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BIBLIA DE ESTUDO DE GENEBRA - 32. Jonas

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O Livro de 
JONAS 
Autor Este livro. que é o quinto entre os doze Pro-
fetas Menores, recebe o nome do seu personagem 
. principal. Jonas'. filho d.e Amitai ( 1.1). Nada se sab~ ~ 
respeito de Am1ta1. Alem desta narrativa, Jonas so e 
mencionado em 2Rs 14.25, como "Jonas, filho de Amitai, o profeta, 
o qual era de Gate-Hefer", o proclamador da graça de Deus para o 
reino do Norte de Israel. durante o reinado de Jeroboão li (793-753 
a.C.). De acordo com essa profecia, Jeroboão estendeu os limites 
de seu reino para além das fronteiras da Síria. A mensagem divina 
dirigida a Nínive que se encontra neste livro foi proferida por esse 
mesmo Jonas, embora o autor da narrativa escrita seja desconhe-
cido. 
Data e Ocasião Com base em 2Rs 14 25, 
os acontecimentos registrados no Livro de Jonas 
devem ser enquadrados no século VIII a.C. Contudo. 
determinar a cronologia da composição do livro é 
tarefa difícil, e o livro tem sido datado entre o século VIII e fins do 
século Ili a.C. É importante ressaltar que não há nenhuma evidência 
conclusiva que elimine a possibilidade da data da composição da 
narrativa ter sido no século VIII (3.3, nota). 
O reinado de Jeroboão li estabelece o contexto histórico da 
história de Jonas. Esse monarca foi um dos grandes líderes 
militares da história de Israel. De acordo com 2Rs 14.25-28, ele 
impôs sua autoridade sobre os territórios de Damasco e Hamate. 
restaurando assim a fronteira ao norte de Israel dentro dos limites 
que possuía nos tempos de Salomão ( 1 Rs 8.65). É claro que o 
reinado de Jeroboão, assim como o do seu contemporâneo judeu 
Azarias (também chamado de Uzias, 792-740 a.C.). introduziu um 
período de notável paz e prosperidade. Como Eliseu e Jonas 
haviam profetizado (2Rs 13.19-25; 14 25). o reino do Norte des-
frutou de uma expansão territorial às custas da Síria. Pelas aparên-
cias externas do crescimento populacional, da expansão territorial 
e da atividade comercial, Israel foi realmente abençoado por Deus. 
Contudo. este não foi o quadro pintado alguns anos depois 
pelos profetas Oséias e Amós, quando o reino caiu num estado de 
decadência social, moral e religiosa. Suas mensagens. em parte, 
consistiam em acusação e juízo da nação por misturar a adoração 
prescrita pelo Senhor com a idolatria dos povos vizinhos (sincretis-
mo religioso) e pela injustiça social (Os 2.1-13; 4.1-5.14; Am 
2.6-16; 3.9-15). 
Apesar do foco narrativo fixar-se no profeta. o Livro de Jonas é 
uma história sobre a misericórdia e o amor de Deus. O Senhor era o 
Deus de Israel. e aquela nação tinha especialmente recebido a 
misericórdia e a salvação da aliança de Deus. Mas Jonas, 
juntamente com muitos dos seus compatriotas, reagiu com tama-
nho orgulho nacional e particularismo étnico que não conseguiu ver 
o sublime alcance da graça de Deus. Jonas haveria de aprender, 
junto com a nação, que Israel não possuía o monopólio do amor 
redentor de Deus (At 10.34-35; Rm 3.29). A história confirma as 
palavras do SI 145.8: "Benigno e misericordioso é o Senhor, tardio 
em irar-se e de grande clemência." 
Dificuldades de Interpretação 
Alguns estudiosos têm questionado a unidade literá-
ria do Livro de Jonas sugerindo teorias de autoria 
múltipla ou de mudanças substanciais feitas por um 
redator posterior. Mais recentemente, foram levantadas questões 
quanto à autenticidade do salmo de ação de graças de Jonas, en-
contrado em 2.2-9. Tais argumentos a respeito da falta de unidade 
literária na composição não são convincentes. 
Quanto à interpretação da história de Jonas propriamente dita. 
quatro abordagens distintas têm sido sugeridas: alegoria, midrash, 
parábola e narrativa histórica. 
A alegoria é um método de ensino de verdades ou princípios 
através de uma narrativa fictícia simbólica. Um bom exemplo é o 
Pilgrim's Progress ("O Peregrino"). de John Bunyan, uma emocio-
nante história fictícia que transmite a verdade de que a vida cristã é 
uma peregrinação espiritual. Contudo, o texto de Jonas não ofere-
ce nenhuma indicação conclusiva de que requeira uma interpreta-
ção alegórica. 
