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3. Prisão 2018.1

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DIREITO PROCESSUAL PENAL II
Professor: Marco Antonio de Jesus Bacelar
quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018 - 08:50
1
PRISÃO
CONCEITO DE PRISÃO
A prisão consiste na privação da liberdade de locomoção, mediante recolhimento da pessoa humana ao cárcere, decretada por ordem escrita e fundamentada da autoridade judiciária competente, ou decorrente de flagrante delito.
Pode advir de decisão condenatória transitada em julgado, que é chamada prisão pena ou, ainda, ocorrer no curso da persecução criminal, dando ensejo à prisão sem pena, também conhecida por prisão cautelar, provisória ou processual.
3
ESPÉCIES DE PRISÃO
1. Prisão extra-penal
a. Prisão civil
b. Prisão administrativa
c. Prisão disciplinar 
2. Prisão penal
3. Prisão cautelar
a. Prisão em flagrante
b. Prisão preventiva
c. Prisão temporária
PRISÃO CIVIL
É aquela decretada para fins de compelir alguém ao cumprimento de um dever civil.
Art. 5º, LXVII da CF: “não haverá prisão civil por dívida, salvo a do responsável pelo inadimplemento voluntário e inescusável de obrigação alimentícia e a do depositário infiel”.
Obs: Tratados Internacionais não admitem a prisão do depositário infiel. E o STF atualmente passou a não mais admitir.
Súmula Vinculante nº 25 do STF: “É ilícita a prisão civil de depositário infiel, qualquer que seja a modalidade do depósito”.
Súmula nº 419 do STJ: “Descabe a prisão civil do depositário judicial infiel”.
PRISÃO ADMIMINSTRATIVA
É espécie de prisão decretada por autoridade administrativa com o objetivo de compelir alguém a cumprir um dever de direito público.
Essa modalidade de prisão não foi recepcionada pela Constituição de 1988. Era prevista na antiga redação do art. 319 do CPP, que falava sobre a prisão administrativa de quem não pagasse tributo ou de estrangeiro desertor. Referida modalidade de prisão foi retirada de nosso ordenamento jurídico com a edição da Lei nº 12.403/2011. 
PRISÃO ADMIMINSTRATIVA
Também havia previsão de prisão administrativa no art. 35 da antiga Lei de Falências, quando o falido não cumpria suas obrigações, bem como nos arts. 81 e 84, caput, da Lei nº 6.815/1980, que previa a possibilidade de o Ministro da Justiça decretar prisão para fins de expulsão ou extradição de estrangeiro. Referidos artigos não foram recepcionados pelo art. 5º, LXI e LXVII, da CF/1988, que exige decisão judicial para a decretação da prisão. 
PRISÃO DISCIPLINAR
O art. 5º, LXI, da CF/1988 permite a prisão disciplinar de militar para o caso de transgressão militar. Aqui se pode, sim, fazer referência a modalidade de prisão disciplinar, eis que a prisão pode ser decreta sem que exista flagrante ou ordem judicial, mas, na hipótese, a restrição da liberdade é autorizada pela própria Constituição Federal. 
E mais, o art. 142, § 2º, da CF/1988 estabelece não caber habeas corpus em relação a punições disciplinares militares. 
 
PRISÃO DISCIPLINAR
A jurisprudência tem abrandado o rigor de tal proibição permitindo o questionamento por habeas corpus. Nesse sentido, o STF destaca que “a legalidade da imposição de punição constritiva da liberdade, em procedimento administrativo castrense, pode ser discutida por meio de habeas corpus” . 
 Se a punição disciplinar militar atender aos pressupostos de legalidade, quais sejam, a hierarquia, o poder disciplinar, o ato ligado à função e a pena susceptível de ser aplicada disciplinarmente, é incabível a impetração de habeas corpus, eis que não se pode questionar, com base em referida ação autônoma de impugnação, questões referentes ao mérito da punição disciplinar.
 
PRISÃO PENAL
Decorrente de sentença condenatória com trânsito em julgado que impôs o cumprimento de pena privativa de liberdade.
Só pode ser aplicada após o devido processo legal no qual tenham sido respeitadas todas as garantias e direitos do cidadão.
PRISÃO CAUTELAR
Imposta antes do trânsito em julgado de sentença penal condenatória para assegurar a efetividade das investigações ou do processo criminal.
ESPÉCIES DE PRISÃO CAUTELAR
1. Prisão em Flagrante
2. Prisão Preventiva
3. Prisão Temporária
4. Prisão Decorrente de Pronúncia
5.Prisão Decorrente de Sentença Condenatória Recorrível
TRATAMENTO CONSTITUCIONAL DA PRISÃO
Art.5º DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL
LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal;
LXI - ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada de autoridade judiciária competente, salvo nos casos de transgressão militar ou crime propriamente militar, definidos em lei;
LXII - a prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão comunicados imediatamente ao juiz competente e à família do preso ou à pessoa por ele indicada;
TRATAMENTO CONSTITUCIONAL DA PRISÃO
Art.5º DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL
LXIII - o preso será informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer calado, sendo-lhe assegurada a assistência da família e de advogado;
LXIV - o preso tem direito à identificação dos responsáveis por sua prisão ou por seu interrogatório policial;
LXV - a prisão ilegal será imediatamente relaxada pela autoridade judiciária;
LXVI - ninguém será levado à prisão ou nela mantido, quando a lei admitir a liberdade provisória, com ou sem fiança;
LXVII - não haverá prisão civil por dívida, salvo a do responsável pelo inadimplemento voluntário e inescusável de obrigação alimentícia e a do depositário infiel;
MOMENTO DA PRISÃO
O § 2º do art. 283 do CPP determina que “a prisão poderá ser efetuada em qualquer dia e a qualquer hora, respeitadas as restrições relativas à inviolabilidade do domicílio”.
INVIOLABILIDADE DO DOMICÍLIO
Com base no art. 5º, XI, da CF/1988, “a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial.”
Sobre o conceito dia, com base no critério cronológico, seria o período compreendido das 6 às 18 horas. Referido critério é comumente utilizado pelas autoridades policiais e públicas, eis que se tem dado objetivo da materialização dos procedimentos de entrada em domicílios.
Outro critério seria o astronômico, que considera o período em que há luz solar, definindo dia como o período entre a aurora e o crepúsculo.
PRISÃO E EMPREGO DE FORÇA
Se houver, ainda que por parte de terceiros, resistência à prisão em flagrante ou à ordenada por autoridade competente, o executor e as pessoas que o auxiliarem poderão usar dos meios necessários para defender-se ou para vencer a resistência, do que tudo se lavrará auto subscrito também por duas testemunhas (art. 292 do CPP).
Emprego de força e uso de instrumentos não letais (Lei nº 13.060/2014)
Está sob o rótulo “instrumentos de menor potencial ofensivo”, o conjunto de munições, armas e equipamentos desenvolvidos como objetivo de preservar vidas e reduzir, tanto quanto possível, os danos causados à integridade das pessoas. O legislador, no artigo 4º, da Lei aludida, declara considerar como tais, para os seus efeitos, aqueles projetados especificamente para, com baixa probabilidade de causar mortes ou lesões permanentes, conter, debilitar ou incapacitar temporariamente pessoas. São instrumentos diversos da arma de fogo, como as algemas, o gás lacrimogêneo, as bombas de efeito moral, os disparos com paint ball ou com festim, escudos, cassetetes, dentre outros equipamentos e armas que representem menor potencial de lesividade à integridade do agente de delito.
USO DE ALGEMAS
A autoridade policial deve garantir o cumprimento do mandado de prisão, ou a efetivação da prisão em flagrante. O usoda força, bem como de algemas, deve ser evitado, salvo quando indispensável no caso de resistência ou tentativa de fuga do preso.
O STF, em face da ausência de legislação sobre o tema, editou a Súmula nº 11, que estabelece: 
Só é lícito o uso de algemas em casos de resistência e de fundado receio de fuga ou de perigo à integridade física própria ou alheia, por parte do preso ou de terceiros, justificada a excepcionalidade por escrito, sob pena de responsabilidade disciplinar, civil e penal do agente ou da autoridade e de nulidade da prisão ou do ato processual a que se refere, sem prejuízo da responsabilidade civil do Estado. 
 
