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Didatismo e Conhecimento Índice ARTIGO DO WILLIAM DOUGLAS LÍNGUA PORTUGUESA 1. Compreensão e interpretação de textos .........................................................................................................................01 2. Tipos e gêneros textuais: descrição, narração, dissertação, propaganda, editorial, cartaz, anúncio, artigo de opinião, artigo de divulgação científica, bula, charge, tirinha, ofício, carta ........................................................................................05 3. Estrutura Textual: Progressão temática, parágrafo, período, oração, enunciado, pontuação, tipos de discurso, coesão e coerência .......................................................................................................................................................................09 4. Nível de linguagem: variedade linguística, formalidade e informalidade, formas de tratamento, propriedade lexical, adequação comunicativa ............................................................................................................................................................26 5. Língua padrão: ortografia, crase, regência, concordância nominal e verbal, flexão verbal e nominal. 6. Morfossintaxe: estrutura, formação, classe, função e emprego de palavras ....................................................................................................30 7. Semântica: estudo da significação das palavras. ...........................................................................................................85 ÉTICA E FILOSOFIA 1. Ética e cidadania ..............................................................................................................................................................01 2. Fundamentos da Filosofia ................................................................................................................................................04 3. Consciência crítica e filosofia...........................................................................................................................................08 POLÍCIA JUDICIÁRIA CIVIL DO ESTADO DO MATO GROSSO PJC-MT Escrivão de Polícia e Investigador de Polícia Volume I A Apostila Preparatória é elaborada antes da publicação do Edital Oficial, com base no último concurso para este cargo, elaboramos essa apostila a fim que o aluno antecipe seus estudos. Quando o novo concurso for divulgado aconselhamos a compra de uma nova apostila elaborada de acordo com o novo Edital. A antecipação dos estudos é muito importante, porém essa apostila não lhe dá o direito de troca, atualizações ou quaisquer alterações sofridas no Novo Edital. JN045-a-2017 Didatismo e Conhecimento Índice 4. Filosofia moral: Ética ou filosofia moral ........................................................................................................................09 5. A relação entre os valores éticos ou morais e a cultura .................................................................................................11 6. Juízos de fato ou de realidade e juízos de valor. ............................................................................................................13 7. Ética e violência ................................................................................................................................................................13 8. Racionalismo ético ............................................................................................................................................................15 9. Utilitarismo ético ..............................................................................................................................................................17 10. Ética e liberdade .............................................................................................................................................................19 11. Ética aplicada (bioética, ética ambiental e ética dos negócios)...................................................................................21 ATUALIDADES 1. Tópicos relevantes e atuais de diversas áreas, tais como política, economia, sociedade, educação, tecnologia, energia, relações internacionais, desenvolvimento sustentável, segurança e ecologia, suas inter-relações e suas vinculações históricas. .....................................................................................................................................................................................01 HISTORIA 1. Período Colonial. 1.1 Os bandeirantes: escravidão indígena e exploração do ouro. 1.2 A fundação de Cuiabá: Tensões políticas entre os fundadores e a administração colonial. 1.3 A escravidão negra em Mato Grosso. 1.4 Os Tratados de Fronteira entre Portugal e Espanha .....................................................................................................................................01 2. Período Imperial. 2.1 A crise da mineração e as alternativas econômicas da Província. 2.2 A Guerra da Tríplice Aliança contra o Paraguai e a participação de Mato Grosso. 2.3 A economia mato-grossense após a Guerra da Tríplice Aliança contra o Paraguai ..........................................................................................................................................................03 3. Período Republicano. 3.1 O coronelismo em Mato Grosso. 3.2. Economia de Mato Grosso na Primeira República: usinas de açúcar e criação de gado. 3.3. Política fundiária e as tensões sociais no campo. 3.4 Os governadores estaduais e suas realizações 3.5 Desmembramento do Estado em MT e MS, ocorrido em 1977. 3.6. Criação e desmembramentos de municípios de Mato Grosso. .......................................................................................................................................................05 GEOGRAFIA 1. Mato Grosso: localização, fronteiras e limites do estado e dos municípios. ...............................................................01 2. Aspectos geomorfológicos: relevos do estado. ...............................................................................................................01 3. Aspectos climáticos e ecossistemas do Mato Grosso .....................................................................................................01 4. Hidrografia do Mato Grosso ...........................................................................................................................................02 5. Aspectos político-administrativos. ..................................................................................................................................03 6. Atividades agrícolas. ........................................................................................................................................................03 7. Processos migratórios e dinâmica da população em Mato Grosso ..............................................................................03 8. Programas governamentais e fronteira agrícola matogrossense. ................................................................................04 9. A economia do Estado e da capital..................................................................................................................................04 10. Indicadores oficiais de saúde e educação do estado ....................................................................................................05 11. Aspectos contemporâneos da urbanização do Estado e da capital. 12. Principais eixos rodoviários: federais e estaduais .......................................................................................................................................................................................11 13. Políticas ambientais nas diferentes escalas do poder: as unidadesde conservação da natureza ............................12 14. Reservas Indígenas. ........................................................................................................................................................13 Didatismo e Conhecimento Índice NOÇÕES DE INFORMÁTICA 1. Ambiente operacional Windows (XP). 2. Fundamentos do Windows, operações com janelas, menus, barra de tarefas, área de trabalho, trabalho com pastas e arquivos, localização de arquivos e pastas, movimentação e cópia de arquivos e pastas e criação e exclusão de arquivos e pastas, compartilhamentos e áreas de transferência. 3. Configurações básicas do Windows: resolução da tela, cores, fontes, impressoras, aparência, segundo plano e protetor de tela. 4. Windows Explorer. .......................................................................................................................................................................................01 5. Ambiente Intranet e Internet. 5.1. Conceito básico de internet e intranet e utilização de tecnologias, ferramentas e aplicativos associados à internet. 6. Principais navegadores. 7. Ferramentas de Busca e Pesquisa....................................13 8. Processador de Textos. 