Midrash é um tipo de comentário sobre as Escrituras tradicio-
nalmente realizado pelos estudiosos judeus durante os primeiros 
mil anos da era cristã. Jonas é considerado por alguns como uma 
espécie de midrash ou comentário precoce, em passagens como 
Êx 34.6-7 (cf. Jn 4.2), comentário em que os acontecimentos 
descritos não são necessariamente históricos. Essa abordagem 
deixa de ser reconhecida diante das provas fidedignas da histori-
cidade do livro e parece conflitar com o testemunho de Cristo no 
tocante às experiências de Jonas (Mt 12.39-42; Lc 11.29-32). 
A interpretação do Livro de Jonas como uma parábola é, 
talvez, a mais comum. A parábola é uma história breve e geral-
mente fictícia que transmite verdades morais, religiosas ou espi-
rituais. As parábolas são melhor ilustradas pelos ensinamentos 
de Jesus (p. ex., Mt 13.45-46; Lc 10.29-37; 15 11-32). A pará-
bola de Natã encontrada em 2Sm 12.1-4 é um bom exemplo de 
parábola no Antigo Testamento. Essa interpretação compreen-
de a narrativa de Jonas como uma história de fundo moral com 
o objetivo de transmitir um ensinamento. Contudo, há numero-
sas objeções à interpretação do Livro de Jonas como uma pará-
bola, tal como a complexidade e a extensão incomuns da história. 
Essa interpretação também priva o livro de sua fundamentação 
histórica. 
Apesar das surpresas de impacto e dos elementos sensacio-
nais neste livro, Jonas deve ser compreendido como uma narrati-
va histórica e profética. A história está centralizada em uma 
figura específica e foi escrita como uma composição histórica. A 
tradição judaica considerava essa narrativa como história, e as 
alusões de Cristo a essa história (Mt 12.38-41; Lc 11.29-32) con-
ferem adicional suporte à historicidade do texto. Jesus não 
JONAS 1 1042 
considerava a história de Jonas como uma mera parábola, mas 
como uma narrativa firmemente enraizada na realidade histórica. 
Entretanto, alguns estudiosos questionam essa interpretação 
histórica em diversos níveis, incluindo a impossibilidade da sobre-
vivência do profeta dentro do ventre do peixe, a improbabilidade da 
dramática conversão dos ninivitas, o tamanho de Nínive naquela 
época e o rápido crescimento da planta. Embora algumas dessas 
objeções levantem questões legítimas, a maior parte das críticas 
advém das conjeturas que negam a soberania de Deus na natureza 
e na história, incluindo sua capacidade de intervenção sobrenatural 
na ordem criada. 
Características e Temas Além dos en-
sinamentos quanto à un1versal1dade étnica do amor e 
I da misericórdia de Deus, o tema da soberania uni-
~--~1 versai de Deus sobre o homem e a criação se man-
Esboço de Jonas 
1. A desobediência de Jonas e o seu livramento (caps. 1-2) 
A. O Senhor envia Jonas (1.1-2) 
B. O profeta foge do Senhor ( 1.3) 
C. O Senhor persegue Jonas: a grande tempestade 
(1.4-16) 
D. O Senhor preserva Jonas ( 1.17) 
E. A ação de graças e o livramento de Jonas (cap. 2) 
A vocação de Jonas, a sua.fuga e o seu castigo 
1 Veio a palavra do SENHOR a ªJonas, filho de Amitai, dizendo: 2 Dispõe-te, vai bà grande cidade de cNínive e 
clama contra ela, porque da sua malícia subiu até mim. 
3 Jonas se dispôs, mas para fugir da presença do SENHOR, para 
Társis; e, tendo descido a e;ope, achou um navio que ia para 
• CAPÍTUL01 Ja2Rs14.25 zbGn10.11-12Cls37.37dGn18.20 
24.3 2 Lit. de sobre eles 
•1.1-2.10 O livro do profeta Jonas pode ser dividido em duas partes principais. 
sendo cada uma delas introduzida pela expressão, "Veio a palavra do SENHOR a 
Jonas.'' A primeira divisão compreende duas seções: o chamado, a fuga, e o 
julgamento de Jonas (cap. 1), e o salmo de ação de graças (cap. 2) 
•1 .1·11 Esta passagem descreve a resposta desobediente de Jonas à sua co-
missão como profeta que deveriair a Nínive, mas não nos diz o motivo de Jonas 
ter fugido da presença de Deus (que não é revelado até 4.2). Aqui nós presencia-
mos a interação de Jonas com os marinheiros gentios, que envolve um tema pro-
eminente na segunda divisão do livro - a misericórdia do Senhor aos gentios. 
Apesar da desobediência de Jonas e da sua hipocrisia, os marinheiros não des-
prezam o Deus de Jonas, mas vêem nitidamente a mão do Deus de Israel e res-
pondem com adoração. Em contraste com Jonas, os marinheiros gentios são 
cuidadosos em evitar algum pecado pessoal perante Deus (v. 14). O profeta de 
Deus é julgado, mas os gentios são poupados, um evento que prenuncia a reação 
dos ninivitas e o cancelamento do juízo sobre eles na segunda divisão do livro. 