 
PRISÃO POR MANDADO JUDICIAL
O Art. 285 do CPP determina que a autoridade que ordenar a prisão fará expedir o respectivo mandado de prisão, que:
 a) será lavrado pelo escrivão e assinado pela autoridade;
b) designará a pessoa, que tiver de ser presa, por seu nome,
alcunha ou sinais característicos;
c) mencionará a infração penal que motivar a prisão;
d) declarará o valor da fiança arbitrada, quando afiançável a infração;
e) será dirigido a quem tiver qualidade para dar-lhe execução.
O mandado de captura poderá ser cumprido por oficial de justiça ou por autoridade policial.
 
 
PRISÃO POR MANDADO JUDICIAL
O art. 299 do CPP com a redação da Lei nº 12.403/2011 impõe que a captura poderá ser requisitada, à vista de mandado judicial, por qualquer meio de comunicação, tomadas pela autoridade, a quem se fizer a requisição, as precauções necessárias para averiguar a autenticidade desta.
O art. 297 do CPP determina que, “para o cumprimento de mandado expedido pela autoridade judiciária, a autoridade policial poderá expedir tantos outros quantos necessários às diligências, devendo neles ser fielmente reproduzido o teor do mandado original.” 
 
REGISTRO DO MANDADO DE PRISÃO EM BANCO DE DADOS MANTIDO PELO CNJ
O juiz competente providenciará o imediato registro do mandado de prisão em banco de dados mantido pelo Conselho Nacional de Justiça para essa finalidade (art. 289-A com a redação da Lei nº 12.403/2011), com o objetivo de permitir que qualquer agente policial possa efetuar a prisão determinada no mandado de prisão registrado no Conselho Nacional de Justiça, ainda que fora da competência territorial do juiz que o expediu (art. 289-A, § 1o, com a redação da Lei nº 12.403/2011). 
PRISÃO POR MANDADO JUDICIAL(casa)
Se o executor do mandado verificar, com segurança, que o réu entrou ou se encontra em alguma casa, o morador será intimado a entregá-lo, à vista da ordem de prisão.
Se não for obedecido imediatamente, o executor convocará duas testemunhas e, em sendo dia, entrará à força na casa, arrombando as portas se preciso; sendo noite, o executor, depois da intimação ao morador, se não for atendido, fará guardar todas as saídas, tornando a casa incomunicável, e, logo que amanheça, arrombará as portas e efetuará a prisão (art. 293 do CPP).
A recaptura do réu evadido não depende de prévia ordem judicial e poderá ser efetuada por qualquer pessoa (Art. 684 do CPP). 
 
PRISÃO FORA DA JURISDIÇÃO DO JUIZ
Quando o acusado estiver no território nacional, fora da jurisdição do juiz processante, a sua prisão será deprecada, devendo constar da precatória o inteiro teor do mandado. Em havendo urgência, o juiz poderá requisitar a prisão por qualquer meio de comunicação, do qual deverá constar o motivo da prisão, bem como o valor da fiança se arbitrada.
A autoridade deprecada a quem se fizer a requisição tomará as precauções necessárias para averiguar a autenticidade da comunicação. Por sua vez, o juiz processante deverá providenciar a remoção do preso no prazo máximo de 30 (trinta) dias, contados da efetivação da medida (art. 289 do CPP da Lei nº 12.403/2011).
PRISÃO EM PERSEGUIÇÃO
Se o réu, sendo perseguido, passar ao território de outro município ou Estado, o executor poderá efetuar-lhe a prisão no lugar onde o alcançar, apresentando-o imediatamente à autoridade local, que, depois de lavrado, se for o caso, o auto de flagrante, providenciará para a remoção do preso (art. 290 do CPP).
Segundo o STF, não havendo autoridade no local em que se tiver efetuado a prisão, deverá o preso ser, para a lavratura do auto de flagrante, apresentado à mais próxima”, sendo que equivale a não haver a autoridade, recusar-se a autoridade local a tomar qualquer providência.
PRISÃO ESPECIAL
Algumas pessoas, em razão da função desempenhada, terão direito a recolhimento em quartéis ou a prisão especial, enquanto estiverem na condição de presos provisórios, leia-se, antes do trânsito em julgado da sentença condenatória.
O CPP nos artigos 295 e 296 traz um extenso rol de pessoas que gozam da prisão especial, sem prejuízo da vasta legislação extravagante a respeito, a exemplo da Lei 8.625/1993 (Lei Orgânica Nacional do MP), prevendo no art. 40, inciso V, a prisão especial para os membros do Ministério Público.
Não havendo estabelecimento adequado para a efetivação da prisão especial, o preso poderá ser colocado em prisão provisória domiciliar, por deliberação do magistrado, ouvindo-se o Ministério Público (Lei 5.256/1967)
PRISÃO ESPECIAL
Art. 295.  Serão recolhidos a quartéis ou a prisão especial, à disposição da autoridade competente, quando sujeitos a prisão antes de condenação definitiva:
I - os ministros de Estado;
II - os governadores ou interventores de Estados ou Territórios, o prefeito do Distrito Federal, seus respectivos secretários, os prefeitos municipais, os vereadores e os chefes de Polícia; 
III - os membros do Parlamento Nacional, do Conselho de Economia Nacional e das Assembléias Legislativas dos Estados;
 IV - os cidadãos inscritos no "Livro de Mérito";
PRISÃO ESPECIAL
V – os oficiais das Forças Armadas e os militares dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios
 VI - os magistrados;
 VII - os diplomados por qualquer das faculdades superiores da República;
 VIII - os ministros de confissão religiosa;
 IX - os ministros do Tribunal de Contas;
 X - os cidadãos que já tiverem exercido efetivamente a função de jurado, salvo quando excluídos da lista por motivo de incapacidade para o exercício daquela função;
XI - os delegados de polícia e os guardas-civis dos Estados e Territórios, ativos e inativos. 
PRISÃO ESPECIAL
§ 1o A prisão especial, prevista neste Código ou em outras leis, consiste exclusivamente no recolhimento em local distinto da prisão comum. 
§ 2o Não havendo estabelecimento específico para o preso especial, este será recolhido em cela distinta do mesmo estabelecimento. 
§ 3o A cela especial poderá consistir em alojamento coletivo, atendidos os requisitos de salubridade do ambiente, pela concorrência dos fatores de aeração, insolação e condicionamento térmico adequados à existência humana.
§ 4o O preso especial não será transportado juntamente com o preso comum. 
§ 5o Os demais direitos e deveres do preso especial serão os mesmos do preso comum. 
Art. 296.  Os inferiores e praças de pré, onde for possível, serão recolhidos à prisão, em estabelecimentos militares, de acordo com os respectivos regulamentos.
 