9. MS Office 2003/2007 - Word. Conceitos básicos. Criação de documentos. Abrir e Salvar documentos. Digitação. Edição de textos. Estilos. Formatação. Tabelas e tabulações. Cabeçalho e rodapés. Configuração de página. Corretor ortográfico. Impressão. Ícones. Atalhos de teclado. Uso dos recursos .................................................41 10. MS Office 2003/2007 – Excel. Conceitos básicos. Criação de documentos. Abrir e Salvar documentos. Estilos. Formatação. Fórmulas e funções. Gráficos. Corretor ortográfico. Impressão. Ícones. Atalhos de teclado. Uso dos recursos. .......................................................................................................................................................................................62 11. Correio Eletrônico. Conceitos básicos. Formatos de mensagens. Transmissão e recepção de mensagens. Catálogo de endereços. Arquivos Anexados. Uso dos recursos. Ícones. 12. Atalhos de teclado ...........................................................73 13. Segurança da Informação. 13.1. Cuidados relativos à segurança e sistemas antivírus. ..........................................82 Didatismo e Conhecimento SAC SAC DÚVIDAS DE MATÉRIA A NOVA CONCURSOS oferece aos candidatos um serviço diferenciado - SAC (Serviço de Apoio ao Candidato). O SAC possui o objetivo de auxiliar os candidatos que possuem dúvidas relacionadas ao conteúdo do edital. O candidato que desejar fazer uso do serviço deverá enviar sua dúvida atráves do endereço eletrônico: www. novaconcursos.com.br/contato. Todas as dúvidas serão respondidas pela equipe de professores da Editora Nova, conforme a especialidade da matéria em questão. Para melhor funcionamento do serviço, solicitamos a especificação da apostila (apostila/concurso/cargo/ Estado/matéria/página). Por exemplo: Apostila Professor do Estado de São Paulo / Comum à todos os cargos - Disciplina:. Português - paginas 82,86,90. Havendo dúvidas em diversas matérias, deverá ser encaminhado um e-mail para cada especialidade, podendo demorar em média 5 (cinco) dias para retornar. Não retornando nesse prazo, solicitamos o reenvio do mesmo. ERROS DE IMPRESSÃO Alguns erros de edição ou impressão podem ocorrer durante o processo de fabricação deste volume, caso encontre algo, por favor, entre em contato conosco, pelo nosso e-mail, sac@novaconcursos.com.br Alertamos aos candidatos que para ingressar na carreira pública é necessário dedicação, portanto a NOVA CONCURSOS auxilia no estudo, mas não garante a sua aprovação. Como também não temos vínculos com a organizadora dos concursos, de forma que inscrições, data de provas, lista de aprovados entre outros independe de nossa equipe. Havendo a retificação no edital, por favor, entre em contato pelo nosso e-mail, pois a apostila é elaborada com base no primeiro edital do concurso, teremos o COMPROMISSO de disponibilizar as retificações em nosso site, www. novaconcursos.com.br/retificacoes Lembramos que nosso maior objetivo é auxiliá-los, portanto nossa equipe está igualmente à disposição para quaisquer dúvidas ou esclarecimentos. Entre em contato com a editora atrvés do e-mail, sac@novaconcursos.com.br Acesso o nosso site: www.novaconcursos.com.br Atenciosamente, NOVA CONCURSOS Grupo Nova Didatismo e Conhecimento Artigo O conteúdo do artigo abaixo é de responsabilidade do autor William Douglas, autorizado gentilmente e sem cláusula de exclusividade, para uso do Grupo Nova. O conteúdo das demais informações desta apostila é de total responsabilidade da equipe do Grupo Nova. A ETERNA COMPETIÇÃO ENTRE O LAZER E O ESTUDO Por William Douglas, professor, escritor e juiz federal. Todo mundo já se pegou estudando sem a menor concentração, pensando nos momentos de lazer, como também já deixou de aproveitar as horas de descanso por causa de um sentimento de culpa ou mesmo remorso, porque deveria estar estudando. Fazer uma coisa e pensar em outra causa desconcentração, estresse e perda de rendimento no estudo ou trabalho. Além da perda de prazer nas horas de descanso. Em diversas pesquisas que realizei durante palestras e seminários pelo país, constatei que os três problemas mais comuns de quem quer vencer na vida são: • medo do insucesso (gerando ansiedade, insegurança), • falta de tempo e • “competição” entre o estudo ou trabalho e o lazer. E então, você já teve estes problemas? Todo mundo sabe que para vencer e estar preparado para o dia-a-dia é preciso muito conhecimento, estudo e dedicação, mas como conciliar o tempo com as preciosas horas de lazer ou descanso? Este e outros problemas atormentavam-me quando era estudante de Direito e depois, quando passei à preparação para concursos públicos. Não é à toa que fui reprovado em 5 concursos diferentes! Outros problemas? Falta de dinheiro, dificuldade dos concursos (que pagam salários de até R$ 6.000,00/mês, com status e estabilidade, gerando enorme concorrência), problemas de cobrança dos familiares, memória, concentração etc. Contudo, depois de aprender a estudar, acabei sendo 1º colocado em outros 7 concursos, entre os quais os de Juiz de Direito, Defensor Público e Delegado de Polícia. Isso prova que passar em concurso não é impossível e que quem é reprovado pode “dar a volta por cima”. É possível, com organização, disciplina e força de vontade, conciliar um estudo eficiente com uma vida onde haja espaço para lazer, diversão e pouco ou nenhum estresse. A qualidade de vida associada às técnicas de estudo são muito mais produtivas do que a tradicional imagem da pessoa trancafiada, estudando 14 horas por dia. O sucesso no estudo e em provas (escritas, concursos, entrevistas etc.) depende basicamente de três aspectos, em geral, desprezados por quem está querendo passar numa prova ou conseguir um emprego: 1º) clara definição dos objetivos e técnicas de planejamento e organização; 2º) técnicas para aumentar o rendimento do estudo, do cérebro e da memória; 3º) técnicas específicas sobre como fazer provas e entrevistas, abordando dicas e macetes que a experiência fornece, mas que podem ser aprendidos. O conjunto destas técnicas resulta em um aprendizado melhor e em mais sucesso nas provas escritas e orais (inclusive entrevistas). Aos poucos, pretendemos ir abordando estes assuntos, mas já podemos anotar aqui alguns cuidados e providências que irão aumentar seu desempenho. Para melhorar a “briga” entre estudo e lazer, sugiro que você aprenda a administrar seu tempo. Para isto, como já disse, basta um pouco de disciplina e organização. O primeiro passo é fazer o tradicional quadro horário,colocando nele todas as tarefas a serem realizadas. Ao invés de servir como uma “prisão”, este procedimento facilitará as coisas para você. Pra começar, porque vai levá-lo a escolher as coisas que não são imediatas e a estabelecer suas prioridades. Experimente. Em pouco tempo, você vai ver que isto funciona. Também é recomendável que você separe tempo suficiente para dormir, fazer algum exercício físico e dar atenção à família ou ao namoro. Sem isso, o estresse será uma mera questão de tempo. Por incrível que pareça, o fato é que com uma vida equilibrada o seu rendimento final no estudo aumenta. Outra dica simples é a seguinte: depois de escolher quantas horas você vai gastar com cada tarefa ou atividade, evite pensar em uma enquanto está realizando a outra. Quando o cérebro mandar “mensagens” sobre outras tarefas, é só lembrar que cada uma tem seu tempo definido. Isto aumentará a concentração no estudo, o rendimento e o prazer e relaxamento das horas de lazer. Aprender a separar o tempo é um excelente meio de diminuir o estresse e aumentar o rendimento, não só no estudo, como em tudo que fazemos. *William Douglas é juiz federal, professor universitário, palestrante e autor de mais de 30 obras, dentre elas o best-seller “Como passar em provas e concursos” . Passou em 9 concursos, sendo 5 em 1º Lugar www.williamdouglas.com.br Conteúdo cedido gratuitamente, pelo autor, com finalidade de auxiliar os candidatos. LÍNGUA PORTUGUESA Didatismo e Conhecimento 1 LÍNGUA PORTUGUESA Prof Especialista Zenaide Auxiliadora Pachegas Branco Graduada pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Adamantina Especialista pela Universidade Estadual Paulista – Unesp 1. COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS É muito comum, entre os candidatos a um cargo público, a preocupação com a interpretação de textos. Por isso, vão aqui al- guns detalhes que poderão ajudar no momento de responder às questões relacionadas a textos. Texto – é um conjunto de ideias organizadas e relacionadas entre si, formando um todo significativo capaz de produzir intera- ção comunicativa (capacidade de codificar e decodificar ). Contexto – um texto é constituído por diversas frases. Em cada uma delas, há uma certa informação que a faz ligar-se com a anterior e/ou com a posterior, criando condições para a estrutu- ração do conteúdo a ser transmitido. A essa interligação dá-se o nome de contexto. Nota-se que o relacionamento entre as frases é tão grande que, se uma frase for retirada de seu contexto original e analisada separadamente, poderá ter um significado diferente da- quele inicial. Intertexto - comumente, os textos apresentam referências di- retas ou indiretas a outros autores através de citações. Esse tipo de recurso denomina-se intertexto. Interpretação de texto - o primeiro objetivo de uma interpre- tação de um texto é a identificação de sua ideia principal. A par- tir daí, localizam-se as ideias secundárias, ou fundamentações, as argumentações, ou explicações, que levem ao esclarecimento das questões apresentadas na prova. Normalmente, numa prova, o candidato é convidado a: - Identificar – é reconhecer os elementos fundamentais de uma argumentação, de um processo, de uma época (neste caso, procuram-se os verbos e os advérbios, os quais definem o tempo). - Comparar – é descobrir as relações de semelhança ou de diferenças entre as situações do texto. - Comentar - é relacionar o conteúdo apresentado com uma realidade, opinando a respeito. - Resumir – é concentrar as ideias centrais e/ou secundárias em um só