•1.1 Veio a palavra do SENHOR a Jonas. Com algumas variações, esse tipo de 
enunciação é usado outras 112 vezes no Antigo Testamento para descrever a 
revelação de uma mensagem divina ao profeta. 
Jonas, filho de Amitai. O receptor da revelação do Senhor é Jonas ("pomba"), 
filho de Amitai ("leal" ou "fiel"I. Esta designação identifica o profeta como o per-
sonagem histórico de 2Rs 14.25, que proclamava que Jeroboão li (793-753 a.C.) 
iria reaver o território dos sírios ao norte. Compare a mensagem de Jonas ao reino 
de Jeroboão com as palavras de Amós e Oséias, que profetizaram durante o pe-
tém por todo o livro. Deus é apresentado como o Criador, que fez 
o mar e a terra (1 9). A criação responde obedientemente a cada 
comando seu (1.4,15,17; 2.10; 4.6-8). Assim como os assírios 
nos dias de Isaías (Is 10.5-7). a criação serve à vontade do Cria-
dor. 
No Novo Testamento, o tema de Jonas da misericórdia de 
Deus sobre as nações é usado por Jesus como uma repreensão ao 
Israel impenitente (Mt 12.38-41; Lc 11.29-32). Se os ninivitas se 
arrependeram com a pregação do profeta Jonas. que foi salvo do 
confinamento no ventre de um grande peixe, quanto mais Israel 
deveria se arrepender com a pregação de Jesus. o Filho do Ho-
mem, que seria ressuscitado do túmulo. Em um certo sentido, por-
tanto, Jesus engrandece a misericórdia de Deus sobre os gentios 
para despertar em Israel a inveja e o arrependimento; o apóstolo 
Paulo faria o mesmo em suas pregações aos gentios (Rm 
11.11-14). 
li. Jonas obediente e libertado (caps. 3-4) 
A. O Senhor envia Jonas pela segunda vez (3.1-2) 
8. O profeta obedece (3.3) 
C. A pregação de Jonas; Nínive se converte e é 
libertada (3.4-1 O) 
D. A ira de Jonas diante da compaixão de Deus (4.1-4) 
E. Uma lição do amor de Deus (4.5-11) 
Társis; pagou, pois, a sua passagem e embarcou nele, para ir 
com eles para fTársis, gpara longe da presença do SENHOR. 
4 Mas no SENHOR 1lançou sobre o mar um forte vento, e 
fez-se no mar uma grande tempestade, e o navio estava a pon-
to de se despedaçar. s Então, os marinheiros, cheios de medo, 
clamavam cada um ao seu deus e lançavam ao mar a carga 
JeJs19.46fls23.1gGn4.16 4hSl107.25lenviou 5i1Sm 
ríodo do declínio espiritual de Israel na última parte do mesmo século (Introdução: 
Data e Ocasião). 
•1.2 vai... Nínive. A soberania do Senhor sobre todas as nações está implícita 
na ordem a Jonas. Ele é o Juiz de toda a terra (Gn 18.25). Nínive, a última capital 
do Império Assírio, estava localizada no lado leste do rio Tigre, diretamente 
oposta à moderna cidade de Mosul no Norte do Iraque. Este sítio arqueológico 
tem sido amplamente escavado e ostenta uma longa e rica história. 
clama contra ela. Jonas entendia que o seu pronunciamento acerca do 
julgamento pelo Senhor contra o temido e odiado Império Assírio era revogável 
(4.2, nota). Ele sabia que a sua mensagem oferecia oportunidade para o 
arrependimento. 
sua malícia subiu até mim. Na profecia de Naum (proferida posteriormente no 
século VII a.C.J, a capital assíria, Nínive, é o foco da ira divina e é retratada como a 
personificação do mal e da crueldade (Na 3.1-7). A máquina de guerra assíria foi 
responsável por atrocidades cruéis; em 612 a.C., esse mesmo império iria cair 
vítima de um cruel destruidor. 
•1.3 Társis. A identificação precisa desta Társis é difícil, embora seja freqüen-
temente identificada com o porto de mineração de Tartesso, no Sul da Espanha. 
Algumas vezes. porém. o termo designa o distante litoral mediterrâneo em geral. 
da presença do SENHOR. Considerando que Deus está presente até mesmo 
"nos confins dos mares" (SI 139.9), escapar era impossível. 
•1.4 o SENHOR lançou sobre o mar um forte vento. O Deus de Jonas é o 
Criador e Senhor do mares (Gn 1.10,21; Êx 14.21; Me 4.41). 
1043 JONAS 1, 2 
que estava no navio, para o aliviarem 2do peso dela. Jonas, 
porém, havia descido ; ao porão e se deitado; e dormia profun· 
damente. 6 Chegou-se a ele o mestre do navio e lhe disse: 
Que se passa contigo? Agarrado no sono? Levanta-te, iinvoca 
o teu deus; 'talvez, assim, esse deus se lembre de nós, para 
que não pereçamos. 