SEPARAÇÃO DE PRESOS
Art. 300. As pessoas presas provisoriamente ficarão separadas das que já estiverem definitivamente condenadas, nos termos da lei de execução penal. 
Parágrafo único.  O militar preso em flagrante delito, após a lavratura dos procedimentos legais, será recolhido a quartel da instituição a que pertencer, onde ficará preso à disposição das autoridades competentes.
PRISÃO EM FLAGRANTE
PRISÃO EM FLAGRANTE - CONCEITO
É a que resulta no momento e no local do crime. É uma medida cautelar, restritiva de liberdade,de natureza pessoal, de caráter eminentemente administrativo, que não exige ordem escrita do juiz.
Sua precariedade vem marcada pela possibilidade de ser adotada por particulares ou autoridade policial, e que somente está justificada pela brevidade de sua duração e o imperioso dever de análise judicial em até 24h, onde cumprirá ao juiz analisar sua legalidade e decidir sobre a manutenção da prisão (agora como preventiva) ou não. 
Trata-se de modalidade de prisão que dispensa ordem judicial, sendo prevista na própria Constituição Federal.
PRISÃO EM FLAGRANTE
É cabível a prisão em flagrante em crime de ação penal privada. Entretanto, nos crimes de ação penal privada a lavratura do auto de prisão em flagrante depende de requerimento do ofendido. Deve-se, portanto, diferenciar a prisão em flagrante da lavratura do auto de prisão em flagrante. 
Em crime de ação penal pública condicionada à representação, o delegado de polícia também não poderá prender o autor do crime em flagrante sem a referida representação.
 
O estado de flagrante delito é uma das exceções constitucionais à inviolabilidade do domicílio, nos termos da Constituição Federal.
MOMENTO DA PRISÃO EM FLAGRANTE
A prisão pode ser efetuada em qualquer dia e a qualquer hora, respeitadas as restrições relativas à inviolabilidade do domicílio. 
 
Já a prisão em flagrante delito pode ser realizada em qualquer dia, em qualquer lugar e a qualquer hora, não se configurando atentado contra a inviolabilidade do domicílio, ainda que efetivada no período noturno. 
 