parágrafo. - Parafrasear – é reescrever o texto com outras palavras. Condições básicas para interpretar Fazem-se necessários: - Conhecimento histórico–literário (escolas e gêneros literá- rios, estrutura do texto), leitura e prática; - Conhecimento gramatical, estilístico (qualidades do texto) e semântico; Observação – na semântica (significado das palavras) in- cluem--se: homônimos e parônimos, denotação e conotação, sino- nímia e antonímia, polissemia, figuras de linguagem, entre outros. - Capacidade de observação e de síntese e - Capacidade de raciocínio. Interpretar X compreender Interpretar significa - Explicar, comentar, julgar, tirar conclusões, deduzir. - Através do texto, infere-se que... - É possível deduzir que... - O autor permite concluir que... - Qual é a intenção do autor ao afirmar que... Compreender significa - intelecção, entendimento, atenção ao que realmente está es- crito. - o texto diz que... - é sugerido pelo autor que... - de acordo com o texto, é correta ou errada a afirmação... - o narrador afirma... Erros de interpretação É muito comum, mais do que se imagina, a ocorrência de erros de interpretação. Os mais frequentes são: - Extrapolação (viagem): Ocorre quando se sai do contexto, acrescentado ideias que não estão no texto, quer por conhecimento prévio do tema quer pela imaginação. - Redução: É o oposto da extrapolação. Dá-se atenção apenas a um aspecto, esquecendo que um texto é um conjunto de ideias, o que pode ser insuficiente para o total do entendimento do tema desenvolvido. - Contradição: Não raro, o texto apresenta ideias contrárias às do candidato, fazendo-o tirar conclusões equivocadas e, conse- quentemente, errando a questão. Observação - Muitos pensam que há a ótica do escritor e a ótica do leitor. Pode ser que existam, mas numa prova de concurso, o que deve ser levado em consideração é o que o autor diz e nada mais. Coesão - é o emprego de mecanismo de sintaxe que relacio- na palavras, orações, frases e/ou parágrafos entre si. Em outras palavras, a coesão dá-se quando, através de um pronome relativo, uma conjunção (NEXOS), ou um pronome oblíquo átono, há uma relação correta entre o que se vai dizer e o que já foi dito. Didatismo e Conhecimento 2 LÍNGUA PORTUGUESA OBSERVAÇÃO – São muitos os erros de coesão no dia-a-dia e, entre eles, está o mau uso do pronome relativo e do pronome oblíquo átono. Este depende da regência do verbo; aquele do seu antecedente. Não se pode esquecer também de que os pronomes relativos têm, cada um, valor semântico, por isso a necessidade de adequação ao antecedente. Os pronomes relativos são muito importantes na interpretação de texto, pois seu uso incorreto traz erros de coesão. Assim sen- do, deve-se levar em consideração que existe um pronome relativo adequado a cada circunstância, a saber: - que (neutro) - relaciona-se com qualquer antecedente, mas depende das condições da frase. - qual (neutro) idem ao anterior. - quem (pessoa) - cujo (posse) - antes dele aparece o possuidor e depois o ob- jeto possuído. - como (modo) - onde (lugar) quando (tempo) quanto (montante) Exemplo: Falou tudo QUANTO queria (correto) Falou tudo QUE queria (errado - antes do QUE, deveria apa- recer o demonstrativo O ). Dicas para melhorar a interpretação de textos - Ler todo o texto, procurando ter uma visão geral do assunto; - Se encontrar palavras desconhecidas, não interrompa a lei- tura; - Ler, ler bem, ler profundamente, ou seja, ler o texto pelo menos duas vezes; - Inferir; - Voltar ao texto quantas vezes precisar; - Não permitir que prevaleçam suas ideias sobre as do autor; - Fragmentar o texto (parágrafos, partes) para melhor com- preensão; - Verificar, com atenção e cuidado, o enunciado de cada ques- tão; - O autor defende ideias e você deve percebê-las. Fonte: http://www.tudosobreconcursos.com/materiais/portugues/ como-interpretar-textos QUESTÕES 1-) (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARANÁ – ADMINISTRADOR - UFPR/2013) Assinale a alternativa que apresenta um dito popular que parafraseia o conteúdo expresso no excerto: “Se você está em casa, não podesair. Se você está na rua, não pode entrar”. a) “Se correr o bicho pega, se ficar, o bicho come”. b) “Quando o gato sai, os ratos fazem a festa”. c) “Um dia da caça, o outro do caçador”. d) “Manda quem pode, obedece quem precisa”. (TRF - 3ª REGIÃO - ANALISTA JUDICIÁRIO - FCC/2014 - ADAPTADO) Atenção: Para responder à questão de número 2, considere o texto abaixo. A guerra dos dez anos começou quando um fazendeiro cuba- no, Carlos Manuel de Céspedes, e duzentos homens mal armados tomaram a cidade de Santiago e proclamaram a independência do país em relação à metrópole espanhola. Mas a Espanha reagiu. Quatro anos depois, Céspedes foi deposto por um tribunal cuba- no e, em março de 1874, foi capturado e fuzilado por soldados espanhóis. Entrementes, ansioso por derrubar medidas espanholas de restrição ao comércio, o governo americano apoiara abertamente os revolucionários e Nova York, Nova Orleans e Key West tinham aberto seus portos a milhares de cubanos em fuga. Em poucos anos Key West transformou-se de uma pequena vila de pescadores numa importante comunidade produtora de charutos. Despontava a nova capital mundial do Havana. Os trabalhadores que imigraram para os Estados Unidos levaram com eles a instituição do “lector”. Uma ilustração da revista Practical Magazine mostra um desses leitores sentado de pernas cruzadas, óculos e chapéu de abas largas, um livro nas mãos, enquanto uma fileira de trabalhadores enrolam charutos com o que parece ser uma atenção enlevada. O material dessas leituras em voz alta, decidido de antemão pelos operários (que pagavam o “lector” do próprio salário), ia de histórias e tratados políticos a romances e coleções de poesia. Tinham seus prediletos: O conde de Monte Cristo, de Alexandre Dumas, por exemplo, tornou-se uma escolha tão popular que um grupo de trabalhadores escreveu ao autor pouco antes da morte dele, em 1870, pedindo-lhe que cedesse o nome de seu herói para um charuto; Dumas consentiu. Segundo Mário Sanchez, um pintor de Key West, as leituras decorriam em silêncio concentrado e não eram permitidos comen- tários ou questões antes do final da sessão. (Adaptado de: MANGUEL, Alberto. Uma história da leitura. Trad. Pedro Maia Soares. São Paulo, Cia das Letras, 1996, Maia Soares. São Paulo, Cia das Letras, 1996, p. 134-136) Depreende-se do texto que (A) a atividade de ler em voz alta, conduzida pelo “lector”, permitia que os operários produzissem mais, pois trabalhavam com maior concentração. (B) o hábito de ler em voz alta, levado originalmente de Cuba para os Estados Unidos, relaciona-se ao valor atribuído à leitura, que é determinado culturalmente. (C) os operários cubanos homenagearam Alexandre Dumas ao atribuírem a um charuto o nome de um dos personagens do escritor. (D) ao contratar um leitor, os operários cubanos podiam su- perar, em parte, a condição de analfabetismo a que estavam sub- metidos. (E) os charuteiros cubanos, organizados coletivamente, com- partilhavam a ideia de que a fruição de um texto deveria ser comu- nitária, não individual. 3-) (TRF - 3ª REGIÃO - ANALISTA JUDICIÁRIO - FCC/2014 - ADAPTADO) Atenção: Para responder à questão, considere o texto abaixo. Didatismo e Conhecimento 3 LÍNGUA PORTUGUESA Foi por me sentir genuinamente desidentificado com qualquer espécie de regionalismo que escrevi coisas como: “Não sou brasi- leiro, não sou estrangeiro / Não sou de nenhum lugar, sou de lugar nenhum”/ “Riquezas são diferenças”. Ao mesmo tempo, creio só terem sido possíveis tais formula- ções pessoais pelo fato de eu haver nascido e vivido em São Paulo. Por essa ser uma cidade que permite, ou mesmo propicia, esse de- sapego para com raízes geográficas, raciais, culturais. Por eu ver São Paulo como um gigante liquidificador onde as informações diversas se misturam, gerando novas interpretações, exceções. Por sua multiplicidade de referências étnicas, linguísticas, culturais, religiosas, arquitetônicas, culinárias... São Paulo não tem símbolos que deem conta de sua diversi- dade. Nada aqui é típico daqui. Não temos um corcovado, uma arara, um cartão postal. São Paulo são muitas cidades em uma. Sempre me pareceram sem sentido as guerras, os fundamen- talismos, a intolerância ante a diversidade. Assim, fui me sentindo cada vez mais um cidadão do planeta. Acabei atribuindo parte desse sentimento à formação miscigenada do Brasil. Acontece que a miscigenação brasileira parece ter se multi- plicado em São Paulo, num ambiente urbano que foi crescendo para todos os lados, sem limites. Até a instabilidade climática daqui parece haver contribuí- do para essa formação aberta ao acaso, à imprevisibilidade das misturas. Ao mesmo tempo, temos preservados inúmeros nomes indíge- nas designando lugares, como Ibirapuera, Anhangabaú, Butantã etc. Primitivismo em contexto cosmopolita, como soube vislum- brar Oswald de Andrade. Não é à toa que partiram daqui várias manifestações cultu- rais. São Paulo fragmentária, com sua paisagem recortada entre praças e prédios; com o ruído dos carros entrando pelas janelas dos apartamentos como se fosse o ruído longínquo do mar; com seus crepúsculos intensificados pela poluição; seus problemas de trânsito, miséria e violência convivendo com suas múltiplas ofer- tas de lazer e cultura; com seu crescimento indiscriminado, sem nenhum planejamento urbano; com suas belas alamedas arboriza- das e avenidas de feiura infinita. (Adaptado de: ANTUNES, Arnaldo. Alma paulista. Disponível em http:// www.arnaldoantunes.com.br). No texto, o autor (A) descreve São Paulo como uma cidade marcada por con- trastes de diversas ordens. (B) assinala a relevância da análise de Oswald de Andrade a respeito do provincianismo da antiga São Paulo. (C) critica o fato de nomes indígenas, ininteligíveis, designa- rem, ainda hoje, lugares comuns da cidade de São Paulo. (D) sugere que o trânsito, com seus ruídos longínquos, é o principal problema da cidade de São Paulo. (E) utiliza-se da ironia ao elogiar a instabilidade climática e a paisagem recortada da cidade de São Paulo. (PREFEITURA DE SÃO CARLOS/SP – ENGENHEIRO – ÁREA CIVIL – VUNESP/2011 - ADAPTADA) Leia o texto para responder às questões de números 4 e 5. Bolsa rosa, contas no vermelho Não fosse por um detalhe crucial – de onde tirar o dinheiro –, a criação de um regime de aposentadoria para milhões de donas de casa brasileiras de baixa renda até poderia fazer sentido. Há diversos projetos de lei em tramitação na Câmara para reconhe- cer os direitos das mulheres dedicadas integralmente às tarefas domésticas. Mas eles ignoram o impacto econômico que isso teria nas contas públicas. A deputada Alice Portugal (PT-SC), defen- sora da criação dessa espécie de bolsa-cor-de-rosa, afirma que “muitas vezes, após 35 anos de casamento, o marido vai embora, e ela (a mulher), que prestou serviços a vida inteira, não tem am- paro”. Caso a bondade seja aprovada, haverá custo adicional de 5,4 bilhões de reais por ano. (Exame, edição 988, ano 45, n.