7 E diziam uns aos outros: Vinde, e m1ancemos sortes, para 
15 E levantaram a Jonas e o lançaram ao mar; 1 e cessou o mar 
da sua fúria. 16 uremeram, pois, estes homens em extremo ao 
SENHOR; e ofereceram sacrifícios ao SENHOR e fizeram votos. 
17 Deparou o SENHOR um grande peixe, para que tragasse 
a Jonas; e vesteve Jonas três dias e três noites no ventre do 
peixe. 
que saibamos por causa de quem nos sobreveio este mal. E lan· A oração de Jonas no ventre do peixe 
çaram sortes, e a sorte caiu sobre Jonas. 8 Então, lhe disseram: 2 Então, Jonas, do ventre do peixe, orou ao SENHOR, seu 
nDeclara-nos, agora, por causa de quem nos sobreveio este mal. Deus, 2 e disse: 
Que ocupação é a tua? Donde vens? Qual a tua terra? E de que Na minha angústia, ªclamei ao SENHOR, 
povo és tu? 9 Ele lhes respondeu: Sou hebreu e temo ao be ele me respondeu; 
JSENHOR, o Deus do céu, ºque fez o mar e a terra. 10 Então, os do ventre do abismo, gritei, 
homens ficaram possuídos de grande temor e lhe disseram: Que e tu me ouviste a voz. 
é isto que fizeste! Pois sabiam os homens que ele fugia da pre· 3 cpois me lançaste no profundo, 
sença do SENHOR, porque lho havia declarado. no coração dos mares, 
11 Disseram-lhe: Que te faremos, para que o mar se nos e a corrente das águas me cercou; 
acalme? Porque o mar se ia tomando cada vez mais tempestu· dtodas as tuas ondas e as tuas vagas 
oso. 12 Respondeu· lhes: PTomai-me e lançai-me ao mar, e o passaram por cima de mim. 
mar se aquietará, porque eu sei que, por minha causa, vosso· 4 e Então, eu disse: lançado estou 
breveio esta grande tempestade. 13 Entretanto, os homens re· de diante dos teus olhos; 
mavam, esforçando-se por alcançar a terra, qmas não podiam, !tornarei, porventura, a ver 
porquanto o mar se ia tomando cada vez mais tempestuoso o teu santo templo? 
contra eles. 14 Então, clamaram ao SENHOR e disseram: Ah! s g As águas me cercaram até à alma, 
SENHOR! Rogamos· te que não pereçamos por causa da vida des· o abismo me rodeou; 
te homem, e rnão faças cair sobre nós este sangue, quanto a e as algas se enrolaram na minha cabeça. 
nós, inocente; porque tu, SENHOR, 5 fizeste como te aprouve. 6 Desci até aos 1 fundamentos dos montes, 
·-6 fSI ~~n71 J~2 1 ~ 7 m: 7~; ;;-m 14 ;4~ ~3~- 8 ~ J-:-7 19; 1 S~ 1;;;3- 9 ºlN~ 9 6]~SI ~46;-At~ 24 J;;ebr. YHWH -··-
12 p Jo 11.50 13 q [Pv 21.30] 14 rot 21.8 s SI 1153; [Dn 4 35] 1 s l[SI 89.9; 107.29]; Lc 8.24 16 UMc 4.41; At 5 11 17 V[Mt 
12.40; Lc 11.30] 
CAPÍTULO 2 2 a 1 Sm 30.6; SI 120.1; Lm 3.55 b SI 65.2 3 cs1 88.6 d SI 42.7 4 e SI 31 22; Jr 7.15f1 Rs 838; 2Cr 638; SI 5 7 S gs1 
69.1. Lm 3.54 
•1. 7 lancemos sortes. O lançar de sortes era uma forma comum de adivinha· 
ção no mundo antigo, um método usado para descobrir a vontade dos deuses. 
Este método de discernir a vontade do verdadeiro Deus não foi proibido no antigo 
Israel, pois o Senhor governava até mesmo sobre as sortes (Nm 26.55; Js 
18.6· 1 O; Ne 10.34; Pv 16.33; At 1.24-26) 
•1.9 Sou hebreu. Ver nota em Gn 14.13. Jonas se identificaem termos étnicos. 
O ternno "hebreu" era usado pelos israelitas para identificar a si mesmos diante de 
estrangeiros (Gn 40 15; Êx 119; 3.18; 10.3) 
temo ao SENHOR. Jonas também se identifica em termos religiosos. O Senhor 
seu Deus não é apenas uma divindade pessoal. familiar ou nacional. Ele é o Deus 
supremo e soberano, o Criador da terra e do mar. 
o Deus do céu. Um título antigo (Gn 24.3.7) também comumente usado no 
período persa depois do exílio 12Cr 36.23; Ed 1.2; Ne 1.4-5; 2.4). 