SUJEITO ATIVO DA PRISÃO EM FLAGRANTE
É aquele que efetua a prisão; pode ser qualquer pessoa, integrante ou não da força policial. Já o condutor é a pessoa que apresenta o preso à autoridade que presidirá a lavratura do auto, nem sempre correspondendo àquele que efetuou a prisão.
A prisão em flagrante delito não é ato privativo das forças policiais. Qualquer do povo poderá e as autoridades policiais e seus agentes deverão prender quem quer que seja encontrado em flagrante delito (art. 301 do CPP). 
SUJEITO ATIVO DA PRISÃO EM FLAGRANTE
Com relação à possibilidade de qualquer do povo efetuar prisão em flagrante, tem-se hipótese de flagrante facultativo, sendo que até mesmo a vítima do crime pode prender aquele que for encontrado em flagrante delito, não havendo, entretanto, qualquer obrigatoriedade, mas, sim, possibilidade de que se efetue a prisão.
Já as autoridades policiais e seus agentes têm o dever legal de efetivar a prisão, sendo hipótese de flagrante obrigatório ou compulsório.
SUJEITO PASSIVO DA PRISÃO EM FLAGRANTE
É o indivíduo que se encontra em situação flagrancial, sendo que qualquer pessoa pode ser sujeito passivo de prisão em flagrante. 
Entretanto, não são sujeitos passivos de flagrante: 
1) Menores de 18 anos, nos termos do art. 228 da CF/1988 e do art. 27 do Código Penal, que consideram o menor inimputável.
2) A pessoa do agente diplomático não poderá ser objeto de nenhuma forma de detenção ou prisão (Decreto nº 56.435/1965, que promulgou a Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas). 
SUJEITO PASSIVO DA PRISÃO EM FLAGRANTE
3) O presidente da República, nos termos do art. 86, § 3º, da CF/1988, que estabelece que, enquanto não sobrevier sentença condenatória transitada em julgado, nas infrações comuns, o Presidente da República não estará sujeito a prisão.
4) Desde a expedição do diploma, os membros do Congresso Nacional não poderão ser presos, salvo em flagrante de crime inafiançável. Nesse caso, os autos serão remetidos dentro de vinte e quatro horas à Casa respectiva, para que, pelo voto da maioria de seus membros, resolva sobre a prisão (art. 53, § 2º, da CF/1988). 
Nos termos do art. 27, § 1º, da CF/1988, os deputados estaduais também possuem imunidade relativa. Já os vereadores não têm imunidade processual. 
SUJEITO PASSIVO DA PRISÃO EM FLAGRANTE
5) São prerrogativas do magistrado não ser preso senão por ordem escrita do Tribunal ou do órgão especial competente para o julgamento, salvo em flagrante de crime inafiançável – neste caso, a autoridade fará imediata comunicação e apresentação do magistrado ao Presidente do Tribunal a que esteja vinculado (art. 33, II, da Lei Complementar nº 35/1979 – Lei Orgânica da Magistratura Nacional). 
6) Constituem prerrogativas dos membros do Ministério Público ser preso somente por ordem judicial escrita, salvo em flagrante de crime inafiançável (neste caso, a autoridade fará, no prazo máximo de vinte e quatro horas, a comunicação) e a apresentação do membro do Ministério Público ao Procurador Geral de Justiça (art. 40, III, da Lei nº 8.625/1993 – Lei Orgânica Nacional do Ministério Público).
SUJEITO PASSIVO DA PRISÃO EM FLAGRANTE
7) O advogado somente poderá ser preso em flagrante, por motivo de exercício da profissão, em caso de crime inafiançável (art. 7º, § 3º, da Lei nº 8.906/1994).
O art. 7º, IV, da Lei nº 8.906/1994 estabelece, ainda, que o advogado tem direito à presença de representante da OAB, quando preso em flagrante, por motivo ligado ao exercício da advocacia, para lavratura do auto respectivo, sob pena de nulidade e, nos demais casos, a comunicação expressa à seccional da OAB. 
PRISÃO DE DIPLOMATA ESTRANGEIRO
8) O diplomata estrangeiro, em território nacional, não pode ser sujeito passivo da prisão em flagrante. A imunidade dos diplomatas obsta a aplicação da lei brasileira, em homenagem à soberania do seu país de origem (Estado acreditante).
A imunidade diplomática se estende aos familiares do diplomata que com ele convivam e desde que não sejam nacionais do estado acreditado. No que concerne aos seus funcionários, que tenham nacionalidade do país de origem (empregados natos), haverá limitação da jurisdição brasileira toda vez que tal implicar interferência demasiada no “desempenho das funções da Missão”.
O cônsul, por sua vez, tem imunidade restrita aos crimes funcionais no exercício de suas atribuições consulares.
SUJEITO PASSIVO
9) “Nenhum adolescente será privado de sua liberdade senão em flagrante de ato infracional ou por ordem escrita e fundamentada da autoridade judiciária competente” (art. 106, Lei nº 8.069/1990); 
10) O motorista que presta pronto e integral socorro à vítima de acidente de trânsito não será preso em flagrante, nem lhe será exigida fiança (art. 301, CTB).
ESPÉCIES DE FLAGRANTE NO CPP
Art. 302.  Considera-se em flagrante delito quem:
 I - está cometendo a infração penal; (FLAGRANTE PRÓPRIO)
       II - acaba de cometê-la; (FLAGRANTE PRÓPRIO)
  III - é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ofendido ou por qualquer pessoa, em situação que faça presumir ser autor da infração; (FLAGRANTE IMPRÓPRIO)
     IV - é encontrado, logo depois, com instrumentos, armas, objetos ou papéis que façam presumir ser ele autor da infração. (FLAGRANTE PRESUMIDO)
FLAGRANTE PRÓPRIO
Flagrante próprio (real, propriamente dito ou verdadeiro).
São duas as possibilidades, nos termos do art. 302, I e II, do CPP. O flagrante próprio ocorre quando o agente está cometendo a infração penal ou acaba de cometê-la.
Na primeira hipótese, o agente é encontrado praticando os atos executórios do delito.
Já na segunda hipótese, os atos executórios já foram realizados, sendo o agente preso imediatamente após o cometimento da infração no local dos fatos.
FLAGRANTE IMPRÓPRIO
Flagrante impróprio (irreal, ou quase flagrante).
Denomina-se flagrante impróprio a prisão daquele que é perseguido, logo após cometer o delito, em situação que faça presumir ser o mesmo o autor da infração, nos termos do art. 302, III, do CPP. 
No flagrante irreal,o agente é perseguido logo após cometer o ilícito, em situação que faça presumir ser ele o autor da infração. 
A perseguição deve ser iniciada “logo após”, ou seja, deve haver um pequeno intervalo de tempo entre o fato e o início da perseguição, como, por exemplo, o prazo para a polícia chegar ao local, levantar as primeiras evidências e sair no encalço do suspeito, dando início à perseguição. 
Considera-se em flagrante delito a pessoa que, logo após cometer uma infração penal, é perseguida ininterruptamente pela autoridade, ainda que esta permaneça no encalço do perseguido por indícios e informações fidedignas de populares acerca de sua direção. 
 
FLAGRANTE PRESUMIDO
Flagrante presumido, ficto ou assinalado.
Nos termos do art. 302, IV, do CPP, considera-se flagrante presumido quando o agente é encontrado, logo depois do crime, com instrumentos, armas, objetos ou papéis que façam presumir que seja ele o autor da infração.
O que caracteriza a referida modalidade de flagrante é o agente ter sido “encontrado”, seja por uma viatura policial em ronda de rotina ou mesmo por uma blitz montada aleatoriamente sem visar prender o agente. 
A expressão “logo depois” permite a prisão após lapso temporal maior do que o necessário no flagrante impróprio. Entretanto, não se pode ter um lapso temporal muito dilatado, sob pena de se descaracterizar o flagrante.
 
OUTRAS ESPÉCIES DE FLAGRANTE
Flagrante Preparado ou Provocado: é aquele em que o agente é induzido à prática de um crime pela “vítima”, pelo policial ou por terceiro (agente provocador) sendo impossível a consumação. Trata-se de crime impossível, não podendo ser autuado em flagrante seu agente.
Súmula 145, STF: “Não há flagrante delito quando a preparação do flagrante pela polícia torna impossível a sua consumação”.
OUTRAS ESPÉCIES DE FLAGRANTE
Flagrante Esperado: Não há provocação para o crime. O agente é capturado, pela força policial, ao executar a infração. A polícia recebeu informações sobre a prática do crime ou porque exercia vigilância sobre o agente. Nestes casos, a prisão em flagrante é admitida. Nada impede que o flagrante esperado seja realizado por particular
OUTRAS ESPÉCIES DE FLAGRANTE
Flagrante Forjado: A polícia ou particular inserem provas falsas de crimes inexistentes: Ex: introdução de substâncias proibidas na casa de quem sofre uma busca e apreensão. É aquele armado, fabricado, realizado para incriminar pessoa inocente. É uma modalidade ilícita de flagrante, onde o único infrator é o agente forjador, que pratica o crime de denunciação caluniosa, e sendo agente público, também abuso de autoridade.
OUTRAS ESPÉCIES DE FLAGRANTE
Flagrante Protraído, Diferido ou Retardado: É pertinente aqueles casos em que é necessário aguardar o momento oportuno para realizar a prisão em flagrante, durante o acompanhamento das atividades da organização criminosa.
Encontra-se previsão na legislação extravagante: Lei nº 12.850/2013; Lei 11.343/2006; Lei 9.613/1998.
FLAGRANTE POR APRESENTAÇÃO
Quem se entrega à polícia não se enquadra em nenhuma das hipóteses legais autorizadoras do flagrante. Assim, não será autuado.
Flagrante Delito nos Crimes Permanentes
Art. 303.  Nas infrações permanentes, entende-se o agente em flagrante delito enquanto não cessar a permanência. CPP
Crime Permanente: São aqueles que a ação se protrai no tempo, e, assim, o estado de consumação. (ex: seqüestro ou cárcere privado, extorsão mediante seqüestro, bando ou quadrilha).
Para o crime permanente não há dúvida quanto à prisão em flagrante delito enquanto não cessar a permanência.
Flagrante Delito nos Crimes Habituais
Crimes Habituais: São aqueles que se configuram com a prática reiterada de atos, de forma a constituir um estilo ou hábito de vida. ex: curandeirismo, casa de prostituição.
 O crime habitual configura-se quando há reiteração de práticas que, por si só, não configuram modalidade delitiva. 
Apenas quando as práticas forem configuradas como um todo, como estilo ou modalidade de vida, o delito será materializado. 
Flagrante Delito nos Crimes Habituais
1) Casa de prostituição (art. 229 do CP). Manter, por conta própria ou de terceiro, casa de prostituição ou lugar destinado a encontros para fim libidinoso, haja ou não intuito de lucro ou mediação direta do proprietário ou gerente.
 