º 5, 23.03.2011) 4-) (PREFEITURA DE SÃO CARLOS/SP – ENGENHEIRO – ÁREA CIVIL – VUNESP/2011) O tema desse texto é (A) o uso de bolsas cor-de-rosa pelas donas de casa brasileiras. (B) o desamparo das mulheres abandonadas pelos maridos. (C) a falta de dinheiro para pagar salários a mulheres de baixa renda no Brasil. (D) o alto custo das contas públicas brasileiras. (E) o impacto econômico da aposentadoria de donas de casa nas contas públicas. 5-) (PREFEITURA DE SÃO CARLOS/SP – ENGENHEIRO – ÁREA CIVIL – VUNESP/2011) A frase do texto – “Caso a bon- dade seja aprovada, haverá custo adicional de 5,4 bilhões de reais por ano.” – indica (A) ironia. (B) respeito. (C) indignação. (D) frustração. (E) aprovação. 6-) (TRF – 4ª REGIÃO – TAQUIGRAFIA – FCC/2010) Con-sidere: Chama-se “situação de discurso” o conjunto das circunstân- cias no meio das quais se desenrola um ato de enunciação (seja ele escrito ou oral). É preciso entender com isso ao mesmo tempo o ambiente físico e social em que este ato se dá, a imagem que dele têm os interlocutores, a identidade desses, a ideia que cada um faz do outro (inclusive a representação que cada um possui daquilo que o outro pensa sobre ele), os acontecimentos que precederam o ato de enunciação (especialmente as relações que tiveram antes os interlocutores, e principalmente as trocas de palavras em que se insere a enunciação em questão). (Ducrot, O.; Todorov, T. Dicionário enciclopédico das ciências da lingua- gem. São Paulo: Perspectiva, 2001, p. 297-8) Segundo o texto, é correto afirmar: a) A análise discursiva deve se ater ao estudo dos enunciados. b) Os enunciados produzem a enunciação. c) A descrição da enunciação é determinada pela identidade dos interlocutores. Didatismo e Conhecimento 4 LÍNGUA PORTUGUESA d) Dados exteriores aos enunciados são apendiculares à com- preensão. e) O conceito de situação de discurso engloba a enunciação e seu entorno. (MPE/AM – AGENTE TÉCNICO COMUNICÓLOGO – FCC/2013 - ADAPTADA) Atenção: Considere o poema abaixo para responder às questões de números 7 a 9. O rio Ser como o rio que deflui Silencioso dentro da noite. Não temer as trevas da noite. Se há estrelas nos céus, refleti-las. E se os céus se pejam de nuvens, Como o rio as nuvens são água, Refleti-las também sem mágoa Nas profundidades tranquilas. (Manuel Bandeira. Poesia completa e prosa. Rio de Janeiro. Nova Agui- lar: 1993. p. 285) 7-) (MPE/AM – AGENTE TÉCNICO COMUNICÓLOGO – FCC/2013) O poeta (A) considera a participação dos seres humanos na natureza, por estarem submetidos a uma série ininterrupta de acontecimen- tos rotineiros. (B) se volta para o necessário respeito aos elementos da natu- reza, como garantia de uma vida tranquila, sem sobressaltos ines- perados. (C) demonstra desencanto em relação aos problemas cotidia- nos, por sua habitual ocorrência a exemplo da natureza, sem qual- quer solução possível. (D) alude à fatalidade do destino humano sujeito a contínuas alterações, semelhantes às impostas pela natureza a um rio, que flui incessantemente. (E) propõe adaptação às circunstâncias da vida, sejam elas fa- voráveis ou não, as quais devem ser analisadas e, principalmente, aceitas. 8-) (MPE/AM – AGENTE TÉCNICO COMUNICÓLOGO – FCC/2013) Considere as afirmativas abaixo: I. O poema se desenvolve em forma de mandamentos, espe- cialmente em razão do emprego de formas verbais de infinitivo. II. Percebe-se corretamente uma atmosfera onírica nos versos que deflui / Silencioso dentro da noite, em oposição à realidade mostrada em E se os céus se pejam de nuvens. III. O verso Como o rio as nuvens são água introduz compara- ção que corrobora a visão exposta no poema. Está correto o que se afirma APENAS em (A) I e II. (B) I e III. (C) II. (D) II e III. (E) III. 9-) (MPE/AM – AGENTE TÉCNICO COMUNICÓLOGO – FCC/2013) O emprego de ser no 1º verso indica (A) aproximação do sentido do infinitivo histórico ou narra- tivo. (B) suavização de uma ordem imprescindível. (C) substituição do imperativo, mantendo-se a noção de or- dem. (D) intenção de evidenciar o sujeito oculto da ação verbal. (E) destaque do agente da ação verbal, para evitar ambigui- dade. 10-) (INSS – CIÊNCIAS CONTÁBEIS – FUNRIO/2013) Conhecido comercial da tevê fala de uma “cerveja que desce re- dondo”. O sentido atribuído à palavra “redondo” refere-se A) à mesa do bar que aparece no cenário dos comerciais de cerveja. B) à própria cerveja que pode ser assim considerada em sen- tido denotativo. C) ao ato de descer facilmente, que, nesse caso, significa es- correr pela garganta. D) ao líquido da bebida, que toma o formato arredondado da garrafa que o contém. E) ao pronome relativo empregado na frase, para substituir o termo cerveja. RESOLUÇÃO 1-) Dentre as alternativas apresentadas, a que reafirma a ideia do excerto (não há muita saída, não há escolhas) é: “Se você está em casa, não pode sair. Se você está na rua, não pode entrar”. RESPOSTA: “A”. 2-) Interpretação textual. As alternativas estão relacionadas ao tema, mas a que foi abordada explicitamente no texto é: “os operá- rios cubanos homenagearam Alexandre Dumas ao atribuírem a um charuto o nome de um dos personagens do escritor”. RESPOSTA: “C”. 3-) Questão fácil! Ao ler o texto e analisar as alternativas, a única que está evidente no texto é: “descreve São Paulo como uma cida- de marcada por contrastes de diversas ordens”. RESPOSTA: “A”. 4-) Pela leitura do texto, fica evidente que ele aponta o impacto econômico que o pagamento de aposentadoria às donas de casa causará às contas públicas. RESPOSTA: “E”. 5-) O termo que facilita a resposta à questão é: Caso a bondade seja aprovada = ironia. RESPOSTA: “A”. 6-) Utilizemos trechos do texto para que consigamos responder à questão (não se esqueça: você pode – deve – fazer isso em seu con- curso também!): ...conjunto das circunstâncias no meio das quais Didatismo e Conhecimento 5 LÍNGUA PORTUGUESA se desenrola um ato de enunciação (...) É preciso entender com isso ao mesmo tempo o ambiente físico e social em que este ato se dá. = enunciação e seu contexto, ambiente no qual a situação de discurso ocorre. RESPOSTA: “E”. 7-) Com palavras do texto podemos responder à questão: Ser como o rio ... Não temer as trevas da noite ... Refleti-las também sem mágoa. RESPOSTA: “E”. 8-) I. O poema se desenvolve em forma de mandamentos, espe- cialmente em razão do emprego de formas verbais de infinitivo. II. Percebe-se corretamente uma atmosfera onírica nos versos que deflui / Silencioso dentro da noite, em oposição à realidade mostrada em E se os céus se pejam de nuvens = não há descrição da realidade, são suposições III. O verso Como o rio as nuvens são água introduz compara- ção que corrobora a visão exposta no poema. = correta RESPOSTA: “B”. 9-) O poeta não utiliza o verbo “seja” (imperativo), mas através do poema ele nos “aconselha” a que assumamos as posturas por ele descritas usando os verbos no infinitivo (ordem de uma manei- ra mais sutil). RESPOSTA: “C”. 10-) Questão de interpretação da linguagem publicitária: “descer redondo” significa que a cerveja desce facilmente, de maneira agradável. RESPOSTA: “C”. 