•1 .17 Deparou o SENHOR. Lit. "O Senhor designou". A mesma palavra hebraica 
também ocorre em 4.6-8; em cada ocorrência indica um exemplo surpreendente 
da soberania de Deus sobre o mundo natural 
um grande peixe. A espécie de baleia ou peixe que engoliu a Jonas não pode 
ser identificada com segurança. Sugestões incluem a baleia cachalote ou um 
grande tubarão. O peixe era o instrumento de Deus para resgatar Jonas das 
profundezas do mar ("o ventre do abismo," 2.2). 
três dias e três noites. Jesus se referiu ao Livro de Jonas a fim de comunicar 
verdades relacionadas com a sua própria mensagem e missão (Mt 12.38-41; 
16.4; Lc 11.29-32). Ele fala do "sinal do profeta Jonas" não só com referência aos 
três dias e três noites em que Jonas esteve no peixe (Mt 1239-40). mas também 
com relação à eficácia da pregação de Jonas. Sem contemplar nenhum milagre, 
os ninivitas reconheceram que a mensagem de Jonas tinha autoridade divina, e 
assim responderam com arrependimento. 
•2.1-1 O A resposta de Jonas ao julgamento divino é expressa na forma de um 
salmo de ação de graças (v. 9). O lamento do profeta concentra-se no caráter de· 
sesperador da sua situação usando termos típicos nas descrições poéticas da 
morte ou da proximidade da morte. Em sua difícil situação, ele volta os seus olhos 
para o santo templo do Senhor, o sinal físico da presença salvífica do Senhor no 
meio do seu povo. Esse salmo é um testemunho comovente para o coração de 
Israel e para o coração do profeta, porém ele ainda tinha muito que aprender. A 
sua visão da misericórdia de Deus ainda era pequena. 
•2.1 Jonas ... orou. Assim como o estilo das narrativas do Antigo Testamento, a 
história de Jonas é interrompida com um poema (vs. 2-9), um salmo de ações de 
graça e celebração pela libertação e misericórdia do Senhor. A estrutura literária é 
típica de um salmo de ação de graças (a) petição por livramento 12 2); (b) 
exposição do problema (2.3-6); (c) descrição da libertação 12.6· 7); e ldl louvor 
pela libertação 12 8-9). 
•2.2 clamei ... e ele me respondeu. Usando o recurso poético do paralelismo, 
o salmo de Jonas é apresentado em dois versos que falam da oração do profeta e 
da resposta do Senhor. Jonas reconhece que ele foi resgatado "do ventre do 
abismo" (uma sepultura nas profundezas do mar). 
•2.3-6 Esses versículos contêm uma vívida lembrança da angústia da proximi-
dade da morte, suas causas e seus resultados. O sofrimento de Jonas era resul-
tado do julgamento divino sobre a sua desobediência. O quadro do sepulcro nas 
águas é apresentado vividamente: o envolvimento nas algas marinhas, o silên· 
cio das águas profundas, e as ondas passando alto por cima da vítima. 
•2.4 lançado estou de diante dos teus olhos. Para o profeta, o supremo ter· 
ror da morte era a separação da presença do Senhor (SI 88.4·5, 10-12). 
tornarei, porventura, a ver o teu santo templo. D templo de Jerusalém era 
a localização terrena da presença divina. Jonas desejava ardentemente a co-
munhão com Deus que o templo proporcionava. O profeta agora lamenta ter 
perdido a mesma presença divina da qual ele antes havia procurado evadir-se 
113.10) 
JONAS 2, 3 1044 
desci até à terra, 
cujos ferrolhos se correram sobre mim, para sempre; 
contudo, hfizeste subir da sepultura a minha vida, 
ó SENHOR, meu Deus! 
7 Quando, dentro de mim, desfalecia a minha alma, 
eu me lembrei do SENHOR-, 
ie subiu a ti a minha oração, 
no teu santo templo. 
8 Os que se entregam ià idolatria vã 
abandonam aquele que lhes é 2 misericordioso. 
9 Mas, com a voz do agradecimento, 
1eu te oferecerei sacrifício; 
mo que votei pagarei. 
nAo SENHOR pertence ºa salvação! 
to Falou, pois, o SENHOR ao peixe, e este vomitou a Jonas 
na terra. 
Jonas prega em Níni~e 
3 Veio a palavra do SENHOR, segunda vez, a Jonas, dizendo: 2 Dispõe-te, vai à grande cidade de Nfnive e proclama 
contra ela a mensagem que eu te digo. 3 Levantou-se, pois, Jo-
nas e foi a Nínive, segundo a palavra do SENHOR. Ora, Nínive 
era cidade mui importante diante de Deus 1 e de três dias para 
percorrê-la. 4 Começou Jonas a percorrer a cidade caminho 
de um dia, e ªpregava, e dizia: Ainda quarenta dias, e Nínive 
será subvertida. 