2) Rufianismo (art. 230 do CP). Tirar proveito da prostituição alheia, participando diretamente de seus lucros ou fazendo-se sustentar, no todo ou em parte, por quem a exerça. 
3) Exercício ilegal da medicina, arte dentária ou farmacêutica (art. 282 do CP). Exercer, ainda que a título gratuito, a profissão de médico, dentista ou farmacêutico, sem autorização legal ou excedendo-lhe os limites. 
Flagrante Delito nos Crimes Habituais
4) Charlatanismo (art. 283 do CP). Inculcar ou anunciar cura por meio secreto ou infalível. 
5) Curandeirismo (art. 284 do CP). Exercer o curandeirismo: I – prescrevendo, ministrando ou aplicando, habitualmente, qualquer substância; II – usando gestos, palavras ou qualquer outro meio; III – fazendo diagnósticos. 
Há controvérsia na doutrina sobre o cabimento da prisão em flagrante nos crimes habituais, que são aqueles em que o crime se aperfeiçoa com a reiteração de condutas 
O crime habitual, cuja consumação se dá por meio da prática de várias condutas, como o delito de casa de prostituição, de acordo com o STF124 e o STJ, admite prisão em flagrante. 
Infração de menor potencial ofensivo
Nas infrações de menor potencial ofensivo, ao invés da lavratura do auto de flagrante, teremos a realização do termo circunstanciado, desde que o infrator seja imediatamente encaminhado aos juizados especiais criminais ou assuma o compromisso de comparecer, quando devidamente notificado. 4.5 compromisso de comparecer, quando devidamente notificado. Caso contrário, o auto será lavrado, recolhendo-se o mesmo ao cárcere, salvo se for admitido a prestar fiança, nas infrações que a comportem, ou se for adequada aplicação de medida cautelar diversa da prisão, nos termos dos artigos 282 e 319, do CPP, com redação dada pela Lei nº 12.403/2011.
Procedimentos e Formalidades
a) A autoridade, antes de lavrar o auto, deve comunicar à família do preso ou pessoa por ele indicada a ocorrência da prisão. Também devem ser comunicados imediatamente o juiz competente e o Ministério Público (art. 306, caput, CPP, com redação dada pela Lei nº 12.403/2011).
b) Aquele que levou o preso até a presença da autoridade será ouvido, sendo suas declarações reduzidas a termo, colhida a sua assinatura, e sendo-lhe entregue cópia do termo e recibo de entrega do preso.
c) Na sequência, serão ouvidas as testemunhas que tenham algum conhecimento do ocorrido, e que acompanham o condutor.
d) Em que pese a lei ser omissa quanto a oitiva da vítima nesta fase, é de bom tom que a mesma seja ouvida, prestando sua contribuição para o esclarecimento do fato e para a caracterização do flagrante.
Procedimentos e Formalidades
e) A lei fala em interrogatório do acusado (quando deveria falar conduzido), o que é uma evidente impropriedade, afinal ainda não existe imputação nem processo. O preso será ouvido, assegurando-se o direito ao silêncio. Admite-se a presença do advogado, embora não seja imprescindível à lavratura do auto.
f) Ao final, convencida a autoridade que a infração ocorreu, que o conduzido concorreu para a mesma e que se trata de hipótese legal de flagrante delito, determinará ao escrivão que lavre e encerre o auto de flagrante. Não estando convencida a autoridade de que o fato apresentado autorizaria o flagrante, deixará de autuar o mesmo, relaxando a prisão que já existe desde a captura.
Também não permanecerá preso o conduzido se for admitido a prestar fiança, a ser concedida pela autoridade policial. Os termos de declaração do condutor e das testemunhas serão anexados aoauto, e este último será assinado pela autoridade e pelo preso.
PRISÃO EM FLAGRANTE
A prisão em flagrante é um conjunto de atos que se reflete em três momentos:
1) A pessoa é surpreendida e presa em flagrante;
2)Elaboração de um auto de prisão em flagrante e determinação de recolhimento ao cárcere;
3) Verificação de validade da prisão efetuada pelo Juiz. 
Do Procedimento do Auto de Prisão em Flagrante
Conteúdo e ordem das oitivas na lavratura do auto
Art. 304. Apresentado o preso à autoridade competente, ouvirá esta o condutor e colherá, desde logo, sua assinatura, entregando a este cópia do termo e recibo de entrega do preso. Em seguida, procederá à oitiva das testemunhas que o acompanharem e ao interrogatório do acusado sobre a imputação que lhe é feita, colhendo, após cada oitiva suas respectivas assinaturas, lavrando, a autoridade, afinal, o auto. 
Do Procedimento do Auto de Prisão em Flagrante
Sustentação da Prisão em Flagrante
Art. 304, § 1o  Resultando das respostas fundada a suspeita contra o conduzido, a autoridade mandará recolhê-lo à prisão, exceto no caso de livrar-se solto ou de prestar fiança, e prosseguirá nos atos do inquérito ou processo, se para isso for competente; se não o for, enviará os autos à autoridade que o seja.
Do Procedimento do Auto de Prisão em Flagrante
Falta de Testemunhas
Art. 304, § 2o  A falta de testemunhas da infração não impedirá o auto de prisão em flagrante; mas, nesse caso, com o condutor, deverão assiná-lo pelo menos duas pessoas que hajam testemunhado a apresentação do preso à autoridade.
Do Procedimento do Auto de Prisão em Flagrante
Recusa ou impedimento de assinar o auto
Art. 304, § 3o Quando o acusado se recusar a assinar, não souber ou não puder fazê-lo, o auto de prisão em flagrante será assinado por duas testemunhas, que tenham ouvido sua leitura na presença deste. 
Nomeação de escrivão ad hoc
Art. 305.  Na falta ou no impedimento do escrivão, qualquer pessoa designada pela autoridade lavrará o auto, depois de prestado o compromisso legal.
Comunicação da Prisão em Flagrante
“Art. 306.  A prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão comunicados imediatamente ao juiz competente, ao Ministério Público e à família do preso ou à pessoa por ele indicada.
§ 1o  Em até 24 (vinte e quatro) horas após a realização da prisão, será encaminhado ao juiz competente o auto de prisão em flagrante e, caso o autuado não informe o nome de seu advogado, cópia integral para a Defensoria Pública.
 NOTA DE CULPA
Art. 306, § 2o  No mesmo prazo, será entregue ao preso, mediante recibo, a nota de culpa, assinada pela autoridade, com o motivo da prisão, o nome do condutor e o das testemunhas.
 