2. TIPOS E GÊNEROS TEXTUAIS: DESCRIÇÃO, NARRAÇÃO, DISSERTAÇÃO, PROPAGANDA, EDITORIAL, CARTAZ, ANÚNCIO, ARTIGO DE OPINIÃO, ARTIGO DE DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA, BULA, CHARGE, TIRINHA, OFÍCIO, CARTA A todo o momento nos deparamos com vários textos, sejam eles verbais ou não verbais. Em todos há a presença do discurso, isto é, a ideia intrínseca, a essência daquilo que está sendo trans- mitido entre os interlocutores. Esses interlocutores são as peças principais em um diálogo ou em um texto escrito, pois nunca es- crevemos para nós mesmos, nem mesmo falamos sozinhos. É de fundamental importância sabermos classificar os textos com os quais travamos convivência no nosso dia a dia. Para isso, precisamos saber que existem tipos textuais e gêneros textuais. Comumente relatamos sobre um acontecimento, um fato pre- senciado ou ocorrido conosco, expomos nossa opinião sobre de- terminado assunto, ou descrevemos algum lugar que visitamos, ou fazemos um retrato verbal sobre alguém que acabamos de conhe- cer ou ver. É exatamente nessas situações corriqueiras que classi- ficamos os nossos textos naquela tradicional tipologia: Narração, Descrição e Dissertação. As tipologias textuais se caracterizam pelos aspectos de ordem linguística - Textos narrativos – constituem-se de verbos de açãodemar- cados no tempo do universo narrado, como também de advérbios, como é o caso de antes, agora, depois, entre outros: Ela entrava em seu carro quando ele apareceu. Depois de muita conversa, resolveram... - Textos descritivos – como o próprio nome indica, descre- vem características tanto físicas quanto psicológicas acerca de um determinado indivíduo ou objeto. Os tempos verbais aparecem de- marcados no presente ou no pretérito imperfeito: “Tinha os cabelos mais negros como a asa da graúna...” - Textos expositivos – Têm por finalidade explicar um assunto ou uma determinada situação que se almeje desenvolvê-la, enfati- zando acerca das razões de ela acontecer, como em: O cadastramento irá se prorrogar até o dia 02 de dezembro, portanto, não se esqueça de fazê-lo, sob pena de perder o bene- fício. - Textos injuntivos (instrucional) – Trata-se de uma moda- lidade na qual as ações são prescritas de forma sequencial, utili- zando-se de verbos expressos no imperativo, infinitivo ou futuro do presente. Misture todos os ingrediente e bata no liquidificador até criar uma massa homogênea. - Textos argumentativos (dissertativo) – Demarcam-se pelo predomínio de operadores argumentativos, revelados por uma car- ga ideológica constituída de argumentos e contra-argumentos que justificam a posição assumida acerca de um determinado assunto. A mulher do mundo contemporâneo luta cada vez mais para conquistar seu espaço no mercado de trabalho, o que significa que os gêneros estão em complementação, não em disputa. Em se tratando de gêneros textuais, a situação não é diferente, pois se conceituam como gêneros textuais as diversas situações sociocomunicativas que participam da nossa vida em sociedade. Como exemplo, temos: uma receita culinária, um e-mail, uma re- portagem, uma monografia, um poema, um editorial, e assim por diante. A Propaganda Institucional é uma forma de publicidade que não se refere ao produto em si, e sim à empresa ou instituição, visando à disseminação de ideias no intuito de moldar e influen- ciar a opinião pública, motivando comportamentos desejados por uma instituição ou provocando mudanças na imagem pública des- ta instituição. Fala-se da sua importância para a sociedade, dos empregos que ela gera, da sua contribuição para o progresso do país, enfim, das coisas boas que a empresa faz. Assim, cria-se uma imagem positiva da marca. É utilizada para criar no público um estado de confiança nas instituições, o qual se refletirá no futuro em suporte e apoio da população a estas instituições. Didatismo e Conhecimento 6 LÍNGUA PORTUGUESA Escrevemos uma carta pessoal quando queremos nos comu- nicar com alguém próximo de nós, como amigos ou familiares. As características desse tipo de gênero textual são simples, ou seja, não possuem muitas regras e estrutura para serem seguidas. Vejamos: • O assunto é livre, geralmente de ordem íntima, sentimental. • O tamanho varia entre médio e grande. Quando é pequeno, é considerado bilhete e não carta. • O tipo de linguagem acompanhará o grau de intimidade entre remetente e destinatário. Portanto, cabe ao escritor saber se pode usar termos coloquiais ou mesmo gírias. • Quanto à estrutura, a carta pessoal deve seguir a sequência: 1. local e data escritos à esquerda 2. vocativo 3. corpo do texto 4. despedida e assinatura Como o grau de intimidade é variável, o vocativo, por con- sequência, também: Minha querida, Amado meu, Querido Amigo Fulano, Fulaninho, Caro Senhor, Estimado cliente, etc. A pontua- ção após o vocativo pode ser vírgula ou dois-pontos. Assim também é em relação à despedida, a qual pode variar entre Atenciosamente, Cordialmente, até Adeus, Saudades, Até em breve. Quanto à assinatura, pode ser só o primeiro nome ou o apeli- do, dependendo da situação. Caso se esqueça de dizer algo importante e já tenha finalizado a carta é só acrescentar a abreviação latina P.S (post scriptum) ou Obs. (observação). A carta pessoal geralmente é entregue em mãos ou enviada pelo correio, pois é manuscrita. Curiosidade sobre P.S: essa sigla é originada do verbo latino “post scribere” que significa “escrever depois”! O cartum tem a característica de uma anedota gráfica em que podemos visualizar a presença da linguagem verbal associada à não verbal. Suas abordagens dizem respeito a situações relaciona- das ao comportamento humano, mas não estão situadas no tempo, por isso são denominadas de atemporais e universais, ou seja, não fazem referência a uma personalidade em específico. Vejamos um exemplo: Cartum de Glasbergen - americano cartunista e ilustrador humorístico Constatamos que o cartum em referência aponta para o fato de as pessoas estarem tão acostumadas às redes sociais que até um bebê que ainda não nasceu já possui mais amigos no Facebook que os próprios pais, revelando uma crítica a esse comportamento tão recorrente. A charge, um tanto quanto diferente do cartum, satiriza situa- ções específicas, situadas no tempo e no espaço, razão pela qual se encontra sempre apontando para um personagem da vida pública em geral, às vezes um artista, outras vezes um político, enfim. Em se tratando da linguagem, também costuma associar linguagem verbal e não verbal. Outro aspecto para o qual devemos atentar diz respeito ao fato de a charge, expressa na língua francesa, possuir significado de “carga”, aderindo por completo à intenção do char- gista, ou seja, a de que ele realmente atua de forma crítica numa situação de ordem social e política. Veja um exemplo: Charge de Júlio Costa Neto – jornalista e desenhista Ao nos atermos à charge em questão, ficamos convencidos de que o autor aponta para a tendência que as pessoas trazem consigo de que um dos meios de ganhar dinheiro é entrando na política, sobretu- do pela desonestidade, pela corrupção que se manifesta nesse meio, razão pela qual o personagem respondeu à professora dessa forma. Tipos de correspondências oficiais e empresariais De maneira geral, existem três macro tipos de correspondên- cias: Particular – entre indivíduos (amigos, familiares e pessoas do convívio social) e pode apresentar diversos graus de formalidade, desde um caráter íntimo até certo grau de formalismo; Empresarial – é trocada entre empresas ou entre estas e pes- soas físicas; Oficial – acontece entre órgãos do serviço público ou entre os mesmos e a sociedade. Com o objetivo de tornar este tipo de comunicação mais or- ganizado e de fácil entendimento para todos os envolvidos, as cor- respondências oficiais seguem determinados padrões de redação e formatação, as quais serão abordadas a seguir. Ata: é um documento no qual deve constar um resumo por es- crito, detalhando os fatos e as soluções a que chegaram as pessoas convocadas a participar de uma assembleia, sessão ou reunião. A expressão correta para a redação de uma ata é “lavrar a ata”. Uma das principais funções da ata é historiar, traçar um painel cronológico da vida de uma empresa, associação ou instituição. Serve como documento para consulta posterior, tendo em alguns casos caráter obrigatório pela legislação. Didatismo e Conhecimento 7 LÍNGUA PORTUGUESA Por tratar-se de um documento formal, a ata deve seguir algu- mas normas específicas de formatação: - Por ter como requisito não permitir que haja qualquer modi- ficação posterior, o seu formato renuncia a quebras de linha ele- tivas, espaçamentos verticais e paragrafação, ocupando virtual- mente todo o espaço disponível na página; - Números, valores, datas e outras expressões são sempre rep- resentados por extenso; - Sem emprego de abreviaturas ou siglas; - Sem emendas, rasuras ou uso de corretivo (quando a ata es- tiver sendo manuscrita e for necessária alguma correção, usar a expressão “digo” seguida do texto correto); -Todos os verbos descritivos de ações da reunião usados no pretérito perfeito do indicativo (disse, declarou, decidiu…). A estrutura básica para uma ata pode ser esta: - Título da reunião; - Cidade, dia, mês, ano, das h:min até h:min; - Local da reunião; - Introdução (Relatar sobre o título da reunião, local, data, hora e participantes); - Participantes da reunião (Nome completo do participante e especificar de qual instituição ele é); - Agenda (Relatar sobre a pauta da reunião, os temas a serem tratados e os respectivos responsáveis de cada tema); - Desenvolvimento (Descrever sobre os temas principais cita- dos na reunião); - Conclusões (Descrever sobre as conclusões atingidas ao fi- nal da reunião e suas respectivas decisões); - Recomendações (Descrever recomendações e observações feitas no decorrer da reunião); - Distribuição (Relatar o nome de quem a ata será enviada). - A ata deverá ser assinada por todos os participantes. Atestado ou Certificado: É um documento em que se faz fé de algo e que tem valor legal. Pode haver atestados ou certificados de serviços prestados, de estudos realizados, de pagamentos, etc. Para a sua elaboração, utiliza-se geralmente papel de tamanho A4, escrito em sentido vertical. - Cabeçalho (Coloca-se na parte superior do certificado, com uma margem considerável. É constituído pelo nome da pessoa ou instituição que o envia, acompanhados dos seus dados de identifi- cação. Costuma-se escrever em maiúsculas.); - Corpo (Contém texto precedido pelo termo CERTIFICA ou ATESTA, em maiúsculas, seguido de dois pontos, onde se de- screve o objeto da certificação.); - Local e data; -Assinatura e selo. Bilhete: É um meio rápido e simples de transmitir uma men- sagem. Normalmente é dirigido a uma pessoa próxima, com quem se tem intimidade, e