O arrependimento dos ninillitas 
s bQs ninivitas creram em Deus, e proclamaram um je-
jum, e vestiram-se de panos de saco, desde o maior até o me-
nor. 6 Chegou esta notícia ao rei de Nínive; ele levantou-se do 
seu trono, tirou de si as vestes reais, cobriu-se de pano de saco 
e e assentou-se sobre cinza. 7 dE fez-se proclamar e divulgar 
em Nínive: Por mandado do rei e seus 2 grandes, nem ho-
mens, nem animais, nem bois, nem ovelhas provem coisa al-
guma, nem os levem ao pasto, nem bebam água; 8 mas sejam 
cobertos de pano de saco, tanto os homens como os animais, 
e clamarão fortemente a Deus; e ese converterão, cada um do 
seu mau caminho e Ida violência que há nas suas mãos. 
9 gOuem sabe se voltará Deus, e se arrependerá, e se apartará 
do furor da sua ira, de sorte que não pereçamos? 
to hViu Deus o que fizeram, como se converteram do seu 
a~~~- ~~~~~------~~-~-~-~~-~~-~ 
6 h Jó 33.28; [SI 16.1 O; Is 38.17] 1 Lit extremidades 7 i2Cr 30.27; SI 18.6 8 i2Rs 17_ 15; SI 31.6; Jr 10.8 2 Lit a misericórdia ou bondade 
deles, 9 1 SI 50.14,23; Jr 33.11; Os 14.2 m Jó 22.27; [Ec 5.4-5] n [Jr 323] o SI 38; [Is 45.17] 
CAPITULO 3 3 1 O sentido exato não é conhecido 4 a [Dt 18 22] 5 b [Mt 12.41; Lc 11 32] ó e Jó 2.8 7 d 2Cr 20.3; Dn 329; JI 
2.15 2nobres 8 eis 58.6/ls 59.6 9g2sm 12.22; JI 2.14; Am 515 10 hÊx 32.14; Jr 18.8; Am 7.3,6 
•2.6 Desci. Jonas estava à porta da morte. A sua lenta e silenciosa descida atra-
vés das profundezas, como uma viagem ao mundo subterrâneo, o tinha conduzi-
do às "portas da morte" (SI 9 13) 
fizeste subir da sepultura a minha vida. Aqui "sepultura" é usada para des-
crever o domínio da morte (Já 33.22,24; SI 49.9; Is 51.14). Apesar da situação 
sem esperança, o arrependido profeta é resgatado do domínio da morte e restau-
rado à comunhão com Deus. 
•2.7 eu me lembrei do SENHOR. O contexto indica que essa oração foi respon-
dida; a importância e a eficácia da oração são novamente enfatizadas, como no v. 
2 (cf Hb 416) 
•2.8 Os que se entregam à idolatria vã. Lembrando-se da ineficácia das ora-
ções dos marinheiros e da dos seus deuses (1.5), Jonas condena aqueles que co-
locam a sua fé em ídolos. 
•2.9 Ao SENHOR pertence a salvação. Como Josué antes dele (Js 24.14-15). 
Jonas declara a sua lealdade ao Senhor e o exalta como a única fonte de salvação 
e livramento. Ao conceder a salvação a Jonas, o Senhor levou o profeta da deso-
bediência ao arrependimento; ao conceder a salvação aos ninivitas, ele os levará 
da idolatria à fé (3.5-1 O); ao conceder a salvação aos gentios dos dias atuais, ele 
soberanamente os leva à fé e ao arrependimento (At 11 .17 -18). 
•2.10 Falou, pois, o SENHOR ... este vomitou a Jonas. A criação novamente 
responde com obediência às ordens soberanas do Criador (1.4,15,17) O peixe, 
que poderia ter sido a arma de Deus para a morte do profeta, pela graça se tornou 
em instrumento de libertação. 
•3.1-4.11 Nesta segunda divisão do livro, Jonas prega a mensagem que Deus 
lhe ordenou, e o povo de Nínive responde com verdadeiro arrependimento (cap. 
3). Quando o Senhor deixa de executar o juízo que os ameaçava, nós passamos a 
perceber o verdadeiro motivo da primeira fuga de Jonas: ele temia que Deus 
mostrassea sua misericórdia para com os odiados assírios (4.2). Nas lições práti-
cas que se seguem, a extensão da misericórdia e da compaixão de Deus é revela-
da (4.5-11) 
•3.3 levantou-se, pois, Jonas e foi. Tendo compreendido que o chamado de 
Deus é irrevogável (cf. Rm 11 29), Jonas reagiu positivamente à renovação do 
mesmo. Embora desta vez ele tenha obedecido a Deus, Jonas está "desgostoso" 
com a perspectiva do arrependimento dos ninivitas (4.1-2). 
