para que as duplas sejam formadas por colegas que já se conhecem, que possam caso possível confirmar o que o colega falou de si. Esta lista fica como um parâmetro básico de características do que é importante para o aluno no que tange às relações e valores. RELACIONAMENTO INTRA E INTERPESSO Fatores físicos, psíquicos e socioculturais interferem no indivíduo, determinando seu nível de sensibilidade à tensão, assim como o grau de vulnerabilidade à doença. Percebe-se que é imprescindível conhecer o ser humano. E não apenas conhecê-lo, mas também ter consciência de seus valores, suas tradições e sua cultura. Esse conhecimento torna-se necessário para que se possa entender o ser humano e o porquê de seu comportamento. O ponto de vista da enfermagem é, portanto, antropológico. Ao enfocar o indivíduo como um todo indivisível, inspira-se um movimento tanto na área da saúde como em outras áreas que estudam o ser humano, a individualização e a humanização da assistência. Relacionamento intrapessoal: o autoconhecimento Relacionamento, por definição, é um ato que envolve ligação emocional, pessoal ou profissional entre pessoas que se unem com objetivos e interesses em comum. Relacionamento intrapessoal, que é o autoconhecimento (auto-, si mesmo, e conhecimento), refere-se à capacidade de o indivíduo conhecer a si mesmo, compreender seus desejos e medos, controlar suas emoções, administrar seus sentimentos e projetos de vida, enfim, tudo aquilo que diz respeito a si mesmo. Dessa forma, o indivíduo poderá construir um modelo de si mesmo, que seja útil e eficaz, e utilizar esse modelo em suas tomadas de decisão, pois há um conhecimento sobre suas capacidades, o que o permite usá-las da melhor 48 • capítulo 2 forma possível. Essas informações utilizadas com eficiência propiciam a oportunidade de regulação da própria vida. Autoconhecimento Autoconhecimento é saber lidar com sentimentos: monitorar a “conversa consigo mesmo” para captar rapidamente mensagens negativas, tais como repreensões internas, compreender o que está por trás de um sentimento (por exemplo a mágoa por trás da raiva); encontrar meios de lidar com medo, ansiedade, raiva e tristeza Autoconsciência: permanente atenção ao que estamos sentindo internamente. Autoconsciência emocional: melhora no reconhecimento e designação das próprias emoções, maior capacidade de entender as causas dos sentimentos e diferenciar sentimentos e atos Autoaceitação: aceitar-se a si como é e ver-se sob uma luz positiva; reconhecer suas forças e fraquezas; ser capaz de rir de si mesmo A relação eu-eu é decisiva na interação com os outros. O equilíbrio interior, a harmonia consigo mesmo, a autoaceitação e valorização, a sensação de saúde, de bem-estar físico e mental, o estar de bem consigo, proporcionam segurança, abordagem positiva, construtiva e equilibrada nos contatos com os outros e com o mundo. O equilíbrio eu-eu permite abertura, espontaneidade, aceitação, confiança, intercâmbio, consideração, cooperação. O Eu Cego-representa a área da personalidade que o indivíduo inconscientemente esconde de si mesmo, mas que integra o comportamento que comunica aos outros. Ex: Um enfermeiro trabalha há vários anos em uma unidade de saúde e, em uma reestruturação institucional, recebe um convite para assumir a chefia. Esse convite o deixa receoso por não se achar qualificado para tal função. Certamente, o convite veio pelo acompanhamento do seu trabalho por parte dos gestores ao longo da sua rotina de trabalho, mas para ele, que não percebe seu potencial, o convite é um desafio, e não um reconhecimento. O Eu Aberto Ex: Em uma seleção para emprego, o enfermeiro dedica-se aos estudos dos conteúdos, e os demais colegas observam sua dedicação. O enfermeiro e os colegas o consideram um candidato com grandes chances de aprovação na seleção. Caso ocorra a aprovação todos reconhecem que ele estava preparado, e se não for aprovado todos se mostram surpresos, pois o enfermeiro e os colegas o viam como um candidato qualificado para o cargo. O Eu Desconhecido Ex: Um doente terminal, antes revoltado com a doença, revela-se tranquilo nos últimos momentos de vida, solicitando a presença dos familiares para se despedir. Quando os familiares chegam, disse que não esperava receber a ideia da sua morte com conformação e sentir necessidade dessa despedida. Da mesma forma, os familiares afirmam que se surpreenderam com sua atitude. O Eu Oculto Ex: O enfermeiro, durante sua rotina de trabalho, cometeu um erro na administração de um medicamento. Felizmente, não houve consequências graves, e ele conseguiu contornar seu erro. Apesar disso, o enfermeiro esconde o fato ocorrido Relacionamento interpessoal: eu e os outros O relacionamento interpessoal é a capacidade por meio da qual o indivíduo se relaciona com outras pessoas, aguçando suas habilidades de observação e percepção sobre os outros. Nos relacionamentos interpessoais, o grau de sintonia varia: com algumas pessoas ficamos imediatamente à vontade, somos entendidos e somos capazes de entendê-las. No entanto, há pessoas com as quais não conseguimos entendimento. Essas diferenças são inevitáveis. Alguns exemplos simples e corriqueiros de como interagir com os outros: Fale com as pessoas; Sorria Procure saber o nome de cada pessoa Olhe para o outro Seja sincero Ouça o que o outro tem a dizer. Ouça o outro até o final sem interrompê-lo Interesse-se pelo outro Seja empático Lembre-se de que ninguém é dono da verdade Preste atenção na fala do outro Não interrompa a fala do outro Pense que sobre um fato há sempre três versões É por meio da relação com outros seres humanos que aperfeiçoamos nossa maneira de viver; afinal, as trocas efetuadas nos levam à reestruturação de comportamentos.
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