por isso mesmo costuma ser escrito em lin- guagem informal. Isso, contudo, não dispensa a atenção que deve ser dada à qualidade da redação, especialmente considerando que o relacionamento continua tendo caráter profissional. O bilhete não requer um tipo específico de papel, muito menos segue um padrão formal. É sempre aconselhável, entretanto, uma boa apresentação. Mesmo sendo breve e informal, o bilhete apresenta uma forma de organização que deve ser seguida para atender ao seu maior objetivo: comunicar de forma rápida e precisa. Assim, deve conter as seguintes partes: - Vocativo (Coloca-se o nome do receptor, sem emprego de tratamento especial); - Texto (Deve ser iniciado com marca de parágrafo e conter as informações necessárias à comunicação de forma bem ordenada); - Nome do emissor; - Data e hora. Carta comercial: As cartas comerciais, além de diversos des- tinos, também têm função variada, como a de informar, solicitar ou persuadir. Podem ser cartas de solicitação de emprego, oferta de algum produto de sua empresa, reclamação quanto à má pre- stação de algum serviço, cobrança de algum débito, enfim, diver- sas situações que fazem parte do cotidiano empresarial. Como em qualquer correspondência oficial, o conteúdo da carta deve ser adequadamente normalizado por parágrafos e re- digido com clareza e concisão. A sua estrutura geral é: - Cabeçalho ou timbre (Referência da empresa; logotipo, sím- bolo ou emblema. Em geral, já vêm impressos no papel da carta); - Número de controle (Facilita ao destinatário responder sua carta e mencionar a referência. É também uma maneira de garantir o controle da correspondência. A colocação à direita é um destaque que facilita a leitura.); - Local e Data (Por extenso. Quando o papel é timbrado, pode- -se suprimir o local antes da data, uma vez que o endereçamento completo aparece no pé de página.); - Destinatário (Não se deve colocar À/Às ou Ilmos. Senhores antes do nome da empresa ou pessoa a quem a carta se destina. Não é necessário escrever endereço, caixa postal e CEP no papel carta, basta que esses dados apareçam no envelope.); - Referência (É o conteúdo da carta sintetizado, facilitando o registro para quem recebe. Não há necessidade de escrever Ref. ou REFERÊNCIA, pois a posição da frase na carta já indica esse elemento.); - Invocação ou vocativo (O emprego de palavras como preza- do, estimado, caro, amigo deve ser de acordo com o tipo de carta. Pode se tratar de uma carta puramente comercial ou pode envolver também relações de amizade.); - Corpo da carta ou conteúdo (Deve estar disposto, geralmente, no centro do papel, em cerca de três parágrafos: a informação ini- cial, o desenvolvimento do tema e a conclusão. O assunto deve ser tratado em linguagem clara, objetiva e concisa. Deve-se evitar perda de tempo na introdução do assunto, como palavras e ex- pressões desnecessárias.); - Saudação final, despedida ou fecho (Modernamente, evitam- -se palavras rebuscadas e chavões. Expressões longas, que nada acrescentam de importante, caíram em desuso. Emprega-se Aten- ciosamente ou Cordialmente, dependendo das relações de negó- cios.); - Assinatura (Deve-se obedecer à seguinte ordem: primeiro, o nome do remetente; depois, seu cargo. Somente as letras iniciais devem ser maiúsculas. Não se deve colocar o título do emissor na frente de seu nome. Para indicar que se trata de médico, advogado etc., basta que se coloque o registro do CRM ou da OAB, con- forme o caso. Também não é necessário colocar o traço acima do nome datilografado, para a assinatura.); Didatismo e Conhecimento 8 LÍNGUA PORTUGUESA - Anexos (Parte destinada à enumeração de papéis ou de docu- mentos que acompanha a carta.). Circular: Quando, em sua empresa, você deseja dirigir-se a muitas pessoas ao mesmo tempo, para transmitir avisos, ordens ou instruções, deve optar por comunicar-se através de uma circu- lar. Na verdade, a circular pode seguir o modelo de uma carta ou ofício, o que a caracteriza é conter um assunto de interesse geral. Muitas vezes, a circular é utilizada internamente nas empresas, com a finalidade de facilitar a comunicação entre diversas seções e departamentos. A linguagem utilizada em uma circular deve ser simples e di- reta para não dar margem a outras interpretações. Todos devem entender claramente o que está escrito. Estrutura: - Timbre da empresa; - Número da circular; - Data (por extenso); - Assunto; -Corpo da mensagem; - Identificação / Assinatura do emissor da circular. Declaração: A declaração é utilizada quando se quer atestar ou confirmar algum fato para garantir um direito a uma determi- nada pessoa. Divide-se nas seguintes partes: - Timbre (Impresso como cabeçalho, contendo o nome do órgão ou empresa. Atualmente a maioria das empresas possui um impresso com logotipo. Nas declarações particulares usa-se papel sem timbre.); - Título (Deve-se colocá-lo no centro da folha, em caixa alta.); - Texto (Deve-se iniciá-lo a cerca de quatro linhas do título.). Dele deve constar: - Identificação do emissor. Se houver vários emissores, é ac- onselhável escrever, para facilitar: os abaixo assinados; - O verbo atestar/declarar deve aparecer no presente do in- dicativo, terceira pessoa do singular ou do plural; - Finalidade do documento, em geral costuma-se usar o termo “para os devidos fins”, mas também se pode especificar: “para fins de trabalho”, “para fins escolares”, etc. - Nome e dados de identificação do interessado. Esse nome pode vir em caixa alta, para facilitar a visualização; - Citação do fato a ser atestado. - Local e data (Deve-se escrevê-los a cerca de três linhas do texto; - Assinatura (Assina-se a cerca de três linhas abaixo do local e data). Memorando: O memorando, estabelecendo uma comparação, é uma espécie de bilhete comercial de que as empresas ou órgãos oficiais utilizam-se para estabelecer a correspondência interna en- tre seus setores e departamentos. Por ser um tipo de correspondên- cia cotidiana,rápida e objetiva, o memorando segue uma forma fixa, sendo para isso utilizado um papel impresso. Observe a estrutura de um memorando, atentando para a aus- ência de saudações e finalizações: - Timbre; - Número do memorando; - Data; - De (Órgão e/ou responsável); - Para (Órgão e/ou responsável); - Corpo do texto; - Assinatura. Ofício: é a correspondência de caráter oficial, equivalente à carta comercial. É dirigido por um funcionário a outro, da mesma ou de outra categoria, bem como por uma repartição a uma pes- soa ou instituição particular, ou, ainda, por instituição particular ou pessoa a uma repartição pública. Por tratar-se, sobretudo, de comunicação de caráter público, o ofício requer certo grau de for- malidade. A redação, tal como no caso da carta comercial, tem de ser breve e concisa. Procuração: Através da procuração uma pessoa (física ou jurídica) autoriza alguém a agir e realizar negócios em seu nome. O indivíduo que concede a procuração é chamado de man- dante, constituinte ou outorgante. Aquele que recebe a procuração é chamado de mandatário, procurador ou outorgado. A procuração deve ser lavrada em papel ofício, iniciando o texto com identificação e qualificação do outorgante e do outor- gado. Os poderes, a finalidade e o prazo de validade da procuração são expressos de forma precisa. Após o texto, a localidade, a data e a assinatura são expressas. Há dois tipos de procuração: Pública – aquela que é lavrada por tabelião em Livro de No- tas. O translado (cópia autêntica do que consta no livro) fica em poder do procurador. É usada em casos de compra e venda de im- óveis, em assuntos de maior peso. Particular – aquela que é datilografada ou manuscrita, sem registro no Livro de Notas. Digamos que você não possa fazer sua matrícula na escola. Então, você poderá passar uma procuração particular para alguém de sua confiança que resolverá esse, e ap- enas esse, assunto para você. Requerimento: Se você precisar se dirigir a uma autoridade para fazer um pedido para o qual necessite ter amparo na lei, deve fazê-lo através de um requerimento. Serve para requerer ou pedir uma coisa específica à Admin- istração ou aos organismos públicos. Os requerimentos recebem nomes diferentes, dependendo do organismo ao qual se dirigem: - Conhece-se pelo nome de “Memorial” quando é dirigido a uma autoridade máxima, como, por exemplo, o chefe do Estado ou o papa; - Chama-se “Exposição” quando se dirige ao Parlamento da nação ou a um órgão do Governo; - Chama-se “Pedido” ao requerimento utilizado para os de- mais casos. Em geral, podemos observar as seguintes partes: - A autoridade destinatária (usa-se Excelentíssimo “Exmo.” para Juiz, Promotor, Senadores, Deputados, Vereadores, Presi- dente da República, Governador, Prefeito e Ministros de Estado; usa-se Ilustríssimo “Ilmo.” para as demais autoridades); - Nome e qualificação do requerente; - Exposição e solicitação; - Pedido de deferimento; - Localidade e data; - Assinatura. Fonte: http://vivenciandoti.blogspot.com.br/2010/05/tipos-de-corre- spondencias-oficiais-e.html Didatismo e Conhecimento 9 LÍNGUA PORTUGUESA 3. ESTRUTURA TEXTUAL: PROGRESSÃO TEMÁTICA, PARÁGRAFO, PERÍODO, ORAÇÃO, ENUNCIADO, PONTUAÇÃO, TIPOS DE DISCURSO, COESÃO E COERÊNCIA. Primeiramente, o que nos faz produzir um texto é a capaci- dade que temos de pensar. Por meio do pensamento, elaboramos todas as informações que recebemos e orientamos as ações que interferem na realidade e organização de nossos escritos. O que lemos é produto de um pensamento transformado em texto. Logo, como cada um de nós tem seu modo de pensar, quando escrevemos sempre procuramos uma maneira organizada do leitor compreender as nossas ideias. A finalidade da