A nota de culpa se presta a informar ao preso os responsáveis por sua prisão, além dos motivos da mesma, contendo o nome do condutor e das testemunhas, sendo assinada pela autoridade. Será entregue em 24 horas da realização da prisão, mediante recibo. A, entrega da nota de culpa é de vital importância para a validade da prisão. A nulidade que daí decorre, contudo é relativa, dependendo de demonstração de prejuízo (ineficácia do direito à ampla defesa e ao contraditório, em face de não estar ciente o conduzido dos motivos e das demais formalidades para a validade da prisão).
 FLAGRANTE: REMESSA À AUTORIDADE
O auto de prisão em flagrante, acompanhado de todas as oitivas colhidas, será encaminhado à autoridade judicial competente em 24 horas da realização da prisão e, caso o autuado não informe o nome de seu advogado, cópia integral à Defensoria Pública, no mesmo prazo.
Do Procedimento do Auto de Prisão em Flagrante
Art. 307.  Quando o fato for praticado em presença da autoridade, ou contra esta, no exercício de suas funções, constarão do auto a narração deste fato, a voz de prisão, as declarações que fizer o preso e os depoimentos das testemunhas, sendo tudo assinado pela autoridade, pelo preso e pelas testemunhas e remetido imediatamente ao juiz a quem couber tomar conhecimento do fato delituoso, se não o for a autoridade que houver presidido o auto.
Art. 308.  Não havendo autoridade no lugar em que se tiver efetuado a prisão, o preso será logo apresentado à do lugar mais próximo.
Art. 309.  Se o réu se livrar solto, deverá ser posto em liberdade, depois de lavrado o auto de prisão em flagrante.
Do Procedimento do Auto de Prisão em Flagrante
“Art. 310.  Ao receber o auto de prisão em flagrante, o juiz deverá fundamentadamente: 
I - relaxar a prisão ilegal; ou 
II - converter a prisão em flagrante em preventiva, quando presentes os requisitos constantes do art. 312 deste Código, e se revelarem inadequadas ou insuficientes as medidas cautelares diversas da prisão; ou 
III - conceder liberdade provisória, com ou sem fiança. 
AUDIÊNCIA DE CUSTÓDIA
Audiência de custódia é a providência que decorre da imediata apresentação do preso ao juiz. Deve-se seguir imediatamente após à efetivação da providência cerceadora de liberdade. É “interrogatório de garantia” que torna possível ao autuado informar ao juiz suas razões sobre o fato a ele atribuído. Ao cabo, é meio de controle judicial acerca da licitude das prisões.
Sem previsão no CPP, a audiência de custódia encontra amparo em diplomas internacionais ratificados no Brasil (Pacto de São José da Costa Rica). Destina-se especialmente ao preso em flagrante, para que seja apresentado ao juiz competente, dentro do prazo de 24 horas. Cabível também para os casos de prisão temporária e preventiva.
Do Procedimento do Auto de Prisão em Flagrante
Atenção
No Juizado Especial Criminal, não subsistirá a prisão em flagrante delito nem será exigida fiança ao réu que dirigir-se imediatamente ao juizado ou assumir o compromisso de fazê-lo.
Não se deve confundir: Relaxamento da Prisão em Flagrante (quando há um vício ou quando o flagrante não ocorre) com Liberdade Provisória (quando há o flagrante e este é válido, mas há o direito do preso em ficar solto, segundo o que determina a lei).
PRISÃO TEMPORÁRIA
PRISÃO TEMPORÁRIA
Estabelecida pela Lei 7.960/89
Art. 1° Caberá prisão temporária:
I - quando imprescindível para as investigações do inquérito policial;
(Crítica da doutrina à imprecisão e generalidade da expressão)
II - quando o indicado não tiver residência fixa ou não fornecer elementos necessários ao esclarecimento de sua identidade;
(O inciso II é redundante caberia na primeira hipótese)
Os dois incisos seriam periculum libertatis.
PRISÃO TEMPORÁRIA
III - quando houver fundadas razões, de acordo com qualquer prova admitida na legislação penal, de autoria ou participação do indiciado nos seguintes crimes:
a) homicídio doloso (art. 121, caput, e seu § 2°);
b) seqüestro ou cárcere privado (art. 148, caput, e seus §§ 1° e 2°);
c) roubo (art. 157, caput, e seus §§ 1°, 2° e 3°);
d) extorsão (art. 158, caput, e seus §§ 1° e 2°);
e) extorsão mediante seqüestro (art. 159, caput, e seus §§ 1°, 2° e 3°);
f) estupro (art. 213, caput, e sua combinação com o art. 223, caput, e parágrafo único);
g) atentado violento ao pudor (art. 214, caput, e sua combinação com o art. 223, caput, e parágrafo único);
PRISÃO TEMPORÁRIA
III - quando houver fundadas razões, de acordo com qualquer prova admitida na legislação penal, de autoria ou participação do indiciado nos seguintes crimes:
h) rapto violento (art. 219, e sua combinação com o art. 223 caput, e parágrafo único);
i) epidemia com resultado de morte (art. 267, § 1°);
j) envenenamento de água potável ou substância alimentícia ou medicinal qualificado pela morte (art. 270, caput, combinado com art. 285);
l) quadrilha ou bando (art. 288), todos do Código Penal;
m) genocídio (arts. 1°, 2° e 3° da Lei n° 2.889, de 1° de outubro de 1956), em qualquer de sua formas típicas;
n) tráfico de drogas;
o) crimes contra o sistema financeiro.
PRISÃO TEMPORÁRIA
CONCEITO:
A temporária é a prisão de natureza cautelar, com prazo preestabelecido de duração, cabível exclusivamente na fase do inquérito policialou procedimento investigativo equivalente, objetivando o encarceramento em razão das infrações seletamente indicadas na legislação.
PRISÃO TEMPORÁRIA
Estabelecida pela Lei 7.960/89
Contesta parte da doutrina: Inconstitucionalidade formal pois ofende o princípio da presunção de inocência.
Hipótese de cabimento: (aplicação exclusiva em face da investigação criminal)
É essencial a presença do fumus commissi delicti e do periculum libertatis para que a medida seja decretada, aplicando-se o critério de proporcionalidade estampado nos incisos I e II, do art. 282, do CPP (redação da Lei nº 12.403/2011). 
PRISÃO TEMPORÁRIA
Decretação: A prisão temporária está adstrita à cláusula de reserva jurisdicional somente pode ser decretada pelo Juiz, com despacho fundamentado, prolatado em 24 horas, em face do requerimento do MP ou da representação da Autoridade Policial, neste caso será ouvido o MP. (Art. 2º, caput, § 1º e §2º).