Nlnive era. Alguns têm sugerido que o uso do passado ("era") indica que a cida-
de não existia mais no momento da redação deste livro. Tomando-se em conta a 
destruição da cidade em 612 a.C. pelos medos e babilônios, essa interpretação 
dataria a narrativa em algum momento após o final do século VII a.C. Contudo, o 
uso do passado aqui não exclui uma data no século VIII, pois ele pode simples-
mente indicar a situação da cidade quando o profeta lá chegou. 
cidade mui importante ... de três dias para percorrê-la. O hebraico aqui é de 
difícil tradução. Muitos estudiosos interpretam essas expressões como uma refe-
rência ao tamanho físico de Nínive. A exploração arqueológica tem mostrado que 
a cidade tinha entre cerca de 12 km de circunferência com uma população esti-
mada em 120.000 pessoas. Outros sugerem que a primeira fórmula deveria ser 
traduzida por "uma cidade muito importante" ou mais lit. como "uma cidade im-
portante para Deus" (enfatizando a sua significância ao invés do seu tamanho). 
Esta última interpretação se encaixa melhor no contexto do livro. A segunda ex-
pressão (lit "jornada de três dias") pode indicar a duração duma visita apropriada 
(em termos de protocolo diplomático no antigo Oriente Próximo) a um emissário 
com destino a uma cidade tão importante 
•3.5 Os ninivitas creram em Deus. Os piores temores de Jonas se tornaram 
realidade quando o povo creu, se arrependeu, proclamou um jejum, e se vestiu de 
pano de saco (a vestimenta tradicional de lamentação no antigo Oriente Próximo). 
O arrependimento foi rápido e abrangeu a toda a cidade. 
•3.6 rei de Nínive. Aparentemente uma referência ao poderoso rei da Assíria. 
Embora fosse altamente improvável que os registros assírios contivessem essa 
ocorrência incomum, alguns estudiosos têm associado esse evento com as refor-
mas religiosas de Adade-Nirari Ili (810-783 a.C.). Também tem sido sugerido o 
reino de Assurdan Ili (772-755 a.C.) 
levantou-se ... assentou-se sobre cinza. A reação do rei foi tão imediata e es-
pontânea como a dos seus súditos. A autoridade real deu lugar à humildade peni-
tente. Ele trocou as suas vestes por pano de saco, o seu trono por uma cama de 
cinzas (cf. Jó 42.6; Is 58.5). 
•3. 7 mandado do rei. Com o edito real ordenando a oração, rituais de lamenta-
ção e jejum para os homens e os animais, o arrependimento de Nínive estava 
completo. A inclusão dos animais demonstra a sinceridade e a totalidade do seu 
arrependimento. Em tempos posteriores, era costume entre os persas incluir ani-
mais domésticos nos rituais de lamentação. 
•3.8 e se converterão ... violência. Essa repreensão real se dirigia ao mais pro-
eminente dos pecados de Nínive. A violência física e a injustiça social eram mar-
cas registradas do Império Assírio (Na 31 ). 
•3.9 O rei dá expressão pessoal e coletiva à esperança de que o arrependimento 
verdadeiro irá impedir o juízo divino. A estrutura de 3.5-9 se enquadra no típico 
1045 JONAS 3, 4 
mau caminho; e Deus se arrependeu do mal que tinha dito 
Ynes íãf\ã. e não o fez. 
O descontentamento de Jonas 
4 Com isso, desgostou-se Jonas extremamente e ficou irado. 2 E orou ao SENHOR e disse: Ah! SENHOR! Não foi isso o que 
eu disse, estando alnda na minha terra? Por isso, me adiantei, 
ªfugindo para Társis, pois sabia que és bDeus clemente, e miseri-
cordioso, e tardio em irar-se, e grande em benignidade, e que te 
arrependes do mal. 3 cpeço-te, pois, ó SENHOR, tira-me a vida, 
porque d melhor me é morrer do que viver. 4 E disse o SENHOR: 
É razoável essa tua ira? 5 Então, Jonas saiu da cidade, e assen-
tou-se ao oriente da mesma, e ali fez uma enramada, e repousou 
debaixo dela, à sombra, até ver o que aconteceria à cidade. 
A lição do SENHOR 
6 Então, fez o SENHOR Deus nascer uma 1planta, que su-
biu por cima de Jonas, para que fizesse sombra sobre a sua 
cabeça, a fim de o livrar do seu desconforto. Jonas, pois, 2se 
alegrou em extremo por causa da planta. 7 Mas Deus, no 
dia seguinte, ao subir da alva, enviou um verme, o qual fe-
riu a planta, e esta se secou. 8 Em nascendo o sol, Deus 
mandou um vento calmoso oriental; o sol bateu na cabeça 
de Jonas, de maneira que desfalecia, pelo que pediu para si 
a morte, dizendo: e Melhor me é morrer do que viver! 