escrita é direcionar totalmente o que você quer dizer, por meio da comunicação. Para isso, os elementos que compõem o texto se subdividem em: introdução, desenvolvimento e conclusão. Todos eles devem ser organizados de maneira equilibrada. Introdução Caracterizada pela entrada no assunto e a argumentação ini- cial. A ideia central do texto é apresentada nessa etapa. Entretan- to, essa apresentação deve ser direta, sem rodeios. O seu tamanho raramente excede a 1/5 de todo o texto. Porém, em textos mais curtos, essa proporção não é equivalente. Neles, a introdução pode ser o próprio título. Já nos textos mais longos, em que o assunto é exposto em várias páginas, ela pode ter o tamanho de um capítulo ou de uma parte precedida por subtítulo. Nessa situação, pode ter vários parágrafos. Em redações mais comuns, que em média têm de 25 a 80 linhas, a introdução será o primeiro parágrafo. Desenvolvimento A maior parte do texto está inserida no desenvolvimento. Ele é responsável por estabelecer uma ligação entre a introdução e a conclusão. É nessa etapa que são elaboradas as ideias, os dados e os argumentos que sustentam e dão base às explicações e posições do autor. É caracterizado por uma “ponte” formada pela organiza- ção das ideias em uma sequência que permite formar uma relação equilibrada entre os dois lados. O autor do texto revela sua capacidade de discutir um deter- minado tema no desenvolvimento. Nessa parte, ele se torna capaz de defender seus pontos de vista, além de dirigir a atenção do leitor para a conclusão. As conclusões são fundamentadas a partir daqui. Para que o desenvolvimento cumpra seu objetivo, o escritor já deve ter uma ideia clara de como vai ser a conclusão. Por isso a importância do planejamento de texto. Em média, ocupa 3/5 do texto, no mínimo. Já nos textos mais longos, pode estar inserido em capítulos ou trechos destacados por subtítulos. Deverá se apresentar no formato de parágrafos media- nos e curtos. Os principais erros cometidos no desenvolvimento são o des- vio e a desconexão da argumentação. O primeiro está relacionado ao autor tomar um argumento secundário que se distancia da dis- cussão inicial, ou quando se concentra em apenas um aspecto do tema e esquece o seu todo. O segundo caso acontece quando quem redige tem muitas ideias ou informações sobre o que está sendo discutido, não conseguindo estruturá-las. Surge também a dificul- dade de organizar seus pensamentos e definir uma linha lógica de raciocínio. Conclusão Considerada como a parte mais importante do texto, é o ponto de chegada de todas as argumentações elaboradas. As ideias e os dados utilizados convergem para essa parte, em que a exposição ou discussão se fecha. Em uma estrutura normal, ela não deve deixar uma brecha para uma possível continuidade do assunto; ou seja, possui atribu- tos de síntese. A discussão não deve ser encerrada com argumentos repetitivos, sendo evitados na medida do possível. Alguns exem- plos: “Portanto, como já dissemos antes...”, “Concluindo...”, “Em conclusão...”. Sua proporção em relação à totalidade do texto deve ser equi- valente ao da introdução: de 1/5. Essa é uma das características de textos bem redigidos. Os seguintes erros aparecem quando as conclusões ficam mui- to longas: → O problema aparece quando não ocorre uma exploração devida do desenvolvimento. Logo, acontece uma invasão das ideias de desenvolvimento na conclusão. → Outro fator consequente da insuficiência de fundamentação do desenvolvimento está na conclusão precisar de maiores expli- cações, ficando bastante vazia. → Enrolar e “encher linguiça” são muito comuns no texto em que o autor fica girando em torno de ideias redundantes ou para- lelas. → Uso de frases vazias que, por vezes, são perfeitamente dis- pensáveis. → Quando não tem clareza de qual é a melhor conclusão, o autor acaba se perdendo na argumentação final. Em relação à abertura para novas discussões, a conclusão não pode ter esse formato, exceto pelos seguintes fatores: → Para não influenciara conclusão do leitor sobre temas po- lêmicos, o autor deixa a conclusão em aberto. → Para estimular o leitor a ler uma possível continuidade do texto, ou autor não fecha a discussão de propósito. → Por apenas apresentar dados e informações sobre o tema a ser desenvolvido, o autor não deseja concluir o assunto. → Para que o leitor tire suas próprias conclusões, o autor enu- mera algumas perguntas no final do texto. A maioria dessas falhas pode ser evitada se antes o autor fizer um esboço de todas as suas ideias. Essa técnica é um roteiro, em que estão presentes os planejamentos. Nele devem estar indicadas as melhores sequências a serem utilizadas na redação. O roteiro deve ser o mais enxuto possível. Fonte: h t t p : / / p r o d u c a o - d e - t e x t o s . i n f o / m o s / v i e w / Caracter%C3%ADsticas_e_Estruturas_do_Texto/ Didatismo e Conhecimento 10 LÍNGUA PORTUGUESA O termo paralelismo corresponde a uma relação de equivalência, por semelhança ou contraste, entre dois ou mais elementos. É um recurso responsável por uma boa progressão textual. Dizemos que há paralelismo em uma estrutura quando há uma correspondência rítmica, sintática/gramatical ou semântica entre as estruturas. Veja a tirinha a seguir da famosa personagem Mafalda: (Quino) No segundo quadrinho, na fala da mãe da menina, há uma estrutura sintaticamente equivalente: “[PARA TRABALHAR,] [PARA NOS AMAR,] [PARA FAZER DESTE MUNDO UM MUNDO MELHOR]” As três orações em destaque obedecem a uma mesma estrutura sintática: iniciam-se com a preposição “para” e mantêm o verbo no infinitivo. A essa relação de equivalência estrutural, damos o nome de paralelismo. Analisemos o próximo exemplo: Veja como o slogan da marca de cosméticos “Nívea” também segue uma estrutura em paralelismo – “BELEZA QUE SE VÊ, BELEZA QUE SE SENTE”. Notem que a repetição é intencional, mantendo uma unidade gramatical. O paralelismo é um recurso de coesão textual, ou seja, promove a conexão das ideias, através de repetições planejadas, trazendo unidade a um texto. Vejamos o exemplo a seguir: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO PREVÊ [MUDAR A DATA DO ENEM] E [MELHORIAS NO SISTEMA.] Há um desequilíbrio gramatical na frase acima. Para respeitarmos o paralelismo, poderíamos reescrevê-la das seguintes maneiras: a) MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO PREVÊ [MUDAR A DATA DO ENEM] E [MELHORAR O SISTEMA.] Ou b) MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO PREVÊ [MUDANÇAS NA DATA DO ENEM] E [MELHORIAS NO SISTEMA.] Vejam que, na primeira reescrita, mantivemos verbos no infinitivo iniciando as orações – “mudar” e “melhorar”. Já na segunda, manti- vemos bases nominais – substantivos – “mudanças” e “melhorias”. Dessa forma, estabelecemos o paralelismo nas frases. “Mas como achar o tal do paralelismo?”. Uma dica boa é encontrar os conectivos na frase. Eles são importantes marcadores textuais para ajudá-los a identificar as estruturas que devem permanecer em relação de equivalência. Exemplo: Queremos amor E ter paz. Didatismo e Conhecimento 11 LÍNGUA PORTUGUESA O verbo querer possui duas ideias que o complementam: “amor” E “ter paz”. O conectivo “e” marca o paralelismo. As es- truturas por ele ligadas estão iguais gramaticalmente? Não. Uma é um substantivo e a outra uma oração. Para equilibrá-las, podemos reescrever, por exemplo, das seguintes formas: Queremos [amor] e [paz]. Ou Queremos [ter amor] e [ter paz]. Ou Queremos ter [amor] e [paz]. PARALELISMO SINTÁTICO OU GRAMATICAL É aquele em que se nota uma correlação sintática numa estrutura frasal a partir de termos ou orações semelhantes morfos- sintaticamente. Veja os exemplos a seguir: Exemplo 1: O condenado não só [roubou], mas também [é sequestrador]. Corrigindo, temos: Ele não só roubou, mas também sequestrou. Os termos “não só... mas também” estabelecem entre as ora- ções coordenadas uma relação de equivalência sintática. Dessa forma, é preciso que as orações apresentem a mesma estrutura gramatical. Exemplo 2: O cidadão precisa [de educação], [respeito] e [solidarieda- de]. Corrigindo, temos: O cidadão precisa [de educação], [de respeito] e [de solida- riedade]. (os três complementos verbais devem vir preposiciona- dos - encadeamento de funções sintáticas) Exemplo 3: [Gosto] e [compro] livros. Nesse caso, temos um problema na construção. O verbo “gos- tar” é transitivo indireto, enquanto o verbo “comprar” é transitivo direto. A frase mostra-se incompleta sintaticamente, uma vez que só há um complemento verbal (“livros”). Corrigindo, temos: Gosto [de livros] e [os] compro. OI OD Exemplo 4: Quero [sua ajuda] e [que você venha]. Nesse caso, o paralelismo foi quebrado, uma vez que os com- plementos do verbo “querer” têm “pesos sintáticos” diferentes: “sua ajuda” é um objeto direto “simples” e “que você venha” é um objeto direto oracional. Repare que os objetos estão ligados pelo conectivo “e”, devendo, portanto, haver uma equivalência entre eles. Corrigindo, temos: Quero [sua ajuda] e [sua vinda]. ou Quero [que você me ajude] e [que você venha]. PARALELISMO SEMÂNTICO É aquele em que se observa uma correlação de sentido entre as estruturas. Observe: “Trocava [de namorada] como trocava [de blusa]”. “Marcela amou-me durante [quinze meses] e [onze contos de réis]” (Machado de Assis – Memórias Póstumas de Brás Cubas) Notem que, apesar de haver paralelismo gramatical ou sintáti- co nas frases, não há uma correlação semântica. No primeiro caso trocar “de namorada” não equivale a trocar “de blusa”; no segundo, amar “durante quinze meses” (tempo) não corresponde a amar “durante onze contos de réis”. São relações de sentido diferentes. Dessa