A prisão temporária não pode ser decretada de ofício pelo juiz, pressupondo provocação.
Apresentação do Preso: O Juiz, poderá, mediante requerimento do MP e do Advogado, determinar a apresentação do preso para informações, esclarecimento e exame de corpo de delito (Art. 2º, § 3º) 
PRISÃO TEMPORÁRIA
Procedimento: Decretada a prisão, será expedido Mandado em duas vias, devendo uma ser entregue ao preso, aplicando-se na entrega as regras da “Nota de Culpa”, devendo no momento que a prisão for efetuada a informação, ao preso, dos direitos do Art. 5º da CF. (Art. 2º, caput, § 4º e §5º. Da Lei 7.960/89)
Prazo: 05 dias prorrogáveis por igual período (Art. 2º, § 3º). Nos crimes hediondos Lei 8.072/90, o prazo é de 30 dias prorrogáveis por mais 30 dias, se houver necessidade. 
Decorrido o prazo legal o preso deve ser posto imediatamente em liberdade, salvo se for decretada a preventiva.
PRISÃO TEMPORÁRIA
a) O juiz é provocado pela autoridade policial, mediante representação, ou por requerimento do Ministério Público; 
b) O juiz, apreciando o pleito, tem24 horas para, em despacho fundamentado, decidir sobre a prisão, ouvindo para tanto o MP, nos pedidos originários da polícia; 
c) Decretada a prisão, o mandado será expedido em duas vias, sendo que uma delas, que será entregue ao preso, serve como nota de culpa
PRISÃO TEMPORÁRIA
d) Efetuada a prisão, a autoridade policial informará o preso dos direitos assegurados na CF; 
e) Durante o prazo da temporária, pode o juiz, de ofício, a requerimento do MP ou defensor, “determinar que o preso lhe seja apresentado, solicitar informações e esclarecimentos da autoridade policial e submetê-lo a exame de corpo de delito” (§ 3º, art. 2º). 
f) Decorrido o prazo legal o preso deve ser posto imediatamente em liberdade, salvo se for decretada a preventiva.
PRISÃO PREVENTIVA
É a prisão de natureza cautelar mais ampla, sendo uma eficiente ferramenta de encarceramento durante o inquérito policial e na fase processual.
A preventiva só se sustenta se presentes o lastro probatório mínimo a indicar a ocorrência da infração, os eventuais envolvidos, além de algum motivo legal que fundamente a necessidade do encarceramento. 
PRISÃO PREVENTIVA
A decretação da preventiva deve ser fundamentada na ideia de medida extrema, subsidiária, residual, que só terá lugar quando não suficiente e adequada outra medida cautelar diversa da prisão (art. 319, CPP, com redação dada pela Lei nº 12.403/2011), e presentes os pressupostos gerais de decretação de medida cautelar dispostos no art. 282, do CPP (com redação dada pela Lei nº 12.403/2011).
PRISÃO PREVENTIVA
PRISÃO PREVENTIVA
A mais tradicional prisão cautelar do processo brasileiro, regulada nos artigos 311 a 316 do CPP.
Decretação: Pelo Juiz de ofício (se no curso da ação penal), a requerimento do MP, do assistente ou do querelante, ou mediante representação da Autoridade Policial, com despacho fundamentado. (Art. 311 c/c Art. 315 do CPP)
Momento da Decretação: Caberá durante o Inquérito Policial ou no curso da instrução criminal. (Art. 311 do CPP.
Fundamentos da Prisão Cautelar
da
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PRESSUPOSTOS
A: Fumus Comissi Delicti: quando houver prova da existência do crime e indício suficiente de autoria. (parte final do Art. 312 do CPP)
A existência do crime deve ser provada;
Convicção razoável, probabilidade, de que o acusado tenha sido o autor da infração ou que tenha participado.
REQUISITOS/HIPÓTESES DE CABIMENTO
B: Periculum Libertatis: garantia da ordem pública, garantia da ordem econômica, por conveniência da instrução criminal ou para assegurar a aplicação da lei penal (art. 312 do CPP, parte final)
1. Garantia da Ordem Pública: deve-se entender a necessidade de preservação da boa convivência social, ou no interesse de segurança de bens juridicamente protegidos.
Crítica da doutrina quanto à dificuldade de definir a definição e a consagração da antecipação da culpabilidade. 
A jurisprudência aos poucos consagra o entendimento da noção de ordem pública como risco ponderável da repetição da ação delituosa objeto do processo.
REQUISITOS/HIPÓTESES DE CABIMENTO
2.Garantia da Ordem Econômica: busca permitir a prisão do autor do fato crime que perturbasse o livre exercício de qualquer atividade econômica, com o abuso do poder econômico, eliminação de concorrência, dominação do mercado, aumento excessivo e arbítrio de lucros.
Crítica da doutrina quanto à dificuldade de e a redundância da expressão que estaria inserida na anterior. 
REQUISITOS/HIPÓTESES DE CABIMENTO
3.Conveniência da Instrução Criminal: A medida é necessária e indispensável para o regular andamento do processo, evitando que o acusado ameace testemunhas, influencie a coleta de provas, tente subornar peritos, ameaçar Juiz ou Promotor, busque subtrair documentos.
4. Assegurar a aplicação da lei penal: Evidente o periculum libertatis, naqueles casos que o acusado, em liberdade, pode gerar risco ou perigo para a aplicação da lei penal ao fim do processo, pois suas atitudes visa furtar o cumprimento de uma futura sanção penal. Por exemplo: demonstra ou elabora fuga, esconde-se em lugar incerto e não sabido, vende bens de raiz para não ressarcir.
As 3 e 4 são absolutamente instrumentais estão ligadas ao Processo.
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REQUISITOS/HIPÓTESES DE CABIMENTO
5) Descumprimento de qualquer das obrigações impostas por força de outras medidas cautelares (art. 282, § 4º, CPP, com redação dada pela Lei nº 12.403/2011): trata-se de caso acrescentado ao CPP, em face do caráter subsidiário da prisão preventiva (medida cautelar extrema).
O legislador reformador previu várias medidas cautelares, menos gravosas ao direito de liberdade do acusado (art. 319, CPP), que devem preferir à prisão preventiva (medida residual, subsidiária) e que são impostas se atendidos os pressupostos gerais do art. 282 do Código. 
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REQUISITOS/HIPÓTESES DE CABIMENTO