9 Então, perguntou Deus a Jonas: É razoável essa tua ira por 
causa da planta? Ele respondeu: É razoável a minha ira até à 
morte. to Tornou o SENHOR: Tens compaixão da planta que 
te não custou trabalho, a qual não fizeste crescer, que 
Jnuma noite nasceu e numa noite pereceu; 11 e não hei de 
eu ter compaixão da !grande cidade de Nínive, em que há 
mais de cento e vinte mil pessoas, g que não sabem discernir 
entre a mão direita e a mão esquerda, e também muitos ani-
mais? 
CAPÍTULO 4 2ªJn1.3 bÊx34.6; Nm 14.18; SI 86.5,15; JI 2.13 3crns19.4; Jó 6.8-9 dJn 4.8 6 f Hebr.kikayon, a identidade exata é 
desconhecida 2 Lit. alegrou-se com grande alegria 8 e Jn 4.3 1 O 3 Lit. foi o filho de uma noite 11 f Jn 1.2; 3.2-3 g Dt 1.39; Is 7.16 
modelo veterotestamentário da narração do arrependimento coletivo IJr 36.3; JI 
2); la) ameaça de julgamento, (b) reação penitente, e lei decisão divina de reter o 
juízo. 
•3. 10 Viu Deus o que fizeram, A advertência profética (v. 4) tinha uma condi-
ção implícita, a saber, que o julgamento era iminente - se a cidade não se ar-
rependesse. Ao converter-se do "seu mau caminho", os ninivitas cumpriram 
essa condição. A mudança dos planos do Senhor li.e., a sua escolha soberana 
de fazer com que a sua própria ação dependesse da resposta humana) é total-
mente compatível com a soberania e a imutabilidade de Deus, visto que ele de-
creta tanto os meios bem como os fins da sua soberana vontade (Jr 187-1 O). 
Ver nota em Gn 6.6. 
•4, 1-11 D livro termina com a lição recebida pelo furioso Jonas acerca da miseri-
córdia divina e da compaixão do próprio Deus. E notável que não somos informa-
dos da reação de Jonas diante dessa instrução. Ao invés disso, nós ficamos com 
o contraste entre a atitude ressentida de Jonas e a grande misericórdia de Deus 
para com os ninivitas. 
•4, 1 desgostou-se Jonas extremamente. O hebraico é particularmente vívi-
do llit. "era mau a Jonas como um grande erro"). A emoção de Jonas é expressa 
na linguagem mais forte possível: o seu maior temor era que o Senhor iria conce-
der perdão ao mais odiado inimigo de Israel. 
•4.2 és Deus clemente ... te arrependes do mal. A razão para a fuga de Jo-
nas para Társis é revelada. Apesar da sua desobediência patente e da sua estrei-
teza de mente, Jonas entendeu o caráter de Deus. Ele aqui reproduz uma fórmula 
litúrgica que descreve a misericórdia de Deus a um Israel que não a merece lex., 
Êx 34.6; Nm 14.18; Ne 9.17; SI 103.8; JI 2.13). Somente aqui e em JI 2.13 a refe-
rência ao arrependimento divino l"que se arrepende do mal") finaliza a fórmula 
13.1 O, nota), uma inclusão apropriada para o contexto do arrependimento e livra-
mento de Nínive. 
•4.5 Jonas saiu da cidade,,. fez uma enramada. Grato pelo seu próprio livra-
mento, Jonas ainda se recusa a aceitar o dos ninivitas. Esperando que o Senhor 
executasse o julgamento, Jonas sai da cidade para um lugar estratégico de onde 
poderia assistir à destruição da cidade. 
•4.6 fez o SENHOR Deus nascer uma planta. Ver nota em 1.17. O abrigo de 
Jonas não era adequado para proporcionar proteção do ardente sol do Oriente 
Próximo, provavelmente devido à escassez de madeira nessa região árida. O tipo 
de vegetaçãoaqui referido é incerto; alguns sugerem a mamoneira, que cresce 
rapidamente a uma altura de cerca de 4,5 m. 
•4.7-8 A mesma mão divina que, em sua misericórdia, havia providenciado o 
grande peixe e a sombra, agora traz um verme para secar a planta, e um vento 
quente do leste (provavelmente o temido siroco do mundo mediterrâneo) para 
atormentar o já amargurado profeta. 
•4.9-11 A intenção divina das lições práticas é agora revelada. A grandiosa com-
paixão de Deus pelo povo e os animais que ele criou e sustentou lv. 11) é contras-
tada com a mesquinha preocupação de Jonas com a planta (v 1 O) O leitor 
lembra da compaixão de Jesus quando ele contemplava as multidões (Mt 9.36; 
Me 6.34; 8.2), e a sua afirmação em Mt 10.29 de que nem um pardal cairá se não 
for essa a vontade do Pai. Em seus primórdios, a Igreja do Novo Testamento, que 
em grande parte era judaica, iria debater-se novamente com a questão da dimen-
são da misericórdia de Deus, quando o Senhor abria os corações dos gentios para 
obedecer ao evangelho IAt 11.18; 15.14; 28.28). 
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