forma, podemos dizer que houve uma “quebra” do paralelismo semântico, pois é feita uma aproximação entre elementos de “carga significativa” diferente. Entretanto, isso foi intencional e não deve ser visto como uma falha de construção. Na maioria das vezes, esse tipo de construção é proposital para trazer a um trecho determinado efeito de sentido a partir da ironia ou do humor, como nos exemplos acima. PARALELISMO RÍTMICO O paralelismo rítmico é um recurso estilístico de grande efei- to, do qual alguns autores se servem com o propósito de dar maior expressividade ao pensamento. Vejam os exemplos a seguir, retirados do livro “Comunicação em prosa moderna”, de Othon Garcia: “Se os olhos veem com amor, o corvo é branco; se com ódio, o cisne é negro; se com amor, o demônio é formoso; se com ódio, o anjo é feio; se com amor, o pigmeu é gigante”. (“Sermão da quinta quarta-feira”, apud M. Gonçalves Viana, Sermões e lugares seletos, p. 214) “Nenhum doutor as observou com maior escrúpulo, nem as esquadrinhou com maior estudo, nem as entendeu com maior propriedade, nem as proferiu com mais verdade, nem as explicou com maior clareza, nem as recapacitou com mais facilidade, nem as propugnou com maior valentia, nem as pregou e semeou com maior abundância”. (M.Bernardes) Repare as repetições intencionais, enfáticas, presentes nas construções acima, caracterizando um paralelismo rítmico. Equivalência e transformação de estrutura “Ideias confusas geram redações confusas”. Esta frase leva- -nos a refletir sobre a organização das ideias em um texto. Signi- fica dizer que, antes da redação, naturalmente devemos dominar o assunto sobre o qual iremos tratar e, posteriormente, planejar o modo como iremos expô-lo, do contrário haverá dificuldade em transmitir ideias bem acabadas. Portanto, a leitura, a interpretação de textos e a experiência de vida antecedem o ato de escrever. Obtido um razoável conhecimento sobre o que iremos escre-ver, feito o esquema de exposição da matéria, é necessário saber ordenar as ideias em frases bem estruturadas. Logo, não basta conhecer bem um determinado assunto, temos que o transmitir de maneira clara aos leitores. O estudo da pontuação pode se tornar um valioso aliado para organizarmos as ideias de maneira clara em frases. Para tanto, é necessário ter alguma noção de sintaxe. “Sintaxe”, conforme o dicionário Aurélio, é a “parte da gramática que estuda a disposi- Didatismo e Conhecimento 12 LÍNGUA PORTUGUESA ção das palavras na frase e a das frases no discurso, bem como a relação lógica das frases entre si”; ou em outras palavras, sintaxe quer dizer “mistura”, isto é, saber misturar as palavras de maneira a produzirem um sentido evidente para os receptores das nossas mensagens. Observe: 1)A desemprego globalização no Brasil e no na está Latina América causando. 2) A globalização está causando desemprego no Brasil e na América Latina. Ora, no item 1 não temos uma ideia, pois não há uma frase, as palavras estão amontoadas sem a realização de “uma sintaxe”, não há um contexto linguístico nem relação inteligível com a realidade; no caso 2, a sintaxe ocorreu de maneira perfeita e o sentido está claro para receptores de língua portuguesa inteirados da situação econômica e cultural do mundo atual. A Ordem dos Termos na Frase Leia novamente a frase contida no item 2. Note que ela é organizada de maneira clara para produzir sentido. Todavia, há diferentes maneiras de se organizar gramaticalmente tal frase, tudo depende da necessidade ou da vontade do redator em manter o sentido, ou mantê-lo, porém, acrescentado ênfase a algum dos seus termos. Significa dizer que, ao escrever, podemos fazer uma série de inversões e intercalações em nossas frases, conforme a nossa vontade e estilo. Tudo depende da maneira como queremos trans- mitir uma ideia. Por exemplo, podemos expressar a mensagem da frase 2 da seguinte maneira: No Brasil e na América Latina, a globalização está causando desemprego. Neste caso, a mensagem é praticamente a mesma, apenas mu- damos a ordem das palavras para dar ênfase a alguns termos (neste caso: No Brasil e na A. L.). Repare que, para obter a clareza tive- mos que fazer o uso de vírgulas. Entre os sinais de pontuação, a vírgula é o mais usado e o que mais nos auxilia na organização de um período, pois facilita as boas “sintaxes”, boas misturas, ou seja, a vírgula ajuda-nos a não “embolar” o sentido quando produzimos frases complexas. Com isto, “entregamos” frases bem organizadas aos nossos leitores. O básico para a organização sintática das frases é a ordem direta dos termos da oração. Os gramáticos estruturam tal ordem da seguinte maneira: SUJEITO + VERBO + COMPLEMENTO VERBAL+ CIR- CUNSTÂNCIAS A globalização + está causando+ desemprego + no Brasil nos dias de hoje. Nem todas as orações mantêm esta ordem e nem todas contêm todos estes elementos, portanto cabem algumas observações: - As circunstâncias (de tempo, espaço, modo, etc.) normal- mente são representadas por adjuntos adverbiais de tempo, lugar, etc. Note que, no mais das vezes, quando queremos recordar algo ou narrar uma história, existe a tendência a colocar os adjuntos nos começos das frases: “No Brasil e na América…” “Nos dias de hoje…” “Nas minhas férias…”, “No Brasil…”. e logo depois os verbos e outros elementos: “Nas minhas férias fui…”; “No Brasil existe…” Observações: - tais construções não estão erradas, mas rompem com a or- dem direta; - é preciso notar que em Língua Portuguesa, há muitas frases que não têm sujeito, somente predicado. Por exemplo: Está cho- vendo em Porto Alegre. Faz frio em Friburgo. São quatro horas agora; - Outras frases são construídas com verbos intransitivos, que não têm complemento: O menino morreu na Alemanha, (sujeito +verbo+ adjunto adverbial), A globalização nasceu no século XX. (idem) - Há ainda frases nominais que não possuem verbos: Cada macaco no seu galho. Nestes tipos de frase, a ordem direta faz-se naturalmente. Usam-se apenas os termos existentes nelas. Levando em consideração a ordem direta, podemos estabele- cer três regras básicas para o uso da vírgula: 1)Se os termos estão colocados na ordem direta não haverá a necessidade de vírgulas. A frase (2) é um exemplo disto: A globalização está causando desemprego no Brasil e na América Latina. Todavia, ao repetir qualquer um dos termos da oração por três vezes ou mais, então é necessário usar a vírgula, mesmo que estejamos usando a ordem direta. Esta é a regra básica nº1 para a colocação da vírgula. Veja: A globalização, a tecnologia e a “ciranda financeira” cau- sam desemprego… = (três núcleos do sujeito) A globalização causa desemprego no Brasil, na América La- tina e na África. = (três adjuntos adverbiais) A globalização está causando desemprego, insatisfação e sucateamento industrial no Brasil e na América Latina. = (três complementos verbais) 2)Em princípio, não devemos, na ordem direta, separar com vírgula o sujeito e o verbo, nem o verbo e o seu complemento, nem o complemento e as circunstâncias, ou seja, não devemos separar com vírgula os termos da oração. Veja exemplos de tal incorreção: O Brasil, será feliz. A globalização causa, o desemprego. Ao intercalarmos alguma palavra ou expressão entre os ter- mos da oração, cabe isolar tal termo entre vírgulas, assim o sentido da ideia principal não se perderá. Esta é a regra básica nº2 para a colocação da vírgula. Dito em outras palavras: quando intercala- mos expressões e frases entre os termos da oração, devemos isolar os mesmos com vírgulas. Vejamos: A globalização, fenômeno econômico deste fim de século XX, causa desemprego no Brasil. Aqui um aposto à globalização foi intercalado entre o sujeito e o verbo. Outros exemplos: A globalização, que é um fenômeno econômico e cultural, está causando desemprego no Brasil e na América Latina. Neste caso, há uma oração adjetiva intercalada. As orações adjetivas explicativas desempenham frequente- mente um papel semelhante ao do aposto explicativo, por isto são também isoladas por vírgula. A globalização causa, caro leitor, desemprego no Brasil… Neste outro caso, há um vocativo entre o verbo e o seu com- plemento. Didatismo e Conhecimento 13 LÍNGUA PORTUGUESA A globalização causa desemprego, e isto é lamentável, no Brasil… Aqui, há uma oração intercalada (note que ela não pertence ao assunto: globalização, da frase principal, tal oração é apenas um comentário à parte entre o complemento verbal e os adjuntos. Obs: a simples negação em uma frase não exige vírgula: A globalização não causou desemprego no Brasil e na Amé- rica Latina. 3)Quando “quebramos” a ordem direta, invertendo-a, tal que- bra torna a vírgula necessária. Esta é a regra nº3 da colocação da vírgula. No Brasil e na América Latina, a globalização está causando desemprego… No fim do século XX, a globalização causou desemprego no Brasil… Nota-se que a quebra da ordem direta frequentemente se dá com a colocação das circunstâncias antes do sujeito. Trata- -se da ordem inversa. Estas circunstâncias, em gramática, são represen- tadas pelos adjuntos adverbiais. Muitas vezes, elas são colocadas em orações chamadas adverbiais que têm uma função semelhante a dos adjuntos adverbiais, isto é, denotam tempo, lugar, etc. Exem- plos: Quando o século XX estava terminando, a globalização co- meçou a causar desemprego. Enquanto os países portadores de alta tecnologia desenvol- vem--se, a globalização causa desemprego nos países pobres. Durante o século XX, a Globalização causou desemprego no Brasil. Obs 1: alguns gramáticos, Sacconi, por exemplo, consideram que as orações subordinadas adverbiais devem
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