Uma vez descumprida, percebe-se que a medida cautelar em tela pode não se revelar adequada ou suficiente ao caso, admitindo-se a sua substituição ou cumulação com outra, ou em último caso, a decretação da preventiva, desde que o delito praticado comporte a medida, já que, de regra, a preventiva só é admitida para os crimes dolosos com pena superior a quatro anos (art. 313, I, CPP).
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Hipótese Legais de Admissibilidade
“Art. 311.  Em qualquer fase da investigação policial ou do processo penal, caberá a prisão preventiva decretada pelo juiz, de ofício, se no curso da ação penal, ou a requerimento do Ministério Público, do querelante ou do assistente, ou por representação da autoridade policial.”
“Art. 312.  A prisão preventiva poderá ser decretada como garantia da ordem pública, da ordem econômica, por conveniência da instrução criminal, ou para assegurar a aplicação da lei penal, quando houver prova da existência do crime e indício suficiente de autoria”. 
 “Art. 312. Parágrafo único.  A prisão preventiva também poderá ser decretada em caso de descumprimento de qualquer das obrigações impostas por força de outras medidas cautelares (art. 282, § 4o).” 
Hipótese Legaisde Admissibilidade
“Art. 313.  Nos termos do art. 312 deste Código, será admitida a decretação da prisão preventiva: 
I - nos crimes dolosos punidos com pena privativa de liberdade máxima superior a 4 (quatro) anos; 
II - se tiver sido condenado por outro crime doloso, em sentença transitada em julgado, ressalvado o disposto no inciso I do caput do art. 64 do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal; 
III - se o crime envolver violência doméstica e familiar contra a mulher, criança, adolescente, idoso, enfermo ou pessoa com deficiência, para garantir a execução das medidas protetivas de urgência; 
Parágrafo único.  Também será admitida a prisão preventiva quando houver dúvida sobre a identidade civil da pessoa ou quando esta não fornecer elementos suficientes para esclarecê-la, devendo o preso ser colocado imediatamente em liberdade após a identificação, salvo se outra hipótese recomendar a manutenção da medida.” 
Hipótese de Não Cabimento
Art. 314.  A prisão preventiva em nenhum caso será decretada se o juiz verificar pelas provas constantes dos autos ter o agente praticado o fato nas condições previstas nos incisos I, II e III do caput do art. 23 do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal.”
“Art. 315.  A decisão que decretar, substituir ou denegar a prisão preventiva será sempre motivada.” 
Não caberá a decretação da preventiva:
Nos crimes punidos com pena inferior a quatro anos;
Nos crimes culposos – art. 313 – só em crimes dolosos;
Nos casos em que o réu se livra solto independente de fiança;
Nos casos em que o réu se encontrar acobertado por uma das excludentes de criminalidade (Art. 314);
Após ter sanado a dúvida quanto a identidade do acusado ou não for reincidente em crime doloso com sentença anterior transitada em julgado há menos de 5 anos (Art. 313, II).
Revogação da Prisão
Art. 316. O juiz poderá revogar a prisão preventiva se, no correr do processo, verificar a falta de motivo para que subsista, bem como de novo decretá-la, se sobrevierem razões que a justifiquem.
No caso de Preventiva decretada ilegalmente, dar-se-á a cassação pelo Tribunal ad quem;
Anulado o flagrante, por vício de forma, nada impede a decretação da prisão preventiva ou outra medida cautelar.
Revogação da Prisão
prisão preventiva é movida pela cláusula rebus sic stantibus, assim, se a situação das coisas se alterar, revelando que a medida não é mais necessária, a revogação é obrigatória, podendo, se adequado e necessário, aplicar medida cautelar em substituição, de acordo com o autorizativo do § 5º, do art. 282, CPP (redação da Lei nº 12.403/2011).
Revogação da Prisão
Deve o magistrado revogar a medida, de ofício, ou por provocação, sem a necessidade de oitiva prévia do Ministério Público.
O promotor será apenas intimado da decisão judicial, para se desejar, apresentar o recurso cabível à espécie. Todavia, uma vez presentes novamente os permissivos legais, nada obsta a que o juiz a decrete novamente, quantas vezes se fizerem necessárias.
APRESENTAÇÃO ESPONTÂNEA
A apresentação espontânea do agente à autoridade ilide a prisão em flagrante, por ausência de previsão legal autorizando o flagrante nestas situações. Nada impede, uma vez presentes os requisitos legais, que se represente pela decretação da prisão preventiva, ou até mesmo pela temporária.
 PREVENTIVA X EXCLUDENTES DE ILICITUDE
Se pela análise dos autos percebe-se que o agente atuou sob o manto de uma excludente de ilicitude, a preventiva não será decretada, podendo ser concedida pelo juiz liberdade provisória, sem fiança, mediante termo de comparecimento a todos os atos do processo sob pena de revogação (parágrafo único, do art. 310, CPP, com redação dada pela Lei nº 12.403/2011).
PRISÃO DOMICILIAR
A prisão domiciliar é decretada em substituição da preventiva, sempre por ordem judicial.
Consiste no recolhimento do indiciado ou do acusado em sua residência, só podendo dela se ausentar por ordem do juiz. Para seu deferimento se exige prova idônea evidenciando a situação específica que a autorize.
PRISÃO DOMICILIAR
Art. 317. A prisão domiciliar consiste no recolhimento do indiciado ou acusado em sua residência, só podendo dela ausentar-se com autorização judicial.
“Art. 318.  Poderá o juiz substituir a prisão preventiva pela domiciliar quando o agente for: 
I - maior de 80 (oitenta) anos; 
II - extremamente debilitado por motivo de doença grave; 
III - imprescindível aos cuidados especiais de pessoa menor de 6 (seis) anos de idade ou com deficiência; 
IV - gestante
V - mulher com filho de até 12 (doze) anos de idade incompletos;           (
VI - homem, caso seja o único responsável pelos cuidados do filho de até 12 (doze) anos de idade incompletos.  
Parágrafo único.  Para a substituição, o juiz exigirá prova idônea dos requisitos estabelecidos neste artigo.”

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